Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Oi amores! Muito obrigada por seus lindos comentários. Então, hoje é o tão esperado encontro dos dois (Coro de aleluia). Tenho que comunicar que posso (mas não significa que vou) atrasar algumas postagens :´( Farei o possível para deixar em dia, mas preciso que saibam que estou no terceiro ano (Ano de vestibular) e essa aprovação ainda não é válida. Ou seja, minha vida está meio corrida. Mas não se desesperem, porque se atrasar, será no máximo um dia! Enfim, espero que gostem do capítulo. Boa leitura!
POV OLIVER
Entro no quarto e meu coração para ao olhar para o menino deitado na cama. Seus olhos antes direcionados para a televisão se conectam aos meus e me arrepio com a intensidade. Não tem como não ser meu filho. Seu cabelo é mais escuro que meu, mas seus olhos são idênticos. O formato do rosto e até a forma de franzir o cenho é semelhante. Fico na dúvida de como aborda-lo. Não sei até que ponto ele sabe sobre toda essa situação.
– Oi. – Cumprimenta simplesmente. - Tudo bem? – Connor pergunta depois de alguns segundos de silêncio. Assinto e sorrio nervoso. – Você é o Oliver, certo? – Me surpreendo com sua pergunta e assinto novamente. – Você não tem voz? – Pergunta e rio abertamente. É estranho eu estar tão nervoso, enquanto o menino que deveria estar assustado, está tranquilo.
– Sim, sou o Oliver. – O cumprimento com a mão. – Aperto forte. – Brinco e ele sorri. – O que está assistindo? – Olho para televisão e tento quebrar um pouco o clima tenso no ambiente.
– Jogo dos Yankees. – Dá os ombros. – Quer assistir? – Pergunta e aponta para a cadeira ao seu lado. Me sento ainda nervoso e impressionado com sua tranquilidade. Passo minhas mãos pelo jeans, secando o suor e solto o ar que nem percebia estar segurando. Ficamos alguns minutos assistindo à partida, até que o vejo me fitar curioso, pelo canto dos olhos. – Minha mãe falou que viria me visitar. – Solta e enfim olho para ele. – Não esperava que viesse hoje. Imagino que sua visita seja devido a minha internação repentina. – Finaliza enquanto me analisa dos pés a cabeça.
– Você é muito esperto. – Digo e ele ri com meu nervosismo. Uma enfermeira entra no quarto e nos interrompe.
– Connor, querido. – O chama. – Daqui a trinta minutos está na hora da sua medicação. – O menino revira os olhos e ela sorri fraco. – Não adianta fazer essa cara. Já sabe que preciso que você coma esse lanche para não passar mal. – Coloca a bandeja sobre a mesinha e acho graça da cara que o menino faz quando olha para comida.
– Hoje não tem gelatina? – Pergunta decepcionado e ela sorri, abaixa um pouco e retira de dentro do carrinho dois potes coloridos. Coloca-os sobre a mesa e o sorriso de Connor aumenta.
– Se alguém te perguntar, nunca estive aqui. – Pisca com o olho e deixa o quarto.
Fico observando-o comer até que ele estende um copo em minha direção.
– Quer meu suco? – Pergunta educado e agradeço com a cabeça. Como esse menino pode ser tão inteligente e maduro dessa forma? Um silêncio se instala no local. – Quer dizer que você é meu pai biológico. – Solta depois de alguns segundos e engasgo com o suco oferecido.
– Você sabe então. – Digo mais para mim do que para ele. O que será que Sandra contou para ele?
– Minha mãe me contou tudo há alguns meses, quando meu diagnóstico saiu e ela descobriu que não era compatível para doação. – Parece ler meus pensamentos. - Ela me contou sobre como se conheceram, como eram novos na época e completamente irresponsáveis. – Fala como um adulto. – Me contou como apareci nessa história e a decisão que ela tomou sozinha. Ela me falou sobre seu acidente de barco e em como você mudou depois de tudo o que passou. – Diz tranquilamente.
– O que você acha de toda essa situação? – Pergunto curioso. Quero que ele saiba que pode ser honesto comigo.
– No início fiquei triste. Mas depois entendi o motivo dela ter tomado essa decisão. Afinal, fez isso pelo meu bem. Não posso deixar que essa situação momentânea de insegurança supere o amor que tenho por ela e me prive de viver momentos melhores ao seu lado. – Ok, isso já é demais. Como isso é possível? Um menino de 10 anos ser tão maduro a ponto de me dar um sermão sem saber o que está acontecendo na minha vida.
– Me desculpe por isso. – Digo e ele franze o cenho. – Não deixaria ela tomar uma decisão dessas se soubesse que estava grávida. - Engulo seco. – Sei como é crescer em meio a algumas mentiras. – Ele permanece em silêncio e resolvo me abrir. – Minha família não era muito unida e só agora posso ver. Minha mãe sempre manipulou as pessoas, não por maldade. Para proteger aqueles que ela amava. Mesmo que para isso possa acabar magoando-as. – Ele parece entender o que digo e assente.
– E o seu pai? Como ele era? – Parece curioso.
– Meu pai era distante. – Mil imagens de meu pai surgem como lembranças. - Mas era capaz de qualquer coisa para nos manter juntos. – A imagem dele tirando sua vida naquele bote após o acidente me vem à mente e fecho os olhos com força afastando os pensamentos. – Eu os amava muito. - Ele sorri fraco e olha através da janela para Sandra e Bill do lado de fora.
– Minha mãe sempre foi forte e cuidou muito bem de mim. Não vou mentir que senti falta de ter um pai. – Solta e é como se levasse um soco na boca do estômago. – Até que o Bill apareceu e foi o encaixe perfeito. – Traz o olhar para mim. - Eu encontrei uma pessoa para me inspirar, servir de exemplo. – Suspira e encosta no colchão.
– Não quero que pense que vou ocupar o lugar de Bill. – Justifico e ele sorri.
– Você é uma boa pessoa, Oliver. – Solta e me surpreendo. – Não tem a obrigação de fazer isso. – Justifica e franzo o cenho. – Não é sua culpa estarmos afastados. – Lança um olhar reconfortante e me emociono com suas palavras. - O que acha de sermos amigos? – Pergunta cautelosamente, como se fosse capaz de negar.
– Eu acho ótimo! – Me recomponho desse momento sentimental.
– Legal! – Diz empolgado. – O que você faz? – Endireita-se na cama para prestar atenção.
– Sou vice-presidente da empresa de uma amiga. – Me contento em dizer.
– Amiga? – Sorri torto e não consigo conter uma gargalhada.
– É... Mais ou menos. - Maneio a cabeça. – Sou louco por ela. – Desabafo e uma gargalhada escapa de seus lábios, me fazendo rir também.
– Você gosta de esportes? – Pergunta animado e assinto.
– Beisebol e basquete são meus preferidos. - Penso em dizer que também gosto de tiro com arco, mas me contento com esses dois.
– Os meus também! - Rebate empolgado.
Continuamos nossa conversa tranquila e percebo o quanto Connor é curioso. Isso já estava parecendo um interrogatório em meio a tantas perguntas. A porta do quarto abre e é a enfermeira novamente.
– Desculpem a interrupção. – Diz olhando para mim. – Mas está na hora, Connor. – Suas feições mudam e ele estremece. – Quer que eu chame sua mãe? – A mulher pergunta e ele olha para mim.
– Você pode ficar comigo, Oliver? – Me surpreendo com a pergunta e posso ver através de seus olhos angustia e medo. Assinto e só entendo o motivo quando vejo o tamanho da agulha usada para aplicação do remédio. Sua mão envolve a minha e uma sensação maravilhosa me domina. O menino engole seco e aperta minha mão com força, enquanto a enfermeira aplica a injeção. Sinto pena por vê-lo ter que passar por isso. Mas fico feliz por estar ao seu lado.
– Prontinho. – A mulher sussurra e aos poucos sinto sua mão afrouxar minha. Para minha surpresa, ele ainda segura minha mão e volta a assistir à televisão como se minha presença ali fosse o suficiente. Alguns minutos passam e sinto sua mão se afrouxar de vez. Levo os olhos até o menino que dorme tranquilamente. Sorrio contemplado com a imagem. Connor me lembra muito a Felicity. A forma serena de lidar com as situações difíceis, sempre com um sorriso no rosto. A língua solta, o grande senso de humor e principalmente, o poder que ambos tem de me acalmar.
Saio do quarto depois de quase uma hora e resolvo procurar Sandra para conversar. Ando pelo corredor do hospital até que a encontro na cafeteria ao lado de Bill. Me aproximo e os dois parecem apreensivos. Sento na cadeira a sua frente.
– Como foi? – Pergunta rapidamente e sorrio com sua ansiedade. Agora sei quem Connor puxou.
– Foi ótimo. – Suspiro aliviado. - Ele é maravilhoso. – O dois sorriem e me fitam ainda curiosos, esperando por mais detalhes. – Muito obrigado. – Olho para Bill que franze o cenho. – Você cuidou deles, enquanto era minha função. – Relaxa o rosto. – Fico feliz por isso. Feliz por ter sido você. – O homem sorri. – Não quero que pense que pretendo ocupar seu lugar. Connor é meu filho, mas também é seu. Assumo minha responsabilidade e daqui para frente, quero estar presente em sua vida. – Uma lágrima escorre dos olhos de Sandra e seguro para as minhas não escaparem. – Eu e Connor somos amigos e quero que ele saiba que estou aqui para o que ele precisar. – Finalizo feliz com minha convicção. Sandra pega na minha mão por cima da mesa e agradece com o olhar. Não esperava que fosse me apegar a essa ideia tão fácil, mas no momento que descobri minha importância dentro daquele quarto, percebi que já o amo e estou disposto a tudo para ter esse amor correspondido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai, gente? O que acharam desse menino lindo e compreensivo? O menino nem conhece o pai ainda, mas já está o ajudando com a vida amorosa! Hehehe Eu escolhi escrever assim, porque quero muito que o Ollie entre de cabeça nessa aventura e com um filho desse, quem não quer né? Vou ser sincera, não acho que isso vá acontecer na série, mas é exatamente o que eu gostaria que acontecesse. O Oliver é sempre tão sério, mesmo quando está com Felicity. Esse Connor agitado e curioso vai deixa-lo mais solto ;) Enfim, espero que tenham gostado do capítulo e do grande encontro dos dois. Não deixem de comentar. Beijinhos e até breve!