Better Together escrita por Lirael, MusaAnônima12345


Capítulo 12
Fazendo as pazes


Notas iniciais do capítulo

OOOii gente! Aqui é a Lirael! Já vou começar o capítulo pedindo desculpas. As coisas estão um pouquinho mais difíceis do que eu imaginava, por mais tempo do que eu esperava. Por causa dessa crise, então nem vou entrar em detalhes. Não escolhi uma época muito boa pra mudar de cidade e começar a faculdade, mas o curso está muito legal, então eu não vou desistir. Enfim. Estou aqui me abrindo e nem fiz meu pedido de desculpas. Acabei por negligenciar um pouco as fanfics, concentrada como estava em meus próprios problemas. Mas isso está acabando. Vou tentar escrever pelo menos quinzenalmente. Não vou abandonar vocês, e espero, acima de tudo não decepcioná-los!



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Merida ajeitava o cabelo em uma trança grossa, pensando nos acontecimentos do dia anterior. Astrid, o convite para a festa e, é claro, Rapunzel. Jack insistiu muito, mas no fim, foi Merida que ligou para ela. Sentia que parte do mal estar entre elas era culpa sua, pelo menos em parte. Ela sempre fora muito direta e um pouco bruta e atrapalhada na hora de dizer as coisas, mas não a culpa não era toda dela. Não teria de ter dito nada se a madrasta de Rapunzel não a espancasse em primeiro lugar. Então, fechou a porta, discou o número e aguardou impaciente ouvindo o som das chamadas.

— Alô? - disse a voz familiar.

Merida inspirou fundo antes de falar.

— Rapunzel? - Ela perguntou, sem necessidade. Aquela voz era inconfundível. É claro que era ela.

— Ah. É você Merida. - Rapunzel respondeu, mas sua voz tinha uma nota que Merida não conseguiu indentificar.

— Queria falar com você. Pedir desculpas. - Explicou.

— Sim... Estou ouvindo. - Rapunzel continuou. Agora era claro. Não estava brava, e sim magoada.

— Em primeiro lugar, queria me desculpar por aquela cena no banheiro. Eu não tinha o direito de me meter na sua vida pessoal. - Merida disse, meio sem jeito, apesar de não acreditar muito naquilo. Se alguém estava ferindo seus amigos, então sim, ela tinha todo o direito de se meter onde quer que fosse.

— Não. Não tinha. - Rapunzel confirmou, com o mesmo tom sensível. - Minha tia Gothel é tudo o que eu tenho. Depois que perdi meus pais, ela se tornou minha única família. Você não pode ficar fazendo acusações, sabe. Se alguém... - Ela fez uma pausa e respirou fundo. - Se alguém levar isso a sério, poderiam tentar nos separar e isso seria...

— Eu sei. Eu sei. - Merida a interrompeu. Eu não vou fazer isso de novo. Juro. Só não quero perder sua amizade. É importante para mim.

Aquilo pareceu tocar Rapunzel de algum jeito. Ela ficou em silêncio por um bom tempo, e Merida já estava pensando que ela tinha desligado.

— Rapunzel? Você está aí? Ah, por favor, diga que você não desligou na minha cara!

Uma risadinha do outro lado da linha.

— Claro que não desliguei. - ela disse em um tom divertido, leve. - Desculpe. É que além do Soluço... Eu nunca fui muito popular, sabe? A tia Gothel diz que eu não tenho amigos por que sou irritantemente alegre e ninguém gosta de gente assim.

— Isso não é verdade! - Merida rebateu, com um tom um pouco mais feroz do que pretendia. Franziu a testa, surpresa em perceber  como aquela mulher a deixava brava. Quem é que diz uma coisa dessas para a sobrinha? - Quero dizer - ela recomeçou, num tom mais baixo. - Você não é irritante. E é alegre, sim, mas o que tem de mal nisso?

— Obrigada, Merida. De verdade. Estou feliz que tenha ligado.

— É. eu também. Então estou perdoada? - Merida perguntou.

Mais risadas.

 - Claro que está! - Rapunzel disse, entre os risos.

 - Isso é um alívio. Por que eu estava querendo te chamar para ir comigo a uma fest...

 - Êpa. - disse a voz de Jack, surgindo, aparentemente do nada. - Combinamos que eu é quem iria falar com ela sobre isso.

 - Mas o quê? Como? - Merida balbuciou. - Jack, seu bisbolhoteiro, desliga essa extensão agora. Eu não posso acreditar que você estava ouvindo toda a nossa conversa! - Merida rugiu.

Do outro lado da linha, Rapunzel ria ás gargalhadas, ouvindo a briga dos irmãos.

— Claro que estava. De que outra maneira eu iria garantir que eu é quem iria fazer o convite? E você não tem o direito de estar nervosa, já que descumpriu o nosso acordo e já estava convidando a Rapunzel por conta própria. Então dê o fora da conversa e me deixe falar com ela em particular.

 - Me convidar para quê? - Rapunzel perguntou, subitamente curiosa, antes de ouvir o estrondo de Merida batendo o telefone no gancho. 

 Merida suspirou, terminando de prender a trança com um elástico. e jogando-a de lado. Não estava nada mau, nada mau mesmo. E ao se lembrar da conversa, pensou que no fim das contas não tinha sido tão difícil assim. Rapunzel era uma pessoa sensível, mas não era rancorosa, de maneira nenhuma. Merida começou a procurar uma pulseira simples na caixinha de jóias, e enquanto lutava com o fecho, começou a pensar quando é que começara a gostar tanto de Rapunzel. A amizade tinha brotado do nada, mais por iniciativa dela do que sua, e agora ela estava aqui, disposta a arrancar os cabelos da tia dela, embora a própria Rapunzel não aprovasse isso.  Quando é que as coisas tinham ficado tão intensas?

 Ela borrifou o perfume no ar uma única vez, entrando embaixo do jato. Deu uma última olhada em si mesma no espelho. Um short jeans claro, uma camiseta azul celeste com estampa de um cavalo correndo, uma pulseira com um pingente de espada que seu pai tinha lhe dado. Pelo reflexo do espelho, Merida viu a cabeça branca de Jack aparecer na porta.

— Já está pronta? Ainda temos que passar no Soluço e encontrar com a Rapunzel.

 - Um dia você vai entrar por essa porta sem bater e vai ver algo que o deixará chocado. - Merida ameaçou.

 - Como isso é diferente de qualquer outro dia? - Jack brincou e uma almofada voou na direção dele. A porta se fechou bruscamente, e a almofada atingiu apenas a madeira.

Merida bufou.

 - Desça logo! - ela ouviu por trás da porta. Por fim, suspirou. Seus dias de privacidade acabaram quando sua mãe disse "sim" para North.

 ______

Elinor estacionou bem junto á guia, dando espaço, olhando para Merida para Jack pelo retrovisor.

 - Cuide da sua irmã por mim, Jack. - ela pediu.

 - Mãe! - Merida protestou - Eu sei muito bem me...

 - Claro! Prometo que ela não vai sair da linha. - Ele garantiu, com uma piscadela para a madrasta, descendo do carro antes que Merida pudesse rebater.

Merida ficou olhando boquiaberta, e já ia reclamar, quando Elinor a beijou na bochecha e a despachou com um sorriso.

 - Faça amigos. Divirta-se. - Elinor aconselhou.

 Merida revirou os olhos.

 - Com um irmão desses é uma tarefa impossível. - ela disse, descendo do carro.

 Ela observou a mãe dobrar a esquina e se virou. Na calçada, Soluço e Jack convesavam e ela caminhou até eles, satisfeita com o olhar que Soluço dirigiu a ela. Por um momento, foi como se Jack nem existisse, e ele parou de falar apenas para ficar olhando para ela.

— Oi Merida. - ele disse, meio sem jeito, coçando a nuca Vestia uma bermuda, uma camiseta verde escura com uma estampa preta. Ela se esforçou em ler os dizeres "Night Fury" ao invés de fixar seus olhos nos dele.

Merida corou e se esqueceu até mesmo de responder. Ficou um pouco surpresa com a própria reação desajeitada. Foi Jack quem a trouxe de volta ao mundo dos mortais.

 - Vocês podiam parar com isso, sabe? - ele comentou, despreocupado.

— Isso o quê? - os dois perguntaram ao mesmo tempo.

 - Ah, é sério que vocês ainda nem perceberam? Estão se olhando aí já faz uns tres minutos. Eu ainda estou aqui, se vocês não notaram.

 - Eu não sei do que você está falando. - Soluço disse. 

 Então foi a vez de Jack ignorar os dois, pois Rapunzel surgiu atrás deles, meio andando e meio correndo, com o sorriso mais luminoso do mundo.  Usava um vestido lilás de alças finas e sandálias brancas de tiras mais finas ainda. Seu cabelo estava para cima, preso firmemente em um rabo de cavalo e Merida apostou que até o fim da festa o pobre elástico iria desistir da vida e arrebentar sobre o peso de todo aquele cabelo. Mas teve que admitir que ela estava muito bonita. 

 - Desculpem o atraso, pessoal. - ela disse.

 - A Gothel não deixou você vir? - Soluço disse, erguendo uma sobrancelha. - Você saiu escondida de novo? 

 Merida prestou atenção naquele detalhe. Aparentemente, Soluço conhecia Gothel bastante bem.  Fez uma nota mental para se lembrar de perguntar sobre ela mais tarde.

 - Bem, não exatamente. Eu disse a ela que você e eu estávamos indo para a biblioteca. - Ela se virou para Jack - Minha tia Gothel gosta muito do Soluço, então se eu disser que vou sair com ele, ela não se importa. - explicou.

— Você mentiu para a Gothel? - Soluço perguntou, parecendo realmente chocado. - Nunca pensei que viveria para ver uma coisa assim. O que no mundo te faria capaz de uma atrocidade dessas? - ele ironizou.

Ela não respondeu, mas olhou para Jack de canto de olho. Soluço assentiu, compreendendo imediatamente. Tratou de mudar de assunto logo.

 - Tudo bem. Deixa para lá. Podemos ir então?

 - Achei que nunca perguntaria. - Respondeu Jack.

Caminharam por algumas quadras durante uns poucos minutos. Assim que chegaram na esquina do quarteirão que ficava a casa de Astrid os quatro puderam ouvir a música alta tocando ao ritmo de artistas que ela gostava. Após um pouco de esforço Merida reconhecera o som que saia da festa. Bruno Mars. Surpreendeu-se após perceber que era uma de suas músicas favoritas, o que sugeria que ela e Astrid talvez não fossem assim tão diferentes como ela pensava. Olhou atentamente para a entrada onde haviam vários convidados que conversavam animadamente, enquanto ela observava sentiu um arrepio nas costas.

Alguém está me observando”, pensou, olhando para os amigos de relance.

Enquanto se aproximava lentamente da festa, Merida repassava mentalmente aquilo que ela diria na frente da amiga de Soluço. Não queria acabar por se desentender com quem mal conhecia, ainda mais em um lugar onde nem conhecia muita gente. O som ficava cada vez mais alto e quando finalmente estava em frente a porta de entrada seus pés pararam, tornando-a o centro das atenções de quem estava do lado de fora. Odiava isso. Nunca gostou de chamar a atenção de ninguém, principalmente de pessoas que nunca vira na vida.

— Não ligue para eles. – a voz calma de Soluço soou em seus ouvidos, tranquilizando-a.

Por um pequeno instante ela sentiu o mesmo arrepio que antes. Sentindo suas bochechas esquentarem um pouco ao encará-lo, a garota desviou o olhar e sorriu de canto.

— Eu não ligo. – rebateu, ainda sorrindo e virou-se para trás olhando para os outros.

— Vamos entrar ou não? – Jack perguntou impaciente.

— Achei que nunca perguntaria. – Merida respondeu imitando a voz de Jack. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por tudo (principalmente pela paciência!!) Até o próximo.



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