Guilty Angels escrita por ZodiacAne, Indy


Capítulo 14
Capítulo 14 - Aniversário da Vovó


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo! =D
Gente, cadê vocês comentando? Sumiram!
Eu e a minha co-autora estamos um pouco chateadas com isso. Escrevemos com tanto amor, gostaríamos também recebem o mínimo de reconhecimento.
Por favor, não fiquem achando que isso é ameaça e nem nada do gênero.
Até porque a história não é movida a comentários. Ela é movida por mim e minha amiga. Mas seria legal poder conversar e responder vocês.
Fiquem com o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/616587/chapter/14

Vovó não parava de tagarelar durante todo o caminho de casa, e eu não conseguia focar em uma só palavra dela, tanto que quando paramos eu nem imaginava que passaríamos num estúdio de tatuagem antes de ir fazer compras.

—Vó, me explica de novo, que ideia é essa de fazer uma tatuagem? - Perguntei confusa.

—Você ao menos me ouviu menina? - Resmungou.

—Não senhora. - Ela colocou as mãos na cintura, aparentemente revoltada.

—Você vai fazer uma tatuagem, não eu. - Encarei-a sem saber o que dizer.

—De onde surgiu essa ideia vovó?

—Não vem com essa! Até parece que você nunca me disse que queria fazer uma tatoo! - Riu. Continuei encarando-a sem conseguir aceitar que aquela criatura que parecia minha irmã tinha mais de quarenta anos. Entramos e não demorou muito pra eu escolher a tatoo que eu queria. Fiz uma rosa na coxa direita, o que não levou muito tempo levando em conta que era simples e monocromática. Saindo do estúdio, fomos pra uma das lojas favoritas da vovó, onde eu fiquei namorando um tubinho cinza, tanto que nem percebi um cara super gato de terno e óculos escuros atrás de mim.

—Oi Dan. - Falei rindo.

—Esse vestido ficaria lindo em você, principalmente hoje! - Sorri e me virei pra ele.

—Então, isso é uma prévia do que vou ter hoje a noite? - Sussurrei o puxando pela gravata e o beijando.

—Quem sabe até depois de hoje. - Sussurrou abraçando minha cintura. - Vai experimentar o vestido. - Ri e assenti, passando pela sessão dos sapatos e pegando um vermelho meia-pata tamanho 36. A pele em volta da tatuagem ardia quando eu passava o tecido de qualquer roupa que eu vestisse, me deixando na tentação de procurar um vestido longo com corte na perna pra evitar qualquer coisa. Rápida e discretamente peguei um vestido que igual o outro, parecia perfeito. Vermelho com o corte que eu disse antes. Dan me encarou.

—Jessica Rabbit? Não esperava a encontrar por aqui. - Falou sorrindo.

Revirei os olhos e coloquei a mão em seu peito, me aproximando dele enquanto ele enlaçava minha cintura.

—Seria você meu Roger Rabbit então? - Sussurrei tentando ser sedutora.

—Serei eu tudo o que você quiser senhorita. - Sussurrou me beijando.

Sorri e fui vestir minha roupa, encontrando minha vó cantando um cara na sessão masculina em seguida.

—Mana querida, você vai empacar aí ou a gente pode terminar de fazer compras pra você não chegar atrasada na sua própria festa de aniversário? - Perguntei forçando um sorriso. Ela riu.

—Eu só o estava convidando pra minha festinha. - Respondeu piscando pra ele. Revirei os olhos e a puxei.

—Imagina a cara dele quando descobrir que você já tem mais de quarenta. – Falei a puxando pro caixa. Ela me encarou igual a Karmen quando eu me recusava a obedecê-la, depois suspirou. -Ele não precisaria saber.

—Ainda vai pegar alguma coisa?

—O telefone dele? – Fez biquinho.

Encarei-a segurando o riso.

—Seja rápida. – Resmunguei me dando por vencida.

Cinco minutos depois ela voltou saltitante e pudemos sair dali com um Dan de guarda-costas na minha cola. Algumas horas depois estava tudo pronto e os meninos chegaram. Athos fez a mesma piada de Dan.

—Senhora Jessica Rabbit, não esperava sua companhia nessa festa maravilhosa! – Revirei os olhos rindo.

—Minha vó agradece o elogio, e eu também. – Vovó apareceu por trás de mim, quase me fazendo pular. -Já mostrou pra eles a novidade querida? – Falou se apoiando em mim. Eles me encararam confusos. Afastei levemente o tecido que cobria a tatuagem e Dan apareceu, querendo tocar na minha coxa, mas o impedi com um tapa.

—Ainda tá doendo. – Falei.

O clima depois disso ficou super estranho, então vovó quebrou o silencio.

—Vou pegar uma bebida, nos encontramos em meia hora pra decidir as músicas ok? Divirtam-se! – E saiu.

Quando ela já estava longe, arranquei o plástico que estava cobrindo a tatuagem e joguei em algum lugar.

—Isso não vai piorar? – Niels perguntou. Neguei com a cabeça.

Os meninos saíram e ficamos só eu e Niels ali.

—Aconteceu alguma coisa? – Perguntei notando sua expressão perdida.

—Descobri que os meninos queriam a mesma coisa o tempo todo.

—E o que seria?

—Cantar rock. – Falou sorrindo.

Pulei nele, o abraçando forte, ele enlaçou minha cintura com a mesma força e ficamos grudados por uns segundos. Nossos olhos se encontraram rapidamente, e nossos lábios fizeram o mesmo por um tempo levemente maior. Me afastei rapidamente, assustada e surpresa, resistindo a breve vontade de repetir o que fizemos. Niels e eu nos entreolhamos rapidamente, e depois seu olhar passou pra outro lugar, ou melhor, pessoa. Dan estava atrás de mim.

—Dan! – Quase gritei assustada, pensando no que falar.

—Ei, calma, tá tudo bem! – Ele se adiantou, me deixando confusa.

— Também já tive esse tipo de amizade, de beijar e tudo mais, não tem problema! – E sorriu, me confundindo ainda mais.

—Tá falando sério? – Arqueei a sobrancelha.

—Sim. – Respirei fundo.

—Mesmo?

—Sim senhora.

—Okay, não vou tentar entender isso. – Falei levantando as mãos em rendição e indo pra varanda. Uns quinze minutos depois Athos apareceu.

—Vai ficar o tempo todo aí?

—To tentando entender as coisas.

—Vi que se beijaram. – Disparou me fazendo encara-lo.

—Então viu que Dan não fez nada.

—Não entendi isso direito, mas não esperava que fizesse, conheço ele, não faria uma tempestade em copo d’água por isso. – Me virei, apoiando as costas na sacada.

—Sim, isso a gente viu.

—E ele sabe que Niels e você são só amigos, principalmente que você não faria nada pra machuca-lo. – Sorri. Athos me abraçou e me levou de volta pra festa. – Tava querendo fugir aqui. – Brincou me levando pro meio dos garotos. Revirei os olhos.

—Só estava admirando a lua cheia.

—E virou loba agora? – Joseph brincou. Pisquei pra ele.

—Sempre. – Ele riu e eu cruzei os braços, procurando Dan com o olhar. Não o encontrei, comecei a temer que ele tivesse ido embora, mas pouco antes de irmos nos apresentar ele veio me desejar boa sorte. Sorri, receosa. Ele me abraçou e falou:

—Eu te amo, está tudo bem ok?

Meu coração apertou. Tentei ignorar aquela sensação e subi no palquinho que tinha ali. Começamos com “I really like you”, num ritmo diferente da música que já estava sendo tocada ali. Seguimos com “The only exception” e “You raise me up” em homenagem a minha mãe.

Depois disso os meninos tocaram algumas músicas deles sem mim, e então era eu de novo. Respirei fundo e comecei “Love me like you do”.

A festa em si foi longa, mas nós não ficamos até tarde afinal teríamos aula no dia seguinte, não que essa fosse minha preocupação. Eu não costumava pensar muito na Karmen, mas ela sabia como me atingir, e com isso que rolou com o Niels, as coisas complicariam ainda mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guilty Angels" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.