Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 8
Regenerate


Notas iniciais do capítulo

I'm here! (Embora eu não esteja realmente aqui ¬¬')
Como programado, aqui está!
Espero que curtam!



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Pisco algumas vezes tentando entender o que está acontecendo, como se tudo estivesse em câmera lenta olho para Hill que grita ordens para o piloto, enquanto ele tenta estabilizar o quintjet. Tentando me equilibrar, retiro o cinto de segurança e olho na direção do piloto, no mesmo momento uma espécie de projétil aparece na nossa frente. O piloto grita alguma coisa e as portas se abrem, sem pensar duas vezes, agarro Hill pela cintura e corro para a porta, pulando no vazio sem hesitar.

Estamos em queda livre, girando no ar como bonecos de pano. Escuto o som da explosão e logo vários pedaços de metal incandescente começam a chover a nossa volta. Consigo me “estabilizar”, ficando de barriga para baixo e tenho total certeza que iremos morrer até ver que estamos caindo na direção de um rio, lago ou algo do tipo.

Giro no ar de forma a ficar ereto exatamente no momento em que chocamo-nos com a água. Lembro vagamente de ter lido em algum lugar que cair na água de uma altura superior a 50 metros, é como cair no concreto... E para minha eterna infelicidade quem escreveu isso estava coberto de razão. Sinto uma dor excruciante no peito e faço força para manter o pouco ar que me resta nos pulmões. Abro os olhos dentro d’água e começo a procurar pela Hill, aproveitando a “claridade” proporcionada pelos metais em chamas.

Como não a encontro, volto à superfície para recuperar o ar. Respiro fundo várias vezes e volto a mergulhar, nado entorno de algumas coisas e não consigo encontrá-la.

– Maria! Maria! – grito na superfície, girando freneticamente a sua procura. – Hill!

– Hayden! – escuto uma voz distante.

– Maria?! – começo a nadar na direção da voz e a dor do meu peito só piora a cada movimento. – Maria?! Cadê você?! – grito mais uma vez.

Quando alcanço a “voz”, vejo Hill apoiada em algum objeto caído do quintjet, que flutuava na superfície. Nado até ela e ao me aproximar vejo que sua testa esta sangrando.

– Maria? Você está me ouvindo? – toco em seu ombro e ela abre os olhos.

– Hayden... – ela sussurra meu nome e desmaia em seguida. Usando o objeto de apoio seguro Hill, evitando que ela afunde.

Como não sei quem nos atacou ou de onde partiu o ataque, procuro algum ponto de terra e seguindo o balanço da maré começo a nadar, levando a Maria comigo. Não sei quanto tempo demorei para chegar a terra, mas sinto como se tivesse nadado por toda a extensão do oceano. Arrastando-me, me jogo ao lado da Hill da margem do rio. Tento manter os olhos abertos, mas o cansaço vai tomando conta de mim, e a última coisa que vejo são botas batendo contra o chão.

~~ 8 ~~

– Hayden? Você está me ouvindo? – escuto uma voz distante e baixa a me chamar.

– Acho que ele ainda não está pronto para acordar. – escuto outra voz um pouco mais alta. Sinto alguém tocar meu braço e alisar meus cabelos. Aquele toque me parece tão familiar... Eu tento abrir os olhos, mas não consigo. – é melhor deixá-lo dormir mais um pouco Steve. – escuto novamente a voz feminina, mas dessa vez ela parece um pouco impaciente e repreensiva. Então a sensação de familiaridade vai embora e eu quero gritar para que ela volte, mas não consigo.

~~ 8 ~~

Abro os olhos lentamente, tentando me acostumar com a claridade que invade minhas pálpebras. Tento me situar um pouco e olho em volta, estou em um quarto completamente branco, provavelmente um quarto de hospital. Há uma cadeira próxima ao meu leito, mas não há ninguém no quarto comigo. Isso me deixa triste, mas tento não deixar que isso me abale tanto. Sento-me na cama e olho todos os instrumentos médicos que estão espalhados pelo quarto, em uma tela é possível ver meus batimentos cardíacos e respiração. Lentamente começo a retirar as agulhas intravenosas que estão nos meus braços, consigo tirá-las sem maiores danos, mas quando começo a retirar um aparelho que estava preso ao meu dedo, uma sirene começa a tocar.

Nem bem coloquei os pés no chão, e vários médicos, enfermeiros e agentes da SHIELD invadem a sala. Ergo as mãos em forma de rendição e todos me olham assustados, até que vejo um rosto conhecido tomar a frente da situação.

– Abaixem as armas, pessoal. Parece que o garoto acordou e precisa ir ao banheiro. – Clint caminha até mim com um sorriso contido no rosto – como você está garoto? – os agentes começam a sair do quarto, assim como os enfermeiros. Ficam apenas alguns médicos.

– Eu tô ótimo. Na verdade, nunca me senti melhor. – dito isto, levanto os braços e me espreguiço e vejo os médicos trocarem olhares significativos entre si. – algum problema? – pergunto olhando para eles.

– Precisamos que você faça alguns exames para ter certeza que está tudo bem. – fala um dos médicos cauteloso. Olho para Clint e ele apenas concorda com a cabeça, mas vejo claramente que ele também me olha com certo espanto.

– Tudo bem. – concordo e acompanho os médicos para fora do quarto.

Depois de uma bateria de exames, que incluiu exames de sangue, radiografias e ressonâncias, pude voltar ao meu quarto e trocar de roupa. Assim que sai do pequeno banheiro que havia ali, me deparo com três figuras distintas no meu quarto.

– Hayden! – falam Maria e Steve ao mesmo tempo, Tony apenas acena com a cabeça. – como você está se sentindo? – pergunta Hill, vindo até mim e me dando um abraço. Retribuo e logo em seguida, sou acolhido por outro par de braços, mais fortes.

– Eu estou ótimo. – volto a repetir as palavras de mais cedo – e você Maria? – noto que ela esta com um curativo na testa.

– Viva, graças a você. – ela fala docemente – pela segunda vez... Acho que sempre vou ficar em divida com você. – balanço a cabeça negativamente.

– Tenho certeza que se fosse ao contrario, você teria feito o mesmo por mim. – afirmo.

– Todo mundo ficou preocupado com você. Lá na SHIELD agora você é tipo um herói. – se pronúncia o Tony pela primeira vez – acho que você já pode até se unir aos Vingadores. – Steve revira os olhos e Hill apenas ignora o comentário do Tony. – é sério! Até super regeneração você tem! – completa.

– Super regeneração? – pergunto confuso – o que você quer dizer com isso? – Hill e Steve trocam olhares furiosos com Tony. – hey! Alguém pode me explicar alguma coisa? – pergunto ríspido.

– O ataque ao quintjet foi na terça feira, hoje é sábado. – diz Hill.

– E daí? – falo arqueando as sobrancelhas, esperando por maiores explicações.

– Daí que você fraturou 1 costela e teve uma hemorragia, e hoje, exatamente 5 dias depois do ataque você está curado. Ótimo. Novinho em folha. – esclarece Tony, me deixando abismado.

– Isso não é possível! – murmuro mais para mim mesmo.

– Parece que é sim. – diz Steve – não precisar ficar preocupado Hayden, existem vários casos de pessoas geneticamente modificadas, que são capazes de fazer coisas incríveis. Você pode ser uma delas. – diz me dando um sorriso reconfortante.

– E se eu não for uma dessas pessoas? – tento encaixar tudo isso na minha cabeça, por que no fundo escuto uma voz dizendo que agora estou pisando em ovos.

– Se não for, descobriremos o que você é. – completa Tony de forma soturna. Antes que eu ou qualquer outro pudesse pensar em algo para dizer, o Dr. Banner entra no quarto.

– Agente O’Cornel. Vejo que os rumores sobre sua incrível recuperação são verdadeiros. – fala entusiasmado. Sorrio amarelo porque não sei se isso é uma boa ou uma má noticia.

– Ele ainda está tentando absorver a informação Dr. Banner. Como o senhor deve saber, o Hayden não se lembra de nada sobre o seu passado e até agora não conseguimos obter nenhuma informação. Ele está tão... Surpreso quanto nos. – diz Hill, uma vez que eu não consigo formular nada para falar. Tenho a leve impressão que ao dizer surpreso ela quis dizer outra coisa.

– Entendo. É realmente muito estranho descobrir que seu corpo é capaz de fazer coisas que você não achava possível. – Bruce fala e Tony arqueia as sobrancelhas e todos nós trocamos olhares.

– Ahn... Obrigado pelo apoio Dr. Banner. – agradeço.

– Acho que podemos voltar para a base agora. – suugere Maria. Concordo com a cabeça e Steve se oferece para nos levar.

Assim que entramos na base da SHIELD, noto os olhares curiosos e de admiração sobre mim.

– Você se acostuma com isso. – sussurra Steve para mim. Quando estamos perto dos dormitórios encontramos com o agente Barton e a agente Romanoff.

– Clint. Nat. – cumprimenta Steve.

– Steve. – cumprimenta Natasha de volta, com um sorriso. – Maria, Agente O’Cornel. – me cumprimenta com um misto de espanto e surpresa.

– Agente Romanoff. – faço um meneio com a cabeça. – Clint.

– Agente Hill, preciso falar com você. – diz Clint e se afasta com Hill. Deixando-me com Steve e Natasha.

– Ao que parece dessa vez o Clint não exagerou. Você parece realmente bem. – provoca Natasha.

– Nat. – repreende Steve.

– Só estou expondo um fato Steve. – diz inocentemente. Ela e Steve trocam olhares e dá pra perceber que tá rolando algum tipo de discussão interna. Ela suspira e olha pra mim. – Me desculpe Hayden. Espero que você esteja realmente bem. – ela fala e posso ver que ela não dá a mínima para mim, só diz aquilo por causa do Steve.

– Não precisa fingir que se importa comigo. – falo frio. – eu vou para o meu quarto agora. Obrigado por tudo e até mais, Steve. Agente Romanoff. – não espero por respostas e caminho com passos duros até o meu quarto.

Assim que entro tranco à porta e me deito na cama. Fico algum tempo olhando para o teto tentando limpar minha mente de tudo e de todos, mas parece uma missão impossível. Tomo um banho e coloco uma calça de moletom. Pego um livro qualquer e começo a ler, não sei em qual ponto do livro peguei no sono, mas lembro em qual ponto acordo.

Acordo assim que sinto o carro frear abruptamente e eu ser empurrado para fora do mesmo. Em seguida ouço o som da explosão e sei que a pessoa mais importante da minha vida já não existe mais.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro de português, duvidas, criticas, teorias, receitas vegetarianas... por favor, não hesitem em me falar!
Até domingo! :*



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