Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 5
New enemy?


Notas iniciais do capítulo

Hi Guys!
Obrigada a quem está lendo, comentando, gostando...
Enfim, obrigada!



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Estou deitado na minha cama lendo um livro, quando escuto batidas na porta. Levanto e caminho até a mesma, abrindo-a.

– Bom dia Hayden. – me cumprimenta a Maria.

– Bom dia Hill. – cumprimento de volta e abro espaço para ela entrar. – algum problema ou missão de última hora? – pergunto. Já fazia duas semanas desde a minha bem sucedida missão com o agente Barton, missão essa que me elevou a agente nível 7. Desde então não passo um único dia na base sem ser convocado para alguma missão.

– Não, hoje você fica aqui na base. E é justamente por isso que preciso que você me dê uma ajudinha com o treinamento dos agentes novatos. – diz com um sorriso de canto. Legal, eu iria servir de babá! Preferia sair em missão.

– Tudo bem. – digo dando um sorriso. Não posso negar um favor a Maria, afinal ela sempre me ajudou e continua me ajudando até hoje.

– Ótimo. Pode ir pra sala de combate corpo a corpo. Você irá ensiná-los a se defender! – informa com falsa animação já saindo do quarto.

Coloco uma calça de moletom preta e uma camiseta branca. Nesses quase 2 meses aqui na base da SHIELD eu mudei muito, não tenho mais a aparência cansada que tinha quando cheguei aqui. Ganhei peso e massa muscular, e até cresci, estou com quase 1,80. Meus olhos verdes estão mais vivos e meu cabelo mais loiro. A única coisa que não mudou é a falta de informação sobre meu passado. Até a exames neurológicos eu fui submetido, mas não encontraram nenhuma lesão ou algo do tipo. Pego minha mochila e saio do quarto.

~~ 8 ~~

– Bom dia agentes! –cumprimento assim que entro na sala. – meu nome é Hayden O’Cornel, sou um agente nível 7 e estou aqui substituindo a agente Hill, a pedido dela. Peço que vocês enfaixem as mãos e comecem o aquecimento. – apresento-me e começo a enfaixar minhas próprias mãos.

Sinto o olhar de estranhamento de vários agentes sobre mim, mas já estou acostumado, afinal não é todo dia que vemos garotos de 16 anos sendo agente nível 7. Os auxílio no aquecimento e alongamento e após 15min decido começar o treinamento.

– Eu vou lutar com cada um de vocês, assim poderemos descobrir o ponto forte e principalmente o ponto fraco de cada um. Lembrem-se: é o ponto fraco que nossos inimigos procuram e é isso que eles não podem encontrar. – aviso assumindo uma postura mais firme e de liderança.

Subo no tatame que fica no centro da sala e aponto para um agente qualquer, fazendo sinal para que ele suba.

– Quero que você me ataque. – ele me olha receoso – não precisa ter medo, eu não vou te machucar – completo tentando confortá-lo, mas sua resposta acaba me irritando um pouco.

– Você me machucar? Por favor, garoto. – fala com deboche. Respiro fundo e na primeira investida dele acerto-lhe uma joelhada no estomago. Ele cai no chão tossindo e falo alto o bastante para que todos ouçam.

– Seu ponto forte não foi descoberto, mas seu ponto fraco é claramente a falta de inteligência. Da próxima vez que quiser debochar de alguém por ser mais novo que você... Não o faça. – falo pausadamente a última parte. Ele tenta levantar, mas não consegue ficar de pé e precisa de ajuda pra ser retirado do tatame. – quem é o próximo? – pergunto ríspido.

Depois do incidente com o primeiro iniciante, o treino ocorre sem maiores interrupções. A maioria dos iniciantes não ousava nem mesmo me olhar na cara, o que me chateou um pouco. Eu só quero que me respeitem pelo meu trabalho. Termino de ensinar alguns golpes de defesa para uma iniciante e pergunto.

– Mais alguém quer treinar? – olho ao redor e como não obtenho resposta me preparo para deixar o tatame, quando uma vejo uma mulher ruiva vir até mim. Até aquele momento eu não havia notado sua presença. Será que ela estava ali há muito tempo?

– Eu quero. Se não for problema, ga-ro-to. – e é assim que tenho a resposta para minha pergunta.

Provavelmente ela está ali desde o começo do treinamento e obviamente está fazendo isso para me irritar e constranger na frente dos iniciantes. Ela é uma agente nível 9, ou seja, minha superiora.

– Problema nenhum... Senhora. – respondo no mesmo tom. O sorrisinho debochado dela se desfaz e ela me fuzila com os olhos.

– Vamos ver do que é capaz. – mal termina de falar e avança sobre mim, desferindo socos e pontapés.

Ela tenta me derrubar com uma rasteira e apenas levanto a perna, mas ela consegue ser extremamente rápida e girando no chão consegue ficar em pé e desferir um forte chute no meu peito. Dou alguns passos para trás com a mão no local atingido, ela é muito forte.

– Vejo que o Gavião exagerou quando falou das suas habilidades de luta agente O’Cornel. – comenta com um sorriso debochado no canto da face.

Aquilo me irrita, muito. Parto para cima dela, pronto para acerta-lhe um soco, mas ela apenas desvia e me acerta uma joelhada nas costelas, arquejo de dor, mas continuo em pé. Ela aproveita minha distração e tenta me acertar um chute na face, mas seguro seu tornozelo com a mão esquerda e giro sua perna, a fazendo girar no ar e cair no tatame. Recuo um pouco, tentando recuperar o fôlego enquanto ela levanta com fogo nos olhos. Ela dá dois passos na minha direção e então se lança sobre mim, dou alguns passos para a esquerda e assim que ela atinge o chão acerto um soco no seu rosto, seguido de uma joelhada na barriga. Ela se curva tossindo. Admito que fico preocupado.

– Me desculpe. Acho melhor pararmos por... – ela não espera eu completar e tenta acertar meu rosto com o pé esquerdo, seguido de mais alguns golpes. Eu não queria mais lutar com ela, então apenas desvio e bloqueio seus ataques.

– Vamos lá moleque! – qual o problema dela? Penso ainda recuando. Eu não quero mais lutar, mas ela não para de me atacar.

O único jeito de dar um fim nessa loucura é a fazendo parar. Esquivo-me de um soco seu e acerto-lhe um soco nas costelas, ela recua, cambaleando devido à dor e aproveitando isso acerto-lhe outro soco no rosto e ela cai no chão, sem condições de se levantar. O silêncio que preenche o local é ensurdecedor, todos assistindo de olhos arregalados o final da luta. Obviamente ela bateu muito mais, mas meus golpes eram mais fortes e isso fez muita diferença.

– O que está acontecendo aqui? – escuto a voz da agente Hill atrás de mim. – Natasha? O que aconteceu Hayden? – ela pergunta enquanto se agacha ao lado da Romanoff.

– Eu treinei com os iniciantes e quando terminei, ela pediu pra treinar comigo e... – não consigo terminar. O que eu poderia dizer? Que bati em uma agente nível 9 para que ela parasse de me bater? Que ela me provocou? Que ela não quis parar?

– Depois nós conversamos Agente O’Cornel. – ela fala séria e pelo visto eu vou me dar mal. – todos estão dispensados! – ela informa alto para que todos escutem. Os iniciantes começam a se retirar e a agente Romanoff vai voltando a si.

– Natasha, você está bem? – pergunta Hill.

– Eu... Eu to bem. – olha para mim – ótima. Esse moleque teve muita sorte. – ela levanta em um átimo e coloca o dedo no meu rosto – eu quero revanche! E dessa vez... Eu não vou pegar leve. – completa. Depois sai do ringue, dá pra ver pela forma como ela anda que esta tonta ainda.

– O que aconteceu aqui? – questiona mais uma vez Hill. Solto um suspiro e conto tudo, nos mínimos detalhes.

– Você não devia ter aceitado lutar com ela. – Hill me repreende, depois que conto o acontecido.

– Eu não aceitei lutar com ela. Aceitei treinar com ela. – corrijo, dando ênfase no treinar. O pior é que agora a agente Romanoff vai querer lutar comigo, pra se vingar pelo que aconteceu aqui. Droga! – e ela ainda disse que pegou leve... Tô ferrado! Ela vai querer me matar na próxima vez. – completo exasperado.

– Primeiro: Ela não vai querer te matar, ela quer te matar. – agora ela me corrige dando ênfase no quer – e em segundo: Não vai haver uma próxima vez. – ela afirma. – acho bom você não cruzar o caminho dela e caso alguém venha te parabenizar, faça um favor a si mesmo e não aceite, caso contrario eu vou ter que aceitar as condolências pela sua morte. – completa. Ela se vira e sai da sala.

Continuo em pé no tatame por alguns minutos, então respiro fundo e começo a desenfaixar minhas mãos. Guardo minhas coisas na mochila e vou para meu quarto. Tomo um banho gelado para relaxar, mas não consigo. Sinto-me culpado por ter batido na agente Romanoff. A imagem dela no chão não sai da minha cabeça e sinto uma angustia tomar conta de mim.

– Preciso de ar puro – murmuro para mim mesmo.

Visto uma calça jeans escura, uma camisa branca e um cassaco de capuz. Calço meu all star e saio caminhando pela base, sem uma direção certa. Quando dou por mim estou em uma área que ainda não conhecia, havia alguns quartos e salas, a maioria parecia trancada, mas havia uma porta entreaberta e guiado pela curiosidade decido dar uma olhada.

– Tem alguém ai? – pergunto abrindo mais a porta e colocando a cabeça dentro do quarto para dar uma olhada.

Não tenho resposta e embora uma parte de mim saiba que isso é errado, outra parte de mim quer muito estar ali. Entro e dou uma olhada rápida pelo quarto que é maior que o tamanho padrão e não encontro nada interessante. Viro-me para ir embora quando meus olhos batem em um objeto encostado na parede, meio escondido pela cama e pelo criado mudo. Lanço uma última olhada para a porta, e depois caminho com passos cautelosos até o objeto. O retiro do seu “esconderijo” e não consigo evitar um sorriso ao perceber que estou segurando o escudo do Capitão America.

– Legal – falo e posiciono o escudo no meu braço. Faço alguns movimentos pra testar sua utilidade e praticidade durante uma luta e fico surpreso quando vejo a facilidade com a qual manejo o objeto.

Contudo, percebo que contei vantagem demais quando o escudo escapa das minhas mãos e voa pelo quarto, quebrando e derrubando algumas coisas até voltar para mim.

– Merda! – sussurro quando vejo a destruição causada pelo escudo.

Escuto a porta ser aberta, mas não tenho tempo nem mesmo de largar o escudo. O Capitão entra e olha a toda a bagunça, até que seus olhos pousam em mim e depois no seu escudo.

– O que você fez aqui? – pergunta ele com um semblante sério. Engulo seco.

– Eu posso explicar. – respondo e dou um sorriso sem graça. A porta do guarda roupa que ficou pendurada cai me fazendo encolher os ombros e fechar os olhos.

– Pode começar. Sou todo ouvidos. – afirma o capitão fechando a porta atrás de si.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro.
Até quarta!



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