Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 23
Secrets




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POV Natasha Romanoff

Assim que saio da sala que está servindo como enfermagem, sou arrastada para a sala principal por Tony e Bruce.

– Então, o que você acha que devemos fazer agora? – pergunta Bruce, preocupado.

– Temos que falar com o Coulson, óbvio. – começa Tony, decidido. – o garoto pode representar uma ameaça. Não sabemos o que ele é, ou o que fizeram com ele.

– Ainda é cedo para falar com o Coulson. Não temos certeza sobre nada, temos que estudar o garoto, observá-lo de perto. Não acho que ele represente um perigo iminente. – falo cautelosa. Encaro Bruce e ele parece pesar todas as possibilidades.

– E quanto tempo você acha que ele tem? – pergunta Tony.

– Não sei. Tenho que fazer mais exames, só com o resultado deles eu vou poder calcular quanto tempo ele ainda tem. E com certeza ele vai desconfiar. Ele não é bobo. – Bruce diz.

– Mais um motivo para avisarmos ao Coulson. – insiste Tony. – Eu sei que vocês gostam dele e eu também, ele é uma ótima pessoa, mas o Hayden é um agente da SHIELD e o Phil precisa saber o que está acontecendo.

Já havíamos discutido muito sobre o que fazer e eu não estava de acordo com nenhuma das possibilidades propostas. Depois que o Hayden apagou, achei melhor trazê-lo para a torre e enquanto o Bruce examinava-o, exigi saber o porquê deles acharem que o Hayden representa um perigo. Admito que não gostei nenhum pouco da resposta.

– Não vamos falar nada com ninguém por enquanto. – afirmo incisiva – vamos descobrir que diabos aconteceu com o Hayden e se ele é realmente um perigo ou não passa apenas de mais uma vitima. Até lá, bico calado. – Tony concorda relutante e Bruce dá um sorriso contido.

Saio da sala e vou direto para meu andar. Pego meu notebook e começo a analisar as informações sobre o DNA do Hayden que o Bruce me mandou. Embora eu entendesse pouco sobre o assunto, o pouco que eu sei me permitia compreender o motivo do Tony está tão preocupado. Não é qualquer um que consegue carregar no sangue essa combinação e não morrer.

– Realmente impressionante. – murmuro.

POV Hayden O’Cornel

Paro em frente ao que parece ser a cozinha e não penso duas vezes antes de atacar a geladeira. Passei o dia todo sendo monitorado pelo Dr. Banner, que insistiu para que eu permanecesse deitado, descansando. Obedeci apenas por que começamos a discutir e ele ficou levemente esverdeado. O Tony me interrogou e depois foi embora, disse que precisava trabalhar em algo grande, o que me deixou bastante curioso e apreensivo. Afinal, a última coisa grande em que ele trabalhou acabou indo parar em mãos erradas e eu senti o peso de uma dessas mãos. Natasha sumiu. Não voltou mais nem parar me dar um oi, o que me deixou um pouco chateado. Acho que estou muito sentimental.

– Quem é você? – sou despertado dos meus devaneios por uma voz gutural.

Sobressalto-me e olho em volta, procurando. Então o dono dela entra na cozinha, ficando visível. Um homem muito alto, mais alto até do que o Steve e também loiro.

– Thor? – pergunto meio receoso. Ele é o único Vingador que ainda não conheço pessoalmente.

– Sim, sou eu. E quem é você? – ele caminha até mim.

– Hayden O’Cornel. – apresento-me.

– Nunca ouvi falar sobre você. Por acaso é algum parente de Lady Natasha ou amigo Steve? – reviro os olhos.

– Não. Eu não tenho nenhum tipo de parentesco com qualquer um dos dois. – por que as pessoas insistem que somos parentes? – sou um agente da SHIELD.

– Você não é muito novo? – senta-se na cadeira e me pergunto como ela agüentou seu peso.

– Não tanto quanto parece. – dou de ombros – quer um sanduíche? – ofereço e ele pega dois de vez, juntando como se fosse um e dando uma grande mordida.

– Muito bom! Você que fez? – pergunta com a boca cheia.

– Hum rum. – concordo. – então, o que você veio fazer na terra? – pergunto casualmente.

– Amigo Tony pediu que eu viesse, disse que precisa de minha ajuda para cuidar de alguma coisa grande. – dá mais uma mordida e o resto do sanduíche vai embora.

– E que coisa grande é essa? – pergunto como quem não quer nada.

– Ele não me esclareceu muita coisa. Mas se tratando do amigo Tony, é melhor ficar de olho em qualquer coisa que ele faça. – dá uma risada gutural.

– Você em razão. – concordo rindo também – bom, eu vou indo agora. Foi um prazer conhecer pessoalmente o deus do trovão. – estendo minha mão e ele a aperta, fazendo meus ossos estalarem.

– Digo o mesmo, novo amigo! – ele larga a minha mão e disfarcadamente massageio-a com a outra. – espero encontrá-lo mais vezes. Seus sanduíches são tão bons quanto os do amigo Steve.

– Sanduíches são a minha especialidade. – são a única coisa que sei fazer. Completo mentalmente. – então, melhor eu ir agora. Boa noite Thor. O Tony deve está no laboratório. – aviso já me encaminhando para a saída.

– Até mais. – ele fala e vira-se em direção a geladeira.

Saio praticamente correndo da cozinha e volto à improvisada ala hospitalar. Como não encontro o Dr. Banner em lugar nenhum, deixo um bilhete dizendo que precisei voltar para a base e saio da torre o mais rápido possível. As ruas estão desertas, afinal já é bem tarde. Olho para o céu e suspiro. Ultimamente venho trocando com muita freqüência o dia pela noite, e os efeitos dessa troca já podem ser sentidos. Pego um taxi e em mais ou menos 40min estou de volta à base. Ignorando todos a minha frente, vou direto para meu quarto onde reviro tudo até achar as roupas usadas na última missão.

Procuro em cada bolso, torcendo para que ninguém houvesse feito isso antes, até encontrar o pen-drive no qual salvei os arquivos sobre o grande projeto revolucionário do Tony Stark, que estava sob o poder dos agentes da HYDRA.

– Vamos ver o que você está aprontando grande gênio. – falo enquanto analiso o pen-drive que parece está em ótimas condições, embora tenha apanhado tanto quanto eu.

Pego o notebook que trouxe da casa do Tony, ou melhor, do laboratório que fica na torre dos Vingadores e o abro. Não queria abrir nada nos computadores da SHIELD, alguém poderia ver e ai eu teria que explicar o porquê de não ter contado a ninguém que salvei o projeto. Na verdade, eu já teria que explicar o porquê de tê-lo salvo, uma vez que eu deveria ter apagado quaisquer coisas relacionadas a esse projeto. Respiro fundo e insiro o pen-drive no notebook, enquanto olho para a tela com expectativa. Nada acontece. São necessárias mais três tentativas até que o computador finalmente consegue identificar o novo hardware.

Rapidamente abro o arquivo e começo a ler pagina por pagina, analisar projeto por projeto, cada variação feita tanto pelo Tony quanto pelos agentes da HYDRA. Leio com calma e várias vezes sou obrigado a reler algumas coisas e pesquisar sobre outras na internet. Depois de mais de uma hora nesse estudo sobre física e mecânica quântica, consigo captar em teoria a essência do projeto.

– Uou... – murmuro. – É realmente um grande projeto. Um grande e perigoso projeto. – completo embasbacado.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro... Até mais!
Beijooo



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