Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 24
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Máquina para controlar o tempo?

Será que o Tony realmente seria capaz de conseguir tal coisa? Obviamente dinheiro e inteligência para isso ele tem. Como o mesmo gosta de dizer: Gênio, playboy, filantropo, bilionário. Ele não tem essa fama a toa.

Entretanto, segundo os cálculos realizados, isso levaria anos para ficar pronto e ainda assim não tem 100% de garantia de sucesso. Construir essa máquina requer muita dedicação e estudo, um cálculo errado e as chances de dar certo caem drasticamente. A única coisa que não ficou clara, foi se a “viagem” será feita por meio físico ou somente a consciência. Melhor dizendo: Se alguém vai ser submetido a voltar ao passado ou ir ao presente, ou se a consciência será enviada para algum desses momento da historia.

Minha cabeça começa a rodar com tanta informação. Essa maquina abrira um leque de possibilidades para a humanidade caso venha a funcionar perfeitamente, e exatamente por esse motivo ela representa um perigo. Da mesma forma que alguém pode ser enviado ao passado para evitar uma guerra, ela pode mudar o rumo da historia trazendo a tona outro vencedor. Imagine o que a Hidra não poderia fazer voltando ao passado? Poderia exterminar qualquer um antes mesmo que a pessoa viesse a representar um perigo real a ela.

– Steve... – sussurro.

A Hidra poderia simplesmente matá-lo antes que ele se candidatasse ao projeto do super soldado. Ou mesmo, matar o criador do soro. As coisas poderiam ser muito diferentes... Ainda podem.

– Hayden? – praticamente pulo na cama quando Hill aparece na porta.

– Ahn, Maria! – arranco o pen-drive – entra. – disfarcadamente escondo o pen-drive embaixo do travesseiro.

– Não sabia que você tem um notebook. – fala apontando para o mesmo que está no meu colo.

– Não é meu. Peguei emprestado na Torre. – dou de ombros.

– Algum trabalho tão pessoal que não possa ser feito nos computadores da base? – pergunta num tom divertido, mas é perceptível a real intenção por trás das suas palavras.

– Não. Não estou envolvido em nenhuma missão no momento. O notebook é apenas para que eu possa passar o tempo. Estudar, jogar um pouco. – respondo naturalmente. Hill me encara por alguns instantes, mas parece acreditar nas minhas palavras.

– Tudo bem. – senta-se na minha cama – eu soube que você passou mal e que quem te ajudou foi a Natasha. Vocês estão bem próximos não é mesmo? – ela desvia o olhar quando diz isso.

– Com ciúmes Maria? – pergunto brincalhão.

– O que?! – exclama – não é nada disso. Eu só fiquei... Feliz. É bom saber que finalmente vocês se entenderam. – semicerro os olhos e ela continua. – okay! Talvez eu esteja com um pouco de ciúmes sim. – admite. Nos dois rimos.

– Não precisa ficar com ciúmes. Você ainda é minha madrinha e com certeza é uma pessoa que eu mantenho em alta estima. Eu gosto muito de você Hill, e vou ser grato a você pelo resto da minha vida. – sim, com certeza estou muito sentimental.

– Sempre seremos gratos um ao outro. Você já salvou minha vida mais vezes do que eu gostaria. – limpa a garganta – então, o que aconteceu? Você tá doente? – me olha preocupada.

Suspiro.

– Não sei. Nem o Dr. Banner sabe. Levaram-me para a torre para fazer alguns exames mais “específicos”, mas nenhum deles obteve resultados conclusivos.

– Nenhum resultado? – pergunta de cenho franzido.

– Nenhumzinho. – balanço a cabeça negativamente.

– Não fique preocupado, o Dr. Banner é um gênio e com certeza vai descobrir o que tem de errado com você. Se é que tem alguma coisa de errada com você. – pisca pra mim e se levanta.

– Obrigado pelo apoio. – levanto-me também e a levo até a porta.

Ela acena pra mim e sai do quarto, então tenho uma idéia.

– Hill! – chamo por ela.

– Sim? – ela vira-se pra mim.

– Ahn... Lembrei de uma coisa. – tento organizar meus pensamentos de forma coerente – ontem á noite, um pouco antes de passar mal, eu precisei ir até a sala onde fazemos os interrogatórios.

– Por quê? – ela me interrompe.

– Precisava de alguns documentos antigos para atualizar alguns arquivos. – respondo naturalmente e ela concorda com a cabeça. – mas um dos seguranças barrou minha passagem. Disse que eu estava proibido de entrar lá até segunda ordem. – completo. Hill parece pesar minhas palavras e solta um suspiro.

– O soldado acordou. – fala direta. – faço uma cara de surpresa.

– Porque ninguém me contou? – de fato passei os últimos três dias esperando alguém me contar a novidade, mas parece que não é tão importante assim.

– Porque estávamos esperando ele se estabilizar. Ele estava sendo sedado, para que pudessem fazer alguns estudos e pesquisas a seu respeito. É a primeira vez que ele é pego e não podemos desperdiçar essa oportunidade. – ela me arrasta de volta para meu quarto. Obviamente esse não é o tipo de assunto que pode ser discutido nos corredores.

– Há quanto tempo ele está acordado? – pergunto cheio de expectativas.

– Pouco mais de 72 horas. – ela não mentiu – ele estava muito confuso no começo, falava em vários idiomas, principalmente em russo. Não lembrava nada e não falava nada coerente, a única coisa que conseguimos identificar no meio disso tudo foi um pedido para ver Natalia Romanoff. – engulo seco.

– Natalia Romanoff? – então esse é o verdadeiro nome dela?

– Natasha Romanoff. Ao que parece eles já se conhecem. – meu coração dá um salto com essa nova informação. Que tipo de relacionamento eles tinham? E porque a Natasha nunca falou nada sobre isso?

– E ela já sabe que ele quer falar com ela? – minha cabeça volta a girar.

– Na verdade, não temos certeza se ele realmente vai falar alguma coisa com ela. Sendo assim o Diretor acha melhor esperarmos mais um pouco.

– Mas ela já sabe? – insisto. Hill suspira frustrada.

– Sim Hayden. Ela já sabe. – fala por fim.

– E ela aceitou vê-lo? – meu coração bate descompassado. A idéia de ter a Natasha e o Bucky frente a frente não me agrada. Imagens dos meus últimos pesadelos dançam na minha cabeça.

– Ela não deu nenhuma resposta ainda. Disse que precisava pensar sobre tudo isso. – Hill fica pensativa por alguns segundos – acho que ela não quer magoar o Cap, afinal, o Steve procurou por ele por muito tempo e agora que finalmente o encontrou ele continua sem lembranças sobre a amizade dos dois.

– Deve ser – falo meio indiferente. Com certeza o Steve vai ficar magoado, mas por outro motivo.

– Olha Hayden – Hill fala, chamando minha atenção – até o momento não foi decidido nada, mas seja lá qual for à decisão, você vai ficar ciente de tudo que estiver acontecendo. A captura dele foi graças a você. – dou de ombros.

– Eu não quero que ele veja a Natasha. – falo duro.

– O que?! – Hill me encara sem entender.

– Eu não quero que ele veja a Natasha. – repito – não quero os dois sozinhos na mesma sala. Eu não quero nem mesmo que ele respire o mesmo ar que ela. – Hill pisca algumas vezes, surpresa.

– Isso está fora do seu poder de escolha. – ela afirma firme. – se o diretor decidir que a Natasha vai interrogá-lo, ela irá fazê-lo queira você ou não. – me dá as costas.

– Eu mesmo posso interrogá-lo. – ofereço

– Hayden, não é você quem decide isso. – fala pondo um ponto final na discussão.

Sai do quarto batendo a porta e eu me jogo na cama. Empurro o notebook para o lado e pego o pen-drive. Giro-o nas mãos por algum tempo, pensando na quantidade de problemas que surgiram em tão pouco tempo.

Minha saúde. Máquina do tempo. Interrogatório do Soldado. Minha saúde. Máquina do tempo. Interrogatório do Soldado. Minha saúde. Máquina do tempo. Interrogatório do Soldado.

Eles ficam rodando na minha cabeça até se tornarem um só, ou melhor, até parecem estar interligados. Talvez resolvendo um, eu consiga resolver os outros. Decido começar pelo que parece ser o mais simples. Sendo assim, pego o celular e disco alguns números. Aguardo três toques até ouvir uma voz bastante conhecida do outro lado.

– Steve. – começo com a garganta seca – você pode conversar agora? É sobre a Natasha... E o Bucky.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro, não pude revisar com muita atenção.
Até mais!



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