Liga da Justiça: O Primeiro Impacto escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 7
O palhaço insano


Notas iniciais do capítulo

Pessoas desculpa a demora para postar, estava meio ocupado, em compensação esse é um dos capítulos mais tensos que eu escrevi dessa fanfic até agora espero que goste :)))) comentem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615302/chapter/7

Num caminhão em alta velocidade carregando um contêiner está o homem maquiado. A maquiagem branca cobre algumas de suas cicatrizes, ele usa um batom vermelho sangue em sua boca para desenhar um sorriso escandaloso que vai de orelha a orelha. Seu cabelo está numa coloração nada comum, um verde claro e vivo, os fios de cabelo estão lambidos e jogados para trás. Ele usa um terno na cor roxa e se comporta como um palhaço.

Está dirigindo o caminhão pelas ruas movimentadas de Gotham, a carga não é revelada do container, mas é notável que é algo grande.

Enquanto dirige em alta velocidade ele assovia no tom de uma sinfonia de Beethoven tranquilamente despreocupado com um provável acidente que ele irá causar.

Os carros que estão em movimento na mesma rua com medo mudam para a outra pista. Um motorista preocupado tenta anotar a placa do veículo, mas tudo que encontra nela é uma mensagem “Coringa”.

O caminhão diminui um pouco a sua velocidade quando o motorista nota que está chegando ao local que ele queria.

O caminhão arromba os portões de madeira podre da ACE química chegando o mais próximo possível da fábrica.

Com o caminhão já parado o palhaço desce do mesmo carregando consigo um lança granadas na mão esquerda.

Um pouco afastado do caminhão, ele dispara três tiros na carga do contêiner e começa a sair da fabrica.

O fogo surge logo após os tiros, as pessoas que ouviram o som das balas assustadas começam a correr pensando estar acontecendo algo horrível.

Ele deixa o local, e logo após cruzar o portão ocorre uma enorme explosão ocasionada pelo fogo ligado ao carregamento do contêiner. O fogo se espalha por toda empresa causando estragos a ela também. E logo uma sequência de outras grandes explosões é ocorrida.

A única reação do palhaço ao ver essa tragédia é uma risada, uma terrível e insana risada...

...

Num canal de televisão, uma transmissão é feita ao vivo um dia depois da explosão da ACE química. O apresentador sentado em um balcão dita as palavras ensaiadas, logo após a luz verde no estúdio de gravação se acende, dando o sinal de que ele está ao vivo.

— Boa noite, ontem um grave acidente aconteceu, uma explosão acabou com a ACE química, por sorte ninguém ficou ferido, o lugar estava fora de funcionamento no dia...

A gravação é interrompida por chiados. A imagem vai se distorcendo na televisão, o estúdio que era um balcão com o apresentador vai se transformando. O mesmo apresentador não entende o que está acontecendo e para de falar achando que a gravação caiu.

— Sorte? — A voz do palhaço computadorizada e com bastante interferência é dita na maior tranquilidade e em um tom baixo. — Acha que se eu quisesse ter matado alguém eu não conseguiria? Isso é só um aviso.

— Aviso? — Gagueja o apresentador com sua imagem ainda distorcida na televisão. — Quem é você?

— Que horas são? — Pergunta ele mudando seu tom de voz para um tom mais normal.

— O que isso tem haver? — Gagueja novamente o apresentador.

Os trabalhadores e o diretor do programa percebem que a audiência do jornal subiu muito alto, um recorde quebrado, e por isso eles continuam com o programa ao vivo, enquanto um chefe na área de T.I tenta rastrear a ligação para informar a polícia.

— Bem, dependendo da hora eu posso ser apenas um cidadão americano, ou um terrorista procurado por todos os policias de Gotham. — Solta uma leve risada. — Não, não, relaxe, eu vou falar o que eu quero. — Ele não se contém alterando novamente seu tom de voz e dando outras gargalhadas bem baixas. — Uma hora da tarde, pois é, eu ainda sou um cidadão americano. Vou abrir o jogo, tem uma bomba em um estádio de futebol... Essa dica não foi para a polícia, foi para o morcego, só tem um problema... Morcegos não voam ao dia, voam? — Novamente solta sua gargalhada insana de maneira bem alta perdendo o fôlego e assustando o apresentador.

A interferência se encerra fazendo a imagem voltar ao normal. O apresentador está de boca aberta sem saber mais o que falar, os outros por trás da câmera sem saber o que fazer também ficam em absoluto silêncio.

...

Bruce irritado se levanta do sofá derrubando seu copo de café no chão sem querer.

— Você não vai lá, não é? — Pergunta Dick surgindo atrás do sofá com uma bandeja de metal bastante limpa e sobre ela uma taça contendo vinho.

— Acha que a polícia vai dar conta disso? — Resmunga Bruce arrumando seu roupão.

— Bruce, para! — Ele afirma irritado chamando atenção dele. — O Alfred não iria querer isso, ele não iria querer que você se arriscasse desse jeito.

— Alfred sabia que eu saia para torna dessa cidade um lugar melhor. — Ele rebate.

— Mas a diferença é que você faz isso a noite e essa é a sua vantagem, acha mesmo que ninguém vai notar você lá, e você também não pode ir como Bruce Wayne, a imprensa inteira está lá, o que acha que vão pensar quando verem você desse jeito? — Ele aponta para os ferimentos no rosto. — Você pode estar melhor, mas ainda tem cicatrizes.

— Não vou como Batman, e também não vou como Bruce Wayne...

...

As ruas de Gotham agora estão bastante movimentadas. Várias viaturas da polícia correm em alta velocidade para chegar ao estádio de futebol onde está acontecendo a final de um jogo, a prioridade é lá, pois seria o lugar mais óbvio aonde a bomba seria explodida.

Os policias buzinando para todos saírem do caminho com seus carros em alta velocidade nas ciclovias. Enquanto isso Bruce Wayne se prepara colocando um tipo de roupa completamente diferente. Enquanto coloca roupas sociais e um óculos escuro para que as pessoas não percebam quem ele realmente é, ele pensa sobre algo.

“É óbvio demais...”

Após a sua mente abrir com esse pensamento ele finalmente percebe o verdadeiro plano do misterioso homem por trás da interferência.

Corre para seu esconderijo de baixo da mansão Wayne. No caminho Dick pergunta para ele.

— O que houve?

— Não é óbvio? — Bruce responde mantendo seus rápidos passos até uma sala especifica. — Esse cara é inteligente ele invadiu uma das maiores redes de televisão de Gotham, acha mesmo que ele entregaria as cartas tão fácil assim? Existe outro estádio de futebol em Gotham vazio... Aquele outro lotado para qual todos os policias estão indo é uma distração, o outro estádio está vazio, mas o hospital ao lado não está, e sabe o que vai acontecer se aquele estádio explodir?

— E eu ainda questiono a sua inteligência... Mas como você vai chegar pulando de prédio em prédio tão rápido? O estádio fica do outro lado da cidade?

— Quem disse que eu vou a pé?

...

A cachoeira da mansão Wayne começa a emitir um som estranho, algo mito alto. Parece um motor, mas claramente não é um motor de um carro, pelo menos não é um motor de um carro comum.

O ronco do motor faz com que as plantas próximas à cachoeira tremam. Uma luz extremamente forte se mostra visível agora. O brilho da luz branca ilumina uma boa baste daquela estrada mesmo com a luz do dia já fazendo aquele trabalho.

Alguns segundos depois o som do motor aumenta e finalmente. Ele sai da cachoeira se revelando algo completamente diferente do esperado.

O veículo é um tipo de carro completamente diferente. Na coloração preta fosca com suas janelas no mesmo tom. Rodas e vidros a prova de bala. O carro lembrava claramente uma Ferrari, porém maior e com dois canhões no capô. A parte traseira lembrava alguns veículos do exercito, e os vidros eram muito pequenos, sem falar nas portas que mal eram visíveis.

O carro sai em alta velocidade pelas ruas desertas e rurais com destino a cidade.

...

As ruas de Gotham agora recebem o som do motor assustador do Batmovel, o veículo de guerra chama atenção de todas as pessoas na calçada que olham o carro passar em alta velocidade sem tempo de puxar o celular para bater uma foto.

O atalho escolhido pelo Batman é algo estratégico, não tem carros e nem muito movimento. O único problema, é que existe uma rua da qual ele precisa pegar o caminho que não tem fim.

Passando pela mesma, o Batman dá o comando de voz.

— Computador, explodir obstáculo.

As armas do carro que lembram claramente canhões porém em tamanho maior, se posicionam contra a parede de tijolos velho enquanto ele continua em alta velocidade. Já tendo travado o alvo, o computador dispara três tiros.

As balas perfuram a parede com tanta rapidez que é visível apenas a fumaça, que logo é esquecida pelo vento que é carregado pelo carro.

Uma rachadura naquela parede grande já era o suficiente para ele passar, arromba-la e cortar caminho para a rua principal. Aquela rua era a última para chegar no estádio de futebol.

O transito não é um problema tão grande já que a maioria das pessoas estavam indo para o outro estádio antes de ouvirem o comunicado do palhaço...

Tendo avistado o estádio ele diminui um pouco a velocidade ignorando as pessoas que olham com medo do carro de guerra.

...

Já dentro do estádio de futebol, o homem morcego percebe que a entrada pelos fundos está arrombada. Seguindo os sinais do arrombamento e as pegadas de lama no piso isso dá para uma sala central.

Ele arromba a porta, mesmo sabendo que tudo poderia ser uma emboscada, já que as pegadas no chão estavam óbvias demais.

A sala se revela um local com a imagem de todas as câmeras de segurança e no centro uma mochila com alguma coisa suspeita dentro. Entrando na sala as telas que mostravam as câmeras de segurança mudam revelando a imagem do palhaço psicopata, com seu sorriso insano.

— Olá morcego, como tem passado? E a família como está? — Pergunta com sarcasmo ajeitando as luvas.

— Quem é você? — O morcego pergunta com sua voz grossa.

— Espero que tenha gostado da nossa brincadeirinha de hoje, isso deixou você bastante animado. Te vejo em breve, e procure o meu sinal...

As imagens voltam ao normal. O palhaço some e sem tempo para pensar o homem morcego abre a mochila. O que ele encontra é estranho e bizarro ao mesmo tempo.

Várias cartas de coringa de um baralho, e no fundo a uma carta.

Ele puxa a carta em meio a todas as outras. Aquela tinha algo de diferente, uma mensagem escrita com letras borradas e a pressa na cor roxa.

“Talvez, o óbvio não seja tão óbvio assim... HAHA te peguei.”

Um som extremamente alto é escutado, mas não vem desse estádio e sim de outro local.

...

“Aqui é Vicki Vale transmitindo ao vivo para vocês, parece que a bomba acabou de explodir no estádio aonde iria acontecer a final de um jogo de futebol! Por sorte a polícia conseguiu tirar todos a tempo da bomba explodir...”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Liga da Justiça: O Primeiro Impacto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.