Liga da Justiça: O Primeiro Impacto escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 14
A batalha em Metrópolis


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpa a demora pessoal. Estou atualizando várias fanfics ao mesmo tempo. E às vezes eu atraso mesmo. Mas em compensação esse eu considero um dos melhores capítulos que eu fiz. E espero que pensem o mesmo.



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            Os policiais de todos os cantos da cidade já se preparam para o pior. As pessoas, mesmos desesperadas, ainda são curiosas. Decidem ficar nas ruas por sua própria conta. Mas ainda há aqueles que fogem para algum abrigo sabendo do que se trata.

            Os estranhos alienígenas estão no ar. Alguns conseguem voar de alguma maneira. Já outros estão aterrissando em terra plana deslizando entre prédios, como se aquilo tudo fosse algo normal.

            A armadura deles eram todas iguais. Uma roupa preta, com capacete de mesma cor. Lembrando motoqueiros comuns.

            Eles soltam um grito de batalha enquanto chegam ao chão. Um grito jamais escutado antes, como se fossem animais desesperados por pegar a sua caça.

            Algumas pessoas se esforçam para conseguir imagens dos alienígenas, mesmo correndo perigo. Dentre elas, está Jimmy Olsen com uma câmera profissional, buscando por fotos perfeitas para sua futura matéria no planeta diário.

            O garoto de olhos verdes, cabelos ruivos e encaracolados estava tão preocupado com a sua matéria que acabou não percebendo que as pessoas atrás dele estavam recuando por medo dos alienígenas.

            O primeiro finalmente aterrissa. Bem próximo de Jimmy que começa a sentir um certo medo, mas continua batendo as fotos, por pressão de seu chefe.

            O misterioso na armadura se aproxima de Jimmy notando a câmera apontada para ele. O alienígena parece ter se incomodado com a máquina fotográfica. Mas mantém a postura de silêncio e mistério.

            Após alguns passos ele está cara-a-cara com Jimmy. O fotógrafo nota agora que está sozinho com o alienígena. E que as pessoas mais próximas teriam recuado vários passos por medo.

            Ele sabe que tem um problema agora, mesmo que nenhum alienígena ainda tivesse atacado.

            É então um som é emitido da nave. Como se fosse o barulho de um alerta. Alguém começa a falar e o som se espalha pela nave fazendo a cidade inteira escutar.

— Causem dor e sofrimento a todos! Eu quero ver o kryptoniano lamentar a perda de todos humanos. — A voz parece ser de Brainiac e está muito mais assustadora do que antes.

            Todos na cidade escutaram o comunicado vindo da nave. Inclusive os alienígenas que agora estendem suas mãos para que uma espada se materialize em seus braços. Algo incrível, porém assustador.

            O mesmo acontece com o alienígena a frente de Jimmy. Ele puxa sua espada. É um momento tenso. Ninguém ainda teria começado o ataque. Todos estão com medo, pois Superman ainda não teria chegado.

            O coração do fotógrafo bate mais forte agora, ele sabe que esses são seus últimos momentos. Seus olhos se enchem de lágrimas. E o alienígena se prepara para derramar o sangue do humano entre as ruas.

            É então que um som estrondoso é escutado por todos na superfície. É como se alguém estivesse se movendo rápido demais entre as ruas.

            Tudo que os alienígenas que voam conseguem ver, é um borrão vermelho em alta velocidade. Mas mal conseguem identificar o que é por conta da rapidez.

            O alienígena que está prestes a matar Jimmy nota que algo está errado. De alguma maneira, junto a outras pessoas, ele escuta o som vindo das outras ruas. E cada vez mais se aproximando dele.

            Jimmy já não sabia mais o que fazer. Esperava por sua morte, e queria que fosse algo sem sofrimento. Desesperado e soando ele grita.

— Faça agora!

            Os gritos de desespero não dão em nada. Ele decide abrir os olhos para ver o que está acontecendo. Nota que a espada está vindo em sua direção. Porém, algo acontece.

            Em questão de um milésimo de segundo, o alienígena que estava ali com a espada pronto para matar Jimmy some. A espada cai no chão e faz um barulho de ferro batendo no asfalto.

            Sem entender o que está acontecendo Jimmy procura uma explicação, olhando para todos os cantos. Mas não encontra nada. Nem ele, nem as outras pessoas que estavam ali conseguiram entender o que estava acontecendo. Mas mesmo assim todos dão um grito comemorando pela estranha e sinistra vitória.

▲▲▲

            A cidade entra em caos. Todos os policiais estão lutando agora bravamente contra um único e desconhecido inimigo. A cidade já teria passado por uma invasão uma vez, mas foi apenas um alienígena. Ninguém ali esqueceu daquilo, mas agora eram vários.

            Uma policial se vê sozinha numa avenida lutando contra cinco soldados de Brainiac. Alguns estão com espadas na mão e outros com armas alienígenas muito ferozes.

            Alguns disparam alguns tiros. As balas tem uma cor azul e deixam um rastro no ar — como se fosse uma linha — de mesma cor.

            Por sorte, o treinamento na academia de polícia de Metrópolis fez com que Rose se torna-se uma perfeita policial, pronta para o combate.

            Ela consegue desviar de alguns tiros. Mas um dentre eles atinge o seu ombro, ela sente um leve choque no mesmo, e o sangue começa a escorrer por todo seu braço manchando também sua jaqueta de policial.

            Tem somente mais três balas em seu pente e ainda tem mais cinco soldados em pé. Uma situação muito difícil para ela que mal sabe o que fazer agora.

            Abaixa sua cabeça enquanto os soldados dão alguns tiros no carro do qual ela usa como barreira de proteção.

— Vamos lá Rose, você consegue. É uma mulher poderosa. — Ela cochicha.

            É então que ela escuta um grito feminino e alto vindo do local de batalha. Por curiosidade ela decide levantar sua cabeça para ver o que está acontecendo.

            E lá está ela, a amazona com seu escudo na mão se defendendo dos golpes dos alienígenas com maior facilidade. Ela ri, uma risada forte e poderosa.

— É só isso que conseguem fazer? Lutem criaturas! Lutem! — Grita ela, a Mulher Maravilha.

            Os tiros atingem o seu escudo que mal causam arranhões. Ela então puxa sua espada do apoio em suas costas.

— Minha vez!

            Ela decide partir para cima, mesmo estando em desvantagem. Ela não parece se importar com a situação.

            Rose observa toda a batalha impressionada com a força da mulher que para ela ainda era desconhecida.

— Quem é você? — Ela cochicha.

            A mulher crava sua espada na barriga do primeiro soldado e depois a puxa apoiando seu pé entre o ombro dele para ter mais força. O soldado cai no chão sem forças.

— Qual de vocês é o próximo?! — Grita a mulher valente.

            Ela serra os dentes partindo para cima dos quatro últimos restantes. O primeiro é derrubado com um chute. Enquanto ela luta bravamente contra eles. Um dos soldados decide disparar um tiro nela, tendo visto que ela estava despreparada.

            Mas ela percebeu a movimentação estranha. E quando o tiro é dado ela ergue o seu braço fazendo com que a bala bata em seu bracelete, partindo ela em duas e caindo no chão. A guerreira amazona apenas solta um leve sorriso e continua a batalha.

            O mesmo soldado que está afastado da batalha decide disparar outro tiro. Dessa vez ele mira na cabeça da amazona para não haver erros. E quando aproxima seu dedo do gatilho ele é surpreendido por um tiro da policial Rose.

            A bala atinge em cheio a cabeça do soldado fazendo ele cair no chão em questão de segundos. A amazona olha para a humana e balança a cabeça positivamente continuando a luta.

            Sua lâmina naquele momento causa muitos cortes aos seus inimigos. Os mesmos gritam enquanto recebem os golpes de uma verdadeira guerreira. Ela dá socos e chutes nos alienígenas enquanto grita, um grito de força e poder.

            Três dos últimos quatro restantes já estão no chão. O último está em pé. E dessa vez ela decide usar algo diferente. Ela puxa de sua cintura seu laço, conhecido como “Laço da Verdade”, que obriga todos que são tocados com o mesmo a dizer as mais sinceras verdades com tortura.

            Ela lança sobre o último, o laço é amarrado na barriga do soldado com algum tipo de força sobrenatural. Ela segura a outra ponta do mesmo e começa a fala:

— Quem está por trás de tudo isso?!

            O soldado se sentindo torturado, quase não conseguindo falar abre a sua boca.

— Brainiac.

— Obrigado pela informação. — Ela termina puxando o laço com força que por consequência traz o homem junto. Com um impulso ela dá um chute derrubando ele e desacordando-o.

            Ela recolhe o seu laço e o guarda enquanto olha para todos os caídos na batalha. Pensativa, tentando bolar alguma estratégia.

— Já pode parar de se esconder. — Fala a Mulher Maravilha.

            Rose ainda com um pouco de medo decide levantar a sua cabeça e sair de trás do carro. Lentamente ela caminha até a amazona.

— Foi uma boa luta! Você lutou bem, guerreira. — Ela elogia.

— Obrigada. — Diz Rose ainda gaguejando. — Mas quem é você?

— Eu sou Princesa Diana, filha da rainha das amazonas Hipólita e dos deus dos deuses Zeus .     

▲▲▲

            Bruce está em seus aposentos. Numa das bases tecnológicas muito bem escondidas dentro da Bat-caverna, Está ocupado desenvolvendo algum equipamento.

            O objeto tem um tamanho e formato de um pen drive. Bruce usa um tipo de lupa e algumas agulhas para mexer na placa mãe do pequeno objeto. Algumas faíscas saem do mesmo. Ele está quase sem paciência pois essa não seria a primeira vez que ele estaria tentando fazer isso.

            Depois de algum tempo mexendo no objeto com ele quase concluído ele explode. Uma pequena explosão que deixa Bruce frustrado por não estar conseguindo de maneira alguma. Algo está errado e ele sabe disso. Talvez seja toda a pressão.

— Patrão Bruce? — Ele escuta uma voz familiar.

            Bruce rapidamente se vira para trás e o que ele vê o faz ficar impressionado. Lá está ele, em pé ao lado de uma das mesas. Alfred Pennyworth com seu familiarizado traje. Um terno cinza escuro e postura de mordomo.

— Alfred? — Ele gagueja.

— Patrão Bruce, qual é o problema? — Ele pergunta.

            Bruce ainda não entende a situação. Não sabe ao certo o que está acontecendo. Está desesperado. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Uma invasão estava acontecendo e agora ele está vendo a figura de um fantasma. O homem que ele mesmo enterrou.

— Eu... eu...

— Patrão Bruce, sei pelo que você está passando. Não é a sua cidade, mas a sua vontade de fazer justiça vai além dos laços de Gotham agora, não é? — Ele fala mantendo a postura.

            Bruce tem medo de se aproximar sem saber o que ao certo pode acontecer.

— Tenho medo de falhar. Tenho medo de cair. Eu já falhei com você antes... — Ele diz se lamentando.

— Bruce, um certo dia, você me falou sobre uma frase que o seu pai disse. Ele queria que você se lembra-se dela nos seus momentos mais obscuros. “Todos caímos meu filho, mas apenas verdadeiros Deuses se levantam.”

▲▲▲

            Durante a batalha algumas pessoas se refugiam. Está tudo um verdadeiro caos. Mesmo com a ajuda de policiais e alguns outros heróis, as pessoas ainda estão em total desvantagem.

            Antes de começar o ataque uma criança brincava na praça com sua mãe. Era um momento de felicidade e descanso na vida do garoto.

            Quando a nave chegou e as pessoas começaram a correr os dois foram em direção oposta à multidão. Acabaram se escondendo num posto de gasolina ainda perto da praça.

            O problema é que durante uma luta entre policiais e alienígenas a explosão de um carro acabou fazendo um estrago muito grande no posto de gasolina. Os dois estavam dentro do estabelecimento se escondendo quando as paredes começaram a cair. O lugar todo estava sendo demolido. Por sorte ele não tinha explodido junto com o carro, mas era questão de tempo para que isso acontecesse.

            O menino não entendia muito bem a situação, estava com medo e confuso enquanto sua mãe chorava pedindo por ajuda. Todas as possíveis saídas foram fechadas com os destroços das paredes. Ninguém conseguia escuta-los, e era questão de tempo para que o teto desabasse de vez ou o lugar inteiro explodisse.

            Ela abraça o seu filho sabendo que não há mais o que fazer. Mas lá no fundo o garoto ainda tem esperança. Esperança de que algo possa melhorar.

            Enquanto ela abraça o seu filho a mulher vai perdendo o folego. O ar vai acabando e ela já está sem forças.

— Socorro... — Ela fala fraca e finalmente desmaia deixando ali o seu filho com medo.

— Mãe! — Ele grita. — Não! Acorda, por favor! Mãe! Alguém me ajuda!

            Lá no céu alguém escuta as preces do garoto. Um som estrondoso vem rasgando o céu com toda força e rapidez possível. O garoto começa a escutar o som vindo do alto esperando que seja ajuda.

            Ele se aproxima mais até que cessa. O garoto tenta entender o que é, mas não consegue. Até que ele vê o teto acima dele desabar de vez. O menino fecha os olhos na expectativa de sentir menos dor.

            Mas depois de alguns segundos de olhos fechados ele nota que o teto ainda não desabou. Respirando fundo ele decide abrir os olhos e olhar para cima. É então que ele vê, o símbolo de esperança. Superman. Ele está segurando o teto para que o mesmo não caia.

            Depois de fazer algum esforço ele puxa um pedaço do teto e joga para longe abrindo um buraco enorme.

            O menino está assustado, desesperado. Sua respiração está mais forte. É nítido em seu rosto o medo.

— Garoto? — Ele escuta uma voz agradável e reconfortante. — Olhe para mim. Eu não vou te fazer mal algum.

            Aos poucos o menino vai perdendo o medo ao olhar para o Deus de capa vermelha.

            Superman nota por sua visão de raio x que o lugar está prestes a explodir, ele precisa tirar todos dali rapidamente. Mas sabe o quão desesperado está o garoto.

— Como é o seu nome? — Pergunta o titã tentando deixar o menino mais confortável.

— N-Noah. — Ele faz uma pausa. — Noah Langdon. — Ele fala.

— Noah, é um nome legal. — Superman dá um sorriso. — Está afim de sair daqui?

— A minha mãe, ela está machucada. — Ele fala olhando para ela. — O nome dela é Grace.

— Noah, não se preocupe, eu vou tirar você e ela daqui. Tudo vai ficar bem. — Ele acalma o garoto.

            Noah fica impressionado quando Superman entra no estabelecimento pelo buraco que ele causou. O motivo disso é pelo fato de ele estar voando. O garoto já tinha ouvido falar de Superman antes, mas nunca tinha encontrado com ele pessoalmente.

            Superman se aproxima lentamente dos dois flutuando. Ele olha nos olhos de Noah tentando passar uma imagem de confiança para o garoto. O kryptoniano sabe que não tem muito tempo. A qualquer momento aquele lugar pode explodir.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem Noah. — Ele alerta. — Agora eu preciso que você confie em mim para deixar eu leva-la para fora daqui.

— Está bem. — Ele diz confiando no titã.

            Superman então se aproxima mais do corpo desmaiado de Grace. Ele a pega apoiando o braço dela sobre o seu pescoço e a segurando pelas pernas e costas.

            Aos poucos ele vai levitando mais alto, até que finalmente sai do estabelecimento. Deixa o corpo dela com cuidado no hospital mais próximo da cidade que ainda não havia sido invadido.

            É enquanto ele voa que ele nota a situação da cidade. O único propósito de Brainiac é destruir o psicológico de Superman, e ele estava conseguindo fazer isso.

            Depois de ver toda essa cena assustadora de carros em chamas e prédios destruídos junto com pessoas em perigo, ele deixa Grace no hospital. Ele não sabe ao certo como ajudar tanta gente ao mesmo tempo. Não sabe nem se é a capaz.

Ele volta então para o posto de gasolina e lá ele encontra uma situação difícil. Há outro ser ali dentro. Um alienígena está fazendo Noah de refém, estava apenas aguardando por Superman.

E quando o titã entra no local ele vê a cena assustadora. Uma arma apontada para a cabeça do menino.

— Kryptoniano. — Fala o alienígena com uma voz grossa e abafada pelo capacete. — Suas esperanças acabam aqui.

— Deixe ele em paz! — Fala Superman cerrando seus dentes.

            Antes que o alienígena pudesse responder o titã algo acontece. Superman usa sua super velocidade para atingir o peito do soldado com um soco de mão aberta, tudo isso sem que o outro não disparasse um tiro.

            O soldado voa para longe batendo com suas costas na parede. A mesma desaba completamente sobre ele.

— Está na hora de ir pra casa Noah. Eu disse que tudo ficaria bem...

— Obrigado. — O menino agradece o homem de aço dando-lhe um inesperado abraço forte.

            Superman se vê agora com outros olhares. Agora ele via que seu propósito fazia efeito.

            Ele começa a voar levando consigo Noah e o tirando do local cheio de ameaças.

— Estamos voando? — Pergunta o garoto.

— Sim, e vamos nos encontrar com a sua mãe agora.

            Após algum tempo voando os dois finalmente chegam até o hospital. Superman deixa Noah no chão com bastante cuidado enquanto ele ainda flutua a alguns pés do chão.

— Você precisa cuidar da sua mãe agora. — Ele fala balançando sua cabeça positivamente e soltando um sorriso.

— E quanto a você? — O garoto pergunta.

— Eu tenho que salva o mundo...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Deixe a suas opiniões nos comentários. Ficarei grato em responder todas elas. :)



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