Eu odeio o dia dos namorados escrita por Mags


Capítulo 7
Lactose e Diamantes


Notas iniciais do capítulo

Peoples, leiam as notas finais.



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Demi Lovato - Really Don't Care

 

 

 

Bom, falta apenas um casal. Dois romanos sem graça, ele se transforma em animais a vontade e ela pode ter todo os diamantes do mundo. Porque esse dom não é da deusa do amor?

Mas enfim, tirando os desabafos que posso usar para encher o mar morto, vou ao que realmente interessa. A destruição do amor romano.

Bem que Apolo poderia fazer um poema disso. Frank é filho de Marte, a forma romana de meu amado amante. Já Hazel, era para estar morta, mas seu pai é Plutão, e querendo ou não, sempre favorecemos nossos filhos.

Mandei os dois para um passeio de cavalo no Central Park – o passeio foi agradável, e achando que o resto do dia também seria, eles vão se sentar embaixo de uma árvore para apreciar o piquenique que eu arrumei.

Bom, todos os deuses sabem que Frank tem intolerância à lactose e isso pode ser algo bem ruim e desagradável. Digamos que em sua cesta de piquenique só tem coisas com leite e eles nem vão perceber. Por um tempo – rio comigo mesma. Essa ideia foi genial. E um pouco cruel.

— Haz. Estou muito cansado, não sou acostumado a andar de cavalo como você – Frank se deita no colo da namorada enquanto fecha os olhos por causa do sol. Ela faz cafuné na cabeça dele e se curva sobre seus lábios. Os dois dão um longo beijo e bem barulhento. Quando Hazel finalmente levanta a cabeça, percebe um diamante ao lado de Frank, onde seus dedos podem bater a qualquer instante. Ela rapidamente o pega, mas com isso, seu nervosismo chama para a superfície mais alguns diamantes e outras pedras preciosas.

— O que foi, princesa? - Pergunta seu namorado, sem entender o que está acontecendo.

— Eu as vezes odeio ser filha de Plutão – ela desabafa, guardando os diamantes dentro de uma bolsa. Eles se sentam e preparam a toalha de piquenique com toda a comida. Hazel sorri vendo seu namorado pegar um bolinho de chocolate e colocar na boca.

Bom, eles não sabem que eu mudei todos os recheios dos alimentos. Frank come o bolinho inteiro para então perceber que era um sabor diferente.

— Isso era chocolate – ele exclama, mexendo nos outros bolinhos. Ele pega um murffin de amora e coloca na boca, o leite condensado do alimento escorre por uma brecha em seus lábios e ele joga o resto do murffin no chão; - Droga Haz, o que você colocou nessas comidas?

Ela experimenta um, que por acaso é totalmente sem lactose – poder de deusa nessas horas ajuda.

— Não tem nada de errado com eles – ela reclama. Frank coloca as mãos na cabeça.

— Quer saber, acho que vamos deixar de comer por um tempo – ele tenta sorrir, mas seu olhar se fixa em um garotinho que vem correndo na direção deles, e aos berros para sua mão:

— Mamãe, tem uma pedra engraçada aqui – ele corre na direção de uma esmeralda de cerca de 4cm de diâmetro ao lado de Hazel. A mãe do menino também a viu e olha para esperançosa. Hazel pega a pedra e a joga na bolsa, mas mais 2 aparecem ao lado da primeira. O menino a olha espantado. - Você é dona dessas pedras?

Hazel assente.

— Você pode me dar uma? - O menino estende a mão para a morena, que se encolhe.

— Não, ela não pode dar nada – Frank responde, sua voz sai rouca e abafada; a mãe do menino se aproxima e abraça seu filho.

— Moça, é só uma. Dá uma pedra para ele – ela fala ríspida.

Hazel nega com a cabeça e estende um bolinho para o garoto. Ele aceita, de cara amarrada e sai andando. A mãe dele permanece ali por mais uns segundos e revira os olhos para os dois namorados.

— Finalmente – diz Hazel quando ela também se distancia. Ela guarda mais algumas pedras de ouro que apareceram e se vira para Frank. Ele está com a cara pálida e tremendo. - Amor, você está bem? - ela pergunta, encostando em seu rosto. Como resposta para isso, Frank vomita em cima da toalha de piquenique e fica arfando.

— Eu… não… estou… bem – ele vomita de novo. Hazel o ajuda a se levantar, entrega a cesta de piquenique para ele e o ajuda a andar até um táxi que estava parado.

— Você pode nos levar para o Empire States? - Ela pergunta para o taxista, que observa Frank como nojo quando o rapaz vomita novamente, desta vez na cesta.

O taxista assente e dá a partida assim que os dois entram. Em menos de 5 minutos – e 6 ataques de vômito – o táxi para na frente do prédio. Hazel joga uma nota de 10 dólares e eles saem rapidamente. Quando entram no saguão do prédio…

Todos os seus amigos estão ali. Piper, Annabeth e Calipso de um lado do saguão, de braços cruzados e com cara de raiva, enquanto Jason, Percy e Leo estão falando com o cara da recepção.

Frank e Hazel se aproximam do balcão e quando Frank vomita novamente na cesta, Hazel perde a paciência.

— Precisamos subir agora. Meu namorado precisa ver Apolo ou qualquer um dos médicos e se você não fizer isso, ele vai vomitar em todo o piso daqui – ela eleva o tom de voz.

— É cara, e ver Frank vomitar, vai fazer os outros quererem vomitar também – Jason fala. Percy se aproxima e segura um braço de Frank.

— Ele está passando mal – ele fala para o recepcionista e para Hazel: - Comeu coisa com leite?

Ela assente.

— Quem pôde fazer isso? - Ela aponta para Frank.

Percy sorri de um jeito irônico. Annabeth e as meninas se aproximam, e quando Piper abre a boca, percebo que eu estou ferrada.

— Minha mãe. Quem mais seria? - Ela ergue os braços num gesto de decepção.

O recepcionista – que ninguém se importa com o nome – pigarreia para ter atenção.

— Os deuses estão muito ocupados – ele é interrompido por mais uma crise de vômito. Frank perde o equilíbrio e com a ajuda de Percy e de Jason, consegue ficar em pé. - Mas acho que posso chamar alguém para ajudar com ele.

Ele disca no telefone, fala algumas palavras em grego e desliga, sorrindo para os semideuses.

— Pronto, a ajuda de vocês está vindo.

Nesse momento, o elevador se abre e de lá sai meu marido. Hefesto.

— Pai? - Leo chama. O homem sorri. - O que o senhor está fazendo?

O ferreiro se aproxima dos jovens e pega a mão de Frank.

— Vou levar vocês pro Olimpo. Enquanto Apolo – a porta do elevador se abre novamente e um homem bonito sai de lá – cuida de você, nós vamos para uma reunião de emergência no Olimpo, onde os deuses vão decidir o castigo de Afrodite…

Ao ouvir essas palavras percebo como estou encrencada. Não devia ter passado tanto tempo vendo os semideuses e esquecido dos deuses traiçoeiros. Agora, a porta do meu palácio se abre e uns serviçais de Ares entram, seguidos pelo deus.

— Afrodite, eles querem te matar – percebo que ele se refere tanto a Zeus e Hera, quanto aos semideuses. - E você vai merecer seu castigo.

Droga. Só porque o garoto passando mal lá embaixo é filho dele, eu que sofro?

— Você não pode falar nada – estico a mão na sua direção. - Nada disso teria acontecido se você não tivesse me dispensado.

Dou um tapa estalado na cara dele e sorrio. Ando em direção a saída do meu palácio e vou calmamente até palácio de Zeus. Todos os deuses já estão reunidos quando chego e vejo que meus semideuses preferidos estão sentados na frente de seus pais.

Engulo em seco.

— Afrodite, você vai ser julgada – a voz de Poseidon é seca e em seus pés, Percy olha para o chão.

Bom. Pelo menos arruinei alguns casais… Ou não!

 


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