A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 40
// se eu Morrer Jovem //


Notas iniciais do capítulo

hey there folks, então é isso, não sei o que dizer... são só palavras e o que eu sinto, não mudará.
chegamos ao ultimo capitulo de a arte da guerra, e eu gostaria de agradecer a casa um de vocês, a todo mundo que leu, que acompanhou, recomendou, comentou, favoritou ou quem leu tudo e foi um fantasminha! Obrigado por terem feito essa história tão especial pra mim,por terem lido as minhas viagens!
Obrigado a quem começou a ver agora e a quem lê desde o inicio, vocês me fizeram muito feliz ♥
E, antes que vocês me matem, ainda tem o epilogo!



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Minha mãe costumava dizer que a descida pro inferno é fácil, ascender dele era a parte complicada da história. A ida até a S.H.I.E.L.D foi definitivamente a parte mais fácil, pegar um taxi usando um jaleco e uma roupa que parecia de trabalho era fácil, apesar dos saltos apertarem os meus pés, eu parecer imensa na saia lápis e a blusa social querer jogar os meus peitos ainda doloridos para fora do tecido, eu realmente parecia que trabalhava ali. Eu não poderia dizer que parecia uma profissional séria, por que eu era uma profissional séria completamente comprometida com o meu trabalho, não importava que eu estivesse desempregada ou estivesse prestes a invadir uma organização secreta. Nada disso.

Alaric ainda estava ao meu lado, completamente apavorado na noite passada de onde quase foi arremessado do parapeito do sétimo andar, no meio da noite havia mandado uma mensagem nervosinha com um belo “esqueça seu nome na lista vip da vera” até eu lembra-lo que o vestido tinha se tornado parte do nosso acordo. Ele quando estava vestindo roupas sociais e um óculos realmente parecia alguém sério, totalmente o oposto dele, o seu rosto era uma mascara de tranquilidade entrou no prédio como se ele trabalhasse lá todos os dias, passamos nossos crachás que pegamos com o contato de Bucky como se fosse rotineiro e entramos, seguindo para a sala dos laboratórios incógnitos na multidão, os a gentes caminhavam distraidamente entre nós, nenhum deles sem realmente nos notar.

 ―Parece que seu namorado é bom em algo além de ameaçar jogar pessoas inocentes de topos de prédios não é mesmo? ―Disse Alaric, sua voz carregada de ressentimento.

―Ele é bom em muitas coisas ― rebati ― Mas acho que cinquenta anos de violência deixa algumas marcas não é mesmo? E inocente? Alaric, você é melhor que isso.

―Mas é claro que eu estava inocente! Eu tinha acabado de acordar do meu sono da beleza, totalmente desprevenido e além do mais eu sou um duque, um nobre da mais alta sociedade, não estou acostumado com esse tipo de tratamento bruto.

―Não é isso que o seu tumblr diz senhor “arregaça”.

―Isso são águas passadas ― ele disse, abrindo a porta para que eu passasse.

―Eu estava na pilha daqueles livros de bdsm, mas ai eu percebi que eu gosto é de carinho.

―Você é um idiota.

―Quem são vocês? ― perguntou um senhor, que parecia de idade, cabelos grisalhos e um óculos que parecia saído de um filme dos anos setenta.

―Eu sou Elisabeth e ele é Donald, Glover de NY nos mandou aqui, ele disse que o monólito está apresentando uma atividade estranha e nos mandou checar, por isso todos esses aparelhos ― eu disse, sorrindo e apontando e malinha que eu estava levando, na verdade cheia de isopor.

Deve ter sido a minha cara de confiável, por que o senhor deu um pequeno sorriso e nos indicou a sala que deveríamos ir e nos deixou, não antes de nos oferecer um chocolatinho caso precisássemos repor as energias.

Deu por fim que a sala era enorme, cheia de caixas e no centro dela havia uma grande contenção de vidro lacrado com uma pedra de cerca de dois metros de altura e bastante larga dentro dele, parecia uma simples pedra preta, era um monólito, mas mesmo assim eu esperava algo grandioso para um portal para o mundo kree algo que dissesse “por aqui os kree vão dominar o mundo e nos escravizar feito formigas” ou algo do tipo, mas era só uma pedra negra e fria que parecia vindo de algum lugar muito inóspito da galáxia.

―Tem certeza que essa é a pedra certa? ― perguntei, me aproximando da caixa de vidro, Alaric parecia agora sem nenhuma sombra de emoção, apenas mudo e estático parado do outro lado da sala olhando a pedra como uma criança de nove anos de idade olha para os pais quando percebe que fez besteira. ―O que foi?

―Sabe quando você está passando em algum lugar e vê uma roupa que nitidamente foi feita pra você e a sua cabeça grita “quero, gosto, vamos” e a sua carteira responde “hoje não gata”?

―Não achei que você passasse por essas trivialidades de nós meros mortais, e isso não são roupas! É a sua vida.

―E se eles não me aceitarem de volta? ― perguntou, colocando os dedos na boca para roer as unhas.

―Eles são a sua família, lembra como você está com saudade deles? Você disse que estava!

―Eu sei! ― deu um gritinho afetado ― Mas agora eu estou nervoso.

Eu olhei para ele tentando conter a minha raiva, me aproximei do monólito apontando para aquela coisa maldita.

―É melhor você não ter suas duvidas sobre voltar pra tatooine ou qualquer que seja o seu planeta por que você me fez atravessar o inferno pra estar aqui agora, garotinho. Você quase me matou por nada não, vai nem que eu te jogue portal abaixo!

Acho que como prova do meu ponto, a rocha se desintegrou num liquido negro como petróleo preenchendo a caixa numa gosma me fazendo afastar com um grito enquanto aquilo se chocava contra o vidro como uma onda contida.

Quando eu me afastei a coisa voltou a ficar solida, como um asse de mágica, fiquei encarando Alaric de olhos arregalados, ele parecia tão chocado quando eu, talvez nem ele estivesse levando a sério que aquilo era um portal.

―Antes de você ser levado pela coisa, como eu acordo o meu irmão? ― Alaric me olhou, se aproximando de mim e colocando a sua mão no meu rosto.

―Você é tão esperta pra ser tão burrinha.

―Sem charadas Rick, só me diz o que eu tenho de fazer.

―A resposta tava no seu sangue sua burra, quando eu te esfaqueei você morreu por cinco minutos, pode ter parecido menos, eu não sei o que se sente do outro lado, mas o caso é que o soro que eu apliquei em você te trouxe de volta. E ele não se dissolveu ainda eu não sei quando ele se dissolve em anos humanos, mas demora um tempo, é por isso que você não morreu quando o seu noivo te estrangulou, ele meio que te deu uma forcinha extra. ― ele estreitou as sobrancelhas ―garota, você realmente gosta de um bdsm.

―Então eu poderia ter traído meu irmão de volta há cinco anos?Eu não teria que passar por nada daquilo? ― ele negou com a cabeça, mantendo a decência de parecer envergonhado e me fez respirar fundo ― É melhor você entrar nesse portal antes que eu te estrangule.

―Espera garota, eu estou nervoso, não é como se eu tivesse voltando com toda a pompa eu fugi de casa por anos! ― eu estreitei os olhos, indo na direção dele ― Tá, se acalma, ele puxou um anel enorme do bolso, com um grande rubi envolto em ouro ― Acha que a minha mãe vai me perdoar se eu levar isso pra ela?

―Isso não é uma das joias da coroa? ― perguntei, ganhando um “dã” como resposta ― ela vai adorar um item roubado!

Isso o fez sorrir e se aproximar da caixa de vidro, mas antes disso veio até mim e me deu um abraço apartado e lacrimejante, Alaric tinha sido um bom amigo por muito tempo, apesar dos excessos, loucuras e que ele tentou me matar ele era uma boa pessoa, e eu gostava dele, um bom amigo, alguém pra conversar.

―Vou sentir a sua falta ― eu disse e eu ouvi o som abafado do riso dele no meu cabelo.

―Eu sei, eu também vou, vou espalhar em todas as galáxias sobre a incrível Freya Konstantinovka e como eu fui sortudo de conhecê-la. E se cuidem vocês dois. ― respondeu, a sua voz tremendo levemente apertando o abraço, antes de me soltar limpar o meu rosto e ir para a caixa, a abrindo e se trancando lá dentro, enquanto a pedra se tornava mais uma vez o mar de água negra engolindo Alaric e me deixando sozinha na sala.

Bucky entrou na sala assim que Alaric foi levado de volta, o seu rosto alarmado esticou a sua mão e disse.

―Temos que sair daqui agora! ― sai de onde estava correndo na direção dele e agarrando a sua mão, enquanto ele me guiava pelos corredores.

―O que aconteceu? ― perguntei.

―Não tenho certeza, acho que eles descobriram sobre o monólito, mas eu vi uns soldados entrando.

―Então por que não estamos descendo? ― meus saltos não facilitavam em nada a tarefa de correr, eu sentia os meus tornozelos virando o que não era nada confortável, alem de que cada passo parecia que eu estava pisando num espinho gigante no calcanhar.

―No telhado é mais fácil para fugir, vamos pegar um quinjet e sair daqui. ― concordei, enquanto entravamos nas portas de emergência e subíamos pelas escadas guiados pela luz artificial, saímos no penúltimo andar, onde estava a sala de controle e diversos homens mascarados nos aguardavam, entre eles Felix que parecia extremamente satisfeito em nos ver lá, um sorriso cruel se formou em seus lábios e eu me segurei mais forte a Bucky.

―Exatamente quem eu gostaria de ver, foi muito rude a forma em que você deixou a base Effy, te ensinamos tantas boas maneiras, mas você arrastou o seu namoradinho pra lá e atirou nos nossos guardas? ― ele fez sinal, e antes que Bucky pudesse se mexer diversos soldados já estavam sobre ele, enquanto Felix vinha em minha direção, assim que tomei a atitude de correr ele já havia agarrado o meu cabelo e me carregou para fora deixando Bucky sozinho com cerca de doze soldados.

Felix estava particularmente irritado comigo, já que a cada passo que dávamos ele puxava ainda mais forte o meu cabelo, praticamente arrancando do meu couro cabelo. O próximo andar eram o todo do prédio, onde o vento nos açoitou quase me fazendo perder o controle das pernas e despencar no chão, mas Felix me segurou pelo braço me levando até a beirada do prédio.

―Hydra não perdoa, não gostamos de falhas nem de vazamentos, você trai você paga com sangue.

―Felix, não é isso o que você quer você está sendo manipulado! ― eu gritei o barulho do vento tão alto que quase minha não saiu ― Você não quer me matar!

―Eu não, mas eles te querem morta, eu sou apenas uma ferramenta de uma engrenagem ainda maior. ― ele me arrastou, olhando os sete andares abaixo de nós ― E você é uma peça quebrada.

―Por favor não. ― A porta foi escancarada e Bucky se lançou para fora no mesmo instante em que eu sentia as mãos de Felix me jogarem pra fora do prédio e meus pés perderem o que se apoiar e eu estava caindo, o vento cortava a minha pele e eu girava no ar antes de sentir algo puxar as minhas pernas e me puxar para cima e se envolverem ao redor do meu corpo, Bucky estava lá, caindo comigo tentando amortecer o impacto da minha morte certa. Ouvi o barulho de ossos se partindo e a dor aguda em minha cabeça e depois tudo ficou escuro.

O maldito stark poderia aparecer, uma guerra mundial poderia estourar nesse exato momento mas nada disso tiraria Bucky da lateral daquela cama, haviam se passado dias e ele ainda não tinha ido em casa, na verdade ele nem sabia o que aquela palavra significava. Freya havia se quebrado inteira na queda, e naquele segundos em que ele ainda em dor se soltou dela e viu tanto sangue escorrer de seu corpo ele tinha certeza que ela estava morta. Ninguém poderia ter sobrevivido aqui, não importava quando ela fosse forte ou ele quisesse mantê-la viva.

Mas de alguma forma ela o fez, os médicos chamaram de milagre da ciência quando ela foi levada a sala de cirurgia e saiu de lá extremamente fraca, mas viva. O medico disse que por enquanto estava tudo bem com seu corpo, mas ele não podia calcular o dano cerebral que ela havia sofrido. “ela pode nunca mais caminhar, ou ter dificuldades na fala, ou até mesmo nunca acordar o que eu acredito que seja o pior, se tornar um vegetal pro resto da vida” a imagem de Freya levemente diferente do que ele sempre conheceu o fez tremer, ela havia dito inúmeras vezes que não saberia o que fazer da vida se não tivesse a ciência, e o que ela faria se um dia acordasse e não pudesse mais pensar? Ou falar?

Algumas partes dela começavam a se curar, as feridas a cicatrizar e o doutor disse que uma hora o cérebro começaria a desinchar, era apenas uma questão de tempo. E ele havia se decidido, que ele teria todo o tempo do mundo até ela acordar.


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Notas finais do capítulo

If I die young bury me in satin
Lay me down on a bed of roses
Sink me in the river at dawn
Send me away with the words of a love song
oh oh oh oh

Lord make me a rainbow, I'll shine down on my mother
She'll know I'm safe with you when she stands under
my colors, oh and
Life ain't always what you think it ought to be
No ain't even grey, but she buries her baby

The sharp knife of a short life, well
I've had just enough time

If I die young - the perry band



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