A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 38
// Mas eu tenho promessas a manter //


Notas iniciais do capítulo

Heeeey there fooolks,
como ces tão????
queria dividir um momento magico que aconteceu comigo hoje, a minha melhor amiga está gravida e como moramos em cidades diferentes eu ainda não tinha visto, nem tido a oportunidade de passar um booom tempo conversando com ela, nem pegando na barriga pq eu tenho adoração com barrigas de gravidas.
hoje eu não só fiquei pegando na barriga dela, como a minha linda criança, chutou a minha mão e eu quase chorei de emoção.
Então é isso, boa semana da sua autora emocionada.
Obrigada pelos comentários lindos, e entramos na reta final da história! ♥
bjsss



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Eles haviam dito que a rua original havia sido preservada e eu tinha achado incrível, bem estiloso barroco mesmo até eu ter que me equilibrar nos paralelepípedos da era paleozoica descendo uma ladeira, eu mal podia apreciar as casinhas pintadas de branco e os comércios locais, por que eu havia sido idiota o suficiente para resolver utilizar saltos, mesmo que plataforma não muito alto, combinando com o minha linda calça jeans escura e casaco cor de rosa pastel de pelinhos e Alaric ainda parecia um Adônis, vestido de preto da cabeça aos pés, o meu cabelo voava em todas as direções mesmo que eu estivesse usando um chapéu enorme meio american horror story e óculos escuros.

Mesmo com o dia pavorosamente frio que estava fazendo, ainda estava extremamente claro tanto que a luminosidade haviam machucado os meus olhos a principio, nós andávamos ladeira a baixo em direção ao cassino que mais parecia uma igreja, com enormes torres quadradas que mais pareciam um castelo a beira mar, o cheiro de sal e peixes atingia o meu rosto fazendo o meu nariz franzir.

―Mulher você é louca, tantos dias pra usar salto você resolve descer uma ladeira de noventa graus, to começando achar que você gosta de sofrer ― Murmurrou Alaric quando passei um braço a sua volta em busca de sustentação quando os flocos brancos de neve começaram a cair do céu.

―As vezes eu também acho isso, tenho que marcar uma consulta com a minha mãe para perguntar por que eu sou tão atraída por perigo e por que eu sempre mantenho perto de mim pessoas que querem me matar.

―Talvez você tenha nascido pra ser uma guerreira e como escolheu ser uma cientista chata perdeu a oportunidade ― respondeu enquanto nos aproximávamos do local,havia uma pequena escadaria já coberta com uma fina camada de neve cercada por arbustos verdes pintados de branco, postes em aspirais e banquinhos e no final da escadaria um pequeno portal feito de blocos de cor marfim e algumas estatuas de bronze ao redor do cazino.

―Ser cientista não é chato, uma vez eu fiz um metal muito esquisito em forma de centopeia misturando benzeno com hidrogênio.

―Você falou alguma coisa?Eu estava dormindo com toda essa chatice de benzeno. ― Alaric me ajudou a chegar ao ultimo degrau, sem tropeçar e cair.

―Eu tenho uma das mente mais brilhantes do século! ― protestei.

―E não consegue nem escolher sapatos confortáveis pra um dia de neve! Estou estarrecido como você consegue ser meio burrinha as vezes ―eu dei um tapa no ombro dele, ganhando uma gargalhada em resposta ― admita, você fez uma escolha burra dessa vez.

―Todas vezes que eu acho que eu errei em alguma coisa, eu penso que em 1348 a Escócia achou que seria uma boa ideia invadir a Inglaterra por que eles estavam fracos por conta da peste negra, e assim eles pegaram a peste e voltaram para a Escócia e mataram metade da sua população. ― A risada dele ecoou pela costa na porta do cazino ― eu posso ter feito uma escolha infeliz, mas eu não sou a Escócia.

―Eu vivia na corte da França nessa época, sinto saudade imensas das rainhas e reis, e os príncipes não vamos esquecer o príncipe Francis segundo, metade da Europa acha que ele era atrofiado, coitado, um homenzarrão daqueles.

Ele colocou as duas mãos sobre a enorme porta de madeira pitada de vermelho e empurrou, abrindo para um grande salão, com uma enorme janela curvada para o lado de fora, onde as ondas violentas batiam conta o vidro, as paredes eram claras, cobertas por um papel de parede de flores azuis que se descascava em alguns pontos próximo ao teto.

―Uau ― foi tudo que eu consegui dizer, enquanto entrava apreciando o lugar e o loiro fechava as portas atrás de nós.

―Costumava ser lindo aqui, esse lugar está aos pedaços.

―Você já esteve aqui? ― me virei para ele ― Por que não pegou a coisa e foi embora?

―Por que eu não queria ir embora ?! ―respondeu, como se fosse a pergunta mais estúpida do mundo.

―E por que você quer ir embora agora?

―Por que eu estou aqui por quinhentos anos, sem amigos, sem família, todo mundo que já se importou comigo e que um dia vai se importar já está morto eu conheci pessoas maravilhosas Deus sabe o quanto eu me diverti entre os humanos, mas fica solitário depois de um tempo, sempre achei que solidão fosse a ausência de pessoas, mas na verdade é a presença delas e mesmo assim você mas você não pode se comunicar sobre certas coisas, é raro conseguir um amigo que acredite que você é um alienígena de 750 anos de idade só a passeio pela terra. ― Alaric parecia triste, enquanto seguíamos pela escada até o subsolo, um lugar úmido que cheirava a mofo, tudo era escuro até eu puxar o meu telefone e atirar a lanterna, Alaric ia à frente como se o seu corpo fosse atraído pelo objeto. ―É como estar preso num carrossel, girando e girando pela eternidade aqui.

―E quando você voltar, o que vai te esperar lá? ― perguntei, desviando das teias de aranha.

―Meu irmão Mieszko, minha mãe talvez a moça que eu deveria me casar Bazcia, ela era bem bonitinha ― ele disse, num tom não tão animado quanto deveria estar.

―E por que você ia casar com ela se você é gay? Sempre achei que os kree fossem evoluídos nesse quesito.

―Somos, mas o privilégio de se casar com quem ama não é aplicado a nobreza ― antes que eu fizesse alguma objeção ―Não achei que um titulo de realeza mudaria alguma coisa.

―Você é um príncipe? ― ele torceu o nariz.

―Algo mais próximo de um duque, o que faz exatamente vários nadas, só enfeita a corte e tem que casar com quem o rei determinar por que ele se acha o dono dos Canon, os shipp master, mas ele é só um babaca.

―E você não pode argumentar que talvez você não goste de meninas? Acho que ele iria entender isso.

―Eu tentei, por anos ― ele se agachou, passando a mão no chão e limpando uma área no chão de madeira antes de desferir um soco ―Bazcia era a minha melhor amiga na corte, ela não quer se casar comigo também, mesmo gostando de meninos e me achando incrivelmente bonito, o que não é exatamente uma surpresa, quero dizer todo mundo sabe que eu sou incrivelmente atraente, mas, ela sempre respeitou que eu preferia dar uns amassos em krysz o irmão dela do que nela.

Do chão, ele puxou uma caixa de madeira com um cadeado enferrujado e o colocou debaixo do braço fazendo sinal para eu fossemos embora daquele lugar.

―Como era ela? Digo Bazcia. ― Alaric sorriu ternamente por um segundo.

―Ela é a mulher mais bonita que já andou por esse universo se é que você gosta de meninas, ela tem a pele tão negra quanto à noite, prendia aqueles cabelos encaracolados com pequenas contas vermelhas e usava vestidos esvoaçantes coloridos, que fariam a sua interpretação de deusa da beleza ficar num cantinho se sentindo um saco de batata chutado até virar purê, eu seria muito sortudo de casar com ela se eu fosse hetero.

Alaric foi até uma sala grande e bem iluminada onde uma mesa oval de mogno envelhecido, e colocou a caixa sobre ele, cruzando os braços e olhando a caixa e virando-a pra mim com os olhos pidões.

―Estou nervoso, abra isso pra mim effy? ―dei uma risada que deveria ter gritado o desespero em que eu me encontrei.

―Eu não vou tocar nisso, eu sei o que acontece com pessoas que tocam nessas coisinhas kree ou morrem petrificadas ou viram inumanas e são mortas por krees. ― Alaric fechou a cara, o seu queixo tremendo levemente, como se fosse chorar ― Não finja que vai chorar, esse truque não funciona comigo, eu não negocio com terroristas.

―A caixa é madeira da terra sua boba, só se você tocar o divinador vai se transformar ou morrer.

―Eu descobri que eu fui indicada ao Nobel de medicina, eu vou casar! Eu não quero morrer!

Depois de um segundo de troca de olhares mortais entre nós, eu peguei a caixa abrindo-a com o Maximo de cuidado que eu pude,os olhos semicerrados pronta pra me jogar no chão ao menor contato com a coisa. ―Não tem nada aqui.

―Como assim não tem nada? ―perguntou, delicadamente.

―Não tendo nada, estando vazia ― repeti― ausente, destacada pela falta de presença.

Alaric pegou a caixa, virando para ele, passando a mão no fundo a procura de algum fundo falso, ou pedaço de informação perdido lá dentro quando percebeu que realmente não havia nada ele a tirou a caixa na parede fazendo com que a madeira se despedaçasse em um milhão de pedaços e se sentou no chão, suas mãos afundadas no cabelo loiro dele, os seus ombros chacoalhando lentamente. Eu me sentei ao lado dele passando minhas mãos pelos ombros e fazendo o que eu podia para confortá-lo.

―Nós ainda podemos achar o divinador, não vai ser tão difícil, eu sei que a S.H.I.E.L.D tem a localização de alguns deles, eu só preciso de um tempinho e eu vou achá-lo pra você ― disse, enquanto passava meus dedos pelo seu cabelo loiro. ―Só se recomponha.

―Eu não quero me recompor ― disse Alaric ― Quero ficar uns dias movido a angustia, sem conseguir enfrentar meus demônios e descontar verbalmente em quem não tem culpa de nada, que nem você! Sua... Sua... Sua boboca que usa salto na neve espero que você tenha uma luxação no tornozelo.

―Espero que quando você volte pro seu planeta, você seja chicoteado e depois se case com krysz.

―Eu não posso voltar pra casa sem o divinador, ele que vai me mostrar onde está o maldito monólito que vai abrir o portal. ―Ele disse, levantando os olhos bicolores levemente avermelhados para mim. ― E eu sou nobre, ninguém chicoteia um nobre! Estou condenado a passar a eternidade aqui, vendo todo mundo que eu amo morrer. Eu vou ver você morrer, os seus filhos ficarem velhos e morrerem, os seus lindos filhos, você já parou pra pensar que filhos lindos você vai ter? Eu já! Eu tenho a eternidade toda pra pensar nisso e pra ver também, eu preciso de pelo menos duas garrafas de absinto pra me embebedar e chorar perder o pouco que sobra da minha dignidade.

―Não seja tão dramático. ― reclamei, enquanto a minha mente ainda estava intrigada pela palavra monólito.

―Eu não estou sendo!Isso é o que vocês chamam de inferno!

―Quando você fica nesse estado é praticamente impossível conversar, eu preciso que me escute.

―O que? ―perguntou com voz de choro.

―Eu sei onde o monólito está ― informei ― E se vossa burrice tivesse me dito antes que do que você realmente precisava era o monólito e não do divinador que abre portais você já estaria em casa. Sua anta.

Alaric parou de chorar, me olhando em choque os seus olhos que antes emitiam um brilho molhado devido as lagrimas agora ardiam em esperança ele sorriu.

―Tudo bem, não a tempo para discutirmos a nossa falta de comunicação, onde está o monólito.

―Ai começa a parte chata da história ― respondi, mordendo o interior da minha bochecha ―Está numa base secreta altamente vigiada numa sala de segurança máxima assistida vinte quatro horas por dia e sete dias por semana por agentes altamente treinados contra invasões. É praticamente impossível entrar naquele lugar se eles não quiserem que você entre.

Alaric ponderou por um segundo, se colocando de pé e me ajudando a levantar.

―Essas vadias não vão me impedir de voltar pra minha casa, quando eu estou tão determinado, eu que trouxe o monólito pra terra em primeiro lugar, eu tenho direitos sobre ele! ― Exclamou, seu peito subindo e descendo rapidamente ― Freya, arrume suas malas, estamos indo para a America invadir a S.H.I.E.L.D!

Eu pigarreie.

―Na verdade essa fica em Berlin, na Alemanha.

―Melhor ainda, podemos pegar um trem e discutir as toalhas de mesa do seu casamento na viagem, e eu posso ligar pra Vera Wang para discutirmos sobre o vestido.

―Meu noivo vai estar em Berlin, pela última vez que ele me ligou, e ele está sendo seguido não só pela hydra, mas também pelo governo dos Estados Unidos e eu meio que também estou sendo seguida pelas mesmas pessoas, o último pedido de Bucky antes de sair foi “não faça nada estúpido” e eu tenho certeza que ir pra Berlin invadir uma base da S.H.I.E.L.D caracteriza fazer algo estúpido.

―Quem te roubou de você mesma? ― ele perguntou,fingindo um choque.

―Como você me lembrou, eu vou me casar, e eu sei que isso não é uma desculpa, mas... Tem que ter outro meio.

―O outro jeito é localizar um divinador e leva-lo até o interior da Inglaterra a Stonehenge e esperar que o guardião abra o portal, isso teria que ser 80% sorte e 20% algo que podemos controlar com certeza.

―Podemos ir pra Inglaterra amanhã mesmo. ― Um olhar amargo se apossou dos olhos de Alaric.

―Você realmente não quer ver seu irmão mesmo não é? ― foi como se ele tivesse me dado um chute no estomago.

―Ou nós podemos ir pra Berlin. ―sugeri, engolindo a bile e ele sorriu.

―Vamos de primeira classe.


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Notas finais do capítulo

E, olhem só, algumas das fotos que eu mencionei na história foram postadas no tumblr!!
http://avatheredwidow.tumblr.com/post/137059904630/bucky-effy-selfies



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