A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 37
// Você está se divertindo? //


Notas iniciais do capítulo

hey thereee folks!!!!
migas que dificuldade, vcs nem sabem como é difícil passar férias numa caverna sem contato como mundo exterior.
Queria deixar meu obrigada mais que especial a minha linda nanDINHA UMBANDA QUEEN e COCCINOMOON pelas lindas recomendações que eu fiquei bem emo, chorando com essas lindezas.
Muito obrigada lindas, eu adorei o capitulo é especial pra vcs ♥
bjs bjs



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Bucky estava entre as minhas pernas, uma de suas mãos fixas na curvatura da minha cintura e a outra tocava gentilmente o meu rosto, de olhos fechados eu não conseguia distinguir qual era o braço biônico e qual era a sua mão de carne e osso, o seu toque parecia um rasto de fogo na minha pele fria, intenso e quente. Minhas pernas a cada segundo se erguiam mais, tocando as dele, se emaranhado em suas canelas e coxas minhas mãos traçavam a trilha esculpida em suas costas musculosas indo da base das costas até a sua nuca, a boca dele estava queimando a pele do meu pescoço com beijos tão suaves que mal pareciam estar saindo dos seus lábios, hora ou outra eu sentia a pressão dos seus dentes e língua na minha pele, sugando suavemente e que provavelmente deixaria marcas mais tarde.

Eu sabia que ele tinha que ir, e ele sabia também, ele havia dito que seria por pouco tempo, mas eu estava tão exausta da sua ausência que eu me segurava a sua pele como uma criança segura nos seus pais no primeiro dia de aula quando não quer ir para a sala e tudo sem eles parece assustador, em um ano tinham sido tantas despedidas, e eu não sentia o conceito de mizpah fazendo algum efeito sobre o meu coração. Achei engraçado pensar no sinônimo de coração, eu nunca havia entendido o porquê dele ser associado com amor quando era algo puramente químico e psicológico, mas agora, de alguma forma todas as músicas piegas sobre amor faziam um absoluto sentido na minha cabeça assim como o conceito de coração será fonte do amor.

Quando ele não estava por perto eu sentia como se eu tivesse sido cortada ao meio e quando ele estava perto o meu coração parecia que ia explodir em pleno voo, duplicando de tamanho de tão rápido que ele bombeava o meu sangue, eu não conseguia deixar de lado os sorrisos por motivo nenhum, e de alguma forma eu havia adquirido uma coloração rosada que aparecia com frequência em minhas bochechas todas as vezes que eu olhava a aliança em minha mão com a pequena, não tão pequena assim, pedra azul claro em meu dedo.

Celebramos o ano novo do calendário gregoriano, na beira da praia perto de uma grande igreja helenística pintada de branco, parecia que os dias anteriores eram apenas um pesadelo distante que eu havia despertado para uma vida dos sonhos, com cafés da manhã na cama e caminhadas na praia e agora finalmente chegava a hora de adormecer de novo. Adormecer era difícil quando você sabe que vai ter pesadelos.

Quando Bucky começou gentilmente a me afastar eu sabia que era hora de partir, então como uma pessoa perfeitamente normal eu o aproximei ainda mais, passando as minhas mãos pelos seus cabelos, beijando a sua maxilar, apreciando o rosto dele que parecia que fora esculpido em pedra há milênios atrás, eu amava o seu rosto anguloso, que sempre parecia que estava com a barba por fazer.

―Não faça as coisas difíceis pra mim, boneca― ele disse com a sua voz repleta de desejo, seus lábios sobre a minha clavícula ― Nós deveríamos esperar pelo casamento.

Uma risada nasalada saiu de mim.

―Você deveria ter pensando nisso na primeira vez que me arrastou pra sua cama, garanhão.

Ele sorriu contra a minha pele, me dando uma suave mordida.

―Não é assim que eu me lembro...

―Sua memória é horrível, então podemos relevar isso.

―E eu tenho uma missão ― argumentou.

―Boo, sua cretina. ― As suas sobrancelhas se curvaram devido à confusão ― Você precisa assistir meninas malvadas, pegar as referencias, saber que Regina George tem um seguro de 10 mil dólares e ela faz comercial de carros, no Japão.

―Quem é Regina George?

―De alguma forma eu acho essa sua total falta de conhecimento da cultura pop extremamente charmosa, é como se você fosse um marciano.

―Deve ser por que eu passei os últimos cinquenta anos congelado.

―É eu também acho.

Ele me beijou mais uma vez, a sua língua acariciando a minha.

―Me promete que não vai fazer nada estúpido enquanto eu estiver fora? ― ele disse, com seus olhos azuis incisivos como pedras de gelo polares e mim, como se pudesse acusar qualquer mentira que brotasse em meus lábios.

―Defina algo estúpido ― pedi.

―Qualquer coisa que te coloque no meio de uma guerra ou atraia a hydra ao seu encalço.

―Então eu não farei nada de estúpido, vou ficar aqui, olhar toda a arquitetura, morrer de tédio, comer algumas coisas, esperar o meu noivo voltar da guerra, talvez eu aprenda a cozinhar...

―Por favor, não ― me interrompeu num tom de suplica ―Você é bonita, sabe explodir as coisas, é uma excelente piloto de fuga, sem falar nos seus milhares de phd’s e eu poderia passar o resto do dia falando todas as suas qualidades, mas meu amor, cozinhar não é uma delas.

―Eu estou seriamente ofendida. ― respondi.

―Não fique ― ele disse, me beijando mais uma vez e juntando as suas roupas, me deixando deitada com um bico de indignação em meus lábios.

Bucky havia ido embora sem despedidas, havíamos combinado isso antes, sem despedidas não havia razão para tristeza. E eu não queria e não podia ficar triste quando havia tanto a se fazer, eu tinha que ajudar a despachar o meu amigo alienígena de volta pro seu planeta e acordar o meu irmão,para que assim eu pudesse retirar um peso das minhas costas. Eu não havia contado Bucky sobre o que eu de fato estava fazendo na Romênia, eu esperava mandar Alaric para o planeta que ele veio antes de ele voltasse da sua missão.

Assim que eu vesti alguma roupa e peguei meu telefone mandando uma mensagem para Alaric e ele rapidamente veio até o hotel em que eu estava hospedada, entrando sem a menor cerimônia no meu quarto, comendo as sobras do meu café da manhã e resmungando sobre a cidade enquanto eu pegava o meu notebook e tentava descobrir de vez onde deveríamos ir na cidade para buscar o objeto que abriria o portal para que ele fosse de volta ao seu planeta natal.

―Então me diga senhora Barnes ― Alaric começou se deitando na minha cama ― Como é o seu soldado na cama?

Retirei os meus olhos da tela, tomando um segundo para não socar a cara dele e nem ficar completamente vermelha, sexo não é exatamente um tabu para um alienígena mais velho que o mundo.

―Isso não é da sua conta.

―Qual é, eu te conto tudo! Até sobre aquele jogador maravilhoso do real Madrid! Que homem, além do mais achei que fossemos melhores amigos.

―Achei que você era o seu melhor amigo.

―Nah, isso foi antes de nós virarmos melhores amigos.

―Eu não me lembro de ter te perguntado os detalhes do jogador.

―Mas eu te dei! Por que eu sou um bom amigo.

―Não mesmo, você me contou por que você é uma piranha que adora se exibir das suas conquistas.

―Também, mas eu só contei pra você.

―E pra internet, você postou isso no seu blog e me fez ler, e tinha detalhes dos fetiches dele que eu realmente não precisava saber.

―Mas agora sabe, estou dividindo as minhas experiências com você, repassando conhecimento, conhecimento milenar sua mal agradecida!

―Minha vida era muito boa antes de você chegar me contando à dinâmica de um beijo grego.

―Agora você é uma dama na sociedade e uma puta na cama, eu estou te fazendo um favor sua búlgara louca. Imagine o que você estaria fazendo sem mim! Presa no papai e mamãe com aquele soldado delicioso sem saber aproveitar as opções que você pode ter com todo aquele mal caminho. ―Alaric disse, se esticando na minha cama, onde até algumas horas atrás Bucky estava comigo.

―Outra palavra sobre o meu namorado e eu taco esse cinzeiro nas suas fuças kree ― eu disse, pegando um objeto de vidro com cerca de um quilo na minha mão.

―Você está com ciúmes meu amor, isso é tão bonito na sociedade humana.

―Vocês kree não se amam?

―Não tão publicamente e carnalmente como vocês, por que você acha que eu fugi pra terra?

―Você fugiu de uma civilização avançada com infinito poderio militar pra transar? ― eu estava completamente incrédula ― antes de você voltar pra lá deveria marcar uma consulta com um psiquiatra você é realmente um ninfomaníaco.

―Esse não é o ponto, meu ponto é, um dia ele é o romântico apaixonado Bucky Barnes que deve te lamber da cabeça aos pés e fazer um amorzinho bem gostosinho e no outro dia o soldado invernal que deve te deixar toda roxa e te fazer gritar até ficar rouca. Mulher você tem sorte.

―Ei realmente não vou discutir a minha vida sexual com você.

―Deveria, por que se não fosse por mim ela nem existiria!

―Você é ridículo.

―De qualquer jeito, você acha que aquele amigo dele, o falcão corta pro meu lado? Desde quando a S.H.I.E.L.D.caiu e ele apareceu na tv, ele faz parte dos meus sonhos molhados.

―Sam é hetero.

―Nada na vida é permanente, eu já fui hetero também! Mas ai eu conheci aquele lindo francês na segunda guerra e fizemos amor numa trincheira vazia, que saudades eu sinto do meu pedaço de chocolate.

―Não, você nasceu sem a parte do cérebro capaz de sente as coisas. ― interferi, ainda rodando na internet pela localização exata do artefato.

―Você está sendo cruel, você sabe que eu tenho muitos sentimentos.

―Não tenha tanta certeza disso.

―Pois tenha sua maluca, eu te dei um namorado maravilhoso, te ajudei a escolher roupas que não te deixam apagada a andar como um deusa de salto, vimos filmes juntos, te carreguei pra baladas finíssimas de chelm sem falar dos chocolates suíços que eu trago na sua tpm, se isso não é amor eu realmente não sei o que é. Nós fizemos a coreografia de “bad girls” juntos! Você que é a desalmada da história. Nem me contou que está noiva, eu que estou vendo essa pedra pendurada no seu dedo.

Eu o olhei por cima da tela, ele tinha um biquinho no rosto e seus olhos bicolores realmente pareciam tristes, os cabelos loiros caindo sobre a testa, Alaric tinha um rosto angelical como se tivesse sido pintando ou esculpido, até o detalhe dos olhos, mas ele tinha um sorriso diabólico, o tipo de sorriso que um anjo mal dava antes de ser expulso do paraíso. Mas, como passar dos anos eu havia aprendido a conviver com ele, e por mais que eu detestasse admitir eu gostava de Alaric, ele tinha sido um dos meus melhores amigos por anos.

―Foi romântico? ―perguntou, com um meio sorriso eu o retribui.

―Foi o meu presente, foi lindo, gostaria que você estivesse lá.

―Não ― ele se levantou, indo até o meu lado e se sentando ― Você gostaria que Nana estivesse com você lá.

―Você esta enganado, eu seguraria uma granada por você, não só por que você pode salvar o meu irmão, você é legal comigo, me esfaqueou no pescoço e quase me deixou morrer sangrando nos seus pés, mas ainda assim você é muito especial pra mim, eu gostaria que você ficasse pro meu casamento, seria uma das madrinhas ― ele deu uma gargalhada, olhando pela janela, o tempo havia mudado estava completamente fechado, lá fora as arvores balançam perigosamente.

―Se faz você se sentir melhor, eu também seguraria uma granada por você. ―Ele disse, beijando a lateral da minha cabeça ― Então, qual o nosso destino?

―Cazinoul din Constanța ― respondi numa imitação ruim do sotaque romeno ― E eu estou começando a me arrepender disso.

O sorriso diabólico surgiu em seus lábios.

―Freya, quantas vezes eu tenho que te dizer? Ir a cassinos comigo, é uma garantia certa de uma noite nada saudável de diversão, perversão e bebedeira, vai ser a sua despedida de solteira, com o seu melhor amigo no mundo inteiro!

―Acho que isso é exatamente o tipo de coisa que Bucky disse pra eu não me meter. ― eu olhei nos olhos dele e sorri ― Tirando a parte da depravação, eu estou dentro, podemos sair assim que eu me vestir.


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Notas finais do capítulo

And you're a dancer and I'm a spy
It's so beautiful to see you lie
Are you having fun?
Then give it up, you don't need that stress
You're still hungry for another test
Are you having fun?
Years & Years - Ties



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