A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 23
// Rainha da Paz //


Notas iniciais do capítulo

Hey there folks, prontos pra conhecer um pouco mais dos motivos da Freya?
dica: os anjos azuis são importantes.
ps: no capitulo anterior eu tinha colocado umas falas entre <> para indicar que ela estava falando em outro idioma, porém a edição do capitulo entendeu como um comando em html e cortou as frases, eu corrigi e coloquei entre aspas, caso tenham achado estranho e queiram ler com a formatação certa.



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―O rei enlouqueceu ― Oskar me disse ― Seu filho havia morrido em batalha, ele implorava que alguém curasse a sua dor, ele havia ganhado terras, ouro e escravos, mas do que aquilo adiantava quando tudo que lhe resta é sofrimento?

Ele me contava a saga da rainha da paz desde que eu podia me lembrar, todos os dias na volta da escola ele me contava uma nova parte da história que ele mesmo tinha inventando, naquele dia o sol brilhava e voltávamos depois de deixar a namorada dele em casa, Sonya.

―Assim como as estrelas caçam o sol, o filho havia caçado a grandeza, ele queria ser um conquistador, conhecer todo o mundo conhecido, ele havia conquistado, era um herói. ― eu ouvia a suas palavras tão atentamente, era como se eu fosse uma fiel e ele um pastor ―ele havia sido em morto em nome da rainha da paz.

―Mas a rainha não queria que ele morresse ― eu disse, ele jogou as suas mãos no ar, como uma espécie de messias, com uma risada rouca ele respondeu.

―A rainha da paz sempre quer agradar, claro que ela não queria que ele morresse, mas isso não adianta de nada, alguém tem que perder. ― ele me olhou com um rabo de olho ― Isso é uma guerra funky toy.

―Agora o conquistador será enviado na barca do esquecimento? ― perguntei.

―A Rainha da razão não irá permitir isso, ela não quer mandá-lo rumo ao esquecimento, ela quer que ele viva para sempre, ela procura a feiticeira das terras fluviais, a rainha da razão sabe que ela pode achar um jeito de manter o seu filho vivo, mesmo que isso vá contra os seus princípios, dessa vez ela deixará de ser a rainha da razão, a sua dor fala alto demais para que ela ouça a sua cabeça, ela será a Rainha do amor daqui pra frente.

―O que aconteceu com a rainha da paz?

―Ela não enlouqueceu como o pai, mas ela nunca mais foi a mesma ― respondeu tristonho ―Quando recebeu a noticia, ela não falou uma única palavra por semanas, ela tentou continuar porque era algo sábio a se fazer e o seu irmão não gostaria que ela ficasse daquele jeito, mas foi complicado para ela, ela ficou perdida, se esqueceu por um tempo de quem era e se meteu em confusão, porém mais cedo ou mais tarde ela vai voltar aos trilhos.

―Me promete que você nunca vai morrer?― eu segurei o braço dele, abraçando o braço magro dele e afundando o meu rosto nele, apesar do sol Oskar usava uma jaqueta de couro, nunca era calor no outono sokoviano. Ele não me respondeu, apenas passou o braço em volta do meu corpo me abraçando.

―Vamos pegar um atalho hoje, ok, Effy? ― eu neguei com a cabeça ― os rebeldes estão na praça central, é perigoso passar por entre eles.

Concordei de contra gosto, detestava os atalhos dele, da ultima vez que pegamos um atalho terminou um labrador do tamanho de um urso nos perseguindo até em casa. E eu detestava qualquer coisa que me forçasse a correr, desde descer as escadas à educação física na escola.

Ele não me contou o resto da história, disse que ele me contaria o resto na volta da escola de amanhã, caminhamos por um beco estreito que dava nove ruas abaixo da nossa casa, eu só havia passado lá no carro ou no ônibus escolar, as casas ainda eram grandes a maioria de dois andares ou mais, mas naquela parte do bairro parecia Chernobyl, as casas estavam destruídas, muitas delas manchadas e cinzentas como se determinadas partes dela estivessem sido consumidas pelo fogo, caminhei mais depressa ao lado de Oskar, o silencio era a nossa companhia, tudo quieto demais, não haviam crianças ou animais na rua, era apenas casas enormes e abandonadas dando um ar fantasmagórico como se de repente entrássemos numa cidade fantasma.

―Vamos pegar um atalho ele disse, vai ser divertido ele disse ― falei ironicamente, olhando em volta com uma estranha sensação de que estávamos sendo observados.

―Vamos fingir que essa é a cidade dos ossos tudo bem? Pra onde todos vão depois da barca do esquecimento. ― ele agarrou o meu braço me forçando a andar um pouco mais rápido.

―Não está ajudando ― meu coração batia desesperadamente tão forte que chegava a doer, como se eu estivesse tento um infarto agudo no miocárdio. Algo se mexeu nos arbustos da casa da frente, parando a nossa caminhada eu me agarrei no braço dele o olhando terrivelmente assustada ― Vamos dar a volta.

Oskar me soltou, me deixando sozinha morrendo de medo e pegou um graveto andando lentamente em direção ao arbusto o ar de repente parecia mais pesado, eu inclinava o meu rosto tentando ver o que diabos ia sair do arbusto, na minha mente vieram trolls, mas eu sabia que trolls eram uma representação da minha cabeça para os rebeldes. Não deveria haver nessa parte da cidade, havia divisões que eles respeitavam, bairros residenciais deveriam ser poupadas. Tentei fazer com que Oskar voltasse, mesmo assim ele foi até o arbusto cutucando e de lá saindo um furão a toda velocidade, assustando a ele e a mim, soltei um grito emendando numa gargalhada me curvando e segurando a minha barriga de tanto rir.

―Vamos logo funky toy ― ele disse mal contendo uma gargalhada, eu não tinha dado dois passos na direção dele quando senti o meu corpo sendo jogado para trás e ficar surda momentaneamente a minha cabeça doendo, deitada no chão, tentando entender o que aconteceu. Bairros residenciais deveriam ser poupados. Eu ouvi a voz dele através do zumbido que preenchia a minha cabeça, eu me sentei olhando em volta, as casas estavam em pedaços, latas de lixo reviradas, uma sirene ressoava acima de nós, Oskar estava deitado perto dos arbustos, eu mesmo tonta me levantei e corri até ele, o rosto dele estava coberto de fumaça e algumas manchas de sangue, os olhos bem abertos tentando me focalizar o meu rosto, olhei o seu estado, o osso da perna completamente fora da pele, eu comecei a gritar por ajuda, eu tentei não chorar, ele ia ficar bem, claro que ia ficar bem, era só uma lesão.

O desespero preencheu o meu corpo, como se de repente eu tivesse engolido uma pedra e agora ela estava entalada onde deveria ficar o meu coração, tão grande e imensa que fazia toda a minha essência pesar, ele não podia estar assim, isso é errado. Meu irmão não deveria se machucar desse jeito, ele estava consciente, ele era forte. Eu só tinha que conseguir ajuda, a minha mente não aceitava que isso era uma espécie de fim, ele não iria morrer ali.

Algo fez que o rosto de Oskar escurecesse, eu olhei para cima e um homem nos olhava com a expressão cheia de pena, ele usava uma roupa azul escura com detalhes em preto, uma grande águia negra dentro de um circulo em seu peito, a blusa azul escura que ele usava ia até o pescoço deixando a mostra apenas algumas pequenas partes do seu pescoço quase o queixo aparecerem marcas de queimaduras,

―O que aconteceu, garotinha?― perguntou, se agachando do meu lado.

―Eu não sei ― respondi, só percebendo naquele momento que eu estava chorando, minhas mãos ainda tentavam colocar o osso de volta no lugar, fazer alguma coisa, nos tirar de lá.

―Desculpe garotinha ― ele disse, colocando uma arma no peito de Oskar e atirando ― eu estou poupando ele do sofrimento, aqui pegue essa florzinha!

Ele me entregou uma pequena begônia cor de rosa e afagou a minha cabeça, senti as gotas de sangue no meu rosto, mornas escorrendo junto com as minhas lagrimas, ele tinha ido.

Os olhos verdes de Oskar ainda me encaravam, a respiração tão baixa coloquei as minhas mãos sobre o peito dele, onde o homem tinha atirado, e senti a mão tremula do meu irmão tocar o meu rosto, o sujando ainda mais de sangue.

―Como as estrelas perseguem o sol pela colina brilhante, eu irei conquistar ― ele disse, com um sorriso doloroso nos lábios ― Eu vou seguir os anjos azuis, eles nos presentearam Effy, é pra onde a barca do esquecimento vai o fim da linha. Os anjos azuis caindo em linhas trazendo um presente pra humanidade.

Eu não podia responder, eu não sabia o que eu responder, apenas me sentia como se tivesse sido atirada num poço e estivesse caindo, caindo e caindo por toda a eternidade, indo tão fundo que eu nunca mais poderia sair. Meu mundo inteiro tinha mudado. Nada ia ser mais como antes.

***

Haviam tantas flores: Rosas, begônias, lírios, orquídeas, cravos, acácias e milhões de Calla brancas, mas todas tinham o mesmo cheiro,eu sabia o nome cientifico de todas elas, as propriedades de cada uma delas, mas nada daquilo fazia sentindo. A igreja estava limpa e cheia de pessoas, a maioria crianças e adolescestes acompanhados dos seus pais, eu usei um vestido preto com sapatilhas pretas, eu não queria ter saído da cama.

***

―Ela vai estar no quarto dela, não tem saído muito de lá ― ouvi a voz da minha mãe, do meu esconderijo em cima da escada, tentei olhar pelo espaço entre os pilares de madeira da escada, tudo que eu tive foi um relance da mulher com que ela conversava ― Não a assuste.

Eu corri para o meu quarto e me deitei na cama, abrindo o meu livro e fingindo que não estava escutando a conversa embaixo de mim. Ouvi os passos na escada e logo em seguida mamãe bateu na minha porta, revelando por fim a mulher misteriosa, ela era alta e esguia a pele dela era radiante, estava num conjunto de saia e terninho de cor vinho e saltos altos. Ela sorriu para mim. Mamãe saiu nos deixando a sós no quarto, ela se sentou na ponta da minha cama.

―Eu sou Olivia Patel, eu sou a carro chefe da divisão cientifica de uma organização internacional chamada Superintendência Humana de Intervenções Estratégicas, Logística e Defesa, S.HI.E.L.D― ela disse procurando uma coisa dentro do seu terno e retirando uma espécie de carteira de couro, que tinha uma insígnia uma águia prateada em forma circular eu encarei o objeto prendendo a minha respiração, a mesma águia que estava estampada no peito do homem que matou meu irmão.―Sabe por que eu estou aqui?

Balancei a cabeça, negando ainda sem confiar na minha capacidade de responder.

―Nós soubemos do seu desempenho acadêmico, o professor que lhe aplicou o teste de Qi nos chamou assim que obteve as respostas, ele disse que você pode ter o maior QI do século ― Eu forcei um sorriso ― E nós da S.H.I.E.L.D temos interesse em jovens mentes brilhantes como você, seria um prazer para nós que se juntasse a nós na nossa divisão cientifica, você seria a pessoa mais jovem a ser recrutada.

―E se eu disser que não?

―Não vamos te obrigar, você poderá vir quando estiver pronta. ― ela respondeu calmamente.

―E se eu nunca quiser ir?― perguntei de novo, ela considerou a minha pergunta.

―Bem, não vamos insistir, mas sempre haverá um lugar para você lá. ― ela segurou o meu ombro firme ―Lá você poderia desenvolver todo o seu potencial, com pessoas que entendem como o seu cérebro funciona, iríamos financiar tudo que você quisesse estudar. Existem outras crianças prodígio lá, vocês poderiam ser amigos sua mãe me disse que você não tem muitos aqui.

―É um oportunidade de ouro eu suponho ― respondi ― mas eu não quero, eu quero ficar em casa.

―Eu entendo ― ela recolheu a sua mão, tirando de dentro do terninho um cartão branco com a mesma águia eu o peguei por educação, já me preparando para jogar no lixo assim que ela saísse.

***

Só percebi que era uma péssima ideia chamar Nadja de cadela quando ela puxou o meu cabelo me jogando no chão com toda a força que os seus 120 quilos conseguiam o que era muito forte, o meu rosto acertou uma sequência de pedras no chão, eu fechei os meus olhos esperando que ela me batesse ainda mais, ela podia. Nadja era três anos mais velha que eu, muito mais alta e tinha quase o triplo do meu peso. Eu tinha 14, ela 17 e estávamos na mesma classe de física. Ela estava afundando nas notas por que era burra eu estava afundando por que aquilo não me interessava.

―Tudo bem Nadja, já deu de show por hoje ― uma voz disse, enquanto eu ainda estava deitada no chão, absorvendo o que estava acontecendo a minha volta o meu rosto doendo por toda a extensão do lado direito, senti o meu lábio rachado e tudo que eu conseguia pensar era: ele morreu e não vai voltar.

Nadja tinha me provocado desde a primeira vez que eu comecei a ir às aulas de física com a turma dela, a de física avançada dois anos atrás quando eu tinha 11 e Oskar ainda estava vivo, ela tinha me odiado desde o primeiro segundo e amado o meu irmão ao contrário de mim Oskar sempre foi o centro das atenções, ele era desinibido, fala alto o suficiente pra ser ouvido e todo mundo parecia gostar dele. Peguei-me pela primeira vez em dois anos pensando nele no passado.

Era o meu terceiro dia de volta a escola em dois anos e eu estava tento problemas em me adaptar, eu não entendia porque as pessoas estavam me tratando como se eu fosse um elemento instável. Até o momento em que a minha cabeça bateu nas pedras, de alguma forma ele não tinha completamente ido até esse momento, uma das garotas maiores tinha realmente batido em mim, Oskar nunca teria deixado isso acontecer. Essa era prova que ele nunca mais ia voltar.

Eu me levantei antes que eu me desse conta, a pedra que eu havia batido o rosto na minha mão, num momento de completo surto eu joguei a pedra na cabeça de Nadja que com o impacto caiu no chão e eu imediatamente me pus em cima dela desferindo socos onde eu pudesse encontrar. Eu nunca fui alguém de se meter em confusão, brigar com alguém sempre me pareceu algo impensável isso simplesmente não combinava comigo, nunca me pareceu a saída lógica para nenhum problema o combate corpo a corpo. Mas naquele momento eu só queria a cara gorda dela sendo esmagada por meus punhos e deixar toda a tristeza e frustração sair de mim, todas as vezes que ela fez piada de mim, derrubou os meus livros ou a minha comida no chão vindo a minha mente, dessa vez eu não teria ninguém para me ajudar a recolher as minhas coisas, ninguém ia me dizer que eu me formaria logo e sairia de lá, ninguém iria ficar do meu lado, porque a única pessoa que fazia isso estava morta.

Alguém me segurou pela barriga, me tirando de cima dela e me arrastando para longe da confusão que havia se formado, me agarrando pelo pulso Sonya me levou até o banheiro feminino do terceiro andar que sempre estava interditado me fez sentar sobre a pia pegando o seu casaco e limpando o meu rosto. Sonya tentou esfregar com cuidado, tirando a maior parte da terra e olhando o dano no meu rosto.

―Porque você fez isso funky toy?― ela estalou os lábios ― Você sabe que eles vão chamar os seus pais, se não te expulsarem.

―Eu não ligo, prefiro estudar em casa ― respondi emburrada.

Ela suspirou desaprovando a minha atitude, Sonya era a antiga namorada de Oskar. Quando ela terminou de me limpar, ela disse que ia pegar as minhas coisas para eu ir para casa, eu me olhei no espelho, à bochecha ralada havia um corte perto do meu cabelo eu desci da pia e lavei o rosto, saindo logo em seguida pela porta deixando todas as minhas coisas para trás, corri até a entrada pegando a minha bicicleta e saindo daquele lugar o mais rápido possível.

***

Consegui entrar na faculdade aos 15 anos, primeiro na mais perto da nossa casa, ainda na Sokovia dois anos depois aos 17 eu já me sentia pronta pra largar tudo lá e ir para a universidade de Cambridge no Reino Unido, aos dezessete e eu já tinha quatro phd’s e dois milhões de perguntas não respondidas na cabeça, passava os dias trancados no laboratório e as noites finalizando coisas no dormitório.

Numa sexta feira à noite eu estava com quatro livros enormes de física que eu carregava junto com um dos meus cadernos e uma bolsa com as minhas coisas, era um dia de inverno o que significava que não havia quase ninguém estava do lado de fora e tudo estava escorregadio, então eu andava sem pressa já que eu não queria cair no chão, eu ouvi os passos atrás de mim num ritmo mais rápido que o meu, um homem de meia idade, cabelos loiros e olhos com heterocrômia parou ao meu lado.

―Precisa de ajuda? ― eu parei de andar.

―Não, obrigada.

―São livros muito pesados ― insistiu ―Freya, certo?

Um arrepio correu pela minha espinha, comprimi os meus lábios voltando a andar desviando dele.

―Suponho que sim ― ele disse caminhando no mesmo ritmo que eu. ― Eu ouvi falar que você é muito inteligente e que tem desperdiçado o seu tempo aqui.

―Quem te disse isso?

―Um professor seu, quatro phd’s todos em campos experimentais, a pessoa mais jovem a pisar nesse campus, e desperdiçando tudo isso aqui onde ninguém liga para essas coisas. Todo esse talento.

―Ainda não estou interessada na proposta da S.H.I.E.L.D se é disso que você está falando, não estava interessada antes e não estou agora, eu não ligo pra todas aquelas coisas, só me deixem em paz. ― ataquei, antes de voltar a andar, completamente furiosa.

―Eu não sou da S.H.I.E.L.D ― me informou, quase me fazendo parar de andar.―Na verdade a organização qual eu represento possui um certo desprezo pela S.H.I.E.L.D.

Eu pare completamente de andar, esperando que ele me alcançasse.

―Eu estou aqui representando a HYDRA, já ouviu falar sobre nós? ― perguntou e eu neguei com a cabeça. ―Por que não me passa alguns livros e conversamos sobre isso? Nós estamos extremamente intrigados com os seus conhecimentos na área da criogenia e o seu professor disse que a senhorita tem uma curiosidade sobre antigos artefatos e civilizações antigas, a velha lenda dos anjos azuis também a conquistaram? Aposto que sim, são fascinantes não são? E quantas vezes já se provaram verdadeiras. É fascinante, que educação a minha, eu sou Alaric Kava.


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Notas finais do capítulo

Like the stars chase the sun
Over the glowing hill, I will conquer
Blood is running deep
Some things never sleep
Queen of peace - florence and the machine