A Arte da Guerra escrita por clariza


Capítulo 22
// Em todo caso, um brilhante dia de funeral //


Notas iniciais do capítulo

"Heeeey there folks!
Eu nem sei o que falar direito nesse cap eu só sei sentir,então sintam comigo.



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Bucky sabia que a chave para uma ação de invasão bem sucedida era o elemento surpresa. Antigamente era bem mais fácil armar uma missão sem que o inimigo se desse conta do que estava acontecendo, não havia toda essa tecnologia. Agora o elemento surpresa era combinado com o elemento tiro, porrada e bomba. Tinham que agir duas vezes mais rápidos e contar com alguma ajuda para que as câmeras não os percebessem chegando. Ele estava na frente de uma equipe formada por três soldados: Thompson, Douglas e Stan.

Faziam menos quarenta e cinco graus, era quase sempre inverno nos montes urais na Sibéria, durante nove meses era inverno. Ele detestava aquele lugar, o frio e todas aquelas coníferas traziam de volta memórias ruins, tanto sangue em suas mãos, tanta neve em seus pés. Ele sacudiu a cabeça, ainda dentro do avião invisível na taiga siberiana tentou jogar aquilo pra fora da sua mente “Foco Bucky” ele disse a si mesmo.

―Sabe cara ― Douglas disse baixinho ― em 1959 nove montanhistas morreram aqui, até hoje ninguém sabe o que aconteceu com eles, os corpos estavam destruídos é tipo um dos maiores mistérios da humanidade, que tipo de animal teria força o suficiente para retalhar os corpos? Uma das montanhistas inclusive, estava sem a língua.

Um flash sanguento passou pela cabeça do soldado, ele desejou que o colega calasse a boca, Steve se colocou de pé, colocando fim a conversa.

―Isso não é uma missão de reconhecimento, e sim uma missão de resgate ― o capitão disse ―Doutora Freya Konstantinvka deve ser resgatada viva e sem ferimentos, sem balas.―O capitão olhou os soldados, incluindo Stan que fora socado na garganta pela doutora ― ela está confusa, acreditamos que a Hydra a esteja ameaçando.

―Nem mesmo nos nazi?― alguém perguntou.

―Só se eles atirarem primeiro.―Steve respondeu.

―Deus, espero que eles atirem primeiro.― a mesma pessoa que peguntou disse, a equipe se posicionou na porta do avião prontos para sair, Steve segurou o ombro de Bucky chamando para um canto mais isolado da aeronave.

―Não sabemos o que vamos encontrar lá ― ele disse baixo, olhando fixamente para o amigo, uma certa dose de compaixão escondida em seus olhos azuis ― Ela pode estar… você sabe.

―Ela não está morta ― rebateu o soldado, ele entendia que o amigo queria lhe poupar de coisas que ele julgava pesadas demais para ele lidar, ele gostaria de criar uma bolha de proteção que ele fazia com Steve no passado , mas ele era um homem crescido e Steve também.

―Eu não disse que ela está morta, nós sabemos que ela está viva mas não sabemos o que aconteceu com ela lá dentro. ― Bucky empurrou de leve o ombro do capitão, com um meio sorriso.

―Em todo o caso, eu vou me preparar para um funeral ― respondeu, segurando.

―Bem que poderia ser um funeral em um lugar mais quente tipo o caribe, por que a hydra sempre escolhe esses lugares com neve e que parecem uma cena de crime? ― Steve reclamou pegando o seu escudo.

―Hydra é russa, Rússia é o lugar mais bizarro do planeta, faz sentido que seja aqui.

―Eu ouvi isso! ―Disse a voz de Natasha pelo comunicador que eles usavam no ouvido, os amigos riram da indignação da Russa ― Você está correndo atrás de uma polonesa, acha que os poloneses são menos estranhos? Tente visitar a Polônia perto do natal, é daquilo que os pesadelos são feitos.

―Ela é búlgara ― corrigiu baixinho o soldado, a russa bufou caminhando até eles e passando pelo vão entre os corpos do capitão e do soldado e fazendo questão de esbarrar nos dois.

―Não deixou de ser esquisita soldado, apenas porque mudou a nacionalidade.― A ruiva disse, abrindo a porta do avião e guiando os soldados para fora, imediatamente começando a atirar nos soldados inimigos. Não era um equipe grande, e Bucky preferia assim ele não gostava de muitas pessoas na sua equipe, eram muitas vidas em suas mãos.

Os soldados com seus rifles adentraram a tundra a procura da porta que daria acesso a base secreta da hydra, os pés afundavam na neve formando ma grossa camada em suas botas como lama, o vento frio fazia todo o corpo dele se arrepiar. Mesmo assim ele se manteve firme na sua caçada. Poucos tiros foram trocados, a base era num lugar tão remoto e isolado que a hydra subjugou a proteção, a porta fora difícil de achar estava perto de uma pedra dão grande e coberta de neve e praticamente invisível. Fora um golpe de sorte encontrá-la.

Os corredores metálicos estavam parcialmente vazios, apenas as câmeras os olhavam de cima, Bucky ativara nos aparelhos e em todos os soldados inimigos que ele via pela frente, de alguma forma ele culpava a todos naquele lugar por tudo que havia acontecido a ele. Desde ter sido capturado décadas antes ao inferno em que ele fora mergulhado, ele os culpava por tudo. Não sentia remorso quando matava um maldito nazista. Apenas uma sensação engraçada, ele sabia que mais cedo ou mais tarde encontraria a todos eles no inferno.

Ele caminhou pelos corredores ouvindo os ecos de tiros e explosões, alguns palavões tanto em português como em russo. Ele havia atirado em poucas pessoas, mas aquele lugar, aquele maldito lugar ele tinha uma memoria especial daqueles corredores, onde a lenda do soldado invernal começou a ser escrita. Onde pela primeira vez dele fora tão desumanizado e torturado, tudo que havia na sua mente eram corpos mutilados e apenas duas emoções medo cuidadoso e devoção morta, um único objetivo pulsando em sua mente “Ache-a e a leve para casa”.

Sua mente o guiou instintivamente até os laboratórios em passos rápidos porém medidos, o seu rifle em posição de ataque, a porta do laboratório numero três estava semi aberta, porém a sala estava vazia assim como os dois anteriores, então ele ouviu, uma voz baixa mas mesmo se ele estivesse atravessando o vale da sombra da morte ele a reconheceria, sussurrada e apressada "Eu tenho de fazer um backup e apagar todos esses arquivos antes que eles cheguem aqui" ela disse, então ele ouviu os passos e o som frio de uma arma sendo carregada, os passos mais leves se seguiram, claramente os de Freya já que usava faltos "rápido" uma voz masculina a respondeu "espere por mim do lado de fora" ela disse e os passos do homem se afastaram Bucky esperou que ele saísse pela porta da frente, mas invés disso os passos se afastaram cada vez mais deixando-a sozinha. Bucky olhou pela fresta, vendo Freya de costas.

Ela usava um jaleco cobrindo o seu corpo até metade das canelas, os cabelos presos num coque bagunçado ela estava atenta ao computador onde imagens apareciam rapidamente e logo desapareciam. Todas as bancadas estavam vazias, apenas ela estava lá dentro.

―Corredor cinco bloco “A” laboratório cinco, eu a encontrei ― ele disse no comunicador um segundo antes de estrar na sala, fazendo a cientista se assustar.

Freya se virou com os olhos arregalados para ele, o seu rosto do mesmo jeito que ele lembrava os olhos que ele nunca sabia definir se eram verdes ou castanhos, o rosto reluzente e os lábios tão fodidamente corados que tudo que ele gostaria de fazer era atravessar a sala e dar um grande beijo naqueles lábios que ele tanto sentira falta.

―Freya ― ele disse ― levemente sem folego.

O olhar dela tremulou no rosto dele, a boca entre aberta mostrava o quão chocada ela estava de vê-lo, bucky de uns passos pra frente abaixando a arma e indo em direção a ela no mesmo instante em que Freya pegava a pistola e disparou dois tiros em direção a ele, o tirando a rota e se escondendo atrás de ma mesa metálica ouvindo os passos dela se afastarem correndo.

―Mas que porra Effy ― ele disse, pegando rifle e indo atrás dela.

As pernas de Freya estavam fracas. Ela não esperava ver o soldado invernal na sua frente por tão cedo correr for difícil muito mais que o habitual, ela correu pelos corredores habituais segurando o pen drive em suas mãos.

Felix estava recostado numa parede, um soldado da S.H.I.E.L.D em seus pés.

―O soldado invernal está aqui ― avisei, os olhos dele se arregalaram com um desprezo nítido ― eu preciso ir na S.H.I.E.L.D. eles tem as respostas com aquela racker estupida deles. não conseguimos decodificar os arquivos, eu preciso pegar direto da fonte.

―Hoje não princesa, temos que ir.― Ele disse, agarrando a minha mão.

―Felix, eu preciso que você faça isso, eu preciso conseguir isso, completar a missão.

―Eu sou o soldado que faz as missões suicidas, você fica no laboratório brincando com o kit de química ― ele disse, ofendendo profundamente a cientista, era isso que todos achavam que ela fazia? glitter num Bequer? Quem esse idiota achava que havia projetado o soro para que ele pudesse ser o soldado das missões suicidas?

Ela o olhou firmemente.

―Eu vou, sim! E você não vai me impedir!

O soldado loira a encarou como se ela tivesse cinco anos de idade.

―Eu posso fazer isso, é uma ordem.― continuou a cientista ― você deve organizar ma missão de resgate e me pegar da S.H.I.E.L.D em um mês.

Ela se soltou do aperto do homem, que a encarava confuso, ele lançou as suas mãos no ar, frustrado. A garota revirou os olhos, entregando o pen drive ao soldado.

―E como Hölle eu vou saber onde fica a base a S.H.I.E.L.D?― perguntou.

―Você tem um mês pra descobrir ― a moça respondeu correndo na direção oposta a do soldado, dando de cara com três soldados das linhas inimigas, que de tamanho susto um deles bateu com o rifle no rosto da cientista, a fazendo cair de bunda no chão as suas mãos no nariz cobrindo o sangramento que começava a fluir pelas narinas, ela olhou pra cima com os lábios abertos dois filetes de sangue escorrendo pelo rosto dela.

Stan olhou para Thompson que tinha a mesma expressão de choque que a cientista no chão, Stan colocou a sua mão no ombro do companheiro sentindo bastante pena do amigo, se o soldado invernal fico tão puto quando ele a encontrou no marrocos e a deixou escapar, que socou a lateral de uma avião deixando a marca das suas mãos nele, o que ele faria quando descobrisse Freya ferida.

―Cara, você tá tão fodido. ― ele disse, cheio de pena.― corredor sete, bloco “b” encontramos, Thompson neutralizou ela.

Stan ganhou um olhar completamente desesperado do amigo.

―Eu não quero ser aquele avião cara, sinto muito ― a doutora ainda estava no chão, segurando o nariz com a cabeça reclinada para trás tentando parar o sangramento e desejando do fundo do coração que o nariz não estivesse quebrado. Thompson era bem mais velho que Stan, os cabelos grisalhos brotavam junto com os fios loiros, e as rugas e pés de galinha no seu rosto branco denunciavam a sua idade.

―Ei, doutora, machucou não, né? ― ele disse, se agachando do lado da doutora ― A senhora tá boa, né? Uma pancadinha dessas de nada.

Ele ganhou um olhar furioso da mulher.

―Du Sohn einer dreisten Dirne Ich will deine Seele in der Hölle schmoren, den Teufel Sie dreimal täglich stoßen mit dem Dreizack seinem Stock in sein Fleisch so tief, dass Rock Eiter und infizieren die Seele leidet mehr als jede andere Seele Hölle, die Pisse auf sie nimmt. ― ela respondeu numa onda fúria profunda.

―Nunca fiquei tão feliz de não entender alemão. ―Thompson levantou ―Moça, eu não sei o que a senhora disse, mas pelo o seu tom eu acho que a senhora deveria lavar a boca com sabão.

―Vai se foder ― ela disse em inglês, cortante com o seu sotaque europeu.

Alguns segundo depois eles ouviram passos no corredor, o coração de Freya estava batendo tão rápido que ela achava que ia estourar em seu peito, ela tocou a medalhinha de são Kazimierz.

Bucky quando viu Freya sentada no chão e o rosto sujo de sangue ele entendeu o que eles haviam feito para neutralizar a ameaça e não gostou nada disso, lançou um olhar furioso para os homens, a raiva por ela ter atirado nele indo embora momentaneamente, ele havia se ferido milhares de vezes e ele sabia o quanto um nariz machucado doía, e lá estava ela, sua Freya, machucada quando ele havia prometido que nunca deixaria que ninguém fizesse isso a ela.

Ele se agachou, pegando um pedaço do tecido do jaleco dela e rasgando, umedeceu o pano com a língua e passou levemente no rosto dela, tentando tirar o sangue.

―Deixa eu ver isso ― ele disse, tirando a mão dela da frente e analisando o nariz ― alguém me arranje álcool.

―Podemos encontrar isso no avião, temos que ir ― Bucky não prestou atenção em quem disse isso, mas concordou.

―Precisa de ajuda para levantar? ― ele perguntou e ela negou com a cabeça, e com dificuldade se colocou de pé, Bucky notou que ela usava uma saia lápis preta até os joelhos que marcava perfeitamente a sua silhueta, como ele desejou colocar as suas mãos nela. Ela parecia tonta, então ele, para a sua alegria ele colocou uma de suas mãos na cintura dela a ajudando a caminhar para fora. Ele gostaria de coloca-la no colo e levar para longe de tudo aquilo.

―Estamos indo para casa Effy.― ele disse, ganhando um olhar assustado mas ao mesmo tempo enojado.

―Fique bem longe de mim ― ela se afastou dele, indo na direção oposta completamente tonta e trocando os passos dando de cara com Natasha, que deu um sorriso maroto para a doutora.

―Oi, Sheldon ― ela disse, colocando um par de algemas nos pulsos da doutora ― você vem comigo agora.


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Notas finais do capítulo

I'm coming up only to hold you under
I'm coming up only to show you wrong
And to know you is hard and we wonder
To know you, all wrong we wer
Band of horses - funeral