A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Relou! Bem, acho que só vou agradecer pelos seus lindos comentários que me deixaram pulando aqui no meu quarto... hsuashaushuha... Tentei deixar esse cap um pouco engraçado, não se se consegui heuehue. Leiam as notas finais tem um aviso importante.

Boa Leitura...



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Algumas horas depois, naquele mesmo dia.

Quando nosso príncipe e nossa princesa têm sua paciência testada.

.

Maxon gostaria de bater em alguém.

Era só nisso que pensava enquanto esperava, sentado numa cadeira da pequena, mas muito elegante e bem decorada, sala de visitas da Casa Singer. Bom, pelo menos estava tentando sentar na condenada cadeira, que sem dúvida nenhuma, fora feita para pequenas damas e não para homens corpulentos como ele. Portanto, não parava de se mexer no móvel, buscando sem sucesso ficar numa posição ao menos um pouco confortável. Olhou com inveja para a senhora Singer - instalada confortavelmente no felpudo sofá, parecendo totalmente alheia ao sofrimento do homem - falando pelos cotovelos. Aliás, a idosa tagarelava tanto que, se por acaso um meteorito caísse em cima deles naquele exato momento, ela com certeza não perceberia.

– Oh, senhor Schreave, gostaria de agradecer-lhe mais uma vez por salvar minha bisneta. Foi tudo culpa dela, é claro, pulando escandalosamente na frente daquele cão, – ao relembrar a vergonha que a senhorita America Singer (o nome da dita cuja salvadora de animais) a fez passar, a senhora Singer, mais uma vez, abanou-se com seu leque. Sua expressão era de profunda humilhação – atitude estúpida. Deveria saber o que isso causaria à sua pobre bisavó.

Maxon, na verdade, ficara admirado com a atitude da senhorita Singer, mas que Deus o livrasse se contradissesse a anciã. Por isso, só sacudiu a cabeça, em sinal de entendimento.

– Mas onde está o chá? – continuou, tocando o pequeno sino de prata pela milésima vez.

O jovem queria falar que ela havia ordenado a bebida, junto com biscoitos de manteiga, há menos de dez minutos, e que chá nenhum ficava pronto tão rápido, mas se segurou. Naquele instante, concluiu que nunca havia conhecido uma velha mais irritante do que aquela à sua frente.

+++++

Depois que a senhora Singer chegara berrando, totalmente exaltada, causando o desmaio da senhorita Singer, Maxon teve de carregar esta, inconsciente, até a carruagem das senhoras, a qual tinha as paredes ornamentadas com detalhes de flores, que o rapaz achou um tanto quanto espalhafatosos, e os assentos forrados com um veludo vermelho já gasto, com direito até a um pequeno rasgo, quase imperceptível, em um dos cantos. A senhora Singer ainda não havia parado de gritar com ele, pensando que era um mero abatedor de carteiras ou algo do gênero, embora suas roupas fossem de excelente qualidade. Depois que ficou sabendo que o jovem era, na verdade, herdeiro de um ducado, sua atitude mudou completamente. Foram então, só elogios, tirando as ocasionais críticas ao comportamento de sua bisneta.

America acordou somente algum tempo depois, quando já estavam chegando a Casa Singer. A senhora Singer, então, ficou quieta - aquela, aliás, fora a única vez que realmente tinha visto a velha de boca fechada, refletiu depois, Maxon - por alguns minutos, observando, com o rosto vermelho, a moça esfregar os olhos e perguntar, atordoada, onde estava. Naquele momento, Maxon aproveitou a deixa para finalmente, analisá-la melhor. Não era propriamente feia: seu corpo era magro e tinha lábios bem desenhados. Seu cabelo ruivo, antes preso no que devia ser um coque, estava completamente embaraçado, mas eram sedosos. Seus olhos, de um tom azul céu, eram grandes, mas não a ponto de ser de uma forma exagerada. America Singer era, na falta de palavras melhores, interessante. Suas expressões eram tão marcantes que o rapaz soube que nunca mais esqueceria seu rosto.

Ela, ao perceber seus olhos castanhos observando-a, atentos e tão estranhamente intensos, rapidamente ficou nervosa, com a face quase da mesma cor que os bancos da carruagem. Fato que era, na verdade, novidade para America, já que acreditava não ser capaz de corar. Devia realmente ter batido a cabeça com muita força.

– Perdão, creio que não o conheço – Disse, tentando disfarçar seu constrangimento.

Ele sorriu seu melhor sorriso, mostrando os dentes incrivelmente brancos e alinhados, com exceção de um, percebeu America, no canto direito, que estava um pouco quebrado. A jovem perguntou-se o que teria acontecido a ele. Será que se machucara quando criança, enquanto brincava? Ou o dano havia ocorrido quando já tinha chegado à idade adulta? E então desacreditou que estava realmente pensando na origem da porcaria de um dente.

– Ah, sim. Maxon Schreave, herdeiro do ducado de Illéa – apresentou-se o homem.

America levantou uma de suas sobrancelhas. Excelente. Era mais um daqueles herdeiros mesquinhos, que achavam o título a coisa mais importante da vida de uma pessoa. Não entendia por que eles sempre apresentavam-se acrescentando "herdeiro de…", que inutilidade, pensou.

Ela, pelo menos, não tinha o menor interesse naquela informação. Bom, pensando bem, na verdade deveria importar-se já que todas as solteiras de sua idade certamente o faziam. Afinal, um futuro duque era um prato cheio: quem não gostaria de se tornar duquesa e viver luxuosamente? Ainda mais que aquele futuro duque em questão era incrivelmente bonito.

Pare America, lembre-se de sua situação. Nenhum herdeiro de um título tão alto, que pode conseguir qualquer mulher, irá se interessar por uma bastarda sem-graça, repreendeu-se.

Não, o melhor seria procurar alguém do mesmo nível que ela, um advogado ou professor. Como Aspen, por exemplo, que era dono de uma famosa floricultura nos arredores de Stormont. Não era feio, com certeza não, com seus cabelos escuros cacheados e os olhos verdes. Era um partido decente. Poderia procurar se casar com ele, e talvez… Parou de devanear quando viu a expressão divertida do senhor Schreave, esperando que se apresentasse. Foi o que fez:

– America Singer. Prazer em conhecê-lo, senhor Schreave.

Quando finalmente chegaram a Casa, a senhora Singer percebeu, horrorizada, o enorme rasgo na parte de trás do vestido da bisneta. Maxon jurava que o rosto da velha tinha ficado roxo, vermelho e uma cor próxima ao vinho, tudo ao mesmo tempo. Tinha vergonha de dizer que naquele momento fizera o maior esforço de todos os seus 29 anos para não começar a rir.

– Minha filha, o que é isso? Ah, que humilhação. Rogo que nos perdoe, senhor Schreave.

Dito isso, mandou a bisneta para o andar de cima, pedindo que se trocasse e ficasse mais apresentável. Ao perceber o olhar de puro ódio que a senhorita lançou à idosa, Maxon franziu os lábios, contendo mais ainda a risada. Não obstante, obedeceu e, depois de um aceno com a cabeça, subiu correndo as escadas.

+++++

Maxon, distraído, quase pulou da cadeira de susto com a exclamação da senhora Singer.

– Oh, America! Finalmente parece bem-disposta!

Ao ver a jovem parada na porta, parecendo meio na dúvida se entrava ou não na sala, Maxon rapidamente se levantou, meio aliviado, da cadeirinha, conforme era educado fazer. Lembrava-se de sua mãe dizendo-lhe que sempre deveria levantar-se quando uma dama chegava num recinto, e que se não o fizesse seria extremamente rude.

A senhorita Singer estava levemente corada, e seu cabelo fora penteado e preso em um coque um tanto frouxo, como se tivesse sido feito às pressas, mas não estava ruim. Usava também um novo vestido preto, um pouco mais elaborado que o anterior.

– Senhorita Singer – saudou, sorrindo de canto.

As pernas de America começaram a tremer. Maldito, pensou, encostando-se na porta tentando manter o equilíbrio. Tudo por causa daquele sorriso de lado. Deus, como ele era bonito.

– Senhor Schreave – murmurou, na esperança de que assim sua voz não saísse tão trêmula.

Respirou fundo e, tomando coragem, andou até os dois e sentou-se no sofá, ao lado de Isabel. Acompanhando seu movimento, o senhor Schreave sentou-se de novo na cadeirinha. A garota percebeu sua expressão de sofrimento enquanto tentava encaixar seu corpo no pequeno móvel. Reprimiu a risada.

– Muito bem – disse sua bisavó, entrelaçando os dedos das mãos. – Vamos direto ao ponto.

America franziu o cenho e trocou olhares com o homem à sua frente, que parecia tão confuso quanto ela própria. A garota concluiu que a velhice finalmente começara a afetar a mente de Isabel, enlouquecendo-a de vez.

– Então, meu caríssimo senhor Schreave, – começou a velha – quando será o casamento?


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Notas finais do capítulo

PÁ! Foi um final um tanto impactante não acham? '0'

Bem, eu nesse momento eu estou tendo minhas crises nérdicas (não que eu seja nerd, quem me dera! Mas minhas amigas estão enchendo meus ouvidos dizendo que vivo tento "crises nérdicas", então...)
Voltando ao assunto, tirei notas baixas na primeira avaliação. COMO PODE? O primeiro ano está acabando cmg, é mt coisa (sdds 8° série!)... Então, eu sinto lhes dizer que vou demorar mais um pouquinho pra postar, pois quero me focar um pouco mais nos estudos, e eu, no meu bendito desespero, espero que me compreendam!
Farei o que eu puder para postar o mais rápido possível, palavra de escoteira. (nunca fui escoteira, mas e dai? heuheuhue)

Enfim, comentem bastante! Vou ficar mt feliz MESMO. Amo ler seus comentários, não me decepcionem. Bjs e até o próximo cap.