Lyanna escrita por Nano


Capítulo 4
Just don't want to miss you tonight


Notas iniciais do capítulo

Queria me desculpar por ter demorado tanto pra postar da outra vez t.t
E queria pedir pra favoritarem haha
espero que gostem (e que não me matem)



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''Tough girl

In the fast lane

No time for love,

No time for hate

No drama,

no time for games

Tough girl

Whose soul aches''

– Big Girls Cry, Sia.

POV Lyanna

A primeira das coisas a se saber quando se mora em um apartamento sozinha: Quando alguém bater na sua porta, olhe no olho mágico, não saia abrindo por aí.

A segunda coisa a se saber é que você deve se manter segura dentro de casa, o quanto puder.

7 horas antes

A única coisa que eu me lembrava era de ter atendido a porta e de não ser Castiel. E da imagem de dois homens, ambos altos e com cabelos escuros, apontando uma arma para mim. E de umas poucas palavras: meu nome.

Eles estavam atrás de mim. Então, desmaiei.

3 horas antes

Eu estava amarrada, e meus pulsos estavam em carne viva, havia acabado de acordar, e sentia uma porra de dor de cabeça, para o bem da verdade. Sabia que ninguém ia vir me procurar, ninguém gosta de Lyanna Sunblack. Castiel deve ter achado que eu simplesmente desisti de sair com ele ou coisa do tipo.

Um dos caras que me raptaram me disse que o propósito disso tudo era para ganhar um resgate por mim. Grande coisa, pensei, talvez eles me deixem aqui.

POV Castiel

6 horas antes

Quando cheguei no apartamento de Lyanna, chamei por ela, da porta mesmo. E quando tentei bater na porta, ela se abriu. Engraçado, eu pensei, Lyanna não deixaria a porta aberta.

Eu tinha entrado no apartamento, e estava tudo no lugar, exceto pelo celular em cima da mesa e o dinheiro para a comida do lado. A coisa não era difícil de decifrar. Alguém tinha entrado no apartamento, eu sabia, tinha experiência nessas coisas. E pegado ela.

Quase matei o porteiro dali para me deixar ver as câmeras, arrancando dele uma desculpa esfarrapada que as câmeras do andar 8, o qual ela morava, estavam desativadas. Só facilitando a vida, como eu ia achar ela?

POV Lyanna

Não tinha muita coisa para fazer ali, jogada no canto de um quarto escuro e com fome; Cada vez que eu tentava tirar as cordas da minha mão mais doía, foi aí que eu me lembrei que eu sempre guardava um mini canivete no bolso da calça, caso eu precisasse. E finalmente foi útil.

Demorou bastante tempo para eu conseguir tirar o canivete do bolso, e ainda mais pra cortar a corda, e bem na hora que eu consegui, um dos capangas chegou, e tive de deixar o serviço como estava.

– Lyanna - Sorriu - Meu chefe quer vê-la.

– Engraçado, eu não tenho o mesmo desejo.

Meus protestos e resmungos não adiantaram muita coisa, ele me puxou pelo braço até uma sala maior e mais clara, onde pude ver um homem, com mais ou menos a minha idade, me encarando. Olhos azuis, cabelos pretos. Parecia familiar.

– Olá, Lyanna. - Suspirou, como se já me conhecesse a muito tempo, babaca.

– Oi, sequestrador. - Revirei os olhos.

– Para quem foi sequestrada, você é bem rebelde, não?

– Para quem é um sequestrador, você fala direito.

– Sente aqui.

– Não quero.

Minha negação não adiantou muita coisa, pois pelo visto eles se comunicavam por trocas de olhares e o capanga do homem me fez sentar.

– Que gentil.

– Se acalme, Lyanna. Não lembra de mim?

– Não. E nem gostaria.

– Bem, eu sei quem você é. Vá embora, por favor. - Disse para o capanga. - Você é Lyanna Sunblack, não tem muitos amigos, não gosta dos pais, não é próxima de ninguém, acredita que laços são desnecessários, é rica, mas não se dá bem nesse meio. - Sorriu. - E embora eles digam que o propósito disso tudo foi para um resgate, não foi.

– Então, para que, afinal?

– Porque eu quero que você se lembre de mim, eu era importante para você, sabia? Mas seus pais me excluíram de tudo no momento que eu dei uma abertura.

– Se você é tão importante assim, eu não deveria ter esquecido, não? - Ele me deu um tapa. Sorri. - Tenho que agradecer meus pais, também, eles fizeram um ótimo trabalho me fazendo esquecer. - Outro tapa. Meu comportamento não parecia agradável. - Sabe, não vai adiantar nada me bater. Não vou lembrar por causa disso.

– Eu sei, você costumava ser um pouco menos temperamental, antigamente. - Bufou - Vamos aos assuntos. Sabe os flashbacks que você tem?

– Como você..?

– Sabendo, querida. Eles são de verdade.

– Impossível.

Procurei no rosto do homem sinal de mentira, ou alguma coisa assim, ele se mostrava inflexível, sem nenhuma expressão.

– Possível, na verdade. Você pensa que sonha com alguém, e esse alguém pede para você lembrar dele logo, porque depois, ele próprio irá esquecê-la.

Não respondi, apesar de ser verdade.

– Esse alguém, - Ele disse - Você passou a conviver com ele recentemente, principalmente ontem, e hoje, de manhã, mas ele já não lembra de você tão bem assim, apesar de você assombrá-lo em seus sonhos, isso se tal monstro tiver algum.

– Ele não é um monstro! - Exclamei - Ele é meu amigo, pare de falar desse jeito sobre ele.

Outro tapa.

– Eu falo dele do jeito que ele merece, ouviu? - Assenti - Pensei que poderia mudar a profecia - Suspirou - Não posso. - Vocês estão destinados a..

Um estrondo na porta da sala. Outro. E mais outro.

POV Castiel

Não foi muito difícil lembrar qual o único criminoso dali, ao menos quem mandava neles. E foi ainda mais fácil achar o lugar, eu não estava ciente de nada, no começo, mas foi aí que lembrei. Lyanna tinha um apartamento só para ela e esse, era bem grande. Havia se mudado para Paris de primeira classe, e não aparentava ser uma pessoa de poucas posses, e eu já havia ouvido seu sobrenome em um ou outro lugar nos jornais.

Eu estava louco, sabia disso. Havia voltado para aquela cidade com o objetivo de respostas, e havia encontrado ela, igual á garota dos seus sonhos.

Quando realmente tive certeza que era ela, quis me aproximar, mas ela não parecia se lembrar, então pus um pé atrás, mas agora, que vi o perigo espreitando-a, uma humana. Sabia que era perigoso, se eu me apaixonasse.. seria o fim.

E mesmo assim, lá estava eu, em minha moto, á 100 km/h indo salvá-la.

Não demorei muito esmurrando os seguranças do local, podia ter chamado meus amigos para me ajudarem, mas não queria que vissem a ela, e achassem outra coisa. Passei bem rápido pelo local, procurando de porta em porta, demorando bastante tempo nisso.

Já era quase noite quando achei uma porta trancada e a arrombei, ela estava lá dentro, amarrada, com cordas nos pulsos, e com o rosto vermelho, de ambos os lados, péssima, com o causador disso tudo do lado dela, e não hesitei. Minha pele era dura como metal e branca como leite, mesmo. Não ira doer mesmo, não iria sair sangue, não traria esforço algum.

POV Lyanna

A porta foi arrombada, e quando vi a silhueta ruiva, com cabelos longos, não sabia ria ou se chorava, de felicidade, não parecia, mas aquele, foi um dos muitos momentos de minha vida, e não o mais perigoso. Quando o vi, partindo para cima daquele cara, ele ia matá-lo, certeza.

– Castiel. - ele não me ouvia - Castiel! - continuava não ouvindo, ou fingindo de surdo, - Castiel ! - Me interpus no meio da briga, e recebi todo o impacto, desmaiei.

– Lyanna! - Era do que me lembrava, e de ser carregada por alguém, um cheiro de lavanda e um corpo frio, como se estivesse morto.

POV Castiel

O que havia com aquela garota? Entrando naquela briga! Podia ter acabado morta, a velocidade e a força dos socos que eu estava trocando com ele era superior á de um humano normal, e mesmo assim, ela só desmaiou.

– Francamente, você devia tomar mais cuidado com si mesma. - Pensei alto. - Não pode simplesmente entrar numa briga achando que não vai sair machucada, Lyanna.

POV Lyanna

Acordei e pisquei os olhos, eu ainda estava sendo carregada, era noite, e o céu estava iluminado de estrelas, então olhei para Castiel, e depois para o céu, ele ainda não parecia ter me notado acordada.

E cruzei os dedos, fechei os olhos, e mesmo sabendo que poderia não funcionar, eu o desejei.

De alguma forma, sabia que era ele. O garoto dos meus sonhos.

Mas de alguma forma, sabia que deveria encontrar meu sequestrador de novo, mesmo que fosse perigoso. Precisava saber do que estávamos destinados, precisava me lembrar.

E sabendo que eu não faria isso hoje, ou amanhã, que a oportunidade surgiria, voltei a dormir naqueles braços inflexíveis, que não pareciam se cansar.

POV Castiel

Caminhei por muito tempo, sabia, mas ela ainda dormia, e não parecia que ia acordar cedo, então, ao chegar á frente de sua casa, me decidi.

Não iria deixar ela entrar ali de novo, ela não estaria segura. Se aquele cara, em pessoa, estava ali por ela, haveriam outras tentativas, e mais perigosas, ela era só uma humana, não merecia. Não merecia ter o mesmo fim que eu.

''Enquanto existir isso,

enquanto eu estiver viva e

puder contemplar este sol

e este céu sem nuvens,

enquanto isso existir,

não poderei ser infeliz.''

– Diário de Anne Frank


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