Seu nome era Lyanna Sunblack, cabelos castanhos. Olhos cinzas, inexpressivos, assim como sua alma, sem graça. Nunca foi pessoa que falasse com muitos, e muito menos daquelas que eram depressivas. Ela fazia da solidão um modo de vida.
Se considerava feliz porque ia embora, abandonar os pais, aquela vida tediosa na qual pedira para morrer para um Deus ou coisa assim, mesmo sabendo que tal poder só exista em livros.
Ia para uma cidadezinha em Paris, que nem ao mesmo lembrava o nome, fazer universidade. Escolhera um lugar tão distante para fugir de seus pais, tinha a vida inteira decidida por eles na ponta da agulha, não tinha inclinação para o rebeldismo nem boa vontade para ajudar os outros, apesar de no fundo, haver um coração bom dentro dela.
Ela era inflexível, tal como titânio e resolvia as coisas no jeito da família Sunblack, era solitária e realmente era do tipo de poucos amigos. Mas se gostasse de alguém, seria a maior verdade que alguém ouviria em toda a vida.

Sobre mim, sobre ela.
Sobre como alguém a entendeu.
Sobre todo mundo á minha volta.
Sobre como pessoas são odiadas, e, ao mesmo tempo, amadas.
Sobre como se deve ser grato pelo que se tem, sempre há alguém pior.
Sobre como carregar o peso do mundo nos ombros é ruim.
Sobre como Deus é cruel, e, ao mesmo tempo, é amor.