Lyanna escrita por Nano


Capítulo 3
I Want to Taste Her Lips


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
(mas tem tão pouquinha gente vendo os capítulos que tô desanimando)
Vão deixar a tia Nano triste msm, pessoal?
aheuahuea



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''Carrego pra onde vou

O peso do meu som

Lotando a minha bagagem

E meu maracatu pesa uma tonelada de

surdez

E pede passagem...''

POV Lyanna

Acordei atordoada, olhando para as paredes brancas, sem saber aonde estava, com a coluna doendo, e mais: Com fome, uma fome de matar. Castiel estava lá, no outro sofá, babando. Eca.

– Ei, Castiel. - Me aproximei para chutar a bunda dele do sofá - Castiel! Acorda! - Só falta ser surdo - Acorda, porra. - Chutei ele.

– Quem precisa de delicadeza, hm? - Disse Castiel bufando.

– Nos seus sonhos, Cassy. - Sorri sarcástica - Tô com fome.

– Minha namorada não iria gostar nada se visse uma garota na minha casa..

– Você tem namorada? - Perguntei surpresa

– Não. Ficou assim tão surpresa? - Castiel disso sorrindo malicioso e me prensando na parede.

– Bom. - disse bem baixinho - Não. Quem é que ficaria com você, afinal?

– Você, talvez. - Ele me olhou diretamente.

– Eu ficaria com pena de mim mesma, sabe. - Revirei os olhos. - Bora comer? Quero matar quem tá me matando. - Me esquivei dele.

– Deixa de ser chata, guria. - Castiel disse bagunçando nos meus cabelos - Tô te hospedando na minha casa, sabe quantas meninas gostariam de uma oportunidade dessa?

– Sei. Nenhuma, uhmpf - Que irritante - E você é bruto, e nem por isso eu falo. Já que você é tão hospitaleiro, que tal me dar comida?

– Vem. - Castiel me puxou para a cozinha e abriu a geladeira, não tinha nada ali.

– Ué - Comida cadê você? - Onde tá a comida, Castiel?

– No meu bolso que não está..

– Como diabos você vive aqui e não tem comida? - Eu estava muito indignada.

– Eu te disse. Eu morava aqui - Suspirou - É claro que não tem comida, eu voltei ontem.

– Tá, e o que a gente come?

– Tem uma lanchonete aqui perto, quer vir?

– Do jeito que eu tô até pedra eu como. Vamo.

Eu mal lavei a cara e a peste estava me apressando pra ir, a gente foi a pé mesmo, era uma rua depois praticamente. A garçonete veio nos atender e veio rebolando pra Castiel, dando umas piscadinhas pra ele.

– Você está aqui para anotar nossos pedidos ou pra dar em cima dele? - Bufei - Anda, anota aí! E rápido que eu tô com fome.

– Vai querer o que? - Disse me olhando feio

– Waffles, um pontinho de nutella e suco de laranja.

– Só?

– Vai querer alguma coisa, Castiel?

– a anotou, piscou para ele, e ainda saiu rebolando.

– Ciúmes? - Castiel perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

– Não, tô com fome mesmo. - Fiz uma careta e comecei a encarar o céu da janela.

Flashback on

Eu estava passando o verão na casa de praia dos meus pais, tinha no máximo 15 anos, e estava deitada na areia, observando as estrelas e escutando o som das ondas.

– Sabia que é perigoso ficar deitada na praia e no meio do nada? - Disse um garoto de cabelos pretos e olhos cinzas.

– Não - Eu ri, naquele tempo eu geralmente ria demais - Só acho que isso tudo aqui é lindo.

Ele se deitou do meu lado e começou a olhar para as estrelas.

– Verdade.

– O que? - Virei para ele.

– É lindo.

– É, não é? Toda vez que venho aqui, eu deito e olho as estrelas, ajuda a desligar um pouco da realidade.

– Olha, guria, tenho que ir. - Ele suspirou

– Espera! Qual seu nome?

– Segredinho. A gente se vê por aí. - Ele suspirou, se levantou, pegou um boné não sei de onde e saiu.

Eu nunca mais tinha visto ele.

Nem nunca mais tinha ido pra aquele lugar.

Flashback Off

– Terra para Lyanna - Castiel chamou - A comida chegou.

Eu estava chorando. Tanta coisa que eu esquecia, tanta. Eu havia prometido á mim mesma que eu ia voltar ali um dia, ver aquele cara de novo, e descobrir o nome dele, mas eu nunca voltei. Eu sempre esquecia, sempre.

– Ei, o que foi? - O semblante de Castiel ficou subitamente preocupado, e eu ri um pouco.

– Lembranças. - Passei a mão no rosto. - Tenho que ir visitar um lugar qualquer dia desses.

– Que lugar é esse?

– É uma praia, eu ia lá quando era criança.

– Posso ir com você?

– Pode - Sorri - Vamos matar quem está nos matando?

Ele acenou com a cabeça, fazendo sinal positivo.

Nós comemos bastante, e quando digo bastante, é realmente bastante. Repetimos o prato umas 3 vezes, e só aí nos demos por satisfeitos.

– Vou ali pagar a conta, certo? - Ele foi lá, e depois de 15 minutos ainda estava lá pagando a conta, fiquei realmente irritada e fui lá.

– Cast - Quando escuto uma voz dizendo: Gatinho, não quer ir em algum lugar comigo não? Era aquela garçonete azeda, além de ficar toda boba perto dele, ainda me atrasa, francamente. - Não, ele não quer. Pagou a conta?

– Paguei.

– Ótimo, vamos.

– Ruivinho! Sua namorada não devia te deixar andando por aí.

– Não sou namorada desse idiota! - Disse com raiva.

Saímos do restaurante, que guria atirada.

– Você deve me amar.

– Nos seus sonhos, Cassy. - Revirei os olhos. - Que tal, tu vai pra tua casa, toma teu banho, enquanto eu vou pra minha, depois tu me pega lá e a gente vai para a universidade?

– Aproveitadora - Suspirou - Tudo bem. Daqui a 1 hora eu tô lá. Onde que é?

Passei o endereço do prédio e fui andando logo, tomei uma ducha rápida, botei a jaqueta de Castiel junto com algumas roupas rasgadas e esperei.

Ding Dong

''Ela vai dançar a noite inteira

Ela vai cantar todas as músicas

Pra desfazer..

Pra desfazer a dor, e refazê-la.''


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Notas finais do capítulo

Resolvi deixar vocês no suspense.
Pode não ser o Castiel esperando ela, viu?
Reparem bem no jovem de cabelos pretos e olhos cinzas, não parece com alguém antes de uma certa transformação?
hahaha
— Nano



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