Lyanna escrita por Nano
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem
(mas tem tão pouquinha gente vendo os capítulos que tô desanimando)
Vão deixar a tia Nano triste msm, pessoal?
aheuahuea
''Carrego pra onde vou
O peso do meu som
Lotando a minha bagagem
E meu maracatu pesa uma tonelada de
surdez
E pede passagem...''
POV Lyanna
Acordei atordoada, olhando para as paredes brancas, sem saber aonde estava, com a coluna doendo, e mais: Com fome, uma fome de matar. Castiel estava lá, no outro sofá, babando. Eca.
– Ei, Castiel. - Me aproximei para chutar a bunda dele do sofá - Castiel! Acorda! - Só falta ser surdo - Acorda, porra. - Chutei ele.
– Quem precisa de delicadeza, hm? - Disse Castiel bufando.
– Nos seus sonhos, Cassy. - Sorri sarcástica - Tô com fome.
– Minha namorada não iria gostar nada se visse uma garota na minha casa..
– Você tem namorada? - Perguntei surpresa
– Não. Ficou assim tão surpresa? - Castiel disso sorrindo malicioso e me prensando na parede.
– Bom. - disse bem baixinho - Não. Quem é que ficaria com você, afinal?
– Você, talvez. - Ele me olhou diretamente.
– Eu ficaria com pena de mim mesma, sabe. - Revirei os olhos. - Bora comer? Quero matar quem tá me matando. - Me esquivei dele.
– Deixa de ser chata, guria. - Castiel disse bagunçando nos meus cabelos - Tô te hospedando na minha casa, sabe quantas meninas gostariam de uma oportunidade dessa?
– Sei. Nenhuma, uhmpf - Que irritante - E você é bruto, e nem por isso eu falo. Já que você é tão hospitaleiro, que tal me dar comida?
– Vem. - Castiel me puxou para a cozinha e abriu a geladeira, não tinha nada ali.
– Ué - Comida cadê você? - Onde tá a comida, Castiel?
– No meu bolso que não está..
– Como diabos você vive aqui e não tem comida? - Eu estava muito indignada.
– Eu te disse. Eu morava aqui - Suspirou - É claro que não tem comida, eu voltei ontem.
– Tá, e o que a gente come?
– Tem uma lanchonete aqui perto, quer vir?
– Do jeito que eu tô até pedra eu como. Vamo.
Eu mal lavei a cara e a peste estava me apressando pra ir, a gente foi a pé mesmo, era uma rua depois praticamente. A garçonete veio nos atender e veio rebolando pra Castiel, dando umas piscadinhas pra ele.
– Você está aqui para anotar nossos pedidos ou pra dar em cima dele? - Bufei - Anda, anota aí! E rápido que eu tô com fome.
– Vai querer o que? - Disse me olhando feio
– Waffles, um pontinho de nutella e suco de laranja.
– Só?
– Vai querer alguma coisa, Castiel?
– a anotou, piscou para ele, e ainda saiu rebolando.
– Ciúmes? - Castiel perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
– Não, tô com fome mesmo. - Fiz uma careta e comecei a encarar o céu da janela.
Flashback on
Eu estava passando o verão na casa de praia dos meus pais, tinha no máximo 15 anos, e estava deitada na areia, observando as estrelas e escutando o som das ondas.
– Sabia que é perigoso ficar deitada na praia e no meio do nada? - Disse um garoto de cabelos pretos e olhos cinzas.
– Não - Eu ri, naquele tempo eu geralmente ria demais - Só acho que isso tudo aqui é lindo.
Ele se deitou do meu lado e começou a olhar para as estrelas.
– Verdade.
– O que? - Virei para ele.
– É lindo.
– É, não é? Toda vez que venho aqui, eu deito e olho as estrelas, ajuda a desligar um pouco da realidade.
– Olha, guria, tenho que ir. - Ele suspirou
– Espera! Qual seu nome?
– Segredinho. A gente se vê por aí. - Ele suspirou, se levantou, pegou um boné não sei de onde e saiu.
Eu nunca mais tinha visto ele.
Nem nunca mais tinha ido pra aquele lugar.
Flashback Off
– Terra para Lyanna - Castiel chamou - A comida chegou.
Eu estava chorando. Tanta coisa que eu esquecia, tanta. Eu havia prometido á mim mesma que eu ia voltar ali um dia, ver aquele cara de novo, e descobrir o nome dele, mas eu nunca voltei. Eu sempre esquecia, sempre.
– Ei, o que foi? - O semblante de Castiel ficou subitamente preocupado, e eu ri um pouco.
– Lembranças. - Passei a mão no rosto. - Tenho que ir visitar um lugar qualquer dia desses.
– Que lugar é esse?
– É uma praia, eu ia lá quando era criança.
– Posso ir com você?
– Pode - Sorri - Vamos matar quem está nos matando?
Ele acenou com a cabeça, fazendo sinal positivo.
Nós comemos bastante, e quando digo bastante, é realmente bastante. Repetimos o prato umas 3 vezes, e só aí nos demos por satisfeitos.
– Vou ali pagar a conta, certo? - Ele foi lá, e depois de 15 minutos ainda estava lá pagando a conta, fiquei realmente irritada e fui lá.
– Cast - Quando escuto uma voz dizendo: Gatinho, não quer ir em algum lugar comigo não? Era aquela garçonete azeda, além de ficar toda boba perto dele, ainda me atrasa, francamente. - Não, ele não quer. Pagou a conta?
– Paguei.
– Ótimo, vamos.
– Ruivinho! Sua namorada não devia te deixar andando por aí.
– Não sou namorada desse idiota! - Disse com raiva.
Saímos do restaurante, que guria atirada.
– Você deve me amar.
– Nos seus sonhos, Cassy. - Revirei os olhos. - Que tal, tu vai pra tua casa, toma teu banho, enquanto eu vou pra minha, depois tu me pega lá e a gente vai para a universidade?
– Aproveitadora - Suspirou - Tudo bem. Daqui a 1 hora eu tô lá. Onde que é?
Passei o endereço do prédio e fui andando logo, tomei uma ducha rápida, botei a jaqueta de Castiel junto com algumas roupas rasgadas e esperei.
Ding Dong
''Ela vai dançar a noite inteira
Ela vai cantar todas as músicas
Pra desfazer..
Pra desfazer a dor, e refazê-la.''
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Resolvi deixar vocês no suspense.
Pode não ser o Castiel esperando ela, viu?
Reparem bem no jovem de cabelos pretos e olhos cinzas, não parece com alguém antes de uma certa transformação?
hahaha
— Nano