A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 71
Capitulo 62


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie voltei!!!!
Meninas e meninos, semideusas e semideuses eu apresento a vocês, a guerra!

P.S. A fic tem um trailer agr... simples mas muito queridinho!
https://www.youtube.com/watch?v=wXerILmVjns



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Trailer da Fic -> https://www.youtube.com/watch?v=wXerILmVjns

De longe escuto trombetas tocarem alto, Pégasus acelera em seu voo, claramente cansado, mas ele é forte e não se deixa abater e segue em frente. Começo a ver a multidão, o exercito de Cronos e minha família, as camisas laranjas são poucas, bem menos das que me lembro no acampamento e mesmo sabendo que só metade dos campistas viriam, só os mais velhos e os que já pudessem lutar eu sabia que alguns já aviam caído em batalha.

Da parte de trás do Empire states surgi ao mesmo tempo em que os centauros, de longe pude ver Quiron se aproximar do meu irmão. Malakai Grita em aviso ou me encontra no céu, os centauros atacam e Malakai atira uma saraivada de flechas sônicas. Concentro toda minha atenção em cada hidrante que estouram pelo cair da rua e suas ondas começam a lavar os monstros e semideuses que estão mais próximos.

Cronos me encara do chão e sorri, depois volta a gritar com seu exercito mas acaba se retirando após ser esmagado por um dos seus gigantes. Pouso perto de Percy liberando Pégasus para que descanse.

– Desculpa pela demora Percy, eu precisava...

– Eu sei, eu sonhei com o que você estava fazendo eu vi Tyson também...

– Ele está arrebentando no fundo do mar, papai ouviu seu concelho sobre Tyson, mas ainda está carrancudo e não quer deixar o fundo do mar.

– Temos que convence-lo...

– Como ele me mandou embora! – digo já irritada.

– Não sei mana, mas se tem alguém que pode fazer isso é você, ele confia em você, mas agora temos que nos organizar, reagrupas e nos prepararmos para a noite.

– Certo.

Cumprimentei mais alguns campistas e nos pomos a fazer o trabalho. Ajudei os feridos com o chalé de Apolo, Percy parecia atordoado assim como a maioria dos semideuses, os centauros festejavam e riam falando como se saíram bem e acabaram com Cronos. De uma hora para outra um helicóptero surgiu nos céus, mas ele não voava, caia. Percy gritou o nome de sua amiga mortal e Annabeth e ele pularam em Guido para salva-la. Ela falava coisas perdidas a Percy e eu só pude ouvir quando ela falou “Você não é o Herói”.

Quando Quiron chamou Rachel para conversar eu os segui entrei na mesma loja que eles assustando-os.

– Quem...

– Irmã do Percy... – respondi antes que ela terminasse a pergunta.

– Ah sim, eu vi fotos. Rachel! – ela diz me estendendo a mão.

– Marina. – digo retribuindo.

– Rachel, por favor, conte-nos com calma tudo o que você disse a Percy e de preferencia com mais detalhes.

E ela contou, o sonho, as palavras em Grego antigo, as recaídas, aquela mortal estava tendo visões sobre minha família.

– Não entendo, mas se Percy não é o herói...

– Quiron, eu já tenho mais de dezesseis, também não sou eu, Nico me informou que Hades continua carrancudo e se nega a ajudar mantendo-o preso no submundo, Hades quer que Nico seja o Herói, pode...

– Não é Nico, se o Olimpo cair, Hades cai também e todo o submundo com ele.

– Hades não vê isso.

– Thália era uma opção e se a escolha de ser caçadora fizer o Olimpo cair.

– Thália luta ao nosso lado mesmo como caçadora, não entendo os mais prováveis são você e Percy.

Sai sem esperar uma segunda opinião, tinha que manter todos os filhos dos três grandes atentos, tínhamos todos a possibilidade de ser o herói da profecia eu tinha que falar com Nico e vovô.

Corri para o empire state e me escondi no meu quarto.

“Oh deusa, aceite minha oferenda, mostre-me Nico Di Ângelo no submundo.”

Joguei o Dracma e a nevoa criada no banheiro tremeluziu.

– Não tem chance Nico, já chega!

– Mas Pai.

– Chega ou vai voltar pro seu quarto! – gritou Hades enquanto Persefone esfregava as mãos em volta dos olhos como se estivesse com dor de cabeça.

– Vovô – gritei.

– Marina? Onde.. – ele não precisou terminar a frase pois logo me encontrou. – Onde você está?

– No Olimpo.

– O que faz ai! Achei que não se envolveria na guerra, Nico disse...

– Que eu estava longe e não estava com Percy? Eu sei eu contei a ele o que estava fazendo mas provavelmente você não o deixou terminar a história! – disse irritada – Vovô precisamos de vocês, você, Demeter e Persefone, precisamos de ajuda, todos estaremos mortos ao amanhecer se não...

– Venha para o submundo, eu lhe protegerei aqui, mas não me peça...

– O submundo cairá junto com o Olimpo, você não vê? – grito irritada.

– Olha como fala comigo mocinha!

– Falo como merece, você e papai podem ser dois dos três grandes e se acharem legais mas são tão cabeças duras quanto Zeus é! – falei e um raio caiu do lado de fora da minha janela – Não consegue sentir que sua família está caindo? Deixe de rancor, três mil anos e tudo que você guarda é rancor!

– Ele me exila...

– Você oculta meu passado, me nega o conhecimento sobre minha mãe e mesmo assim eu não o rejeito, não o temo, eu te acolhi como avô, protegi teu nome perante os deuses e semideuses, você me deve isso! Pela minha mãe!

– Marina, faço qualquer coisa, mas não isso – ele suplica se dando por vencido – Não vou apoiar a família que me deu as costas.

– Eu sou sua família, Nico e eu somos, e morreremos junto com a guerra se o senhor não ajudar! – Berro quase chorando...

– Não posso Marina.

– Você é um deus, você poderia, mas decidiu dar as costas a família, dar as costas a mim. – ele balança a cabeça em negativa enquanto falo e tenta novamente dizer “qualquer coisa menos” mas eu levanto a mão cortando-o novamente – Adeus Vovô, creio que quando eu morrer não nos veremos já que o submundo cairá também.

Viro para Nico para encará-lo.

– Marina eu...

– Eu sei Nico, mas mesmo assim estou orgulhosa de você, vi o quanto tentou e sei que Bianca também está orgulhosa. Se quiser vir lutar conosco, venha rápido, ao pôr do sol eles tornaram a atacar e receio que não aguentaremos muito mais.

– Eu vou... – Hades tenta falar, mas tanto Nico quanto eu o ignoramos.

– Estamos te esperando... Heey eu te amo Nico, tenha cuidado, Pégasus estará te esperando na saída do submundo.

E então a mensagem se desfaz.

Volto para o saguão do empire states, 600 andares abaixo onde os semideuses repousam e descansam. Sento-me com os filhos de Apolo que conversam e refazem seus curativos uns nos outros. Malakai não está ferido e Will só tem um pequeno corte no braço esquerdo mas nada fatal ou grave. Depois de um tempo vários resolvem dormir, deito em uma cama de casal com Will um pouco mais afastada de todos e Malakai se junta a nós me deixando deitada no meio. Basicamente eu descanso a cabeça em um dos braços do Will, Malakai repousa sua cabeça em minha barriga e Will usa seu outro braço como seu próprio travesseiro.

– Que loucura. Isso tá tão calmo que nem parece que estamos em guerra. – Comenta Malakai.

– Nem me diga. – Will confirma – Não acredito que você tramou com os outros para que eu fosse o novo conselheiro.

– Você é o novo conselheiro? – perguntei desinformada.

– Sim... Depois que Michel caiu... em batalha, Malakai e os outros me escolheram. Não me sinto a vontade com a ideia mas em meio a guerra não discuti, quando voltarmos pro acampamento eu passo o cargo a algum dos mais velhos, talvez seja hora de uma das meninas assumir, só temos tido conselheiros homens a uma 30 anos pelo o que eu soube.

– Dizem que os melhores lideres são aqueles que não almejavam o cargo, isso se aplica bem a você e Percy.

– É verdade em relação a Percy, ele odeia mandar, mas está fazendo um bom trabalho, todos ficam confiantes perto dele. Tenho certeza que Michel está feliz por ter morrido de forma nobre ao lado de Percy.

Um silencio enorme se instala e em algum momento todos adormecemos. Percy me acorda mais tarde com leves cutucões, eu levanto com cuidado para não acordar os meninos e me afasto com meu irmão.

Fazemos uma breve reunião com Thalia e depois Percy e eu nos deitamos em um sofá gigante no saguão onde ele dormiu apoiado em mim. Ele estava inquieto em seu sono, provavelmente tendo visões, coisa de semideuses, nós literalmente nos arrastamos dos pesadelos pra acordar e descobrir que não eram pesadelos mas o que realmente está acontecendo. Longe um estrondo e um rugido soaram, Percy pulou do seu sonho assim como vários outros campistas.

– Eles estão vindo. – Foi tudo que ele precisou dizer.

Em um minutos estavam dormindo, no outro campistas, sátiros, centauros e espíritos da natureza corriam para todos os lados se preparando para batalha mais uma vez. Me afastei de Percy ficando entre os campistas mais atrás, Quiron chegou com Rachel e logo após falar com Percy partiu.

– Deixem o Drakon COMIGO! – brandou Percy.

Mas Annabeth caminhou até ele ao mesmo tempo que eu ignorando-o.

– Sem chance maninho! – disse rindo de nervosa.

Ele balançou a cabeça em negativa e sorrio para Annabeth.

– Você também vai me ajudar?

– É isso que eu faço... Ajudo meus amigos.

– Fique invisível, procure por um ponto fraco – ele falou a Annie – Mari, fique no ar, você e eu chamamos a atenção dele, mas não se aproxime demais. – Ele falou mandão e assobiou – Senhora O’leary, Atenção! E vocês duas... Se cuidem, Por favor.

– Você também cabeça de Alga.

– Até mais mano... – disse abraçando-o e chamando Pégasus.

Fomos ao encontro do Drakon, Percy o distraia por terra e eu o confundia no ar. Annabeth volta e meia aparecia e desaparecia a cada minuto de um lado do monstro, mas nada funcionava, Percy teve que salvar Annie duas vezes de ser esmagada e ela retribuiu o salvamento.

– Percy saia daí! – gritei quando o Drakon estava prestes a ataca-los mas a senhora O’Leary pulou na cabeça do bicho o desviando.

E então eu escutei um grito e todos viraram e sua direção.

– ARES!!! – gritou uma garota em uma biga com bandeiras vermelhas com o símbolo de Ares.

– Os filhos de Ares... – Percy e Annabeth gritaram.

Tudo aconteceu muito rápido, metade das bigas seguiram Clarisse enquanto a outra metade ia de encontro ao exercito de Cronos, Clarisse pulou contra o Drakon e antes que qualquer um pudesse ajudar ela foi arremessada de volta, foi em segundos, Clarisse sendo jogada para o chão, Annie e Percy correndo em direção a ela e ao Drakon e um grito feminino furioso ecoando por toda Nova Iorque. Em uma biga voadora surgiu Clarisse, a verdadeira Clarisse. No chão estava Annabeth arrastando Silena agora sem o elmo em formato de urso que pertencia a Clarisse. A filha verdadeira de Ares pulou na direção do monstro montando em sua cabeça, Clarisse não usava armadura estava apenas com uma espada que havia pegado de Chris e sua lança elétrica. Ela fincou a lança no olho do Drakon e então sua lança caiu fundo na testa do monstro que eletrificou toda sua cabeça tendo espasmos. Clarisse se jogou no chão caindo perto de Silena enquanto a fera se dissolvia, do pó ao pó.

Clarisse gritava com Silena que tentava se explicar, eu vi quando ela mostrou sua pulseira, de longe eu consegui ver o brilho da foice de Cronos, ela era a espiã. Todos os filhos de Ares, Percy e Annabeth estavam em volta de Silena e a batalha acontecia próximo.

– PERCY... Precisamos continuar! – gritei.

Percy não sabia o que responder, foi Clarisse quem me olhou e assentiu.

– Vocês, ajudem os centauros, protejam a entrada. – ela bradou.

– Pégasus... ali.

Desci em meio a batalha ao lado dos quinze campistas que haviam restado saquei minha espada logo investindo em um dos soldados de Cronos. Eu estava ao lado de Will e conseguia ver Kai no ar atirando certeiro nos inimigos junto da filha de Hermes que também usava o arco com muita habilidade.

O inimigo começou a desaparecer, recuar, enquanto nós também recuávamos já que Clarisse estava correndo pelas ruas de NY arrastando um Drakon com a benção de Ares. Me uni a Thalia ajudando as caçadoras feridas e levando todos para dentro do Empire States.

– Desculpa por demorar Percy, mas Clarisse é muito difícil! – Chris se desculpa.

– Minhas caçadoras podem ajudar na guarda Percy, mas acho que vocês devem ir lá para cima, precisam decidir as defesas finais.

– Sim, Percy, você e Annabeth devem subir.

– Você também Marina, os campistas gostam de ver como se comporta e de tê-la por perto. – eu assinto e sigo com Percy.

Connor e Travis nos param fazendo perguntas sobre Silena, porém Percy os corta severamente.

– Percy eu vou indo na frente. Seja rápido.

Segui sozinha para o elevador, mas antes que fechasse uma caçadora de Artemis se juntou a mim. A caçadora estava com um capuz cobrindo a cabeça mas conseguia ver que ela era loira. Não consegui prestar muita atenção porque na verdade eu estava com um belo corte na costela direita, culpa de um semideus do exercito inimigo que tentei poupar.

Eu me apoiei na parede levemente tonta e a garota logo se virou para me apoiar.

– Você está ferida? – perguntou preocupada.

– Um pouco, um corte na costela direita, preciso de um pouco de néctar.

Ela me apoiou segurando-me pela cintura e assim que as portas se abriram ela gritou por ajuda seguindo em direção ao Olimpo. Era um belo caminho até a estrada onde a maioria do nosso exercito repousava.

– Como foi isso?

– Um semideus... Eu tentei...

– Tentou poupa-lo. Tentou dar uma chance a ele e ele te atacou. – ela disse – Você não tem jeito não é? Sempre tenta salvar os seus, mesmo aqueles que a traem.

– Ele não me traiu, foi... – tento falar mas acabo confusa.

– Ele traiu, mesmo que Cronos tenha feito a mente dessas crianças em parte foram elas que aceitaram esse destino, de todos os semideuses que conheço que teriam motivos para aceitar você é a que mais tem Marina! – ela fala irritada – Você cresceu sem mãe, com um pai que não dava as caras, cresceu sem uma família normal, em uma loucura.

– Como voc... – então pela primeira vez eu vi seu rosto e fiquei sem fala.

Chegamos aos outros no mesmo instante.

– Ela precisa de ajuda. Nectar.

– Mari... Aqui. – disse uma menina de Apolo.

A menina nos deixa para ajudar os demais e a caçadora já ia se afastando quando eu a chamo.

– Marion! – eu grito e ela vira para mim.

– Como sabe meu nome?

– Eu sei que você é minha mãe! – sussurro.

– Eu não... – ela se vira e sai caminhando.

Me esforço para segui-la e ela apura os passos, cometendo o erro de ir em direção ao riacho. Concentro-me na água e espirro uma onda contra ela que a derruba.

– Pare! – grito – Porque me abandonou? – digo impedindo as lagrimas de caírem.

Ela fica de costas para mim por um tempo, em silencio, mas lentamente começa a se virar.

– Eu não queria te abandonar... E-Eu... Nunca quis. Eu te amava, te amei desde o primeiro momento, mas era perigoso para você, era perigoso por quem você era e por quem eu não sabia que era. – ela se ajoelhou na minha frente – Seu avô me procurou três meses depois que tive você e me guiou até as caçadoras, me ensinou sobre o nosso mundo, disse que eu deveria ser invisível e não deveria ter contato com você, para a sua segurança. – ela para quando ouvimos gritos. Então finge me ajudar levantar. – Não podemos conversar mais Marina, eu sinto muito.

– Não... – mas corto minhas palavras ao perceber o olhar preocupado de Percy.

– Marina, você está bem?

– Sim, estou... O néctar já está fazendo efeito e a água ajudou. – eu sorri fraco sentindo a caçadora se afastar – Marion, a caçadora, me ajudou a ir até o rio. Então qual o próximo passo, chefe?

– Você está falando como BlackJack! – ele reclamou.

Eu ri e baguncei seu cabelo.

– Vamos então chefe.


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Notas finais do capítulo

Você devem ter percebido que sou melhor escrevendo romances do que guerras mas juro que to lendo bastante e vendo bastante filme de guerra pra melhorar isso...
P.S. não deixem de assistir o trailer da fic... -> https://www.youtube.com/watch?v=wXerILmVjns