A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 69
Capitulo 59


Notas iniciais do capítulo

geeeeeente to BEGE...
Chego eu para postar capitulos novos depois de uma semana muuuuuuito torturante de provas e o que eu encontro? UMA RECOMENDÇÃO! Yeeah! Obrigada Princesa mestiça
Eu pretendia terminar essa fic com o fim do livro "o ultimo olimpiano", e teria uma segunda temporada ano que vem com o tempo beeeeem avançado, mas eu me apaixonei tanto pela minha própria personagem que disse não eu quero que eles conheçam mais sobre a Mari, então reescrevi isso no mês passado e mudei minhas ideias originais para dar sequencia em "Os heróis do Olimpo" então estamos no capitulo 59 se não contar com os bonus e acho que vamos até os 80 nessa fic para terminar o que seria os proximos cinco livros, o tempo vai passar a correr mais rápido siim, mas é por uma boa causa pq eu mantive dois projetos originais que criei logo depois que comecei a escrever "a filha do mar" e to louca pra começar a postar eles e espero que vocês acompanhem eles tbm mas para isso temos que terminar essa. Caso contrário será muito spoiler sobre o rumo que a filha do mar toma.

Enfim, obg pela recomendação e continue acompanhando...
Boa leitura a todos!



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Pulei para fora das sombras e por pouco não dei de cara com uma arvore. Estava em um parque ecológico nas redondezas de Nova Iorque onde vim com Malakai e Will duas vezes. O local era calmo e pouquíssimo frequentado pois haviam muitos animais e os turistas tinham um pouco de medo de vir para cá, ainda mais uns tão urbanos como os nova-iorquinos. Qualquer abelha era motivo de pânico para eles então esse lugar em especial estava quase sempre vazio.

Fui até a única mercearia na estrada do parque e peguei algumas frutas e comidas assim como água e comecei minha caminhada.

Era o fim da tarde já, mas eu não me importava.

Depois de duas horas andando achei uma cabana, já estava escurecendo naquele ponto da floresta, mas ainda faltava meia hora para o sol se pôr de fato.

Observei a cabana mas ela parecia abandonada, flores cresciam desordenadamente por um grande jardim que dava para um riacho calmo e pequeno. Entrei finalmente na casa e por dentro ela não estava tão abandonada, haviam velas novas pouco queimadas e as coisas estavam em seu devido lugar. Uma estante repleta de livros empoeirados cobriam metade de uma parede da sala, segui a linha de cada prateleira, todas organizada por cores. Notei um certo padrão nos livros, a maioria deles era sobre mitologia grega e romana, mas a maior parte era sobre Poseidon e Hades. Haviam livros muito raros, que dificilmente eram lidos mortais.

– Mas o que é isso? – disse puxando um livro que estava limpo, sem uma poeirinha se quer.

Não demorou dois segundos e toda a estante se moveu para a frente e então para o lado. Eu estava nervosa, mas minha curiosidade tomou conta e eu entrei. Havia uma pequena escada que levava ao porão. Lá não havia eletricidade mas eu conseguia enxergar graças a Hades. Haviam varias fotos espalhadas pela sala. Algumas de um casal mais velho. De varias meninas juntas com uniforme escolar. E muitas de uma garota loira e magricela. Outras fotos estavam acompanhadas de um homem parei em frente a uma delas e peguei, o homem nas fotos era meu pai, era Poseidon. Continuei olhando as fotos espalhadas pela sala até chegar a um bebê recém-nascido, deitada na grama a bebê olhava intensamente para cima com seus olhos verdes brilhantes. Mudei de foto e a próxima me fez congelar, era eu com cerca de quatro anos na beira do rio Zafiro no acampamento meio sangue. Eu fugia de um jovem Sátiro de mãos dadas com Silena que na época tinha cinco anos, eu me lembrava daquele dia. Voltei cada uma das fotos até o casal. Meu pai e a mulher loira cujo nome não encontrará em lugar algum. Eu tinha certeza, aquela era minha mãe.

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Depois de pegar a foto da loira com meu pai sai da cabana meio atordoada. Não quis viajar pelas sombras, não estava pronta para voltar, então continuei caminhando. Pouco mais de um quilometro a frente escuto conversas. Vozes femininas rindo. Caminho mais alguns passos e consigo ver a luz de uma fogueira. Eu paro e alguém grita atrás de mim:

– Quem é você?

Não respondi... Não sou idiota de dizer quem sou a alguém que nem conheço o rosto. Ela se aproxima lentamente e eu coloco minha mão próxima ao ombro para facilitar ao pegar minha espada. Algo pontiagudo toca minhas costas por trás da capa.

– Você não vai querer fazer isso... Confia em mim.

– Diga quem é! – ela exige.

– Você primeiro... – digo no mesmo momento em que me viro puxando arma da garota e jogando longe, então percebo o que ela é – Você é uma caçadora! – falo soltando-a.

– Como ousa...? Intrus... – ela tenta gritar mas eu a atinjo com água na boca e ela engasga e começa a tossir. Não foi uso dos meus poderes, eu simplesmente abri a garrafa que estava na minha cintura e joguei.

– Relaxa caçadora, não precisa de AUÊ sou dos bonzinhos, do acampamento meio sangue.

Antes que ela fale eu completo caminhando em direção as demais caçadoras.

– Sou Marina – digo olhando por cima do ombro – Filha de Poseidon.

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As caçadoras ficaram surpresas por me ver e algumas estavam incomodadas, Thália que agora era líder delas me chamou para conversar em particular, mas somente depois da janta. Jantamos todas em volta da fogueira, um cordeiro assado maravilhoso. Ártemis não estava com elas, provavelmente estava com os demais deuses lutando contra Tifão.

– O que você faz aqui afinal? – perguntou a menina que me recebeu na floresta.

– Venho a esse parque as vezes, principalmente quando me sinto sufocada no acampamento, assim fico perto o suficiente para que ninguém fique louco me procurando mas longe o suficiente para fugir de toda aquele astral de guerra.

Depois de jantarmos Thália e eu fomos até a tenda dela onde as perguntas começaram. Eu sabia que podia confiar nela agora e com certeza o acampamento precisaria das caçadoras na batalha. Expliquei tudo a ela, desde a minhas ida ao fundo do mar até minha volta ao acampamento e ela parecia boquiaberta com os acontecimentos e me contou o que sabia também a respeito dos deuses e de Tifão. Na primeira batalha, meu pai não estava contra Oceanus então também lutou contra o monstro e sua ajuda foi crucial e com certeza só venceriam com a ajuda dele novamente.

– Vamos ter que fazer alguma coisa Thália. Papai se recusa a deixar o reino dele perecer, mas mantem Percy, Tyson e eu afastados da batalha.

– Vocês tem a quem puxar mesmo né! Todos cabeças duras. – Ambas rimos sem humor.

– Certo eu acho melhor eu ir andando, prometi a Percy que voltaria a noite.

– Certo, mandei um Oi para ele.

– Pode deixar.

Sai da tenda de Thália silenciosamente, mas a maioria das caçadoras ainda estavam acordadas em volta da fogueira, caminhei para longe delas em direção as sombras e quando estava prestes a me jogar nela eu vi uma garota loira me olhando de cima de uma das arvores, ela estava montando guarda, devia ter a minha idade, mas quando olhei melhor vi que a tal garota era a mesma da foto que eu havia acabado de encontrar na cabana. Tirei a foto do bolso e olhei novamente para a garota, era a mesma, era ela. Minha mãe era uma caçadora de Ártemis.

************************************************

Demorei mais para sair das sombras do que a maioria das vezes e quando sai estava exausta. Cai em um túnel mal iluminados e úmido. Caminhei me apoiando nas paredes afim de não desmaiar e logo encontrei a saída do túnel, logo a frente havia um pequeno rio eu precisava chegar até ele antes de desmaiar novamente, mas na outra margem do lago alguns garotos estavam parados e quando me viram arcos apontaram para mim. Eu os ignorei e continuei meu caminho até a água e eles atravessaram o rio ao meu encontro.

Antes que eu chegasse ao rio os garotos me alcançaram e seguraram meu braços.

– Por favor, me deixem chegar a água.

– Quem é você?

– Você não faz ideia do quanto estão me perguntando isso hoje.

– Ela é semideusa? – perguntou uma garota se aproximando.

– Parece...

– Eu sou... Ma-rina. – disse ofegante e então tudo ficou escuro.

***********************************************************************

Quando acordei novamente alguém murmurava perto do mim. Olhei para o lado e consegui ver a sombra de três pessoas. Eu havia sonhado com algo, Apolo, ele me alertava que não deveria dizer quem eu era, os romanos não deveriam saber, eu tinha que partir o quanto antes. Também havia mais uma coisa, eu sonhei com Percy, ele estava no escuro, estava em perigo.

– Como assim não vê nada?

– Simplesmente não vejo, o futuro dela é um grande buraco negro.

– Mas tem que ter alguma coisa! – exigiu a garota.

– Calma Reyna...

– Como calma, olha o que está acontecendo, ela pode ser uma inimiga e a estamos salvando.

– Não acho que seja uma inimiga.

– Como você pode saber?

– Eu só... Sinto que não é.

– Pode ter certeza de que não sou.

– A quanto tempo está acordada?

– Tempo o suficiente para saber que vocês estão com medo de mim.

– Como encontrou o acampamento Jupiter?

– Então é onde estou? Bom com certeza foi um erro no percurso. Não era minha intensão chegar aqui.

– Como? – perguntou um dos garoto tomando a palavra da garota que parecia bem irritada.

– Eu cai, no lugar errado, fui viajar pelas sombras e acabei caindo longe de onde eu queria. Mas já não acreditar em coincidências a muito tempo.

– E para onde você ia?

– Essa não é a pergunta certa eu acredito... Vocês são romanos, certo?

– Você disse que viajou pelas sombras? É filha de Plutão?

– Sou descendente de Hades, na verdade.

– Greacus! – disse o garoto com a faca e o urso de pelúcia nas mãos.

– Obrigada por me socorrerem mas eu tenho que ir.

– De jeito nenhum, você será julgada, nos contará tudo sobre você e como chegou aqui.

– Eu acabei de contar como cheguei e se os deuses não permitiram que ele visse meu passado e meu futuro então significa que não devem saber. – eu olho em volta a procura da minha mochila – Onde estão minhas coisas?

– Comigo – disse o garoto com a faca erguendo a mochila – Isso ai no seu pescoço, o símbolo, eu senti Apolo nele quando toquei, porque?

– Foi um presente, Apolo me deu isso alguns anos atrás. – o garoto ergueu uma sobrancelha – Você é descendente dele, por isso lê os agouros dos outros.

– Sim. Por que ele deu um colar a você? O que ele faz?

– Nada, é só um colar, já o bastão em sua outra mão, eu não seguraria assim se quisesse continuar com meu dedos presos a mão. – ele largou no mesmo minuto.

Caminhei até ele e peguei minha espada clicando no botão central.

– É bronze celestial.

– Sim. Meu irmão fez para mim. Eu realmente preciso ir. Lamento por não responder as perguntas de vocês, mas acho que isso logo se resolverá. – disse saindo da sala.

“Pégasus, preciso de você” pensei.

Enquanto eu ainda caminhava para fora ouvi um bater de asas fortes. Reyna corria atrás de mim com os garotos em seu encalço.

– Cale a boca Jason. Ela não pode partir assim.

– Reyna pare. – ele pediu e eu parei ela continuou até tocar meu ombro tentou me segurar mas me desprendi facilmente dela.

– Reyna não sou sua inimiga, eu posso sentir que vocês se preparam para uma grande batalha e eu também, mas os deuses não nos querem juntos acreditem em mim. Não é só o fato de não conseguir ler meus agouros, eu conheço o Olimpo e os deuses, minha vida é guardar segredos, e estes relacionados a vocês precisam se manter assim.

Jason nos observada do fundo, o garoto loiro com o cabelo bagunçado e olhos azuis parecidos com...

– De quem você é filho? – perguntei encarando-o.

– De Jupiter.

– Não é possível!

– Bom mas eu sou.

– Mais um segredo que terei que guardar. – disse no exato momento em que Pégasus aterrissou atrás de mim. – Espero que tenham sido poucos a me verem chegar ao acampamento e seria melhor que poucos soubesse o pouco que foi dito.

– Você é uma deusa disfarçada?

– Não – eu disse sorrindo – boa sorte a vocês, precisarão e espero que me desejem o mesmo.

Pégasus reverenciou e eu o montei partindo do acampamento romano.


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