A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 39
Capitulo 30: O primeiro beijo!


Notas iniciais do capítulo

GEEEEEENTE assim, pelo o que tenho lido nos comentários, o capitulo que a mulherada tava esperando é esse... então:
Filhas de Afrodite preparem seus owns e seus suspiros
filhos de Apolo preparem o core e o chalé para a nova madrasta
Filhos de poseidon mordam a lingua e não contem nada para o papai
filhos d Hades o mesmo que os de poseidon
Porque esse capitulo tem APORINA minha gente!!!!!!!!kkkkkkkk
Pra ver que eu amei tanto o caps que até coloquei nome (um nome bobo mais coloquei)



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Assim que Apolo deu por terminada a batalha desenterrei Ares, foi o fim de minhas forças, cai de joelhos, mas Apolo me segurou. Controlei minha respiração acalmando minha mente e meu coração até que meu corpo entrasse em sincronia como Artemis havia me ensinado.

Senti um alivio, mas junto com ele a dor de todos meus cortes e ossos quebrados. Apolo abriu uma garrafa de água e entregou a mim sentando-se ao chão me apoiando em seu peito.

– Você foi perfeita. – ele sussurra.

– É até que não foi mal... – ares provoca.

– Qual é Ares, você se esforçou de verdade, ela deu um show! – brinca.

Ele pega uma toalha em minha mochila e molha passando em meu rosto, o corte começa a fechar lentamente.

– Tudo bem vocês dois, vamos voltar ao olimpo e você termina de curar ela depois – o deus da guerra fala com tremenda ironia.

Apolo me segura pelos ombros se levantando e mal fecho os olhos e já estamos no salão dos tronos no Olimpo.

Zeus e Poseidon estão em seus tronos Hera e Afrodite conversam perto da porta. Todos nos olham sem muito interesse até a “pouquíssimo escandalosa” deusa do amor gritar.

– O QUE VOCÊS FIZERAM COM ESSA MENINA! – acredite, isso não foi uma pergunta, leia nas entrelinhas e achará uma ameaça do tipo: VOU MANDAR VOCÊS PARA O TARTARO SE DESTRUIREM MINHA OBRA DE ARTE NA QUAL TENHO TRABALHADO POR QUATRO MESES.

Sim, ela consegue fazer isso.

– Está tudo bem tia Afrodite. – tento afirmar.

– Vocês por acaso jogaram minha filha do Olimpo. – meu pai comenta e Hefesto que havia acabado de entrar na sala não gostou nada do comentário.

– Pai... Estou bem – digo tentando dar um passo, mas Apolo me impede.

– Na verdade, não está! Tem duas costelas quebradas e seus cortes ainda estão abertos. – ele repreende.

Afrodite e Poseidon jogam olhares desaprovadores na direção de Ares.

– O que foi... você que me pediram para treiná-la!

– Foi você quem se ofereceu! – intervém Hera.

– Ah, é mesmo, verdade! – ele fala – Queria saber se ela era menos irritante que o irmão.

– A que conclusão chegou? – pergunto curiosa, quase rindo não sei se de nervoso ou de medo.

– Você é muito mais irritante que ele, céus como é, mas é mais corajosa e forte, é minha preferida entre seus irmãos.

– Parem de mimar a garota, ela é uma semideusa, lembrem-se que ela nem deveria estar aqui, quanto mais ser treinada por nós, só permitimos porque longe de nós nas condições que ela estava mataria metade do acampamento e porque A... – reclama Zeus.

Nesse momento me encolho nos braços de Apolo que me ergue do chão dizendo:

– Já chega!

Ele sai caminhando pelo corredor que leva a maioria dos quartos. Os deuses continuam falando e a ultima coisa que consigo ouvir vida da sala é Hefesto rindo e falando:

– Ela pode ter insultado meus robôs, mas você não me engana Ares, apanhou de verdade daquela meio-sangue.

***********************************************************************

Apolo me levou até meu quarto e sentou-me em uma cadeira pouco confortável que ficava no banheiro. Ele me analisou curou minhas costelas e cicatrizes e mesmo assim eu ainda me sentia exausta. Se afastando de mim ele foi até a banheira e ligou a água quente que começou logo a cobrir o banheiro com uma nevoa branca. Eu estava extremamente nervosa de estar ali mas quando tentei levantar ele virou para mim com o maior carão e disse sério:

– Se você não ficar um segundo quieta vou chamar seu pai e Afrodite.

Com certeza eu não queria meu pai e tia Afrodite ali naquele momento. Primeiro porque eles me sufocariam com cuidados e segundo que já me sentia envergonhada o suficiente com a ideia de Apolo me dar banho com certeza não queria meu pai observando.

Ele sorriu e eu me encolhi na cadeira novamente sentindo meus ossos rangerem. Após colocar algumas coisas na água, Apolo voltou até mim.

– Um banho deve deixá-la novinha em folha. – ele fala e eu coro – Tenho algumas coisas para fazer agora, mandarei trazerem o seu almoço aqui e virei buscá-la as 4:30. Tente dormir um pouco também, você foi incrível, mas se esgotou muito está manhã.

Suspiro de alegria por descobrir que ele não me dará um banho e suspiro de mais alegria ainda com o tom preocupado e carinhoso que ele usa comigo.

– O que vamos fazer a tarde?

– Você verá... – ele faz suspense.

O deus do Sol toca minha bochecha com seus dedos quentes e levanta se afastando, quando ele está na porta eu o chamo lembrando do que Ares falou mais cedo e do comentário que Apolo não deixou que Zeus terminasse agora a pouco.

– Apolo? – ele se vira para mim – Hoje mais cedo Ares falou que Zeus e Poseidon poderiam se irritar com a situação, ele se referia a nossa situação... eu, só...

– Não se preocupe Marina... – ele fala entendendo – Zeus só intervirá se eu fizer algo errado ou esquecer de meus afazeres – ele fala se aproximando – E quanto ao seu pai, com este sim eu tenho que me preocupar, mas ele não fará nada desde que você esteja bem, eu acho – ele fala um pouco inseguro – e... bom... – ele fala tocando meu rosto mais uma vez, ele ameaça a falar mais alguma coisa mas as palavras não saem então ele novamente se vira e dessa vez não o interrompo, ele se vai.

Demoro um minuto para finalmente levantar da cadeira e começar a me despir. Peça por peça vou tirando o pesado traje de batalha que Ares fez surgir em mim. Depois a minha roupas e então entro na banheira.

A água tem cheiro de tulipas e jasmim, o calor faz meu corpo relaxar como se estivesse se desconectando um membro doutro.

Permaneço na água por longos minutos até alguém bater na porta, permito que entrem avisando que estou no banho, e uma mulher avisa que deixou meu almoço na mesinha e sai. A, provavelmente, ninfa que entrou no quarto havia batido e pedido permissão, diferente de tia Afrodite que simplesmente brilhou e apareceu no banheiro em meio a nevoa de calor.

– Óh – exclamou ela – como ele foi fofo... – ela fala colocando a mão no coração.

– Tia você estava ouvindo?

– Sou a deusa do amor e estava dando uma olhadinha em como estava um dos meus casais preferidos do momento.

– Tia a senhora não está interferindo está? – pergunto assustada.

– Por mais que eu queira, não – ela choraminga fazendo beicinho – Apolo sempre teve relacionamentos dramáticos por natureza dele e deixou de se apaixonar de verdade a muitos anos, estou feliz por ele finalmente ter encontrado e você e prometi não intervir, mas não prometi que não ia observar e venhamos e convenhamos não posso deixar de observar vocês, é claro como...

– Já sei tia... – eu a corto sabendo que ela mais uma vez vai falar do casal que causou uma guerra entre dois povos em prol de sua própria felicidade. Ah como ódio aquela sonsa da Elena de Troia.

– Mas me explica uma coisa... com todo aquele romance no ar porque você jogou aquele balde de água fria falando sobre Zeus e seu pai?

– Você ouviu tudo mesmo ein – brinco me afundando mais na água.

– Não de bola para Ares e não se preocupe com aqueles velhos, Apolo quem tem que se preocupar com isso, você só tem que ama-lo.

– Simples assim... – resmungo.

– Deixe de ser negativa Marina, eu sei o que você sente por ele mesmo que você ainda esteja em duvida! – ela fala ficando levemente, entenda como muito, estressada. – Pare de resistir!

– Estou tentando tia Afrodite...

Resmungo para ela, que logo some. Por mais que eu tente ignorar todo o resto não sou boa em colocar meu bem estar na frente do bem estar do resto do mundo, talvez esse seja meu mal, minha fraqueza. Tenho saído com Apolo para almoços, jantares e piqueniques a tarde há três meses e mesmo assim, mesmo que ele deixe as intenções dele bem expostas e esclarecidas, mesmo que todo Olimpo já comente, ainda não consigo ter uma resposta.

Nervosa com o que será do fim do meu dia mal consigo comer e no meio tempo enquanto espero deitada em minha cama adormeço.

*************************************************************************

Quando acordo ainda são 3:30. Coloco uma calça Jens, uma regata branca e um moletom azul e saio para caminhar. Tenho uma hora até Apolo chegar e não estou afim de pirar com que roupa devo usar. Saio sem rumo pelo Olimpo terminando por fim na pedra a margem do rio mais uma vez. Sento-me e fico ali, observando as naiádes brincando no rio, uma até espirra água em mim, me chamando para a brincadeira e eu respondo fazendo alguns fios de água dançarem no ar.

Quando olho em meu celular, já são 4:27. Despeço-me das naiádes e corro para meu quarto esbarrando com Apolo no corredor.

– Desculpa perdi o horário brincando com as naiádes, vou trocar de roupa rapidinho... – falo tentando entrar em meu quarto mas ele puxa a porta de volta e a fecha.

– Tudo bem, você está perfeita assim. – ele assegura.

– Eu estou de Jens, moletom e sapatilha, como assim estou perfeita? – pergunto analisando a mim mesma.

Ele sorri, tapa meus olhos e quando destapa ele esta vestindo uma roupa parecida com a minha. Calça Jens, camisa branca e moletom preto. Sorrio.

– Quando você vai entender que é perfeita para mim! – ele fala. Isso deveria ser uma pergunta, retórica, mas mesmo assim uma pergunta, porém deuses tem um talento em transformar perguntas em exclamações e enigmas. – Vamos, não posso me atrasar.

– Como assim?

– Hoje você irá por o sol comigo e depois a levarei a Delfos.

Ele me abraça e desaparecemos...

****************************************************************************

– Você pode dirigir, já tem idade... – ele oferece e logo nego com a cabeça – ah, vamos lá, você vai se sair bem! – ele afirma.

– Não é uma boa ideia uma filha de Poseidon dirigindo pelos céus.

– Você voou com Pégasus e meu filho ao redor do mundo.

– É diferente e você sabe, eu não controlo Pégasus, ele me leva onde preciso quando quer me ajudar, além do mais, voar com pégasus e outros animais é tipo voar com carta branca, não é como se eu entrasse em um avião. Quantas vezes Zeus ameaçou atirar meu irmão para fora do céu se ele entrasse em outro avião?

– Tudo bem... Você me convenceu. Mas então faremos umas modificações. Feche os olhos.

Eu faço e quando os abro novamente o carro esporte vermelho transformou-se em uma limusine dourada, quase nada escandalosa. Apolo abre a porta do carona para mim e senta no lugar do motorista ele da a partida lentamente e logo pega velocidade. Alguns minutos e um silencio constrangedor depois ele aperta um botão vermelho e me olha.

– Agora está no piloto automático.

– Mas você não tem tipo que acelerar e desacelerar dependendo do lugar?

– Sim mas o piloto automático programa isso também, tecnicamente é uma fração do meu cérebro controlando sem que eu precise me dispor todo para a tarefa. – ele explicas – Vamos lá para trás?

A limusine é alta e eu que sou pequena quase consigo ficar totalmente em pé, diferente das demais ela é aberta do banco co motorista para o fundo.

Apolo e eu sentamos no fundo e ele pega duas taças e uma garrafa de vinho, mas para e olha para mim.

– Não sei se devo te dar álcool. – admite.

– Tudo bem... Dionísio faz isso há anos... – confesso rindo – Ai deuses, se papai descobre.

Apolo serve as taças de vinho com uma careta e não consegue evitar de perguntar.

– Porque Dionísio lhe dá bebida se é proibido para os campistas?

– Bom Quíron não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo e com tantos filhos de Hermes por lá é fácil conseguir álcool por lá – falo e Apolo ri – E Quanto ao Sr.D... Eu passava bastante tempo na Casa Grande, as vezes nós ficávamos um dia inteiro na sala de estar olhando para os quadros nas paredes e ele começava a testar vinhos, na maioria das vezes viram água, tenho que admitir que o Senhor Zeus sabe castigar quando quer... – dou uma risada lembrando de todas as garrafas que viraram água e o semblante triste do Sr.D, Apolo por sua vez resmunga algo como “Sabe mesmo” – Enfim, as vezes ele conseguia que o vinho continuasse, sabe, sendo vinho. Ficava tão feliz que até dividia a taça comigo.

– Dionísio se supera... – ele fala rindo.

Continuamos assim, conversando por um tempo enquanto o sol era posto e a lua se erguia. Parei de beber logo na primeira taça, não queria testar minha resistência ao álcool ali com ele. De repente senti a velocidade diminuir, Apolo levantou-se e foi até o banco do motorista onde assumiu o controle novamente. Chamou-me para frente e só então percebi que não havíamos só diminuído, mas parado. Ele desceu fez a volta e abriu a porta para mim segurando-o pela mão sai do carro. Estávamos em uma praia, areia branca, mar azul cintilante e a lua refletida na água, no outro lado ruínas e margaridas amarelas cobriam o descampado. Eu sabia a história de nascimento de Apolo, aquelas flores cobriram a ilha ao mesmo tempo em que ela se enraizou e parou de flutuar, assim que Apolo nasceu.

– Aqui é lindo. – sussurrei.

Apolo sorriu e me puxou pela mão e começou a me mostrar o lugar. A Ilha de Delos não é grande e está totalmente deserta, não tem muitas arvores o que permite que você consiga enxergar de lado a lada sem que nada além de umas montanhas atrapalhem um pouco sua visão. Apolo me leva primeiro ao Museu, a construção mais nova da ilha.

– Mas a ilha é deserta não é, quer dizer, nenhum mortal pode morar aqui?

– Não, os nativos gregos chamam esse lugar de a ilha dos deuses, por isso há templos para Isis e Hera logo ali. – ele aponta para algumas construções. – E porque Minha irmã e eu nascemos aqui foi proibido que qualquer mortal nascesse ou morresse aqui.

– Sem guerras então? É tipo a Suíça?

Ele ri.

– Nunca ocorreu nada aqui.

– É eu sei, eu sinto.

– Como assim?

– Acho que herança de Hades. – explico – Eu meio que, as vezes, quando chego em um lugar sinto um frio e a presença dos espíritos.

– Você sente a morte?

– É raro, mas sim. Acho que não sei usar esse dom então ele acontece quando quer.

– Onde você costuma sentir?

– Quando eu estava na Grécia era bem frequente, no acampamento e no... no Princesa Andrômeda.

– Interessante, vai ver você sente um tipo especifico de espírito. – ele tenta explicar – Vamo continuar?

Faço que sim com a cabeça e ele me leva a mais alguns templos e construções, a noite está bem clara, a lua bem brilhante, e com minha pequena facilidade de enxergar no escuro caminhar a noite está sendo mais fácil do que imaginei que seria.

– As pessoas ainda visitam a ilha não é?

– Sim. Diariamente. O primeiro barco chega as onze da manhã e o ultimo sai as cinco da tarde.

– E vocês não veem aqui nesses horários?

– Sim, mas os mortais veem tudo diferente de nós, a nevoa faz isso, para eles, nossos templos são realmente só ruínas, olhe fotos na internet e você vai ver o que eles veem, então se Art e eu estivermos aqui em horários de turistas eles nos verão como turistas que não respeitam as regras de aproximação ou nem nos verão.

– Legal.

– Vamos, quero mostrar a você o Anfiteatro e meu templo.

Caminhamos de mãos dadas por uma trilha de margaridas. Essas florzinhas realmente se espalharam por todo lugar. Apolo distraidamente faz círculos com o polegar em minha mão. Talvez ele tenha percebido que estou ficando gelada.

Chegando ao anfiteatro há diversas fileiras de assentos esculpidos em pedra, um palco enorme e uma área incrível. Com certeza muito diferente do super improvisado anfiteatro que construímos no acampamento para curtimos o fim da noite com cantorias. Isso me da uma ideia.

– Então, você vai se apresentar para mim? – digo de maneira sapeca.

– O que? Não! – responde ele simplesmente.

Faço biquinho automaticamente.

– Me mostra toda ilha e a melhor parte quer esconder. – repreendo – Vamos deus das artes, mostre-me algo, uma musica, cena de alguma peça, um poema.

– Não! – ele continua respondendo enquanto caminhamos até o palco.

Eu paro assim que chegamos a base e sento na beirada. Ainda estou fazendo biquinho do tipo adolescente que não conseguiu o que queria. Por um segundo meus pensamentos voam para longe e observando o anfiteatro sinto saudades de casa.

– Marina? – ele chama.

– Oi? Desculpa eu estava...- não quero dizer que estou com saudades estando ali com ele – deixa para lá, foi só um devaneio. O que você disse?

Ele beija minha mão que passa de fria como uma pedra de gelo a quente como no inferno, se afasta e sobe no palco. Apolo tem usado uma forma um pouco mais velha do que de costume, tia Afrodite diz que ele gosta de manter a aparência de dezessete ano, mas agora ele parece ter cerca de dezenove, talvez para acompanhar a minha idade e ficar uns anos de aparência a minha frente.

Quando volto a olha-lo ele está sentado em uma bancada de piano pronto para tocar. Sorrio para ele, quase como se falasse: Eu ganhei. Ele sorri de volta, balança a cabeça e começa a tocar uma melodia calma, talvez até triste.

– Fazemos assim então. – ele diz parando de tocar – Eu toco algo que você cante.

– Eu cantar?

– Não se faça de desentendida, você vive cantando quando está sozinha, ou pelo menos acha de está.

– Como...?

Ele ri.

– Afrodite é muito boa em ouvir conversar e espionar. – ele ri ainda mais e rio junto – Escolha uma musica, qualquer uma.

– Forever and Always.

– Sim senhorita.

E ele começa a tocar.

Escutem a versão de piano de Forever and Always – Taylor Swift.

[ https://www.youtube.com/watch?v=gD24sRU7Swk ]

Ele começa a dedilhar sobre as teclas do piano e quando chega o momento eu canto...

"Once upon a time

I believe it was a Tuesday

When I caught your eye

We caught onto something

I hold onto the night

You looked me in the eye

And told me you loved me

Were you just kidding?..."

A musica parece irônica cantada assim e mesmo com Apolo ao meu lado naquele momento penso em Luke... Penso em tudo o que Luke me causou e tudo que eu devo ter causado a ele porque de alguma forma eu também fui errada, eu me permiti errar. Não! digo a mim mesma. Eu tinha o direito de errar, sou uma, quase uma, mas deuses também erram e se sou quase deusas posso errar como os humanos e me permitir ter felicidade eterna como os deuses, se não eterna pelo menos momentania, a felicidade que está destinada a mim e batendo em minha porta.

"Oh, I stare at the phone
He still hasn't called
And then you feel so low
You can't feel nothing at all
And you flashback to when we said "Forever & always"
And it rains in your bedroom
Everything is wrong
It rains when you're here
And it rains when you're gone
'Cause I was there when you said "Forever & always"
You didn't mean it, baby
You said "Forever & always", yeah"

Assim que terminamos a musica não estou conseguindo organizar meus pensamentos, só sei que naquele momento eu o queria beijar, e ele também queria e entendi isso no meu olhar, pois segura meu rosto com as duas mãos, de uma maneira leve e forte ao mesmo tempo, o calor de suas mãos causam choques com minha pele fria, seus olhos dourados seguram os meus como um ima se prende ao metal e lentamente, como se esperasse que eu fosse me partir como vidro fino ele encosta seus lábios nos meus. Um toque leve que mal me permite senti-los, depois mais um esse já mais demorado como se testasse nossa compatibilidade. Uma das mãos dele se move para minha nuca como se tentasse me dizer algo, em resposta, levo minhas duas mãos ao seu pescoço e ele por fim me beija, tão exasperado quanto eu ao levar minhas mãos até ele, tão necessitado daqui quanto eu nem sabia que estava. Sua outra mão se move para minha cintura puxando-me mais para perto dele permitindo que eu consiga cruzar meus braços ao redor do seu pescoço e prender minhas mãos em seus cabelos. Nossos lábios travam uma batalha úmida e calorosa, sinto o ar começar a me faltar e com isso me desconcentro e não sei mais o que estou fazendo, minha falta de experiência sóbria também não me ajuda, talvez eu devesse ter bebido mais vinho quando tive a chance. Apolo por sua vez tem experiência de sobra e parece recém estar começando, sua língua pede passagem e eu permito, tento acompanhar seus movimentos quando de repente a boca dele deixa a minha e sem aviso ele parte para meu pescoço, reago primeiramente com um arrepio que percorre por cada centímetro do meu corpo, depois tomo fôlego e tento me situar, sinto a mão de Apolo mais uma vez se mover de dessa vez o paro. Tão repentinamente que surpreendo não só a ele mas a mim mesma.

– Eu... Apolo. – é tudo que consigo dizer.

Ele volta a segurar meu rosto ainda ofegante também encosta sua testa na minha e sussurra:

– Desculpa... – ele inspira como se quisesse guardar meu cheiro – Desculpa, eu me perdi...

Sinto-me totalmente quente, bochechas, mãos tudo. Obviamente estar beijando o deus do sol combinado com euforia e um pouco de timidez agora causaria isso sem duvidas. Não o respondo, minhas mãos que agora se seguram ao seu peito escorrem para seu rosto, estamos iguais neste momento, abro meu olhos e encontro os dele, brilhantes como se pulassem de alegria e isso me faz sorrir.

– Tudo bem. – respondo por fim – Eu só... não quero fazer nada que...

– Está certo... eu sei disso. Foi bom você ter falado. – me sinto corar mais uma vez – Ei... Não fique tímida, você agiu certo Marina. – ele puxa meu rosto para ele me dando mais um selinho – Não quero que seja assim com você Marina, eu te amo e quero fazer tudo certo, sei que você precisa de tempo e eu com certeza tenho todo tempo do mundo.

Depois disso, Apolo me convidou para ir ao seu templo, já era provavelmente quase meia-noite e eu começava e ficar cansada. Entramos em seu templo e ele caminhou até uma porta no fundo, eu o segui e descemos por uma escada caracol chegando em um quarto no subterrâneo. Sim um quarto, com paredes brancas repletas de desenhos sobre a história de Apolo. No quarto havia uma mesinha com duas cadeiras, um sofá branco e uma cama de mogno antigo escuro com lençóis dourados.

A mesinha estava repleta de frutas, doces, salgados e bebidas.

– Esse lugar costumava ter só uma cama. Coloquei mais essas coisas para que pudéssemos jantar e para você se sentir mais confortável aqui. – ele indica para que eu me sente em umas das cadeira.

Assim no decorrer da noite jantamos e conversamos mais, não estou tão falante como me acostumei a ser com ele quando saiamos pelo mundo mortal, sei que aqui somos só nós dois e isso me deixa nervosa porque perco rapidamente o controle sob meus pensamentos. Ficamos por um longo tempo sentados no sofá branco conversando, até que de uma hora para outra, acabo adormecendo, sendo vencida pelo cansaço.

Quando acordo parece que não dormi quase nada, Apolo afaga meus cabelos e meu rosto me chamando calmamente.

– Marina...

– Sim. – resmungo piscando os olhos e me situando.

Estou deitada sobre o peito de Apolo envolta por lençóis dourados e por seus braços.

– Em meia hora tenho que erguer o sol, no caminho vamos falar com Artemis. – ele explica – Você pode continuar dormindo se quiser e posso deixá-la no Olimpo ou você pode se arrumar e vir comigo e voltar para o acampamento mais tarde.

– Mas... Zeus...

– Permitiu que você voltasse para o acampamento, Ares explicou como foi seu ultimo treinamento e todos estão satisfeito com seu desempenho. Mas não querem correr você do Olimpo se não estiver pronta para voltar para o acampamento.

– Eu... Quero voltar. – digo ajeitando-me para olhar para ele – Está na hora de voltar para casa.

– Achei que ia preferir isso mesmo. – ele sorri – Bom então você vai viajar mais uma vez comigo e vamos falar com Art antes de eu te levar, ela odeia esperar.

– Tudo bem. – resmungo ainda sonolenta.

– Vamos acorde, tem roupas para você ali no sofá, está frio hoje e onde encontraremos Artemis está ainda mais. – ele fala levantando e me puxando com ele – Vou esperar por você lá em cima.

Sorrio enquanto ele se afasta e finalmente volto meu olhar para meu reflexo no espelho gigante. Estou um trato de ser vivo. Cabelo bagunçado, rosto com a marca da camiseta de Apolo, suada e pegajosa. É isso que dá dormir ao lado de um deus do sol. Ele é quente.

Visto-me rapidamente e tento me arrumar o Maximo possível. Imaginei que encontraria roupas de inverno mas na verdade, agora estou usando uma calça Jens preta, blusa compridinha com forro de lã e botas de neve branca. E por cima para dar uma cor minha capa azul favorita, que estava no Olimpo. Quando chego a Apolo não resisto a curiosidade e pergunto á Apolo.

– Você me deixou sozinha?

– Sim por uma meia hora. Fui ao Olimpo falar com Afrodite. Hoje estou sendo bastante requisitado pelos meus parentes. – ele brinca – Afrodite queria me falar sobre você e o que ficou decidido e foi ela quem me deu as roupas.

– Obrigada tia Afrodite. – digo para o céu. Apolo ri pega minha mão e voltamos para a praia.

– Pronta? – ele pergunta dessa vez sentado ao lugar do motorista em seu carro esporte vermelho, segundo ele a forma que ele mais gosta.

– Sim... Estou.

E assim partimos.


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Notas finais do capítulo

Espero não ter decepcionado, tentei manter o drama do vou não vou porque a mari ainda tem que passar por muita coisa e o apolinho idem, ele foi mais longo, tipo 5 mil palavras mais longo do que costumo postar porque eu achei que estava ficando perfeito de quis postar ele assim mesmo... então o que acharam?



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