A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oiie... mais um hoje e já chega crianças!



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Os dias que se passaram me mantive atenta a minhas tarefas e meus treinamentos, sempre observando Percy sem nunca me aproximar de verdade, o máximo que trocamos foram algumas palavras formais. Como ele não desgrudava de Luke eu me mantive afastada dele também, só ficávamos juntos entre os treinamentos e isso me chateava, Luke e eu nos aproximamos muito desde o momento que ele chegou e isso acabou evoluindo sem evoluir de verdade. A presença de Percy não estava ajudando muito.

Sexta a noite era a captura a bandeira, os times já estavam montados, equipe azul contra equipe vermelha, como em quase todas às vezes estávamos com o pessoal de Atena. Todos se prepararam e logo começou. Percy foi designado para patrulha, ele ficou perto do riacho, enquanto eu fiquei nas arvores observando de cima empunhando minha espada, a minha espada, uma linda espada de duas laminas, semelhante a uma lança, mas de certa forma mais perigosa por ter fio por quase toda sua extensão, não há nenhuma outra igual a minha no acampamento.

De repente, embaixo de mim, Clarisse e mais cinco garotos do chalé de Ares saíram em disparada na direção de Percy, minha primeira reação foi ajudar, mas lembrei do que me havia sido ordenado. Percy estava apanhando feio, estava todo machucado, mas Clarisse cometeu a burrada de jogá-lo no riacho com um chute. Enquanto o grupo ria descontrolado sem prestar atenção em Percy seus ferimentos começaram a ser curados, a correnteza devolvia o sangue para seus machucados e o fortalecia, Percy parecia acordar de um sono profundo e nesse momento pulei da arvore.

Percy levanto no exato momento em que eles iam retirá-lo da água, dois se viraram para mim e vieram em minha direção enquanto Clarisse e mais três iam para Percy. Derrubei-os rapidamente abrindo pequenos cortes em suas pernas e braços para que para de atacar. Os dois se encolheram no chão cada um submisso a uma ponta da minha espada. Parei para observar Percy que agora estava se preparando para bloquear Clarisse e então... Ele quebra a lança preferida dela.

Insultos foram poucos, pois logo ela foi nocauteada. Luke pegou a bandeira e então éramos vitoriosos.

Todos começam a ir embora, no entanto Percy começa a discutir com Annabeth sem nem perceber que eu estava bem atrás deles. Escondo-me atrás da arvore para que continuem se me ver.

– Você queria me reduzir a pó – ele exclama.

– Calminha ai, Aaminah estava cuidando de você!

– Quem?

– E eu estava a caminho...

– Quem?

– A menina loira que estava aqui.

– Ah, a que não fala?

– Ela fala, bastante, só anda estranha ultimamente.

– Ei moça! – Luke disse me assustando – Você foi muito bem! O que acha de uma caminhada na praia após o jantar para comemorarmos.

Distraio-me com Luke segurando em minha mão saindo de meu limbo quando a comemoração da vitoria a nossa volta cessa e os campistas voltam correndo em direção ao riacho. Com arcos e espadas todos se voltaram para o enorme cão infernal que brotou de um arbusto. Corri na direção de Percy empurrando-o da frente do cão, mas ambos fomos atingidos pelas garras do animal que em dois segundos estava morto no chão. Luke e Annabeth vieram em nossa direção, Annie empurrando Percy para a água. Luke segurando minha cabeça e meu braço foi logo tirando minha armadura para verificar meus ferimentos, mas eles já haviam sumido quase completamente, pois eu havia caído na água.

Percy na água não entendia os olhares que eram lançados a ele somente quando olhou para cima entendeu. Papai o havia assumido, um tridente verde cintilante brilhava em cima de sua cabeça.

– Está determinado – bradou Quíron.

– O que? Meu pai? – Percy falou confuso.

– Poseidon, - ele apontou para Percy – Perseus Jackson, filho do Deus do mar.

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No fundo, eu sentia uma pontada de ciúmes, mesmo ele tendo vindo pessoalmente até mim, ele ainda tinha medo de me assumir, precisava de mim escondida porque eu estava na idade da profecia. Agora Percy já havia se mudado para o chalé 3. Eu costumava ir lá, principalmente no inverno quando havia menos campistas no acampamento, me sentava na cama de madeira nobre negra coberta por um sempre limpo lençol de seda azul caribenho. Às vezes ficava imaginando se meu pai sabia que eu ia até ali se as nereidas contavam a ele quando me viam entrando pelo píer, uma vez que nossa cabana é encontrada no lado e tem um píer que se entende uns metros a dentro dele. Hoje sei que ele sabia que ficava feliz quando eu vinha e rezava para ele.

Percy não parecia nada contente em sair do chalé 11, não queria ficar sozinho. Acompanhei Luke e Quiron quando foram fazer a mudança de Percy, Quiron imaginava que ele precisaria de ajuda para limpar o chalé, mas obviamente não foi necessário.

Na manhã seguinte acordei tarde e descobri que Percy havia sido chamado por Dionísio. Droga Sr. D não havia gostado dele nem um pouquinho, mas papai não deixaria que nada acontecesse a Percy. Fui impedida de participar da reunião pelo próprio Quiron. Não havia nada a ser feito a não ser esperar. Quando finalmente saíram da sala vi Percy e Grover irem para o chalé 3 e depois Annabeth sair com Quiron que veio em minha direção enquanto ela ia para seu chalé.

– Então?

– Eles tem uma missão, irei anunciar agora?

– Eles?

– Percy...

– Quero ir junto.

– De jeito nenhum!

– Mas..

– Sem, mas, Marina, Você não sairá deste acampamento, essa missão não pertence a você além do mais já temos os três?

– Então um campista que acabou de chegar, uma criança de treze anos sabichona e um sátiro podem ir a uma missão e eu que sou a veterana do acampamento, literalmente estou aqui há dezesseis anos ninguém tem mais tempo aqui entre os campistas, e mesmo assim o senhor não deixará que eu vá à missão novamente?

– Não. – ele responde dando a conversa por acabada.

Mas eu insisto.

– Não é justo. Dezesseis anos e o senhor nunca me deixou sair desse acampamento, não conheço nada lá fora porque o senhor é super protetor comigo, sou a melhor guerreira deste acampamento, mas ninguém sabe por que o senhor não me deixa correr riscos. Isso não é JUSTO! – grito no final da frase saindo batendo os pés.

Agora sim dando a conversa por acabada. Saio pela chuva que começa a cair fria. Zeus está com muita raiva porque nunca chove no acampamento.


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Notas finais do capítulo

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