A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 21
Capitulo 17


Notas iniciais do capítulo

eeeeh voltei postando um capitulo que acabou de sair do forno... para a informação de vocs estou roubando wifi da van para conseguir postar todos os dias ... na verdade eu pago a van logo o wifi que é liberado pago por ele tbm... enfim né vamos ao capitulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/612189/chapter/21

Não sei por quanto tempo dormi, mas tenho certeza que não foi mais de uma hora, pois quando fui acordada por três deuses a Malakai estava tão cansada quanto quando fui dormir.

– O que foi dessa vez? – Respondo ríspida.

Todos continuam me encarando. Afrodite, Hermes e Apolo parecem não saber explicar o motivo da invasão. Parece que no momento somente Malakai tem o dom da fala.

– Você estava tendo um pesadelo. – ele fala sentando na cama ao meu lado – Gritava como se estivessem tentando te sufocar.

– Eu... tenho sonhos assim as vezes você sabe. Não precisava trazer cavalaria. – sei que não estou mais brava com ele, na verdade estou agradecida por ele me tirar daquele sonho horrível, só estou cansada e esse é o motivo de estar rabugenta.

Para minha sorte, Kai também sabe disso e ao invés de se sentir ofendido com minhas palavras rígidas ele se aproxima mais e me abraça.

– Tudo bem...- ele se vira para os deuses – Ela tem tido sonhos assim a um mês, sempre acorda gritando ou chorando – fala e volta a olhar para mim – eu não trouxe eles aqui, juro, ouvi você gritar e eles estavam no corredor, entraram atrás de mim.

– Eu sei, desculpa, obrigada por me acordar.

– O que exatamente acontece nos seus sonhos? – pergunta Hermes.

– Não sei direito. As vezes, é como se eu estivessem perdendo a consciência ou como se estivesse sendo engolida pelas sombras. Outras vezes, como hoje, estou no fundo do mar e não consigo respirar é como se eu não pertencesse mais ao mar, estou sendo sufocada por um elemento que costuma salvar minha vida, eu me sinto fraca tudo fica escuro. Em todos os sonhos tem uma voz, que fica sussurrando coisas para mim.

– O que essa voz sussurra? – Afrodite pergunta.

– Na maioria da vez não consigo entender nada além de meu nome, as vezes escuto coisas como “minha linhagem não vai me salvar”, “Venha” e ... – Eu não falo, olho para Kai e depois para os Deuses e sei que eles entenderão quando a expressão de Apolo e Hermes ficam nebulosas e Afrodite coloca uma mão no braço de Apolo e outra no ombro de Hermes os retirando do quarto.

– Vamos meninos vamos deixar Marina dormir, foi um dia longo para ela. – ela os coloca para fora, eles quase são pedras – Você também Malakai, para a cama!

O Pequeno me olha beija minha cabeça e corre para seu quarto.

Depois de tudo isso meu sono não existe mais, por mais exausta que eu esteja não quero e não consigo voltar a dormir. A voz que tem me assombrado nos sonhos é como agonizando, fria, e acreditem em mim eu conheço a morte e o senhor dela e nada se compara a aquela voz.

Após duas horas deitada me remexendo em minha cama decido dar uma volta pelo Olimpo. O relógio marca meia noite “Que conveniente” penso comigo mesma. Está tudo calmo lá fora, não há ninguém no salão principal, nem pelos corredores pelos quais caminhei, sei que cada deus tem um templo aqui mas raramente estão realmente aqui. Na rua, não há mais sátiros e os espíritos da natureza estão calmos em um sono profundo. Sento-me escorada em uma árvore a margem do rio escorregando a mão para o lado afim de encontrar a água, quando isso acontece um choque de frio percorre meu corpo, logo já estou acostumada e a água parece me trazer de volta a vida. Formo uma pequena bolha de água um pouco a frente de mim e dou varias ordens a ela.

– Coração. Tulipa. Triangulo. Casa. – quando digo essa ultima palavra em especifico a água parece ter analisado meus verdadeiros pensamentos, pois pequena bolha cai no chão se misturando a terra e forma uma copia exata de barro do chalé 3. O chalé de Poseidon, onde residem somente eu e Percy. E no momento, nenhum dos dois.

– Interessante, eu esperava algo mais simples – Afrodite fala me assustando – Desculpe querida, não queria pega-lá desprevenida.

– Tudo bem Tia Afrodite.

– Sabe, gosto de ter uma sobrinha, seu pai geralmente tem meninos assim como Zeus, quando soube de Talha fiquei animada, fui a única que não quis começar uma guerra na sala de reuniões na verdade, mas então, aquilo aconteceu com ela.

– Queria ter conhecido Talha.

– Bom como eu não podia interferir enquanto ela estava viva ela meio que acabou se tornando uma Punk revoltada, mas você, mesmo com todos os motivos para ser revoltada como ela não o fez, é muito controlada para resolver qualquer assunto que se relacione a mais alguém alem de você, porém, ainda assim, é uma verdadeira filha de Poseidon e com isso quero dizer que o impulso e vontade de quebrar as correntes moram no seu coração, sua diferença de Cimopoléia é que você sabe controlar isso, e tem bondade e amor natural em seu coração.

– Não sei bem o que devo dizer sobre isso...

– Ah não diga nada. Estou recém começando.

– Tudo bem então... – falo meio perdida.

– Lembra o que eu disse hoje mais cedo? – pergunta ela e sem me deixar responder continua – Sei que Apolo está de olho em você a tempos, sou a deusa do amor, sei de tudo que acontece relacionado a relacionamentos, Apolo tem sofrido muito em relação a isso, a história passa uma imagem sobre ele que não condiz de verdade. Ele não é somente um garanhão cheio de namorados, obvio que ele faz isso mas o que mais ele farias, alguém com 3 mil anos de azar no amor uma hora se dá por vencido, Apolo desistiu de amar a muito tempo, eu já havia aceitado mesmo com a desistência os relacionamentos dele são sempre bem interessantes. Porém surgida do nada, abandonada, apareceu você! Senti a intensidade do relacionamento que vocês teriam desde que ele ordenou que Quiron não a expusesse ao perigo...

– Você sabia desde o inicio?

– Sim, querida. Apolo e eu somos bons amigos e como eu disse antes, eu sei de tudo!

– Mas... Não. – as palavras trancam, respiro fundo e tento novamente. – Isso, nós, não é certo. Ele é um Deus, já eu posso morrer logo ali, alias, posso morrer a qualquer minuto é só Zeus concordar com Atena.

– Ah... Ela não quer realmente te matar, Atena é assim, não demonstra muito carinho, mas vai se acostumar com você.

– De qualquer forma, tenho que ficar longe de Apolo, só o farei sofrer mais uma vez. Ele tem que esquecer de mim, não sou boa para ele.

– Você é filha de Poseidon. A preferida dele. Você é provavelmente a melhor pessoa por quem Apolo já se apaixonou e o fato de se preocupar com ele demonstra isso, os outros, em sua maioria, tentavam fugir ou manipula-lo, poucas de suas paixões eram recíprocas.

– Acho que eu não estava preparada para ouvir isso.

– Hahaha... Bom você vai ter que aceitar o fato que ele tem três mil anos de história, mas acredito que será muito mais fácil você aceitar antigos romances dele do que ele aceitar o seu primeiro e único antes dele.

– O-o...com-como?

– Hora menina já lhe expliquei, vamos destrave a língua e comece a contar os detalhes.

– Eu não... Tia Afrodite! – digo tapando o rosto enquanto ela ri de mim.

– Não seja tímida. – ela me analisa – Aquele Luke até que é bem bonitinho, mas acredito que você não queira mais nada com ele agora não é?

– Eu nem mesmo sei se o queria antes...

– Se arrepende do que fizeram? – pergunta ela curiosa como uma adolescente.

– Não sei... Sim. Eu já sabia dos sentimentos de Apolo, me sinto mal por saber e mesmo assim ter feito o que fiz, mas... Eu não sei, desde que Luke chegou no acampamento fomos proximos, quando ele me beijou tudo ficou confuso, os dois me confundiram, nunca tive de me preocupar com essas coisas e do nada eles...

– Ei se acalme! Deixa-me que explique, você tem carinho pelo Luke, agiu por impulso na Itália e por isso deu no que deu, mas se arrepende porque seus sentimentos por Apolo são recíprocos aos dele por você.

– Esse é o problema. Concordo com a parte de Luke, mas não tenho certeza sobre Apolo.

– Eu poderia resolver isso tão fácil... Entre tanto, Apolo me proibiu de mexer com vocês, na verdade até me ameaçou, que ousadia!

– Ele proibiu você de fazer com que eu me apaixone por ele?

– Sim. Ele jamais a quereria forçada. Mas então quando... – ela para quando ouvimos um barulho nas árvores próximas.

– O que foi isso?

– Aqui é o olimpo só pode ser algum Deus bisbilhotando! – levanta ela furiosa. – Venha, vamos para dentro, você está exausta.

Concordo e a sigo. Estávamos caminhando pelo corredor dos quartos quando ouvimos um barulho de coisa quebrando em um deles.

– Este é o quarto de Apolo. – diz ela.

– O que foi isso então?

– Acho que você não vai querer saber... Vá para seu quarto, eu cuido disso.

– Mas... – ela ergue a mão para que eu me cale.

– Ele quem estava nos escutando, está furioso, falei que seria mais difícil para ele do que para você. – ela relembra.

– Deixe-me falar com ele então...

– Você não vai chegar perto dele até que se acalme se não quiser virar um instrumento musical.

Viro-me e corro para meu quarto que fica a dois quartos de distancia do dele. Tranco a porta atrás de mim e caio sentada no chão frio de mármore branco perolado. No corredor, escuto alguns passos apressados logo após uns gritos.

– Não quero escutar Afrodite, me deixe em paz – grita Apolo.

– Mas Apolo é irracional da sua parte. – tenta falar Afrodite.

– O que está acontecendo aqui? – pergunta Hermes.

– Não se meta você também. Vou para minha ilha onde ninguém me incomoda! – Ele fala e uma luz brilha.

Abro a porta rapidamente mas ele já se foi e no corredor restaram Afrodite, Hermes e Ares que continuava calado.

– É você começou bem garota. – brinca Ares.

– Onde está meu pai?

– Não vai encontra-lo aqui ele está no palácio dele. – fala Hermes.

Deixo-o falando e vou em direção ao salão de acordos. Tenho que chamar a atenção de papai de alguma forma. Olho para o trono dele vario, na base a conchas. A minha concha. Pego meu colar e concentro-me nele.

“Papai, por favor, preciso de você” Penso.

Nunca tentei me comunicar com ele antes, não dessa forma, embora ele tenha o feito comigo.

– O que aconteceu?

– Eu... Apolo

– O que aconteceu Marina.

– Preciso que o senhor convença Zeus a me deixar voltar para o acampamento.

– Minha filha, não gosto que ele a obrigue a ficar trancada aqui mas não há como faze-lo mudar de ideia, se ele ainda não confia em você, não importa o que eu diga... Mas qual o motivo, você estava mais tranquila a tarde.

– Apolo está meio irritado comigo, não quero ficar no caminho dele. Eu pertenço ao acampamento e ele ao Olimpo é como deve ser.

– Juro que não estou entendendo nada.

– Papai, por favor.

– Tudo bem, tentarei falar com Zeus.

– Não é necessário irmão. – Fala Zeus calmamente surgindo em seu trono. Ele se volta para mim – Você voltará amanhã pela manhã para o acampamento.

– Sério? – pergunto.

– Sim... Precisam de você lá, se mostrou capaz de comandar e leal a sua família.

Não sei se a pessoa mais surpresa naquele salão era eu, meu pai, os deuses que espiavam da porta ou o próprio Zeus, mas sei que quando ele ordenou que eu arrumasse minhas coisas e fosse para a cama eu o fiz, sem exitar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

achei esse capitulo meio melodramatico e vocês?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha do Mar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.