A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 20
Capitulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/612189/chapter/20

Voamos a noite inteira. Conseguia sentir o cansaço de Pégasus, mas mesmo assim ele insistia em continuar voando, já eram quase 13:00 hrs isso significava que estávamos voando há quase vinte horas.

– Pégasus, podemos parar. Sei que você está cansado, eu sinto e você sabe. Não tente mentir para mim.

– A senhora precisa chegar ao olimpo ainda hoje, depois do que aconteceu os deuses querem vê-la. O Senhor Poseidon esteve preocupado, consegui perceber só pela forma do mar ontem à noite.

– Sim, eu vi também.

– Já estamos em Nova Iorque. Chegaremos em cinco minutos, está pronta?

– Sim. Vamos logo!

O céu de Nova Iorque é mais cinza, mais poluído, como tudo aqui. Porém sei que o ar pesado que faz com que respirar fique difícil e com que Pégasus tenha mais dificuldade para voar é culpa de Zeus. Ele está zangado, por isso, dificulta para nós. Continuamos subindo e subindo até vermos o Olimpo, lindo como sempre. Alguns Sátiros e espíritos da natureza caminhavam e riam, outros estavam apreensivos como as musas de Apolo que não estavam cantando.

Desci de Pégasus assim que ele pousou com Malakai ainda adormecido na minha frente. Malakai havia crescido durante os últimos oito meses e já completará nove anos, se tornou um menino mais alegre e mais forte nos últimos meses. Está decidido a aprender tudo sobre medicina e técnicas com arco e flecha. Contudo nenhum de nós esperava um surto de novos poderes. No dia anterior, quando conseguimos fugir de Cimopoléia, comecei a perguntar sobre o brilho do sol e ele disse que simplesmente apareceu quando o céu começou a ficar escuro e o mar bravo. Ele não conseguia enxergar e precisava de luz então começou a brilhar, entre tanto, enquanto ele me contava como havia chegado até mim ele desmaiou. Apagou e quase caiu de pégasus, se eu não o tivesse segurado e se pégasus não tivesse se estabilizado teríamos caído os três.

Pego o menino com cuidado em meus braços. Aposto que em um anos será ele que terá de me pegar se eu desmaiar já que ele está quase do meu tamanho e diferente de mim ainda tem muito a crescer. Malakai resmunga algo como para deixar ele quieto, mas ignoro. Tenho certeza que os deuses já conseguem me ver daqui, porem os ignoro, preciso ajudar Kai antes e me ajudar caminho com o menino nos meus braços até um riacho que corre por todo Olimpo. Alguns espíritos nos obsevam com curiosidade, no lado oposto do riacho algumas draiades sorriem e cochicham.

– Vamos lá mocinho, hora de acordar.

– huumm... Marina eu to com sono. – resmunga virando para o outro lado e caindo na água. – aaaaaaaah.

Rio descontrolada dele que faz beicinho.

– Você fez de propósito!

– Eu não, coloquei você na margem do rio, foi você quem quis nadar e, aliás, sujo como você está acho que as draiades não ficaram muito contentes.

– Ah, Marinaaaa. Agora estou todo molhado!

– Vamos resmungão, lave o rosto que eu te seco.

Acompanho ele lavando meu rosto também e quando estamos pronto uso meus poderes para tirar a água de nossas roupas.

– Adoro isso! – comenta ele. – Então, quando ia me contar que estamos no Olimpo!

– Ah, quando você estivesse menos sujo.

– Olha aqui você só não ta suja porque não teve que... – ele para.

– O que foi?

– Acho que um deus está vindo aqui! E... Ah você ta enrascada.

Viro-me e encontro Afrodite vindo em nossa direção. Ela veste seu traje grego magnificamente branco, cabelos louros com rosas pequenas entrelaçadas nos cachos. Está no tamanho de um humano normal. Assim não parece nada perversa, patricinha, magnífica e intimidadora como contam as histórias, é uma mulher muito bonita, segura de si e gentil.

– Marina querida. Por favor, me acompanhe Zeus não gosta de esperar.

– Sim Senhora.

– Ah, por favor, sem tanta formalidade comigo, estava ansiosa para te conhecer pessoalmente.

– Por quê?

– Ah sempre que falamos de você é um drama só, muita discussão de família. E prevejo relacionamentos complicados para você, é tudo muito, interessante.

Sorrio, não sei se de medo pelo o que ela falou ou de alegria por ter sido recebida por ela. De qualquer forma, sei que já me soltei com ela e que seremos boas amigas quando digo.

– Obrigado tia Afrodite.

Ela acena para que Kai e eu a seguimos. As grandes portas são abertas, Malakai se aproxima mais de mim, dou graças aos deuses (que irônico fazer isso quando eles estão para decidir se me preferem viva ou morta) por ter parado na noite passada após Kai desmaiar e ter trocado de roupa. Agora estou usando um vestido azul longo que desenha meu corpo até os quadris e depois se abre formando A na parte da saia. Por cima do vestido uso minha capa azul marinho, que usava para me manter escondida durante a viagem perseguindo Percy. E também estou com sapatilhas igualmente azuis bem simples. Sinto-me muito medieval nessas roupas, mas gosto. Afrodite dá dois passos para dentro do salão faz sinal para que continuemos indo para frente enquanto ela vai para seu trono.

Todos os Deuses estão em silencio. Zeus me olha com, talvez, fúria. Meu Pai parece apreensivo, Atena e Artemis me olham com curiosidade. Hermes parece triste e Apolo está indecifrável.

Caminho até meu pai sentindo o puxam que Malakai da em minha capa, ele devia se curvar a seu pai antes, mas Malakai nunca o faz, não entra em contato a não ser que eu esteja junto.

– Meu Senhor. – Digo curvando-me diante do meu pai.

– Seus filhos não tem jeito Poseidon. – Exclama Zeus, mais calmo do que eu esperava.

– Meus filhos agem da forma correta, curvam-se diante do pai antes, não vamos começar com isso novamente. – Sinto o peso do seu olhar mudar para mim. – Marina levante-se.

Eu me levanto e faço reverencia para Zeus e Hera.

– Nunca foi minha intenção ofende-los Senhor Zeus e Senhora Hera.

– Não sei não, seus atos não demonstram muita inteligência querida.

Não digo nada, mesmo que por dentro minha vontade fosse insulta-la da pior forma encontrasse.

– Bom vamos ao que interessa. – interrompe Atena. – Você tem como explicar porque fugiu?

– Eu não fugi. Estou aqui!

– Você passou oito meses fora e ainda levou um filho de Apolo com você, podiam ter morrido...

– Desculpe senhora, mas Malakai e eu estamos bem e tenho certeza que se perguntar a Apolo ele concordará comigo que Malakai estava sob meus cuidados a pedido dele.

– Isso é verdade. – ele confirma.

– Não explicou ainda porque estava fora. – ela exige.

– Calma Atena. Deixe-a falar. – Meu pai diz pacientemente.

– Estávamos só viajando. Dando um tempo de... tudo isso. Obrigações, profecias, deuses. – comecei meu discurso – Não há uma explicação mágica ou complicada. Meu pai me manteve em segredo a vida toda e Apolo mesmo sem saber ajudou para que eu nunca pudesse sair daquele lugar. Eu queria conhecer o mundo, tinhas os meios e com quem ir então fui.

– Foi insensato da sua parte... – ela argumenta.

– Insensato? Não sou um objeto, uma peça de xadrez que você podem manipular, não sou o semideus da profecia, meu irmão é! Não foi insensato, não coloquei a vida de ninguém em risco... – eu paro, coloquei sim. Coloquei a vida de Malakai em risco quando viajamos pelas sombras.

– Não mesmo? – não respondo – Como pensei. O Menino podia ter morrido.

– Mas não morreu, pelo contrario, me salvou daquela deusa louca.

– Marina! – exclama meu pai.

– Papai! Não tente discordar, Cimipoléia é louca sim! Você devia ver, ela está contra o senhor.

– Cimopoléia é descontrolada! – ele concorda.

– Acho que esse não é o foco da conversa. – argumenta Artemis.

– Sim, voltando. Você foi irresponsável...

– Esse também não é o foco da conversa! – ela fala novamente cortando Atena. – Não finja que se preocupa com a segurança do garoto Atena, só está preocupada com o rebuliço das filhas de arcne. – ela então olha para mim – O ponto é que, na verdade, você ainda está com dezesseis anos, ainda pode ser o semideus da profecia ainda mais com o tipo de envolvimento que você tem com Luke, creio que temos que avaliar isso, não é seguro confiar em você de olhos fechados como seu pai confia.

– O que Luke quem haver com a profecia? Ele é filho de Hermes?

– Luke tem tudo haver com a profecia agora que sabemos que é ele que está armando o motim contra os deuses. – Atena fala ríspida.

Meu olhar vai para meu pai que concorda com a cabeça.

– Mas... – fico sem palavras.

– Luke quem roubou o raio de Zeus. – Explica Hermes – Ele quem armou tudo e agora está recrutando semideuses resentidos com os pais para armar o motim.

– Não... Não pode ser! Como tem certeza disso?

– Ele tentou matar seu irmão alguns dias depois que você viajou.

Ele tentou matar meu irmão antes de ir me ver.

– Mas... Eu o vi, ele parecia normal... – as palavras não saem mais de mim.

Em algum lugar do salão um cano de água ou fonte estoura, os deuses olham procurando pelo barulho, sinto Kai me puxando mas não consigo escutar, sinto-me como se fosse perder a consciência mas respiro fundo recuperando meus sentido. Viro para Malakai me abaixo até que nossos olhos fiquem na mesma altura pegando o rosto dele com as mãos.

– Marina! – ele fala assustado.

– Escuta, você sabe o que tem aqui no Olimpo? – ele sacode a cabeça em negativa – As musas de seu pai. Eu aposto que elas vão adorar que você toque para ela.

– Mas você está doente...

– Não querido, estou bem. Eu juro. Vá, tenho algumas coisas chatas para tratar com os deuses você não vai gostar. – pisco para ele.

– Eu posso voar com o Pégasus?

– De jeito nenhum, está maluco, Pégasus está exausto! – lanço a ele um olhar sério. – Vá tocar para as musas, logo estaremos voltando para o acampamento.

– Não mandei dispensa-lo. – se opõe Zeus.

– Mas eu o estou dispensando. – olho para ele enquanto Kai sai correndo com sua mochila. – Se vamos falar sobre tudo isso não o quero aqui, é jovem demais para isso.

– Creio que isso não é decisão sua. – Fala Hera.

– Eu também não o quero aqui! – Apolo fala me apoiando.

– Bom se estamos de acordo – falo encarando Zeus – Quero saber o que sabem sobre Luke.

Minhas palavras são frias e pesadas. No momento em que recuperei meu controle a raiva me invadiu, Luke foi até mim, me ver, se declarar depois de ter tentado matar meu irmão. Ele me disse que havia ficado no acampamento, falou comigo sobre os campistas foi tudo mentira.

– Bom em resumo, parece que Luke agora está em um navio, recrutando semideuses resentidos com seus pais, armando um plano para no destruir já que o primeiro falhou graças a você e seu irmão. – Poseidon explica.

– Bem se a primeira tarefa é recrutar semideuses resentidos com os pais ele vai ter muitos recrutas. – ironizo a triste verdade.

– Você disse que o viu – ressalta Artemis e meu olhar vai automaticamente para Apolo.

– S-Sim. – Me recomponho virando-me para ela. – Ele foi me ver na Itália no mês passado.

– E quer que acreditemos que ele não tentou te recrutar, você e o filhote de Apolo – fala Ares.

– Sim, quero que vocês acreditem, porque é a verdade. – eu respiro fundo – Luke sempre foi revoltado contra Hermes, sentia-se abandonado, fazer algo contra ele talvez eu acreditasse, mas causar uma guerra, tentar matar Percy, ele... isso não são coisas que eu acredite fácil que ele fez por vontade própria. Ele costumava me ajudar a organizar os campistas, treinava todos, era amigo de todos.

– Bom nem tudo são flores e agora ele é capaz de tudo isso sim. – Atena mais uma vez me ataca.

– Você disse que ele está em um navio, porque não os afunda ou algo do tipo? Os prende em uma cela mágica, ou faz qualquer coisa?

– Há muitos semideuses envolvidos e acredito que lutar contra Luke agora é missão do seu irmão. – papai fala preocupado

– O que?

– Ele... não na verdade Clarisse recebeu uma missão de ir atrás do velocino de ouro, mas seu irmão também foi.

– Para que querem o velocíno?

– Para curar a arvore de Talha – papai diz cauteloso.

– O que está acontecendo. – grito – Parem de omitir, falem logo, o que está acontecendo?

– Acalme-se e contaremos. – fala Hermes.

– Bom A arvore de Talha foi envenenada, e Zeus acusa Quiron, por isso quem está no comando do acampamento são Dionísio e Tântalo...

– D...O acampamento está sem barreiras de proteção como se só os campistas não fossem problema você coloca o Sr.D e Tântalo no comando? E quem em nome de Hades é Tântalo?

– Se nem sabe quem é porque o julga? – Pergunta Atena.

– Porque se Dionísio está no comando sem os conselhos de Quiron aposto que não é uma boa pessoa!

– Você ousa falar assim de um Deus?

– Cresci com Dionísio ele não se ressente com esse tipo de coisa. Eu o adoro, sério mesmo, mas ele não se importa com os campistas, não o suficiente, ele é um deus festeiro. Nesse momento os irmãos Stolls devem estar aprontando com os outros chalés. Os chalés de Ares e Atenas devem estar quase em guerras para saber quem cuida das estratégias de defesa e os filhos de Apolo devem estar com muito trabalho na enfermaria. Acreditem em mim, você podem ser deuses e saber muita coisas, mas o acampamento vocês não conhecem o suficiente, Luke não vai precisar mover um dedo se alguém não tomar ar rédeas do lugar, choverão semideuses para a causa dele se os nossos começarem a morrer.

– Ela tem razão... – Atena concorda para minha surpresa.

– Tenho?

– Sou a deusa da sabedoria, ajo com cautela para tudo e sempre busco a resolução do problema e nesse momento concordo com seu argumento, mas não concordo sobre o que você quer... – como se lesse meus pensamentos ela me atira um balde de água fria.

– Mas eu preciso! Vão me escutar, sempre escutaram, nunca tive inimizades no acmapamento.

– E o que você pode fazer que Dionisio não pode?

– Organiza-los e mantê-los vivos.

– Parece ótimo para mim. Deixe a menina ir Zeus! – Apoia Ares.

– Não. Ela ainda representa perigo. – esbraveja ele.

– Escutem, entendo porque quer me manter aqui, mas enquanto discutimos, meu irmão se meteu em uma rouba e dessa vez não estarei com ele, seus filhos estão morrendo assim como Talha pela segunda vez... Quer me manter aqui por que se preocupa, tudo bem, que assim seja, mas deixe-me falar com o conselho dos chalés nem que seja por mensagem de Iris.

– Você está dizendo ficar aqui? – Hera indaga.

– Estou dizendo para me manterem onde acharem seguro até confiarem em mim.

– Tudo bem então... – Zeus fala. – Faça a ligação, converse com eles. Porem o fará na nossa frente e agora mesmo, depois ficará no Olimpo onde eu e os demais deuses possamos observa-lá até que eu diga o contrario.

– Mas Zeus... – Meu pai tenta interceder por mim mas Zeus ergue a mão em um gesto de fique quieto. – Tudo bem. Precisa de dracmas?

– Eu tenho. Obrigada – Digo sorrindo para ele. Não agradeço pela oferta e ele sabe, papai tem sido como eu esperava, tentou interceder por mim, ele realmente confia em mim.

Viro-me e caminho até o meio do salão, segurando meu colar de concha junto ao que Apolo me deu. Eu o evitei desde que entrei nessa sala, mas tenho que parar com isso. Apolo tem uma boa quantidade de filhos, um romance adolescente é pouco para que eu me sinta culpada comparada a ele. Mesmo depois de tudo que ele me falou.

Faço água brotar no chão e olho para ele.

– Você pode me ajudar?

Ele faz que sim com a cabeça e caminha se deu trono até mim, para dois paços ao meu lado e um raio de luz dispara de sua mão em direção a água. Faço com que a poça aumente e que uma nevoa se forme e com ela um arco-íris. Jogo um Dracma e digo em voz alta.

– Acampamento Meio-Sangue, Chalé de Apolo, Will Solance.

A imagem estremece e logo surge Will, deitado em sua cama com um pano na cabeça.

– Will, o que aconteceu? – eu praticamente grito assustando o menino.

– Nossa Marina! – ele exclama – Quer me matar de susto, já não bastam os monstros e essa dor de cabeça.

– Deixe de ser reclamão, liguei para ajudar. Está muito ruim por ai?

– Está sim... A enfermaria está uma loucura, adoraria que mais irmão chegassem do nada para com um talento para medicina, não estamos dando conta agora, imagina só se conseguiremos aguentar por mais uma semana, todo mundo enlouqueceu aqui! Ei onde você está?

– Olimpo... – eu continuaria falando mas ele me interrompe.

– Esteve ai esse tempo todo? – pergunta apavorado.

– Não... escute não quero falar sobre mim, eu meio que estou em reunião com os deuses, onde está Michel?

– Vou acordar ele. O coitado passou a noite toda de guarda. – ele caminha e é como se uma câmera o acompanhasse. – Ei mano acorda, Marina quer falar com você.

– Ai cara... Estou morto. Perai a Mari? – ele levanta num pulo e me vê – Marina, pelos Deuses, por onde esteve?

– Viajando.

– Onde está meu irmão?

– Comigo.

– Onde você está?

– Olimpo.

– OK, vai continuar monossilábica se eu continuar fazendo perguntas? – faço que sim com a cabeça – Tudo bem então fale...

– Escuta, soube que as coisas estão feias por ai... Eu não posso ir para o acampamento agora mas tenho uma ideia e preciso que você reúna os lideres de chalé, todos eles e entrem em contato comigo.

– Tudo bem... Mas você disse que está no Olimpo é só eu mandar uma mensagem de Iris para ai?

– Sim.

– E tipo os deuses estão vendo isso?

– Sim Michel, qual é o problema?

– Será que você pode perguntar pro meu pai se ele não tem mais filhos por ai que ele possa, sabe, mandar pro acampamento? Estamos precisando de gente. – E com isso fico vermelha até a raiz do cabelo.

– Nenhum com idade adequada só mais novos que Malakai. – Apolo responde ao filho aparecendo ao meu lado. – Bom você tem as instruções de Marina, seja rápido filho.

Apolo volta para seu trono sem falar nada mais. Ele está estranho comigo, talvez seja paranoia minha e ele só esteja agindo assim por causa dos deuses que estão presente, tais como meu pai, seria racional, mas algo me diz lá no fundo que é por causa de Luke.

– Vou ver Malakai, avisar que não vamos voltar hoje para o acampamento.

– Mas o menino irá voltar...

– O que... não! De jeito nenhum! Kai não volta sem mim para o acampamento. Concordo em ficar aqui e me manter na linhas, fazer tudo que vocês quiserem, mas Malakai fica comigo.

– Não, o garoto vai voltar para o acampamento com os irmãos.

– Ele está melhor comigo, não deixarei ele ir para lá com monstros atacando a torto e direito, sem contar dos poderes que ele está descobrindo, pelo o que ele me explicou simplesmente apareceu de uma hora pra outra, mas o consome demais, ele desmaiou na noite passada.

– Que poderes? – Apolo me interrompe.

– Ele usa a luz do sol, erradia luz por todo o corpo quase como você quando vai se teletransportar.

– Quando isso aconteceu pela primeira vez?

– Ele contou que foi quando as sombras me sugaram de volta ele estava no hotel sozinho e começou a brilhar quando Pégasus o encontrou no terraço ele parou e depois no mar quando Cimopoléia os atacou já estava anoitecendo e ele precisava de uma forma de me encontrar e simplesmente acendeu.

– Isso é raro... A maioria dos meus filhos herdam o dom da musica, medicina, arco e flecha, mas Malakai tem todos eles, inclusive o do sol, só um filho meu teve esse dom em todos esses anos, era uma menina na verdade, mas ela era péssima em todo o resto. Entendo que ele tenha desmaiado o consumiu demais ele é jovem e erradia quando fica nervoso. – ele me explica e vira para Zeus – huum.. Pai. Sei que isso de manter filho por perto é meio contra as regras, mas Marina é a melhor companhia para Malakai no momento e eu também preciso ficar de olho nele por causa do que ta acontecendo, então, será que...

– Estão todos loucos... – exclama Zeus – Pois bem, mas se o pestinha arrumar confusão eu o chuto daqui!

Olho para Zeus agradecida, ele é meio carrancudo mas é um bom deus no fim das contas.

Conto a Kai sobre a novidade e ele fica confuso mas alegre. Zeus manda que Afrodite e Apolo nos levem a nossos quartos. Tia Dite me leva até o meu mas logo me deixa sozinha para que eu possa me arrumar prometendo voltar mais tarde. Antes que ela volte, mas a tempo de eu estar pronta sou convocada para o salão.

– Sim? – entro perguntando e logo vejo que no centro do salão uma imagem brilha nítida, o conselho está reunido. – Ah, que bom.

– Marina! – eles exclamam.

– Sua chata, saiu pra festejar e nem me chamou... – resmunga Clarisse.

– Também senti saudades sua Clarisse, de todos vocês, mas não temos tempo pra isso!

– Graças aos Deuses alguém vai tomar uma atitude, tem tantos de nós na enfermaria que o acampamento está vazio. – Exclama Beckendorf, líder do chalé de Hefesto. – Então Mari, qual o plano?

– Bom, primeiro Chalé de Atena e Chalé de Ares?

– Sim. – respondem juntas as meninas.

– Parem de brigar para saber quem vai comandar e trabalhem juntas.

– Porque a bronca sempre começa por nós! – exclama Clarisse. Alguns riem e alguns responde o por que.

– Escutem! – chamo a atenção de todos novamente. – Quero três grupos mistos com os chalés de Ares e Hermes guardando as linhas de defesa, assim podem se dividir em três turnos. Beckendorf, junte seus irmãos e o pessoal do chalé de Atena para montar armadilhas de defesa, cerque o Maximo que der o mais rápido possível. Em cada turno quero uma dubla do chalé de Apolo com a linha de defesa os demais podem se concentrar nos feridos. Filhos e filhas de Afrodite ajudem onde estiverem precisando mais. Filhos de Dionísio fiquem de olho no seu pai e em Tântalo.

– Por que a parte mais chata é nossa?

– Porque ele é Seu pai!

– Faz sentido. – concorda o garoto.

– Pois bem, façam isso, não quero vocês brigando entre si, estão em guerra a todo momento a partir de agora até que a barreira de proteção seja restaurada. – olho apreensiva para meus amigos – Estarei com vocês assim que possível, por favor, fiquem todos vivos.

– Nem precisa pedir – respondem os Stolls fazendo corações com as mãos para mim.

– Não se preocupe – responde Michel – Estamos te esperando, vamos segurar as pontas enquanto você resolve seus assuntos.

Então o arco-íris se desfaz. Viro-me para os deuses esperando que me liberem, estou extremamente cansada. Papai parece perceber assim como Tia Afrodite porque antes que Zeus fale algo ela sugere que eu vá me deitar e eu o faço sem exitar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

que grandinho néah quase 4 mil palavras... comentários para moim por favr



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha do Mar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.