A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 22
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Vooltei um dia atrasada porque ontem fui a um recital de OOOOOPERA de uma coléguinha minha da faculdade...



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Nove da manhã e estou pulando para fora da cama. Arrumo-me rapidamente, estou vestindo uma calça de Jens preta, bota de cano curto sem salto, uma regata cinza, e minha jaqueta azul marinho está amarrada na cintura. Vou até o quarto de Kai que ainda está dormindo.

– Malakai, Acorde...

– Já?

– Sim, vamos voltar para o acampamento logo.

– Vamos? Tipo nós dois?

– Sim, Zeus me permitiu ir.

Ele corre para o banheiro enquanto organizo a mochila dele. Logo estamos prontos e vamos ao encontro dos deuses que nos esperam no salão. No corredor quase chegando está Apolo, ele nos observa enquanto caminhamos até ele, minha mão está suando.

– Filho, pode ir até o salão, quero falar com Marina.

– Tudo bem pai.

Ele fica ali, parado, me encarando, fico nervosa mas ele não está mais irritado como ontem.

– Desculpa por ontem...

– Não prec...

– Precisa sim. Sou um Deus, mas isso tão significa que não erre, o jeito que reagi ontem, Afrodite me irritou mais ainda, sei que tenho história e exigi demais de você. Me desculpa.

– Tudo bem, é sério.

– Não precisa ir embora assim, pode ficar mais um tempo, o acampamento está perigoso. – ele tenta.

– Por favor, pare de tentar me proteger assim, não gosto de ser sufocada.

– Mas...

– O acampamento e os que vivem lá são tudo que eu tenho, não posso deixa-los quando estão em perigo. – falo decidida.

– Tudo bem...

Concordo com a cabeça e passo por ele, mas ele me puxa de volta me pegando pela cintura. Calor percorre pelo meu corpo como se estivesse sendo puxada pelo próprio sol. Ele me olha por um instante e então me larga.

– É melhor irmos então... Zeus não gosta de esperar!

Caminhamos em silencio até o salão onde os demais deuses nos esperam.

– Bem, finalmente! – exclama Hera.

– Marina – Fala Poseidon de maneira dura – Você e Malakai estão voltando hoje para o acampamento e esperamos que se mantenha por lá. Está recebendo um voto de confiança dos Deuses, mas estaremos observando-a.

– Sim, meu senhor.

– Alguém se habilita a leva-los para o acampamento. – pergunta Zeus, antes que qualquer um responda eu intervenho.

– Posso arrumar minha própria carona.

– Vai demorar muito para chegar, precisa de um transporte rápido para o acampamento e direto de preferência.

– Eu tenho. – Digo me virando, vou até a porta e assovio.

Volto para o salão pegando minha mochila e a minha espada que havia largado no chão. Abro a mochila e pego uma capa preta vestindo-a. É bem frio quando voamos. Pego uma menor e igualmente preta que é de Malakai e entrego a ele que a veste sorrindo sabendo que vamos voar. Por algum motivo os deuses nos observam calados, nunca os vi tão calados. Escuto lá fora um bater de asas e os cascos de Pégasus baterem na entrada do Palácio.

“Pronta para voar, minha senhora?”

– Sim, estou pronta. – digo sorrindo em voz alta.

“Meu senhor.” Fala Pégasus fazendo reverencia para, meus deuses, nosso pai. Sim, é mesmo, sou irmã de um cavalo.

– Isso tudo é muito estranho. – resmunga Ares.

– Obrigado por me receberem e pelo voto de confiança. – digo a todos. – Hora de irmos Kai.

Ele pega minha mão e vamos meio correndo meio caminhando até o grande cavalo alado que se abaixa para que Kai pule em suas costas.

– Marina! – grita meu pai quando estou prestes a subir também. Eu paro e o olho. – Tem mais uma coisa. Você e Percy tem mais um irmão.

– Papai sinceramente, você e Zeus não entenderam muito o acordo não é? De todos Hades foi o único que não teve filhos desde o acordo.

– E ele já fez questão de jogar isso na cara de todos nós, acredite em mim. – brinca Ares.

– Você não devia falar assim menina. – Fala Hera com os olhos brilhando raiva.

– Marina! Entendo que talvez isso a revolte um pouco, mas isso não lhe dá ao direito de nos desrespeitar dessa forma – Fala ele com frieza – E de qualquer forma, não é um Semideus. Ele é um ciclope e está com Percy na sua missão.

– Sim, desculpem-me. – digo e subo em Pégasus – De qualquer forma, nada mais me surpreende, estarei de portas abertas para ele no acampamento, desde que ele não tenha o gênio de Cimopoléia.

E assim deixo os deuses para trás.

Nosso voo não é longo, alguns minutos e já avistamos o acampamento, está tudo bem bagunçado. Pousamos no deque do chalé 3. Kai pula para o chão antes mesmo que eu pense em me mover.

– Foi bom viajar com você Pégasus. – diz ele entregando cubos de açúcar a Pégasus.

Sabe o que dizem de cavalos gostarem de cubos de açúcar? Isso provavelmente começou com os pégasus. Todos amam, até o próprio Pégasus.

– É, isso nem de longe é trabalho para alguém de seu nível e agradeço muito.

“Manter a senhora em segurança e transportá-la foi um prazer. Até logo pequeno.” Diz e levanta voo.

– O que ele disse? – Pergunta Kai se jogando na minha cama.

Sorrio e repito as palavras de Pégasus virando para o lago. “Bom, hora de voltar a realidade”.

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Me instalei no meu chalé com a ajuda de Kai, até ai ninguém sabia que havíamos chegado então tivemos que ir até o chalé de Apolo. Assim que os campistas nos viram começaram a correr em nossa direção. Mandei que Kai fosse arrumar as coisas dele e falar com os irmãos e irmãs do seu chalé enquanto eu cuidava dos demais campistas. Perguntas vinham de todos os lados, chegava a ser atordoante.

– Por onde estiveram?

– Estavam mesmo no Olimpo? – Gritou um filho de Dionísio.

– Viu minha mãe? – Uma menininha filha de Atena pulava perguntando.

– O que os deuses queriam com você? – Perguntou um filho de Ares.

– É verdade que você vai ir morar no palácio do seu pai? – perguntou uma filha de Afrodite e nossa, deuses, de onde saiu essa fofoca?

Eu respondia a todas as perguntas sinceramente. Não havia nada para ser escondido. Após umas duas horas o movimento a minha volta começou a diminuir e agora eles se aproximavam para perguntar na maioria das vezes como eu estava ou dizer que era bom me ter de volta.

Caminhei até a árvore de Thalía onde Michel e Clarissa montavam guarda. As linhas de defesa estavam formadas como eu havia pedido.

– Eai, princesa do mar. Achei que fosse demorar mais! – Brinca Michel.

– Também achei que ia, mas Zeus me liberou.

– Bom, você montou linhas de batalha na frente deles sem medo, algo tem que impressioná-lo! – fala Clarisse

– Acho difícil que tenha sido só isso, ele parecia bem decidido a não tirar os olhos de mim, mas de qualquer forma o que importa é que voltei.

– Dionísio já sabe?

– Já deve saber, voltei faz três horas.

– Bom, seja bem vinda de volta então e mãos a obra... – Os dois dizem juntos.


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