Por trás das câmeras -A ascensão escrita por Lyra Roth, Undead


Capítulo 8
#6 Sem cordas –The Puppet


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEYY GUUUUUYS!! Aqui está mais um capítulo pra vocês! E a fic finalmente se aproxima do final. Acho que o próximo capítulo já será o poslúdio, e a primeira temporada vai finalmente começar!! Que emoção, mal posso esperar! O L1 agora está em semana de provas, então teremos que aguardar um pouco (e desejar boa sorte pra ele também, afinal semana de provas é duro. Eu pelo menos detesto) até que as coisas se acalmem para que eu possa fazer mais um capítulo!

Mas mudando de assunto, quero agradecer à todos os leitores por lerem isso aqui, o número de acompanhamentos subiu muito, e ganhei vários reviews, da Sosô chan, Caty Bolton, e da Megafofaceleste, que RECOMENDOU a fic!! Meu deus, obrigada, flores, vocês não fazem ideia do quanto eu adorei repsonder o comentário de vocês, e eu simplesmente AMEI a recomendação da Megafofa, (quase tive um ataque quando a li!), então muito obrigada à vocês e à todos os outros leitores que comentam e favoritam, isso me deixa muito feliz!! Obriagda de verdade, e para comemorar fiz um capítulo bem legal pra vocês, heim! Ele se passa somente algumas horas depois do anterior!!

Boa leitura!



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[#6]Sem cordas –The Puppet

No strings

–Então, como vamos conseguir vingança?

Todos se viraram e encararam a escuridão.

A sala escura do depósito não tinha uma luz artificial sequer. O único fiapo de claridade vinha da pequena fresta entre a porta do parts and services e o chão. O rosto dos animatrônicos estavam encobertos pela penumbra, de modo que quando os olhos robóticos se acenderam com a luz fantasmagórica, a cena ficou ainda mais assustadora. Os animatrônicos foram obrigados a se mover, e Chica, que se encontrava deitada no chão, moveu-se contra sua vontade, impulsionada pela alma perturbada da garota loira. Foxy piscou mecanicamente, e Freddy moveu uma mão. Bonnie não fez questão de sair de sua posição de cadáver morto; podia muito bem encarar seus companheiros naquela posição.

–Não sei. –respondeu uma voz de dentro de Foxy –A Marionete disse que iriamos nos vingar. Mas nunca disse como.

–Na verdade disse sim –rebateu outra voz –disse que íamos achar o nosso assassino. O homem vestindo roxo.

–Mas nunca disse como faríamos isso –choramingou algo dentro de Chica. –Será que ela nos abandonou?

Eu nunca faria isso.

E todos a encararam. Ouvindo a conversa da escuridão, The Puppet finalmente se revelou. Flutuando até os robôs, a marionete gigante parou, sorridente.

Eu nunca os abandonaria. Disse que precisava ver algumas coisas antes de começarmos nossa festa.

–Pff, festa. –fungou alguém dentro de Foxy. Era a voz de um garoto que a marionete pensou se chamar Brian... Ou seria a voz de... Alex? Puppet não sabia dizer, mas também não se importava. Na verdade, não ligava nem um pouco para os nomes daquelas crianças. Não que as desprezasse, pelo contrário, mas também não estava nem ai para isso. Tudo que importava para ela era a paz e o sossego eternos que ela tanto queria. No momento, a marionete não se perguntou se realmente era certo envolver aquelas crianças com sua vingança. Para ela não importava. Afinal, elas também estavam querendo vingança, certo? Ela fizera a coisa certo, não é?

–I-i-isso não é uma festa divertida. –constatou uma voz repleta de inocência em Chica –Nós morremos.

A marionete sorriu, bufando.

Eu sei disso, querida. Evidentemente não é uma festinha.

–Foi modo de dizer –falou alguém em Freddy, que girou o corpo animatrônico para o lado, na tentativa falha de sentar –Não é uma festa. Pelo menos não pra gente.

–Festa... eu queria ter ficado na festa da Lotte. Queria tanto... por que não ficamos lá? –Perguntou, inconsolável, uma voz vinda dentro de Bonnie, o coelho.

–Nem adianta mais ficar desolado, idiota –xingou o robô Foxy –você sabe que morremos.

–Não começa não, Alex –falou alguém dentro de Freddy, o urso. Oh, então o garoto dentro de Foxy era o tal Alex. A marionete tentaria se recordar disso.

–Ah, se ferrar, você.

Muito bem. Não precisamos brigar, crianças. Eu tenho tudo pronto, aqui –Puppet apontou para sua própria cabeça, com o eterno sorriso de pierrot no rosto pálido –Vamos começar a nossa revanche.

Cada animatrônicos se ergueu com calma, e, bambos, colocaram-se de pé. Todos menos Goldy.

–O que vamos fazer? –indagou a voz dentro de Bonnie, e seus olhos piscaram em vermelho.

É bem simples, na verdade. Vou só mexer no reconhecimento facial dos Toys.

–O que? –exclamou a jovem dentro de Chica, parecendo exasperada –Mas... você pode fazer isso?

Depende. Com “poder” você quer dizer se sou capaz de fazer isso? Sim, claro que sou. Mas se com “poder” você quis dizer se sabem que estou fazendo isso, não, os funcionários evidentemente não sabem, e nem me deram permissão. Mas agora me diga, pequena, o homem de roxo tinha permissão para mata-los? –ela encarou-os –Pois é. Ele não tinha. E então, estão comigo?

As crianças se encararam. Cada alma saiu de dentro de sua roupa, a dúvida esboçada em cada rosto. Mas no final, a marionete sabia, elas aceitariam.

–Tudo bem –falou o tal de... Alex? –vamos lá.

Calma lá. –Sorriu a marionete –Não VAMOS. Vocês ficam ai, eu vou mexer neles.

–Ué, então pra quê precisa de nós? –indagou o robô Freddy

E essa é a pergunta de um milhão.

V-v-vocês verão. T-tenho meus planos p-pra vocês. Enquanto isso, aguardem-me aqui.

–N-não!! –exclamou Chica, e a marionete se virou –Queremos ajudar!

Não. Não querem não. Vocês ficam aqui. Vão poder ajudar assim que eu terminar o que tenho que fazer.

–M-mas... –a menina foi calada pelo olhar amedrontador de Puppet, e a galinha destruída logo estava sentada novamente no chão, amuada.

Vão permanecer aqui. Eu não vou demorar. Só precisam ter paciência. Já volto.

–V-você n-n-não vai nos abandonar, vai?... –perguntou uma voz dentro de Chica, temerosa. Por trás da máscara sorridente, o sorriso da marionete sumiu pela primeira vez naquele dia.

Eu não vou abandonar vocês. Prometo, crianças. Nós seremos livres. Todas nós nos libertaremos juntos. Isso é uma promessa. E eu sempre cumpro minhas promessas.

E saiu discretamente da última sala do corredor, voltando a sala com sua caixa. Entrou lá dentro e esperou pacientemente as horas se passarem, aguardando até a festa de Charlotte acabar; até a confusão passar. Em quanto tempo se dariam conta do sumiço de cinco crianças? A marionete não sabia, mas iria esperar. Afinal, se esperara todos esses anos por sua vingança, porque não esperar um pouco mais? Horas a mais não fariam diferença para Puppet.

“Nós seremos livres”

Suas palavras a pouco ditas ecoavam em sua mente com um turbilhão de ideias. De repente, a marionete se deu conta de que talvez não conseguisse cumprir sua promessa. E se por acaso somente ela conseguisse ser livre? Como ficaria a promessa feita às crianças? E se nenhum deles fosse livre nunca? O que diria às mentes inocentes que contavam com ela?

E eu me importo com isso?” Ela se perguntou mentalmente, tentando se convencer de que não ligava nem um pouco para aquelas crianças, mas não conseguiu. Se perguntassem isso cara a cara, ela não sabia se conseguiria responder que não estava nem aí.

Ela suspirou. Será que fora egoísta? Admitindo a si mesma, seu objetivo na verdade nunca fora ajudar as crianças. Seu objetivo era salvar a si mesma. Não aguentava mais ficar presa àquele lugar, vendo sua alma sofrer mais e mais. Não, nunca quisera ajudar ninguém. Queria a paz. Queria ser livre. Mas aquelas crianças poderiam ajuda-la. E ela poderia ser livre, quem sabe junto com as crianças também. Todos poderiam ser livres! Mas a sensação de egoísmo não desaparecia de dentro de seu peito, mesmo sabendo que aquilo beneficiaria as crianças também. Mesmo que todas fossem livres, ela fora egoísta e manipuladora. Estava pensando só em si mesma desde o início. Será que poderia descansar em paz algum dia com isso em sua mente?

Pare com isso. Pense em seu plano, Marionete. Mantenha-o em mente. É só isso que importa agora.” Então esperaria. Aguardaria hora pós hora, até a festa acabar. Iria executar seu plano naquela noite. Uma única palavra soava em seus ouvidos “Vingança, vingança, vingança...” Será que usara a máscara de Puppet por tanto tempo que acabara tornando-se uma marionete de si mesma? Talvez, ela pensava, estivesse cega de vingança e devesse parar por ali. E se simplesmente perdoasse o homem que a matara?

A compaixão não serve para nada” ela mentalizou “Eu implorei a ele. Ele me matou mesmo assim. Matou-me rindo, olhando em meus olhos e tirando minha vida como se não fosse nada. Nunca poderei perdoá-lo.” Não podia parar naquela hora. Ela aguardara anos e anos por sua vingança, não para dar perdão a ele.

Mas e se o perdão for a liberdade?” ela pensou. Talvez devesse perdoá-lo. Poderia o perdão libertá-la? “Não. Ele não merece meu perdão.”

Aqueles pensamentos atormentaram a marionete por horas e horas. Nem o barulho, e nem, horas depois, os gritos desesperados das mães das crianças desaparecidas puderam tirar Puppet de seus devaneios.

~o~o~o~

Rápida, com calma, devagar. A marionete tinha que agir depressa. Atravessou o salão principal enquanto os guardas noturnos e os pais desesperados das crianças mortas vagavam pela pizzaria, falando com os donos do lugar, argumentando que a responsabilidade era da pizzaria pelo sumiço de suas crianças. A pizzaria argumentara que não era, e que as crianças poderiam ter simplesmente saído do estabelecimento, e era responsabilidade dos pais vigiá-las. A confusão estava armada. Haviam se dado conta do sumiço de cinco crianças.

Rapidamente flutuou pelo salão temporariamente vazio, chegou até os animatrônicos toys, e, com cuidado, tocou um a um; fechando os olhos, as palavras ecoavam em sua mente.

Procurem o assassino.”

Os animatrônicos brilhantes tremeram. As engrenagens giraram, e os robôs começaram a se ativar sozinhos.

É um criminoso cruel. Vocês devem encontra-lo, Toys. Ele matou c... seis crianças.”

Faíscas começaram a sair dos robôs, originando-se das mãos da Marionete. Ela estava alterando o reconhecimento facial dos animatrônicos, para que eles encontrassem o assassino. Daria à eles a informação necessária para encontra-lo.

Ele é mau.” Puppet sentiu o ódio tomar conta de si “Ele um adulto. É mau. É cruel. É imundo.” Os robôs processavam as informações, colocadas à força em seu sistema de segurança. Ruídos de passos se aproximavam do lugar. A marionete devia voltar logo para sua caixa, sem que ninguém a visse. “ele é um guarda noturno.” Completou, e tirou as mãos dos robôs, rapidamente flutuando de volta para sua caixa, e se escondendo lá.

Sirenes foram ouvidas. Berros e gritos vieram do salão; a festa de charlote tinha acabado, e os pais daquelas cinco crianças vieram busca-las. Mas a surpresa que tiveram, elas não estavam mais lá. E então, obviamente, marionete sabia que tinham procurado por todo o lugar, menos em um. Menos na sala secreta da pizzaria, e dentro dos trajes animatrônicos velhos, onde os corpos falecidos jaziam. A confusão estava feita. Uma vez que não acharam seus filhos, a polícia fora chamada, mas não havia provas contra o assassino, e nem contra ninguém da pizzaria. Nenhum dos guardas poderia ser incriminado, porque a pizzaria poderia muito bem alegar que as crianças tinham saído da pizzaria e se perdido. Não havia provas de que alguém lá de dentro as tivesse enganado e matado.

Mais gritos, confusão, choro desesperado. A marionete ousou entreabrir a caixa onde permanecera por algumas horas, e pôde ver, de relance, uma mulher ajoelhada no chão, chorando, gritando. Ela procurava por sua filha de cabelos cor de palha. Mas nunca mais a acharia.

–EU NÃO SEI O QUE ESTAVA PENSANDO! –ela berrou, de repente, entre o choro, desolada, os olhos vermelhos e a maquiagem borrada. –DEIXEI MINHA FILHA SOZINHA! COMO PUDE SER TÃO CEGA?!! Porque??!!

Os gritos da mulher ecoavam no lugar. Diversos guardas vieram para ajudá-la a se levantar, mas a moça permanecia de joelhos no chão, como se soubesse que nunca mais veria sua querida filha. Aquelas palavras despedaçaram o coração de Puppet, que, não aguentando mais ver aquela cena de caos com cinco casais de pais chorosos e uma mulher morrendo de dor, fechou a caixa e deitou, espremida lá dentro.

Não há provas contra ninguém daqui de dentro. O máximo que podem fazer é incriminar alguém, mas quem vai provar que foi uma pessoa ou outra? Não há como fazer isso. O assassino não será pego pela polícia. Nós iremos pegá-lo.”

E foi com os gritos desesperados da mãe de Lancy Glover que a marionete adormeceu, sabendo que agora não haviam mais cordas para mantê-la presa, e sua vingança finalmente se completaria muito em breve.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Eu sei qeu metade dos leitores detesta a Puppet, mas ela não é tão má assim, >.< só um pouco, kkkkkkk. ASuhah, enfim, digamos que nesse cap eu explorei um pouco mais do psicológico dela, heheh. Com o tempo espero que consigam não odiá-la, heheh

ALIÁS< IMPORTANTE!! Quem aqui achou a palavra escondida do prelúdio da história? Lembram que eu disse, logo no primeiro cap postado, o prelúdio, que tinha escondido o nome de um personagem que está oculto e presente durante essa história aqui?? Alguém aqui achou o nome oculto escrito no preludio? Uma dica: está escondido de um modo que TODAS as letras do nome estão em maiúsculo. Agora respondam mentalmente: onde, em todos os parágrafos, sempre existem letras maiúsculas? Voltaram e acharam o nome? Se não, eu irei revelar onde e qual nome depois, no próximo capítulo! Espero que tenham gostado!

Kisses azuis!



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