Prince escrita por Snow


Capítulo 2
Ainda uma guerreira.


Notas iniciais do capítulo

➸ Fiquei muito decepcionada hoje por ter ido no cinema e quando cheguei lá, os ingressos pro filme que eu queria ver estavam esgotados. Vou ir ver amanhã, mas foi sofrível. Boa leitura e até as notas finais.
➸ ATUALIZADO, 12/09.



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Alfred tratou de descer até a bat-caverna, levando consigo uma bandeja com o almoço, já que, como na maioria das vezes, Bruce Wayne não havia ido até a sala de jantar. Também avisou que, no dia seguinte, teria que sair para comprar algumas coisas para a casa. O patrão não se importou, só recomendou-lhe cuidado. Alfred sentiu-se mal por mentir para ele, mas afinal, aquilo era para o seu bem. Se ter seu patrão seguro significava ter de omitir alguns fatos, ele os omitiria.

Deu alguns telefonemas para pessoas confiáveis, pedindo por todo o material que precisaria para o dia seguinte. Tudo fora entregue no prazo, de manhã, então Alfred separou tudo em uma pasta, tomando coragem para, finalmente, ir ao encontro de Diana. Chamou o motorista e avisou que iriam até o centro de Gotham, onde ele a encontraria. É claro que o último fato também foi omitido do motorista.

Eles saíram cerca de alguns poucos minutos depois. A imprensa causou certo alvoroço quando avistou o carro, mas murcharam quando notaram que Bruce Wayne não estava nele. Alfred não disse nada quando questionado sobre o assunto, apenas confirmou que uma coletiva de imprensa seria dada no dia seguinte, nas Indústrias Wayne. Quando o carro saiu, Alfred ainda notou que um ou dois carros os seguiam, sendo despistados em seguida pelo ágil motorista. Intimamente desejou que fossem carros da imprensa, e não do maluco que andava perseguindo seu patrão.

Conferiu se trazia todo o material necessário na pasta. Pediu para que o carro parasse duas quadras antes de onde realmente iria: uma antiga propriedade dos Wayne, um antigo galpão, agora inutilizado. Ao longe avistou Diana, sentada em um dos degraus que levava ao galpão. Ela estava uniformizada e o mordomo supôs que a heroína acabara de sair de uma patrulha.

Alfred se apressou em cumprimentá-la formalmente, ela tão envergonhada quanto ele, mas com aparente curiosidade.

– Obrigada por vir, senhorita. – Ela sorriu para o velho mordomo.

– Sem tratamentos formais, Alfred. – Pediu com um sorriso. Sabia que seria difícil fazer com que Alfred parasse de chamá-la assim. – E quero que saiba que pode contar comigo pro que der e vier. Sempre que precisar, não hesite em me chamar! – Acrescentou depois de alguns segundos. Ele refletiu o sorriso da amazona. De dentro do bolso, retirou um bolo de chaves, com que abriu, uma a uma, as fechaduras do portão. O lugar, apesar de aparentar estar vazio há muito tempo, estava limpo e com várias sacolas das lojas mais caras de Gotham.

– Pedi para que algumas empregadas viessem para limpar e preparar tudo. – Explicou ele, quando notou a perplexidade de sua convidada.

– Mas você não me explicou o que, exatamente, iremos fazer. – Apontou ela. O velho mordomo assentiu.

– Planejei tudo ainda ontem, e quase todo o plano está preparado. Mestre Bruce é portador de extremo orgulho. Fez o que todos esperávamos: não aceitou a ajuda da Liga da Justiça. Quem quer que esteja o perseguindo é alguém poderoso, mas parece que não lhe entra na cabeça que, se for pego, ele não poderá se defender propriamente, já que ele será Bruce Wayne, não o Batman. – Diana concordo, atenta. Seu companheiro de equipe era extremamente teimoso, pensava ela enquanto continuava a ouvir as palavras de Alfred. – Quando a mídia soube de tudo, acabamos por contratar uma tropa de seguranças, mas é claro que todos nós sabemos que eles não durariam muito tempo numa briga contra super vilões. Ele precisaria de uma "proteção especializada" enquanto estivesse como Bruce Wayne...

– E é aí que eu entro! - Disse Diana, compreendendo o que Alfred queria dizer. Ele assentiu.

– Iremos disfarçá-la como a nova assistente pessoal do jovem Bruce. É claro que, antes disso, poderíamos ensiná-la tudo o que você precisará saber para que ele não desconfie. – Não era exatamente um problema. Como princesa, Diana possuía todo o conhecimento necessário sobre administração, restava aprender a aplica-lo no Patriarcado. Ainda mais confiante, Alfred continuou a narrar o seu plano,

– Como a senhorita ainda não possui nenhuma identidade secreta, pensei que poderíamos criar uma. Naquele momento, ele abriu a pasta e espalhou todo o material que conseguira naquele pouco tempo. Identidade, passaporte, de carteira de trabalho a plano de saúde - todas registrados em um único nome.

– Diana Prince... – Murmurou ela. Depois de uma careta engraçada, ela sorriu. – É um nome adequado.

Depois de algum tempo, a história de Diana Prince foi montada. Vinda da Inglaterra em busca de novos ares, Alfred, que fora um grande amigo dos pais da garota e decidiu ajudar-lhe a se adaptar na cidade. Depois de Bruce despedir sua ultima secretária, a única verdade na história, Alfred indicou Diana como a nova secretária do Wayne.

Disfarçar Diana fora o mais complicado de tudo aquilo. Como não usava nenhum tipo de máscara, seria facilmente reconhecida se andasse em publico, e passou-se quase uma hora até que decidissem o que fazer. O coque que Alfred rapidamente fez no cabelo da amazona deixara-a com uma aparência mais séria, além de diferente ao extremo – a amazona sempre era vista com os longos fios negros soltos. Ela estranhava todo o processo, como se nunca houvesse visto coisas do tipo (o que poderia ser verdade), mas em certo momento, puxou um par de óculos de um embrulho que carregava. Alfred encarou-a, confuso.

– Kal, o Superman, deu-me este óculos de presente, alguns meses atrás. Disse que uma identidade secreta me faria entender cada vez mais esse novo mundo. Naquele momento eu ignorei. Mas acho que podem vir a calhar, afinal. – Opinou, enquanto se virava, de forma com que Alfred visse seu rosto. De coque e com os grandes óculos de armação escura, Alfred apenas deu-lhe um conjunto social e um par de sapatos de salto, mostrando-lhe onde ela poderia se trocar. Enquanto ela o fazia, Alfred abriu uma enorme mala e colocou tudo o que a amazona precisaria durante seu tempo como secretária nas Indústrias Wayne.

Não demorou muito tempo para que ela aparecesse, já vestida e totalmente diferente. Ela parecia ainda mais imponente, e de repente, Alfred lembrou-se de que ela era uma princesa. Mesmo assim, o fogo no olhar permanecia. Ainda uma guerreira.


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Notas finais do capítulo

Só eu amo o Alfred? Queria ter um Alfred pra mim. Mas não sei se seria mais organizada assim. Vida difícil.
Não sei se vai ter capítulo amanhã, já que vou sair pra tentar ver o filme de novo, mas se não tiver, tem durante a semana. Esperando os reviews de vocês, hein! Beijos!



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