Uma esposa para Itachi Uchiha escrita por Anny Taisho


Capítulo 26
Spinoff - As mulheres Uchiha


Notas iniciais do capítulo

Genthy linda do meu coração! Eu não pretendia postar mais essa semana, mas acontece que além receber comentários tão amorosos de vocês, também recebi uma segunda recomendação. Quem aqui escreve sabe como esse é um reconhecimento especial pelo nosso trabalho aqui! Muito Obrigada Haruno, você é uma fofa! Todas são!

Aqui finalmente teremos mais interação com a Mirai, eu realmente espero que não tenham raiva dela, porque meu intuito não é criar uma rivalidade para mostrar que a Mikoto é a melhor. Elas são pessoas diferentes que de modos diferentes contribuiram para a vida do Fugaku, como tantas pessoas que passam pelas nossas vidas.



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Mikoto ainda estava se sentindo emocionalmente acabada uma semana depois, mas parecia também que um peso havia saído dos ombros. O incêndio havia sido justificado como uma falha elétrica que não deixou feridos e sua saída do clã como um divórcio. Sabia que as pessoas cochichavam e claramente imaginavam que foi Fugaku quem a mandou embora, mas não se importava.

E como aparentemente não era suficientemente importante para os anciãos, não foi chamada para qualquer esclarecimento. Fechou os olhos ainda sentindo aquela dor no peito, a de ser enganada e de ter o coração partido... Porque tinha se apaixonado por ele. Ia cicatrizar com o tempo. Kushina foi quem aparentemente mais gostou que tivesse posto fogo na casa, segundo ela tinha que ter sido com Fugaku dentro... E agora estava alugando o pequeno apartamento de quando a amiga era solteira.

Olhou para o relógio e viu que estava na hora de ir para sua aula, como professora devia dar o bom exemplo de chegar na hora certa. Pegou suas coisas e saiu cumprimentando a vizinha que chegava do mercado, em pouco tempo já era uma pessoa querida ali no prédio. Desceu as escadas e saiu pela avenida principal.

Quando estava quase na porta viu duas pessoas conhecidas, suspirou e seguiu em frente. Estava demorando pra alguém do clã aparecer. Parou de diante dos dois.

— Olá... Se vieram falar sobre o divórcio, eu nem vou tentar nada. É só redigir os papéis, não quero um yen dele ou da família de vocês.

Os dois haviam se tornado parte de sua vida, mas ir embora queria dizer deixar toda aquela vida para trás. Sabia que não ia poder ser amiga do irmão ou da cunhada dele. Sentiria falta sinceramente, principalmente do pequeno Shisui, mas ia ser melhor.

— Não é isso, Mikoto... - Aika a encarou - Fugaku voltou de missão e não está bem.

— Ele precisa de cuidados. - ouviu a voz masculina -

Sentiu a garganta seca, por isso ele não tinha ido tirar satisfação. Por mais que seu coração doesse e que quisesse ir correndo ajudar a cuidar das feridas de Fugaku, respirou fundo e continuou andando.

— Desculpe, mas ele não é mais problema meu. Espero que melhore logo. Com licença.

— Mikoto... - Aika chamou - Eu não sei o que aconteceu... E o quão terrível foi... Mas ele está chamando você.

— Mulher errada, Aika. Desculpe.

Partiu o coração fazer aquilo, mas não ia ficar cuidando dele. Mirai que devia fazer as honras, ela era a mulher do coração dele. Sentiu um par de lágrimas descer, entretanto precisava ser mais forte que isso.

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Kushina disse que nunca mais falava com ela se fosse atrás ou tentasse fazer saber de Fugaku. Respirou fundo segurando sua xícara de chá e olhando para o líquido verde. Estava a três dias sem dormir pensando nele. O que era uma grande idiotice, afinal, mesmo se tivesse lá não podia fazer muita coisa por ele, não era médica.

Só que imaginava o quão grave deveria ser para virem atrás dela, só que também podia ser só os dois arrumando uma desculpa para levá-la lá numa tentativa de fazê-los se reconciliar. Fugaku não era da sua conta. Repetia isso tantas vezes quanto conseguisse e provavelmente começaria a escrever quando só pensar não desse resultado.

O chá já estava frio e ruim.

Levantou jogando na pia e lavou a xícara junto com alguns pratos. Fitou a vila pela janela pequena a sua frente. Estava com o coração tão partido. Em algum ponto tinha se apaixonado por ele, não dizia que era amor ainda, mas não fazia doer menos. Um pedacinho de si queria ir atrás e ouvir uma explicação, com a esperança de ser uma boa explicação. Mas se conhecia e não queria ser enganada por palavras ou desculpas.

Fugaku não era homem de rompantes ou situações impensadas, estar com aquela mulher tão próximo dos outros só queria dizer que queria aquilo. Estar ali. E não com ela. Não importava todas as coisas que fizesse, nunca seria boa o suficiente.

Ficou chorando em silêncio com o coração na mão, podia viver talvez até só com o carinho e respeito dele, mas nunca seria boa o suficiente para superar Mirai. Se apoiou na pia sentindo a cabeça rodar um pouco e tentando engolir o choro. Aquele homem não merecia nenhuma lágrima dela.

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Saiu do banheiro da academia secando o rosto, não devia ter comido aquele dango... estava realmente com cara de perigoso. Respirou fundo para voltar a sala dos professores quando encontrou Mirai no corredor. Oh kami, não, não precisava passar por aquilo de novo. Ia tentar passar por ela sem falar uma palavra, talvez ela não estivesse por sua causa.

— Mikoto-san. - ouviu a voz e fechou os olhos um segundo.

— Precisa de algo, Mirai-san? - oh inferno por que não aparecia alguém? Onde estavam todos?

— Podemos conversar um minuto?

— Não, não podemos, eu tenho que trabalhar. Pagar as minhas contas. - disse tentando seguir, mas a mulher a segurou pelo braço e devolveu apertando o pulso dela para soltar. - Eu não tenho medo de você ou do seu sharingan. Você não é melhor do que eu fora do distrito.

Mirai soltou o braço dela, Mikoto era uma Uchiha realmente, ela tinha aquela intensidade de olhar que muitas vezes ficava escondida por trás daquela personalidade amável, mas ainda sim estava lá. Aquela mulher não era a fracote que achou que fosse quando soube do casamento.

— Eu não vim aqui por nenhum motivo hostil... Por favor, é só um minuto.

Por dois momentos pensou em fica e realmente dar esses dois minutos a Mirai, mas então se lembrou de que não ia se sujeitar a isso. Tinha dignidade o suficiente para daquele clã só manter contato com os pais.

— Mirai-san, eu não tenho nem dez segundos para qualquer um daquele clã mais. Devia voltar para lá e ocupar o seu lugar longe de mim.

Estava saindo quando ouviu a voz dela já fora do tom.

— Fugaku está mal, precisando de você!! Onde foi parar a mulher mais elogiada por sua dedicação e comprometimento?

Mikoto parou e olhou bem aquela mulher e voltou dando três passos a olhando nos olhos.

— Eu fui a criada do Fugaku! Lavei, passei, cozinhei, limpei, aguentei aquele humor azedo, fazendo tudo o que eu podia para vida dele ser melhor! E sabe qual foi a única, única coisinha que eu pedi? Respeito! Inferno!! Eu não obriguei ele a casar comigo e muito menos tenho culpa se vocês não puderam ficar juntos!! Entenda uma coisa.... Eu nem sabia da existência de vocês, eu não queria esse lugar de matriarca do clã e de todas as pessoas do mundo eu preferia qualquer uma ao Fugaku. Porque qualquer outro homem do clã teria no mínimo lutado para ficar com a mulher que amava... Só que quer saber, acho que eu não fui a única que me dei mal aqui, porque ele não sabe amar ninguém. E para mim, esse é o tipo mais desprezível de pessoa.

Mirai levantou a mão para dar um tapa em Mikoto, ela podia estar magoada, mas não tinha o direito de falar aquilo, se realmente ela conheceu Fugaku ela sabia que não era verdade, mas tudo o que sentiu foi a mão dela segurando seu pulso.

— Nunca mais na sua vida se atreva a levantar a mão para mim, Uchiha Mirai. Se está tão doída vai lá e cuida você dele! Eu estou dando o divórcio sem pedir nada em troca, se ele quiser dizer que me chutou eu não me importo! Vão lá e vivam a droga da vida de vocês, mas por favor me deixem em paz!

— Ele não vai te dar o divórcio e nem vai ficar comigo, Mikoto! Ouça o que eu tenho para dizer!! Eu sei que está se sentindo usada, mas você sabe que a vida não é tão simples assim preto no branco.

— Já ouviu falar em litígio? Eu também.

— Se não pode fazer isso porque desenvolveu qualquer sentimento por ele nesse tempo, faz porque é uma pessoa doente! Inferno mulher, acha que eu estaria aqui se a situação não fosse séria? Acha que eu ia vir atrás da mulher que se casou com o homem que eu amo se ele me quisesse ao lado dele? Ele quer você, Mikoto! E droga como me dói dizer isso... ele quer você lá.

— Adeus, Mirai, espero não vê-la novamente.


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