Uma esposa para Itachi Uchiha escrita por Anny Taisho


Capítulo 16
Bom partido


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, muito obrigada pelo carinho! Fiquei muito feliz com todos os comentários carinhosos e atenciosos! Eu acho que consegui responder todos! Espero que gostem do capítulo!!



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Fugaku não fez perguntas sobre onde o filho estava, Itachi não era mais criança para ter que ficar dando satisfação de onde estava para ele. Apenas começou a conversar com ele o que precisava. Estavam na sede da polícia quando Uchiha Mirai chegou, Itachi nunca tinha repardo nela, para ele sempre foi apenas mais uma ninja. Ouviu boas coisas, mas não se importava efetivamente.

Entretando, olhava para ela e tentava achar qualquer coisa que fosse capaz de fazer o pai ser tão apaixonado por ela como a mãe mencionou. E tendenciosamente, não via nada, Mikoto era a mulher certa, mas talvez visse assim porque ela era sua mãe.

Quando a mulher deixou seu relatório e fez um breve comentário do trabalho feito se foi e ficaram só os dois na sala. E o velho Uchiha notou que Itachi estava analisando a mulher.

— Por quê? - foi tudo o que conseguiu perguntar o filho mais velho -

Eles eram parecidos em muitos sentidos e costumavam usar poucas palavras para se expressarem. O homem suspirou entendendo toda torrente de perguntas que havia atrás daquela simples indagação.

— Eu era jovem, Itachi, os tempos eram outros. No auge da guerra cada vez que saíamos da vila não havia certeza de que voltaríamos... E cada grande vitória dava aquela sensação de poder que você conhece.

Viu que o filho permaneceu calado.

— Não sei o que sua mãe disse, mas talvez a percepção dela não foi a mais correta. Eu realmente... Gostei... e... - não era um homem bom com palavras - Amei a Mirai, só que isso foi em outra vida. Nós crescemos juntos e vivemos naquele mundo onde tudo era tão efêmero. Talvez isso tenha feito a intensidade dos sentimentos e casar com a sua mãe foi realmente a primeira vez que ser o líder do clã pesou em meus ombros.

Não pretendia falar daquilo outra vez, na verdade, nem queria falar agora, só que a vida o ensinou que ás vezes falar era necessário.

— Eu tinha uma vida muito intensa e fazia o que bem entendia, de repente os conselheiros me escolheram uma esposa e me mandaram casar. Sabia que tinha que fazer, mas foi um choque a realidade a qual eu me acostumei a viver. Com o tempo notei que o que mais me incomodava era eu ter visto que não era livre como achava e que o meu amor por ela foi fruto do momento que vivíamos. Sua mãe que esteve comigo nos momentos mais terríveis e nos melhores... Mikoto é a minha esposa, a mulher com quem eu vivi mais da metade da vida e eu não me arrependo disso.

Itachi ficou satisfeito em ouvir aquilo e sabia que ninguém mais ia tocar naquele assunto. Eles haviam se entendido de uma maneira muito particular e talvez para o mundo ao redor Fugaku não fosse o melhor marido, mas Itachi viu que nas pequenas coisas estava o amor deles.

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Não sabia como aquele circo de horrores tinha começado, mas de repente Sakura queria se jogar numa cova e mandar jogar terra em cima. Será mesmo que os pais não tinham o mínimo de amor a ela para fazer aquilo? Tudo começou com um inocente jantar na casa deles, nada demais, gostava muito de passar tempo com eles.

Então Itachi estava sentado no sofá junto de seu pai quando chegou, aquilo não parecia correto, mas até ali nenhum problema. Foi a cozinha e ouviu a mãe falar como ele foi gentil quando a encontrou na rua com as compras e a ajudou carregando até em casa, não dava para deixá-lo ir sem uma boa refeição em agradecimento.

Suspirou.

Itachi era tão reservado, talvez estar ali fosse um grande desafio, ele certamente não ofereceu ajuda esperando algo em troca. Com o canto dos olhos o viu na sala e o pai contava alguma história que ele ouvia pondo sua opinião nos momentos certos, ele não parecia incomodado em tudo.

Resmungou quando a mãe a tirou de seus devaneios mandando parar de fazer corpo mole e picar as verduras ou o jantar não ficaria pronto nunca. Tudo parecia até tudo bem ali, só que não tinha acabado.

Já na mesa para comer o assunto ia tranquilo até que de repente os pais começassem a jogá-la descaradamente para cima de Itachi.

— Bem, você sabe que a Sakura não tem os melhores talentos culinários, mas eu tenho certeza de que ninguém seria uma garota melhor para o namorado, afinal, um ninja com sua própria médica particular.

Naquele momento, não tinha ideia se o pai a estava ofendendo ou elogiando, o que não mudava em nada o teor do constrangimento.

— Certamente. - Itachi sorriu de um jeito que ela tinha certeza que ele ria internamente de seu calvário -

— E a Tsunade-sama só tem elogios... Você sabe não é Itachi-san, direto ela recebe cartas, presentinhos e até convite para encontros....

Não! Não! Não!

A Mãe não estava falando aquilo.

— Eu já notei isso, Sra. Haruno, certamente Sakura é um... excelente partido.

— Não é porque ela é minha filha sabe, eu conheço todos defeitos delas, mas sem dúvida eu conheço poucas garotas como a minha Sakura. Quem conseguir o coração dela vai ser um sortudo...

— E claro que tem que ser um bom homem, você vai entender quando tiver filhos... - viu o pai cruzar os braços - Minha filha não aceitaria menos que o melhor.

— E não vejo outra maneira, Sr. Haruno, ela tem mesmo que querer sempre o melhor.

E aquilo continuou por um tempo que para Sakura foi a eternidade, por fim, quando conseguiu ir embora estava alguns passos a frente de Itachi e queria sumir. Aquilo foi pior que Naruto a ver nua. Dez vezes pior. Preferia ter sido vista nua por Kiba... Okay... não precisa tanto, talvez um pouco menos, mas mesmo assim não sabia onde enfiar a cara.

— Oe... Sua casa é para o outro lado. - ele chamou, podia sentir o constrangimento dela -

— Mas a ponte é para lá. - parou e suspirou querendo chorar - Onde eu vou amarrar uma pedra no pescoço e pular. Oh kami!! Desculpe, Itachi... Mil desculpas... Meus pais não fizeram por mal.

Podia ver o olhar dela todo envergonhado, como uma criança que fez arte e se arrependeu pelos pais, só que ele não se importou em tudo. Gostava deles, o casal Haruno foi provavelmente o mais perto que ele chegou de um casal civil e eles eram divertidos. Claramente via-se de onde vieram os trejeitos daquela mulher.

— Eu sei, Sakura, tudo bem...

— Não, não está tudo bem!! - ela bateu o pé no chão com aquele olhar muito determinado - Aquilo foi, foi... Horrível! E eu sei que você tem que aguentar todo dia pais tentando de impressionar. Eu juro que não foi por mal.

— Não se preocupe, eu achei até... divertido. Principalmente aquelas histórias sobre sua infância... - riu levemente da cara de mortificação dela e caminhou em sua direção - Eu estou sendo sincero, não me importei com tudo, e a comida estava realmente boa. Na verdade, eu me sentia até meio... Lisonjeado.

A expressão dela mudou para total desdém diante da última declaração dele, as sobrancelhas mexiam em arcos e ela dava uma repuxadinha no nariz.

— Lisonjeado por que? Como eles me constrangeram e o ofereceram como se fosse uma coisa e como se casar fosse meu objetivo final de vida?

— Lisonjeado porque eles me acharam bom para ser seu namorado.

Sakura fez uma careta e rolou os olhos.

— Você é um idiota, Itachi.

Ela ia dar a volta para sair quando sentiu que ele a segurou pelo pulso levemente a fazendo fitá-lo.

— Eu? Por quê? Por que pela primeira vez desde que essa loucura toda começou e talvez na minha vida toda alguém pela primeira vez tentou fazer propaganda da filha pelos motivos certos?

— Motivos certos? - ela não parecia crédula -

— Sim, motivos certos! Seus pais não estavam fazendo propaganda porque eu sou um promissor bom partido que vai fazer da família deles e da filha deles alguém importante. Acho que essa foi a primeira vez que alguém fez isso porque me achava um bom homem, gostava de mim e acreditava no meu real potencial de ser bom para filha deles. Sabe, o cara legal, Sakura. Não o ninja Itachi ou o promissor sucessor Uchiha.

Ficou encarando o Uchiha durante um bom tempo tentando realmente entender se aquilo era sério? Não acreditava que ele tinha daqueles problemas sobre alguém olhar para o sobrenome dele antes. Itachi sempre pareceu um pouco superior a isso.

— Eu estou perdendo alguma coisa aqui?

O moreno suspirou e a olhou nos olhos verdes deixando de segurar a mão dela com força para fazer um carinho no pulso.

— A vida inteira as pessoas olharam para mim sempre esperando o melhor e eu certamente fui bem superior até as expectativas mais altas. Só que essas mesmas pessoas raramente olharam para pessoa que eu era atrás do ninja brilhante e herdeiro... Para maioria dos pais e até das garotas, eu podia ser um filho da puta, desde que o meu sobrenome e status desse o prestígio que queriam conhecer. Ou mesmo nem pensam nisso... Eu sou só um ponto brilhante que significa o topo de um status.

— Itachi...

Nunca tinha pensado que ele se sentia assim. Ou que se perturbava com a opinião ou talvez falta de opinião das pessoas sobre quem ele era.

— Já os seus pais são pessoas simples, normais... Eles querem certamente um bom casamento, mas a definição de bom casamento deles define que você esteja bem cuidada. Se eles quisessem te empurrar a qualquer custo para algum motivo mais baixo, certamente já teriam forçado situações com o sasuke... ou sei lá, o Shikamaru, Neji... - sorriu de leve para ela - Eles ali só juntaram o que alguns chamariam de motivo e oportunidade.

A haruno não tinha uma palavra na boca, o cerébro parecia ter entrado em colapso ouvindo tudo aquilo. Raramente na vida ficou sem ter o que dizer, mas ali foi simplesmente como se seu poderoso cerébro tivesse parado.

— E sabe, eu realmente gostei de ser o cara legal para namorar a filha deles...

Se aproximou beijando a testa dela onde havia aquele cristal e se virou para ir embora tranquilamente. As coisas pareciam estar clareando em sua mente depois de um período de grande confusão.

Tinha achado a esposa que todos lhe procuravam e ia fazer o que pudesse para fazer desse desejo uma realidade.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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