Ficou olhando ele algum tempo antes de conseguir falar, estava muito barulho e muita confusão ali. O cumprimentou e pegaram alguma bebida, Itachi cumprimentou algumas pessoas e até dançou uma música devido a insitência dela, mas no fim acabaram saindo e voltando o pequeno apartamento dela.

— Não precisa ir embora por minha causa.

— Oh que nada, eu já bebi, dancei, comi bolo e tudo mais... essa hora ninguém está nem mais lembrando que a festa é do meu aniversário. E eu estou o caco.

Aquele vestido era de fato curto demais, Itachi estava tendo sérios problemas de concentração com isso. Ela era uma mulher atraente que mexia muito com a cabeça dele. Procurou a acompanhar calmamente até em casa e riu quando ela se jogou no sofá.

— Eu não sei como tem gente que vai para balada toda semana...

Ela resmungou chutando as sandálias pro chão e o olhando abraçando a almofada.

— Estou vendo mesmo, quer que eu vá embora para descansar?

— Não... mas não acha que chegou meio tarde, não? - riu levemente -

— Não gosto muito de baladas, eu pretendia mesmo chegar quando você já estivesse querendo sair.

— Ah... assim vou achar que quer ficar sozinho comigo.

Ela estava de bruços balançando os pés e aquilo estava brincando profundamente com os instintos dele.

— Eu sempre prefiro. gosto da sua atenção integral.

Viu que ela sorriu e levantou pegando água na geladeira. Notou que ela se levantou e o seguiu se escorando no batente da cozinha.

— Então, Itachi-kun... Você quer minha atenção exclusiva para que?

Ele podia fazer uma lista, mas era melhor conversar com ela antes de expor assim os planos mais profundos da imaginação dele.

— Para te dar o seu presente. - Disse tirando do bolso uma caixa azul de veludo e viu a cara dela. - Você não reclamou de ganhar a viagem para aquele hotel do parque aquático do Time 7, por que não posso te dar um presente?

— Porque isso está com cara de ser caro.

— Isso é relativo. Vamos, vai mesmo me deixar sem graça em não aceitar o meu presente?

— Você sabe fazer uma boa cara de coitadinho... Okay, mas eu fico sem jeito, não preciso de nenhum presente caro.

— Eu já disse que isso é relativo, não foi tão caro assim. - se aproximou dela e estendeu a caixa -

A Haruno rolou os olhos e abriu a caixa encontrado uma corrente delicada de platina reluzente com um pingente de floco de neve. Olhou dele para Itachi e sorriu dando um abraço apertado nele. Era uma coisinha muito linda.

— Eu pensei em dar uma flor de cerejeira, mas eu consegui ser mais criativo. - sorriu beijando o topo da cabeça dela -

— É muito lindo, Itachi, muito lindo mesmo.

— Bem, flocos de neve são únicos, Sakura...

Aquilo foi tão fofo que queria nunca mais largar aquele abraço.

—--

Depois de conversarem mais um pouco Sakura acabou deitando na cama e ficaram conversando ali até ela dormir. Sorriu e olhou o relógio, estava muito tarde e não tinha nenhum motivo para ir embora naquele momento. Sem dizer que os lençóis dela tinham aquele perfume gostoso.

Quando abriu os olhos na manhã seguinte viu Shisui na janela dela e ele estava com aquele sorriso idiota na cara. Olhou para Sakura e ela definitivamente estava no sono profundo dos embriagados. Sentou na cama olhando as horas e levantou.

— Eu realmente vou ter que te jogar pela janela para não entrar pela janela dela?

— Tsk... Estou aqui em missão de caridade. Seu pai está procurando por você.

— E claramente o primeiro lugar que pensou em procurar sem se preocupar com a privacidade foi o quarto dela?

— Depois de não te achar no clã e não ter avisado de uma missão, sim. - disse sorrindo feito um idiota.

— Eu só dormi aqui, estava tarde. Tira esse sorriso idiota da cara. - falou pegando a camisa na cadeira -

— Ita, Ita... Ou essa garota faz um baita jogo duro ou você perdeu o jeito com as garotas!

— Shisui, se ela ouve isso você vai conhecer o céu mais cedo.

— Ela? - apontou - Depois de tudo o que ela bebeu ontem? Não sei como estava de pé para conversar com você. Então, vamos ou não? Sabe que seu pai não é a pessoa mais paciente que conhecemos.

— Eu já vou, sei achar sozinho o caminho de casa...

sentou na beirada da cama e sorriu olhando para ela. Passou de leve a mão pelo rosto redondo e ouviu o primo.

— Ai Ita, você é tão carinhoso...

Só deu um rosnado fazendo o outro sumir numa nuvem de fumaça e rolou os olhos beijando a testa da rosada vendo os olhos dela se abrir numa confusa sonolência. Os fechou com a ponta dos dedos.

— Volte a dormir, estão me procurando no clã.

Continua...