O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 15
Capítulo 15 - Os dois lados de uma mesma moeda


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Demorei, mas estou aqui atualizando a fic com mais dois capítulos cheinhos de novidades!

Boa leitura!



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Elena não percebeu quando a língua de Damon enroscou-se com a sua aprofundando o beijo. Ela não queria deixar que isso acontecesse, mas aconteceu. O beijo ganhou velocidade e na medida em que a intensidade foi aumentando, a temperatura de seus corpos também. A necessidade do contato com a pele, do beijo mais profundo, das mãos agarradas aos cabelos, do hálito quente e descontrolado passaram a tornarem-se ações.

As mãos habilidosas de Damon buscaram a pele da cintura dela. Em resposta, os dedos longos de Elena entrelaçaram-se nos fios de cabelo dele, puxando-os em um pedido inconsciente por mais. Ela o queria tanto, mas algo em sua mente martelava insistentemente, lembrando-a de tudo o que havia descoberto sobre ele, de todas as mentiras que ele havia contado, mascaradas em um belo pedido de confiança. Não. Ela não permitiria ser enganada novamente.

— Não, Damon, assim não. – ela disse limpando a sua boca com as costas das mãos. – Vamos esquecer o que aconteceu entre nós.

“Você não conhece Damon Salvatore, ele é mentiroso e adora manipular as pessoas.”, ela lembrou-se das palavras de Richard. Certamente não conhecia Damon, ele poderia ser tudo isso e muito mais. Quanto maior fosse a aproximação dos dois, pior e mais longo seria o fim desse caso. Ela precisava ir embora.

Damon abaixou a cabeça ao ouvir o pedido de Elena. Ele jogou suas mãos para os fios de cabelo, bagunçando-os em sinal de frustração. Ela continuava encarando-o a espera de uma resposta, esperando que ele concordasse com a sua proposta, mas ele não quis.

O moreno jogou suas mãos sobre os braços da garota e a prendeu contra a parede da cela. Todo seu corpo sentiu o choque contra a parede maciça, sua coluna estalou e em seus braços se formaram marcas vermelhas com as mãos de Damon. Ele a estava machucando.

— Me solte, você está me machucando! – ela pediu de forma tranquila, encarando-o tão friamente que ele mal pode acreditar que ela era a Elena que havia beijado minutos atrás.

Ela também não conseguia acreditar no que ele estava fazendo. Seu aperto estava se intensificando, se ele jogasse seu corpo um pouco mais sobre o dela poderia machuca-la de verdade. Os olhos de ambos estavam firmemente conectados e esta ligação só foi quebrada quando Damon selou com urgência seus lábios nos de Elena.

A garota recusou-o, ameaçando que gritaria, mas ele delineou toda a extensão da mandíbula dela com a sua língua, deixando um rastro úmido por onde havia passado. Ele mordeu a sua orelha e cochichou algo que Elena não conseguiu compreender, pois só o toque do hálito quente dele com a sua orelha havia comprometido sua capacidade de entendimento. Damon trilhou um caminho de beijos e leves mordidas até o colo de Elena, fazendo-a arfar com o toque.

Damon relaxou o aperto nos braços dela, descendo deles para tocar a cintura dela. Elena estava imóvel sob o toque de dele, até perceber que a mão dele havia tocado a sua pele por baixo da sua camisa, ela não havia se movimentado. O breve encostar dos dedos em sua barriga tornou-se um aperto urgente quando ela tomou a iniciativa de contornar a cintura dele com os seus braços e movimentar as suas mãos em suas costas por baixo da camiseta.

Elena voltou a tentar afastá-lo, lembrando-se que aquilo não podia estar acontecendo, mas Damon a segurou pela cintura e a apertou contra seu corpo. Ele agarrou seus cabelos da nuca e a puxou para cima, fazendo-a encará-lo forçosamente. Ela perdeu-se naqueles olhos tão profundos que a encaravam de uma forma intensa que ela não conseguia compreender.

— Sim e não. – ele disse deixando Elena confusa. – Concordo com você que não pode ser desse jeito.

Seu hálito quente secou os lábios dela devido à proximidade. Damon tratou de resolver essa questão dando um beijo molhado neles, puxando-os para si, demorando-se neles, provocando-a.

— E não. – ele disse num sussurro enquanto delineava o rosto dela com a ponta de seu nariz. – Não vamos esquecer isso.

Damon afastou-se de Elena deixando-a livre para desamassar as suas roupas e organizar a bagunça que a sua mente estava naquele momento. Ela não olhou para ele desde que suas palavras lhe causaram tanto espanto.

Ele não queria esquecer. E por detrás daquela postura firme, ela também não.

Elena deixou a cela sem olhar para trás, decidiu não discutir com Damon. Ela acharia outra forma de manter-se focada no seu trabalho e, principalmente, de ficar longe de Damon.

Dois dias depois, lá estava Elena novamente indo a caminho da delegacia. Era a segunda semana que estava naquele lugar e desejava imensamente resolver aquele caso o quanto antes. Queria voltar para sua casa, para seu escritório, para a sua equipe. Estava cansada de ver todas aquelas evidências expostas sobre a mesa de Richard e nenhuma prova concreta.

Damon foi solto e Elena estava tentando evitá-lo ao máximo. Ela não foi mais àquele bar para comer ou beber nada, não autorizou a subida de ninguém até o seu quarto de hotel, ia para qualquer lugar de táxi e não atendia aos telefonemas dele.

Naquele mesmo dia, Elena sabia que não poderia mais evita-lo, já que havia recebido um convite para uma festa na cobertura do prédio da empresa em homenagem a Robert Salvatore. Ela bufou quando Diana lhe entregou o convite. Estava escrito “Helena”. Ela até cogitou ter sido convidada por engano, afinal, seu nome estava escrito errado, mas quando viu a palavra “Gilbert” ao lado, ela soube que teria que comparecer à festa.

— O evento é uma homenagem ao Sr. Salvatore, seremos bem-vindos já que fazemos parte desta história. – Diana explicou a Elena.

— Deveremos ir identificados? – ela zombou.

— Se achar necessário. – deu de ombros em resposta.

Elena deixou Diana em sua sala e foi até o escritório de Richard. Ela viu sobre a mesa alguns papéis que ele parecia estar analisando minuciosamente.

— Alguma informação nova? – ela perguntou e não obteve resposta. – Richard, estou falando com você.

O homem parecia nem ter percebido a sua chegada, mas Elena sabia que isso não era verdade. Ele a estava ignorando.

— Richard! – ela bateu a mão na mesa chamando a sua atenção.

— Escute, Elena, eu sei que você está interessada no caso, mas as prioridades para você se tornaram outras.

— O que está insinuando?

— O que eu quero dizer é que você está obcecada por achar provas para inocentar Damon quando todas as evidências o apontam como o único e real culpado.

— Eu não sei como funcionam os seus métodos de investigação, mas estou começando acreditar que eles estão um pouco ultrapassados. – ela provocou.

— O que está dizendo? – ele levantou-se da cadeira furioso.

— Assim como toda moeda tem dois lados, todo crime também tem! Com o assassinato de Robert Salvatore há mais do que vingança, há alguém manipulando tudo para que isso desse certo, há desvio de dinheiro da empresa para um comprador que não existe, há alguém interessado em manter Robert fora da jogada. Ele sabia de alguma coisa.

— Você não percebe, não é? – ele gargalhou em deboche. – O veneno que matou Richard veio de dentro da empresa, Damon foi acusado de ter entregado os produtos para aqueles caras que pegamos, ele saiu do quarto de Laura no momento em Robert despencou lá de cima, ele voltou nervoso e inquieto, Carmen não o encontrou no andar de cima, ele... – Richard queria continuar, mas foi impedido por Elena.

— Chega! Eu não quero mais ouvir.

— Elena, deixe-nos fazer o nosso trabalho. Fique fora disso.

— Nunca! – ela esbravejou e saiu da sala.

Não queria mais discutir sobre aquilo. Sua cabeça estava estourando, havia muita informação contraditória e ela não sabia mais em quem acreditar.

A caminho do hotel, o táxi freou bruscamente evitando uma batida. Elena segurou-se no banco para não sentir o impacto. Ela pensou em perguntar a Paul o que havia acontecido, mas quando olhou para o veículo parado à sua frente, ela compreendeu o que estava se passando.

Ela desceu do carro a procura de alguma explicação, mas o moreno foi mais rápido que ela. Segurou-a pelo braço e, mesmo com todos os protestos, a levou para dentro de seu carro.

— O que pensa que está fazendo? – ela começou a esbravejar e tentar abrir a porta.

— Você não iria conseguir evitar o nosso encontro hoje, apenas resolvi adiantar. – ele sorriu de canto.

— Idiota! – ela disse cruzando os braços como uma criança.

— Vai me acompanhar na festa? – ele perguntou como se isso não fosse algo grave.

— Só pode estar brincando. – ela riu. – Eu não posso chegar junto com você nessa festa.

— Mas isso não quer dizer que não possa sair dela comigo. – ele sorriu de canto novamente enquanto passava a mão rapidamente sobre a coxa dela.

— Abusado! – ela bateu na mão dele. – Fique longe de mim!

— Prometo que vou tentar. – Damon disse rindo e voltando a sua atenção para frente.


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Notas finais do capítulo

Damon não desiste mesmo, né? haha



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