O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem! Boa leitura! :)
Elena tinha dito a Damon que não queria vê-lo antes da festa, mesmo assim desceu as escadas receosa de que não encontrasse mais o táxi de Paul em frente ao hotel. Felizmente era o taxista que a esperava, Damon havia respeitado a sua decisão.
Paul a levou até à festa. Elena estava com os cabelos enrolados na ponta, algo que fez sozinha com grampos de cabelo e um spray. Usava um vestido social curto e um sapato de salto fino. Bonita e elegante.
Mas não aos olhos de Damon.
Ele chegou usando um terno cinza chumbo, uma camisa clara e uma gravata escura. Seus cabelos estavam organizados, diferente de como usava diariamente, o que Elena percebeu de imediato. Damon a encarou de cima a baixo quando a encontrou pela festa, seus olhos se cruzaram discretos, mas ele ousou em sussurrar para ela o quanto esta “Linda e sexy”, causando-lhe um desconforto momentâneo pelo elogio.
Damon dispersou-se pelas pessoas de festa, mas Elena não pode deixar de notar como as pessoas lhe davam um olhar de desprezo, julgando-o como culpado a todo momento. Ele parou ao lado de sua mãe e afagou seus ombros, ela segurou em suas mãos e continuou a encarar o nada à sua frente.
Margareth estava concentrada em um ponto invisível para longe do prédio, algo no horizonte lhe prendia a atenção. Damon foi o único que se aproximou dela, algo que era incomum, já que o homenageado era o seu marido. Elena não pode deixar de observar o gesto amável do moreno, nem do modo como Margareth olhava para ele. Havia confiança naquele olhar.
— Você veio. – não era uma pergunta.
Carmen se aproximou repentinamente de Elena e a cumprimentou, apesar de estar ainda receosa pela última conversa que tiveram. A garota a encarou sem entender o modo que a mulher havia falado, mas a respondeu à altura.
— Não foi você quem nos enviou o convite?
— Eu queria a presença de todos vocês aqui. Por questão de segurança. – ela disse desviando o olhar para onde Damon estava.
Elena deu de ombros diante da provocação de Carmen. No fundo ela sabia que a garota estava do lado de Damon, por isso queria coloca-la contra ele. Mas, por que a insistência? Ela deu de ombros e ignorou Carmen, saindo de perto da mulher com a cabeça erguida.
Distanciando-se da multidão, Elena alcançou um ponto estratégico na cobertura, um lugar onde conseguiria observar o que acontecia no evento. Então, retirou do seu busto uma micro filmadora e a posicionou discretamente entre a mureta da cobertura e o vidro que dava o acabamento final, em um espaço onde as folhas de uma palmeira a escondiam ainda mais sem impedir que o campo de filmagem fosse prejudicado. Ela deixou a câmera ali e voltou para onde a festa acontecia.
Poucos minutos depois, Margareth subiu a um púlpito que foi montado exclusivamente para os discursos do evento e começou a falar do propósito daquela homenagem. Damon estava tranquilo e não tirava os olhos da mãe, exceto por um momento em que até mesmo Elena o perdeu de vista.
Damon estava atencioso ao discurso de sua mãe, foi quando percebeu que uma mosca havia acabado de cair em sua água. Então ele retirou o jarro do púlpito e dirigiu-se à cozinha para substituir a água. Foi quando ele viu um garçom depositando o conteúdo de um frasco dentro de uma taça de champanhe. Rapidamente ele pegou uma faca que estava sobre o balcão e ameaçou cortar o pescoço do garçom caso ele gritasse.
— Quem mandou você fazer isso? – Damon perguntou eufórico.
— Eu não sei, isso é um remédio. – ele choramingou.
— Eu sei que não é remédio! – Damon insistiu. – Quem mandou você colocar isso aí? – forçou ainda mais a faca sobre o pescoço do rapaz.
— Não me machuque, por favor. – ele implorou.
— Quem foi que te deu isso? – voltou a perguntar. – E para quem era a taça?
— Eu só coloquei achando que era remédio. Por favor, eu não sei. – ele suplicou.
Damon estava cansado de insistir sobre aquilo, não mataria aquele cara naquele momento e muito menos depois que outro garçom havia aparecido na cozinha e surpreendeu-os. Quando o outro garçom apareceu, de súbito partiu para cima de Damon, defendo o companheiro de trabalho, depois disso, o rapaz que antes estava sendo ameaçado conseguiu derrubar Damon no chão, ao passo que o moreno bateu com a cabeça em um dos balcões e desmaiou.
Margareth chamou por Damon em todos os cantos, estava começando a ficar preocupada com a ausência do rapaz. Ele não sairia do evento em homenagem a seu pai sem que tivesse um motivo muito grave, e ela sabia disso.
— Você viu Damon? – a mulher perguntou a Elena quando a encontrou pela festa.
— Faz um tempo que não o vejo. – ela afirmou. – Temos que acha-lo.
Elena saiu para o lado contrário de onde Margareth havia chegado. Ela pegou uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que havia passado por ela e lhe oferecido, então continuou a sua busca por Damon. Quando ela virou-se para voltar à sua caminhada, chocou-se sem querer com um rapaz que vinha na direção dela. A taça de champanhe saltou de suas mãos quebrando-se por completo no chão.
O rapaz desculpou-se diversas vezes e até chegou a ser irritante, Elena estava com pressa. Ela deixou-o falando sozinho e tentou encontrar um garçom que pudesse limpar a bagunça, mas o rapaz foi igualmente atencioso e se responsabilizou por isso.
Elena andou pelo evento a procura de Damon, mas não o encontrou em parte alguma. Ela imaginou que ele pudesse ter saído da cobertura, mas ele ao menos teria avisado a sua mãe. Intuição de mãe não engana. Elena sabia que a preocupação de Margareth tinha algum fundamento. Damon estava naquele lugar e alguma coisa lhe dizia que estava em perigo.
Damon acordou confuso, estava frio naquele lugar e ele não conseguia reconhecer de imediato onde estava. Sua cabeça latejava e ele sentiu-se tonto quando tentou levantar. Quando sua visão tomou novamente um bom foco ele pode perceber que estava em uma sala pequena ao lado de alguns alimentos frios. A sala na verdade era uma dispensa, havia muitos alimentos por ali, todos os que seriam usados para o coquetel do evento. O frio era explicado pelo freezer ao lado que refrigerava os alimentos frios.
Damon apoiou-se na porta e tentou força-la para abrir, mas não havia conseguido nada, a porta só tinha fechadura do lado de fora. O frio estava piorando e ele começou a desesperar-se com aquilo.
Elena não parou um minuto sequer de procurar por Damon, algo que não passou despercebido por Richard e Diana, que estavam provando alguns salgados que acabaram que ser servidos.
— O que você tanto anda de um lado a outro? Aconteceu alguma coisa? – Diana aproximou-se de Elena.
— Faz mais de quarenta minutos que Damon desapareceu. – ela contou.
— Ele não saiu da cobertura?
— Não! Ele estava ouvindo o discurso da mãe, pegou a água e nunca mais voltou.
— Vamos intensificar as buscas. – Diana avisou e chamou Richard.
Os três buscaram pelo moreno por toda parte, inclusive na cozinha, nos banheiros e até mesmo perguntaram ao porteiro se não o haviam visto. Nada. Até que Diana foi até a cozinha para fazer uma nova busca e encontrou Damon lutando com um dos garçons. Ele empurrou o rapaz contra a parede e lhe ameaçou, deixando Diana assistir a todos os movimentos violentos dele. Elena chegou de supetão no local e tentou apartá-los, mas Damon avançou novamente sobre o garçom dizendo coisas como “eu vou descobrir quem fez isso”.
— O que está havendo aqui? – Diana perguntou depois que Damon já estava mais calmo.
— Eu o peguei colocando um pó químico que usamos para produção de agrotóxicos em uma taça de champanhe.
— Esse homem está louco!
— Eu vou descobrir quem mandou você fazer isso! – Damon afirmou convicto e tentou partir para cima do rapaz, mas foi segurado por Elena e Diana.
— Vamos embora daqui. – a morena puxou-o para fora da cozinha.
Richard que até então não estava presente, apareceu em cena com um olhar reprovador ao ver Elena com as mãos agarradas ao braço de Damon. Ele a encarou furioso e depois correu seus olhos para a bagunça que havia na cozinha.
— Você não faz mais parte desta investigação. – ele avisou com o dedo indicador esticado em direção à cara de Elena.
— Você não é meu chefe! – ela gritou em resposta.
— Estas são ordens do seu chefe que ligou agora mesmo no meu celular à sua procura, porque você estava ocupada demais atrás do seu namoradinho Damon para falar com seu chefe. – ele contou fazendo-a surpreender-se com a notícia.
Elena deixou o lugar sem dizer uma só palavra, Damon a seguiu e, no caminho, ela ainda pediu a Diana para avisar a Margareth que o seu filho estava bem. A porta o elevador abriu e ambos desceram até o hall da empresa, saíram do lugar até que Damon chegou ao seu carro, encostando-se a ele para encarar Elena.
— Me desculpe por isso. – ele começou.
— Você não tem que pedir desculpas, Richard é um babaca, não sei como Diana consegue aturá-lo. – ela deu de ombros pegando seu celular.
— Quantas? – ele perguntou.
— Oito chamadas não atendidas. – contou dando um longo suspiro.
— Você não está bem. – constatou.
— Estou apenas desempregada. – ela tentou achar graça da situação, mas sabia que não conseguiria manter aquela fachada por muito tempo.
— Você deveria afastar-se de mim. – ele disse abaixando a cabeça.
Elena queria dizer que ela não queria aquilo, mas isso faria com que revelasse a ele mais do que apenas sensações de atração ou desejo, seria sentimento e ela não podia sentir nada por Damon.
— Eu queria poder fazer alguma coisa por você. – ele disse sincero.
— Então me abrace. – ela disse com os olhos embaçados já pelas lágrimas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Own, momento fofo entre Damon e Elena.
O que acharam?
Beijos e até a próxima!