O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 16
Capítulo 16 - Todos atrás de Damon


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura! :)



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Elena tinha dito a Damon que não queria vê-lo antes da festa, mesmo assim desceu as escadas receosa de que não encontrasse mais o táxi de Paul em frente ao hotel. Felizmente era o taxista que a esperava, Damon havia respeitado a sua decisão.

Paul a levou até à festa. Elena estava com os cabelos enrolados na ponta, algo que fez sozinha com grampos de cabelo e um spray. Usava um vestido social curto e um sapato de salto fino. Bonita e elegante.

Mas não aos olhos de Damon.

Ele chegou usando um terno cinza chumbo, uma camisa clara e uma gravata escura. Seus cabelos estavam organizados, diferente de como usava diariamente, o que Elena percebeu de imediato. Damon a encarou de cima a baixo quando a encontrou pela festa, seus olhos se cruzaram discretos, mas ele ousou em sussurrar para ela o quanto esta “Linda e sexy”, causando-lhe um desconforto momentâneo pelo elogio.

Damon dispersou-se pelas pessoas de festa, mas Elena não pode deixar de notar como as pessoas lhe davam um olhar de desprezo, julgando-o como culpado a todo momento. Ele parou ao lado de sua mãe e afagou seus ombros, ela segurou em suas mãos e continuou a encarar o nada à sua frente.

Margareth estava concentrada em um ponto invisível para longe do prédio, algo no horizonte lhe prendia a atenção. Damon foi o único que se aproximou dela, algo que era incomum, já que o homenageado era o seu marido. Elena não pode deixar de observar o gesto amável do moreno, nem do modo como Margareth olhava para ele. Havia confiança naquele olhar.

— Você veio. – não era uma pergunta.

Carmen se aproximou repentinamente de Elena e a cumprimentou, apesar de estar ainda receosa pela última conversa que tiveram. A garota a encarou sem entender o modo que a mulher havia falado, mas a respondeu à altura.

— Não foi você quem nos enviou o convite?

— Eu queria a presença de todos vocês aqui. Por questão de segurança. – ela disse desviando o olhar para onde Damon estava.

Elena deu de ombros diante da provocação de Carmen. No fundo ela sabia que a garota estava do lado de Damon, por isso queria coloca-la contra ele. Mas, por que a insistência? Ela deu de ombros e ignorou Carmen, saindo de perto da mulher com a cabeça erguida.

Distanciando-se da multidão, Elena alcançou um ponto estratégico na cobertura, um lugar onde conseguiria observar o que acontecia no evento. Então, retirou do seu busto uma micro filmadora e a posicionou discretamente entre a mureta da cobertura e o vidro que dava o acabamento final, em um espaço onde as folhas de uma palmeira a escondiam ainda mais sem impedir que o campo de filmagem fosse prejudicado. Ela deixou a câmera ali e voltou para onde a festa acontecia.

Poucos minutos depois, Margareth subiu a um púlpito que foi montado exclusivamente para os discursos do evento e começou a falar do propósito daquela homenagem. Damon estava tranquilo e não tirava os olhos da mãe, exceto por um momento em que até mesmo Elena o perdeu de vista.

Damon estava atencioso ao discurso de sua mãe, foi quando percebeu que uma mosca havia acabado de cair em sua água. Então ele retirou o jarro do púlpito e dirigiu-se à cozinha para substituir a água. Foi quando ele viu um garçom depositando o conteúdo de um frasco dentro de uma taça de champanhe. Rapidamente ele pegou uma faca que estava sobre o balcão e ameaçou cortar o pescoço do garçom caso ele gritasse.

— Quem mandou você fazer isso? – Damon perguntou eufórico.

— Eu não sei, isso é um remédio. – ele choramingou.

— Eu sei que não é remédio! – Damon insistiu. – Quem mandou você colocar isso aí? – forçou ainda mais a faca sobre o pescoço do rapaz.

— Não me machuque, por favor. – ele implorou.

— Quem foi que te deu isso? – voltou a perguntar. – E para quem era a taça?

— Eu só coloquei achando que era remédio. Por favor, eu não sei. – ele suplicou.

Damon estava cansado de insistir sobre aquilo, não mataria aquele cara naquele momento e muito menos depois que outro garçom havia aparecido na cozinha e surpreendeu-os. Quando o outro garçom apareceu, de súbito partiu para cima de Damon, defendo o companheiro de trabalho, depois disso, o rapaz que antes estava sendo ameaçado conseguiu derrubar Damon no chão, ao passo que o moreno bateu com a cabeça em um dos balcões e desmaiou.

Margareth chamou por Damon em todos os cantos, estava começando a ficar preocupada com a ausência do rapaz. Ele não sairia do evento em homenagem a seu pai sem que tivesse um motivo muito grave, e ela sabia disso.

— Você viu Damon? – a mulher perguntou a Elena quando a encontrou pela festa.

— Faz um tempo que não o vejo. – ela afirmou. – Temos que acha-lo.

Elena saiu para o lado contrário de onde Margareth havia chegado. Ela pegou uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que havia passado por ela e lhe oferecido, então continuou a sua busca por Damon. Quando ela virou-se para voltar à sua caminhada, chocou-se sem querer com um rapaz que vinha na direção dela. A taça de champanhe saltou de suas mãos quebrando-se por completo no chão.

O rapaz desculpou-se diversas vezes e até chegou a ser irritante, Elena estava com pressa. Ela deixou-o falando sozinho e tentou encontrar um garçom que pudesse limpar a bagunça, mas o rapaz foi igualmente atencioso e se responsabilizou por isso.

Elena andou pelo evento a procura de Damon, mas não o encontrou em parte alguma. Ela imaginou que ele pudesse ter saído da cobertura, mas ele ao menos teria avisado a sua mãe. Intuição de mãe não engana. Elena sabia que a preocupação de Margareth tinha algum fundamento. Damon estava naquele lugar e alguma coisa lhe dizia que estava em perigo.

Damon acordou confuso, estava frio naquele lugar e ele não conseguia reconhecer de imediato onde estava. Sua cabeça latejava e ele sentiu-se tonto quando tentou levantar. Quando sua visão tomou novamente um bom foco ele pode perceber que estava em uma sala pequena ao lado de alguns alimentos frios. A sala na verdade era uma dispensa, havia muitos alimentos por ali, todos os que seriam usados para o coquetel do evento. O frio era explicado pelo freezer ao lado que refrigerava os alimentos frios.

Damon apoiou-se na porta e tentou força-la para abrir, mas não havia conseguido nada, a porta só tinha fechadura do lado de fora. O frio estava piorando e ele começou a desesperar-se com aquilo.

Elena não parou um minuto sequer de procurar por Damon, algo que não passou despercebido por Richard e Diana, que estavam provando alguns salgados que acabaram que ser servidos.

— O que você tanto anda de um lado a outro? Aconteceu alguma coisa? – Diana aproximou-se de Elena.

— Faz mais de quarenta minutos que Damon desapareceu. – ela contou.

— Ele não saiu da cobertura?

— Não! Ele estava ouvindo o discurso da mãe, pegou a água e nunca mais voltou.

— Vamos intensificar as buscas. – Diana avisou e chamou Richard.

Os três buscaram pelo moreno por toda parte, inclusive na cozinha, nos banheiros e até mesmo perguntaram ao porteiro se não o haviam visto. Nada. Até que Diana foi até a cozinha para fazer uma nova busca e encontrou Damon lutando com um dos garçons. Ele empurrou o rapaz contra a parede e lhe ameaçou, deixando Diana assistir a todos os movimentos violentos dele. Elena chegou de supetão no local e tentou apartá-los, mas Damon avançou novamente sobre o garçom dizendo coisas como “eu vou descobrir quem fez isso”.

— O que está havendo aqui? – Diana perguntou depois que Damon já estava mais calmo.

— Eu o peguei colocando um pó químico que usamos para produção de agrotóxicos em uma taça de champanhe.

— Esse homem está louco!

— Eu vou descobrir quem mandou você fazer isso! – Damon afirmou convicto e tentou partir para cima do rapaz, mas foi segurado por Elena e Diana.

— Vamos embora daqui. – a morena puxou-o para fora da cozinha.

Richard que até então não estava presente, apareceu em cena com um olhar reprovador ao ver Elena com as mãos agarradas ao braço de Damon. Ele a encarou furioso e depois correu seus olhos para a bagunça que havia na cozinha.

— Você não faz mais parte desta investigação. – ele avisou com o dedo indicador esticado em direção à cara de Elena.

— Você não é meu chefe! – ela gritou em resposta.

— Estas são ordens do seu chefe que ligou agora mesmo no meu celular à sua procura, porque você estava ocupada demais atrás do seu namoradinho Damon para falar com seu chefe. – ele contou fazendo-a surpreender-se com a notícia.

Elena deixou o lugar sem dizer uma só palavra, Damon a seguiu e, no caminho, ela ainda pediu a Diana para avisar a Margareth que o seu filho estava bem. A porta o elevador abriu e ambos desceram até o hall da empresa, saíram do lugar até que Damon chegou ao seu carro, encostando-se a ele para encarar Elena.

— Me desculpe por isso. – ele começou.

— Você não tem que pedir desculpas, Richard é um babaca, não sei como Diana consegue aturá-lo. – ela deu de ombros pegando seu celular.

— Quantas? – ele perguntou.

— Oito chamadas não atendidas. – contou dando um longo suspiro.

— Você não está bem. – constatou.

— Estou apenas desempregada. – ela tentou achar graça da situação, mas sabia que não conseguiria manter aquela fachada por muito tempo.

— Você deveria afastar-se de mim. – ele disse abaixando a cabeça.

Elena queria dizer que ela não queria aquilo, mas isso faria com que revelasse a ele mais do que apenas sensações de atração ou desejo, seria sentimento e ela não podia sentir nada por Damon.

— Eu queria poder fazer alguma coisa por você. – ele disse sincero.

— Então me abrace. – ela disse com os olhos embaçados já pelas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Own, momento fofo entre Damon e Elena.

O que acharam?

Beijos e até a próxima!



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