O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 10
Capítulo 10 - "PapisParty" - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, estou postando mais um capítulo quentinho pra vocês. Espero que gostem! É a continuação da viagem!

Boa leitura. :D



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_ Você está horrível com essa peruca ruiva. – Damon disse quando Elena terminou de arrumar seu novo cabelo vermelho em cima da cabeça.

_ Não perguntei. – ela fingiu-se de emburrada enquanto passava a mão pelo seu vestido. – Como estou?

Damon a olhou de cima a baixo sem ser nem um pouco discreto o que deixou Elena muito sem graça. Ele pensou em disfarçar a sua opinião, mas quando percebeu que ela havia se arrependido de fazer aquela pergunta, ele aproveitou.

_ Muito gostosa. – disse simplesmente fazendo-a dar uma gargalhada.

_ Você não presta. – apontou saindo do quarto de hotel sendo seguida por ele.

A música podia ser ouvida à distância de dois quarteirões, não dava para compreender como uma boate como aquela ainda tinha vizinhos. Damon colocou seu bigode falso e seu chapéu e, juntamente com Elena, desceram do carro em direção à entrada do lugar enquanto ela checava o endereço através de seu GPS, constatando estarem no lugar certo.

Já na entrada foi estranho ninguém ter os revistado, o que os deixou um pouco receosos quanto ao que poderiam encontrar no lugar. Damon segurou a mão de Elena momentaneamente quando um homem alto e musculoso tentou puxá-la para mais perto de si assim que entraram.

O lugar tinha um espaço não muito grande, mas que contava com um andar subsolo que podia ser visto já da entrada. A primeira parte era rodeada de grades de proteção como se fosse uma sacada, enquanto que a festa mesmo parecia acontecer lá embaixo.

_ Isto não mudou em nada. – ele começou recordando-se da última vez que estivera ali.

_ Este lugar é estranho. – Elena comentou dando uma olhada ao redor. – O que faremos agora?

_ Vamos tentar descobrir quem é o dono desse lugar. – ele disse aproximando-se de uma garçonete.

A garota era alta, loira e usava uma saia curtíssima que lhe dava um aspecto bem vulgar. Ela esfregou-se em Damon quando ele a chamou, mas quando perguntou a ela sobre a boate a garota fez menção se sair. O moreno a segurou pelo pulso de forma discreta e lhe passou uma nota de cem dólares e ela quase imediatamente mudou sua posição. Abaixou-se ao pé do ouvido de Damon e lhe cochichou algo que o fez olhar para Elena, depois deixou a garota ir.

_ O que ela disse? – ela quis saber quando ele se aproximou.

_ Dono da boate é Paul, mais conhecido como o tal do Papis. – contou.

_ E onde ele está agora? – perguntou.

_ Ela não quis me dizer onde, mas pediu para que eu a seguisse quando ela viesse me oferecer uma dose de tequila. – ele disse sorrindo de canto.

_ Leve a sério! – ela brigou.

_ Estou levando! Ela irá me mostrar onde ele está, por isso pediu que eu a seguisse.

_ E onde eu fico nessa história? – ela perguntou.

_ Com a diversão! – ele disse pegando dois copos de vodka com energético de uma garçonete que acabara de passar.

Poucos minutos depois a garota com quem Damon estava conversando passou por ele com uma dose de tequila e lhe ofereceu, conforme haviam combinado. Ele deu um beijo na bochecha de Elena apenas para provoca-la e seguiu atrás da garçonete.

A morena ficou irritada com a provocação dele, mas continuou olhando-o até que ele desaparecesse atrás de uma porta de vidro embaçada.

Elena estava incomodada com a demora de Damon, já fazia mais de meia hora que ele estava lá dentro e nada de aparecer. Ela caminhou até a porta de vidro e se aproximou dela na tentativa de enxergar alguma coisa. Apesar da porta muito embaçada, ela pode ver a sombra um homem grande e gordo parado enquanto outro muito mais magro estava com as mãos erguidas em direção a ele.

A morena confiou plenamente de que aquele era Damon tentando matar o dono da boate, seu coração acelerou quando pensou na idiotice que ele estava fazendo ao defrontar sozinho aquele cara.

Sem esperar, a porta foi aberta e Elena caiu para dentro daquela sala chamando a atenção de todos. A garota que havia aberto a porta era a garçonete que ajudou Damon, mas que agora havia estragado todos os planos ao revelar que Elena fazia parte do jogo do moreno também.

Quando ela caiu para dentro da sala, Damon se desconcentrou e o homem grande e gordo deu um chute em sua arma fazendo-a cair do lado de Elena. Imediatamente a garota pegou a arma e a apontou para o cara que havia chutado seu companheiro e ele colocou as mãos para o alto. Em seguida, outro homem apareceu de uma sala anexa a esta e agarrou Elena pelo braço que, em reação, deu um tiro para o teto.

Ela tentou desvencilhar-se dos braços dele, mas ele era mais forte e a prendeu. Damon seguiu encarando o homem que antes estava sob a mira da sua arma, ele empurrou o moreno e conseguiu pegar a arma que estava no chão apontando-a agora para Damon.

_ Não! – Elena gritou em alto e bom som temendo pelo pior, ao passo que o homem apontou então a arma para ela.

_ Não! Eu estou sendo indiciado por um crime que não cometi, nós estamos aqui em busca de provas concretas que possam ajudar a provar a minha inocência. – Damon disse tentando livrá-lo daquela situação.

_ E o que eu tenho a ver com isso? – ele gargalhou juntamente com o homem que ainda segurava Elena. – Coloque esse cara para fora e traga a garota. – disse ele sem abaixar a arma.

_ Não! Deixe ela ir! – Damon quase implorou.

Ninguém deu ouvidos ao pedido do moreno. Dois caras apareceram pela porta de vidro e arrastaram Damon para fora da boate pelos fundos. Elena esperneou e gritou até sentir sua garganta dolorida, mas nada adiantou.

Os dois homens empurraram o rapaz de encontro com um muro, lhe deram chutes, pontapés e tantos socos que Damon passou a noite na rua, desacordado. Elena foi trancada em um quarto que cheirava a sexo, provavelmente usado por aquelas garçonetes. Ficou enjoada só de pensar na possibilidade de que alguém mais entrasse naquele quarto com ela.

Estava com medo, assustada e muito preocupada com Damon.

Alguns minutos depois um rapaz alto e loiro, muito diferente daqueles homens grandes e musculosos que a prenderam ali, entrou no quarto deixando-a surpresa. Ele não esboçou sorriso algum, apenas pediu que ela estendesse suas mãos para trás e as amarrou. Sem dizer uma só palavra ele a puxou para fora daquele quarto e a levou para fora da boate.

Elena percebeu que o dia quase amanhecia, mas não podia dizer ao certo que horas eram. Ela entrou em um carro que estava no estacionamento ao lado da boate e o homem que antes a amarrou, jogou-a no porta-malas e colocou um capuz em sua cabeça.

Damon acordou desnorteado, sentiu seu corpo inteiro dolorido. Levantou-se com dificuldade, esfregou suas mãos no rosto e percebeu um corte em sua testa. Não havia amanhecido ainda, a cidade estava silenciosa e a boate também. Cambaleou até a calçada da frente da boate e encontrou seu carro ainda estacionado. Buscou suas chaves nos bolsos e não as encontrou de imediato. Balbuciou um “droga” e voltou para procura-las próximo ao local onde havia acordado. Depois de encontra-las, foi até o seu carro e debruçou-se sobre o volante sem saber o que fazer.

Damon havia deixado Elena sozinha com aqueles caras na boate e só de pensar no que eles poderiam ter feito com ela, seu sangue ferveu. Deu partida no carro, rodou pela cidade a procura de qualquer indício da garota, mas não encontrou nada.

Elena estava sendo levada para algum lugar, sentia-se sufocada com aquele saco tampando o seu rosto. Seus batimentos cardíacos estavam cada vez mais rápidos, suas mãos suavam frio e ela sentiu um aperto na garganta, estava prestes a chorar de medo. Tentou de todas as formas desvencilhar-se daquelas cordas e sentiu que isso não era tão impossível caso usasse seu anel para esfregar nelas.

A insistência da morena em tentar cortar a corda começou a ter sucesso quando percebeu que elas estavam mais frouxas, mas, em contra partida, seu pulso estava doendo terrivelmente por causa da mão dobrada para arrebentar a corda. Elena choramingou baixinho pela dor, estava ansiosa pela liberdade e insistiu ainda mais causando ainda mais dor.

O veículo parou depois de longos minutos e não havia nenhum barulho por perto. “Agora ele vai me matar.”, pensou Elena insistindo ainda mais para cortar a corda. E ela poderia não estar equivocada.


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Notas finais do capítulo

E agora? hahahaha Fim de semana tem mais!