O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 11
Capítulo 11 - A fuga


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas. Estou muito contente que essa fic esteja rendendo elogios, é muito bom saber que vocês estão gostando!

Este capítulo é mais um "caminho" de ligação para o próximo, então vou postar o capítulo 12 hoje também! (uhul!)

Boa leitura!



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Damon andou por horas atrás de Elena, não fazia ideia de onde ela poderia estar. Sabia que aquilo tudo era sua culpa, se ele não tivesse contado a ela sobre as empresas clandestinas, nunca estariam nesta situação.

Retornou ao hotel e encontrou uma chamada no celular de Elena, era Richard. Damon abandonou o celular novamente em cima da cama, frustrado por não saber o que fazer. Richard estava querendo falar com Elena e assim que descobrisse que ela havia desaparecido, viriam atrás dela.

Muito longe dali, Elena sentiu seu corpo dormente de pavor ao constatar que outros veículos acabavam de estacionar ao lado do que estava. Ela ainda não havia conseguido desvencilhar-se das amarras, mas sabia que se continuasse insistindo, mesmo com dor, poderia conseguir.

Havia uma conversa ao longe, provavelmente a alguns metros do veículo, eram vozes de homens e estavam rindo. Finalmente ela conseguiu soltar-se das cordas, retirou rapidamente o capuz de sua cabeça sentindo-se aliviada por poder respirar melhor. O porta-malas não estava tão escuro, poucas luzes entravam por algumas frestas e Elena pode perceber que o dia já havia amanhecido.

Buscou por todos os lugares alguma fechadura que pudesse ser aberta, chutou muito forte o banco de trás para ver se ele poderia ser removido ao menos um pouco para que pudesse passar, mas nada. Encontrou na fechadura do porta-malas uma brecha, poderia ser aberto por dentro. Tentou arrebentá-la com suas próprias mãos, nada. Colocou as mãos na cabeça e encontrou ainda a peruca ruiva, arrancou-a e achou em meio ao seu cabelo um grampo que sustentava a peruca. Entortou-o o suficiente para mover os pinos e alinhá-los como se fosse a própria chave, sem sucesso.

Damon pensou diversas vezes em ligar para Richard e dizer que precisavam de ajuda, ele poderia sair da cidade e deixar que a polícia encontrasse Elena, mas ele não poderia deixa-la sozinha, seria covardia. Andou de um lado a outro no quarto de hotel, estava frustrado.

Quando as conversas cessaram do lado de fora, Elena pensou que o rapaz loiro estava voltando para busca-la, mas mesmo depois de esperar alguns minutos em posição de defesa caso ele abrisse o porta-malas, nada apareceu, nenhum vestígio de que havia alguém do lado de fora. Ela havia encontrado uma ferramenta embaixo do carpete que servia para trocar o pneu, prendeu-a fortemente em suas mãos e com toda a força que conseguiu, bateu sobre a fechadura do porta-malas fazendo-a mover-se. Satisfeita com o resultado, voltou a bater na fechadura com uma força que ela nem imaginava que tinha e, para a sua felicidade, ela rompeu-se e o porta-malas abriu.

Elena levantou a tampa vagarosamente e percebeu que suas impressões estavam corretas, não havia ninguém por perto. Abriu a tampa o suficiente para que pudesse passar. Pulou para fora do carro e escondeu-se atrás dele.

O lugar onde estava ela nunca havia visto. Era uma estrada rural, ao lado daquele veículo estavam mais três, todos de boa aparência. Elena esgueirou-se por entre os carros e depois se escondeu atrás de algumas árvores e plantas baixas. Correu pelo meio de uma mata fechada até que chegou próximo a um galpão onde havia algumas pessoas. Ninguém podia vê-la dali, mas ela conseguia ver a movimentação que acontecia naquele lugar.

Damon continuava andando em círculos dentro do quarto de hotel sem saber o que fazer. Sua atenção foi desviada quando o celular de Elena tocou em cima da cama, era Richard novamente. O moreno pensou em atender, mas relutou, se contasse a Richard que Elena havia desaparecido ele saberia que Damon estava com ela. Não podia arriscar a sua liberdade, estando na prisão ele não poderia fazer nada.

O galpão estava cheio de latões com indicações de perigo, o lugar mais parecia uma fábrica, mas havia poucas pessoas trabalhando. Elena estranhou aquela situação, principalmente porque viu um caminhão descarregar vários fardos de produtos com embalagens da ClearQuimic. Talvez Damon não estivesse tão errado sobre a origem daquelas empresas, tinha mesmo alguma coisa muito errada.

_ Ela fugiu! – Elena ouviu um homem gritar ao longe, seu coração acelerou.

A morena correu por entre a mata fechada, não sabia ao certo onde estava indo, mas seguiu em frente até encontrar o barulho de um rio. Chegando à margem ela percebeu que o espaço até a outra margem era grande, se quisesse atravessar ela teria que ir nadando. Ouviu novamente um homem gritar e sem esperar mais desceu até o rio.

A água estava gelada, mas o rio não era tão fundo, conseguiu atravessar até a outra margem tendo apenas que lutar contra uma leve correnteza que a puxava. Apoiou-se em alguns galhos e conseguiu subir para o outro lado.

Elena correu muito para longe dali, suas roupas molhadas dificultavam o seu trajeto, mas finalmente ela avistou uma casa a poucos metros, no alto de uma colina. Quando conseguiu chegar até a porta de entrada, ela bateu diversas vezes e ninguém atendeu. Pensou que a sua única chance de ajuda não estava em casa, mas antes mesmo de pensar em outra alternativa, sentiu a presença de alguém atrás de si.

_ Mãos ao alto senão eu atiro!

Com um vestido curto, de peruca e encharcada, Elena colocou as suas mãos para o alto e virou-se vagarosamente para encarar a pessoa atrás de si. Era um homem velho, de barba e cabelos brancos, segurando uma espingarda antiga, que provavelmente era usada para caçar animais na mata.

_ Não atire, eu preciso da sua ajuda! – ela pediu abaixando devagar as mãos.

_ Eu não posso ajuda-la! – ele disse sem abaixar a arma.

_ Eu fui sequestrada, eu só preciso de um telefonema. – ela quase implorou. – Por favor.

O homem encarou-a com o canto dos olhos, como se estivesse tentando convencer-se de que ela estava falando a verdade. Vagarosamente ele abaixou a espingarda e permitiu que ela também relaxasse. Elena sentiu-se aliviada por saber que ele havia aceitado ajuda-la.

_ Espere aqui fora. – ele disse entrando na casa.

Elena fez o que ele havia pedido e ainda gritou pedindo para que também lhe emprestasse uma lista telefônica que não fosse só local. O homem a encarou irritado pela exigência, mas em menos de um minuto havia trazido a ela a lista telefônica e lhe permitido entrar.

A casa era simples, mas muito aconchegante. Elena foi gentilmente envolta por uma manta cedida pelo dono da casa enquanto buscava o telefone do hotel onde estavam hospedados.

_ Alô? Por favor, eu preciso falar com Damon Salvatore, ele está hospedado neste hotel. – ela pediu de forma apressada.

_ Não há nenhum Damon Salvatore. – a recepcionista afirmou.

“Droga. Claro que ele deixou um nome falso.”, ela concluiu bufando.

_ Olha, ontem à tarde um casal esteve aí, um cara de chapéu e bigode pediu um quarto com duas camas de solteiro. Eu preciso falar com ele urgente! – ela quase gritou.

_ Não podemos fornecer informações sobre os nossos hospedes. – a recepcionista avisou.

_ Eu sou a mulher que estava com ele! – exaltou-se. – É um caso de vida ou morte, se você não passar imediatamente esse telefone para a merda do quarto em que nós estamos hospedados eu vou chamar a polícia para ensinar como se resolvem casos de vida ou morte de seus hóspedes!

O homem que até então estava parado ao lado de Elena arregalou os olhos quando ela exaltou-se. Percebendo que o havia assustado, Elena pediu desculpas enquanto esperava o telefone ser atendido por Damon. O moreno estava demorando a atender e ela pensou sobre a infeliz possibilidade dele ter saído do quarto atrás dela.

Depois de insistir freneticamente no telefone, Damon finalmente atendeu.

_ Damon? É você? É Elena! – ela disse atropelando as palavras.

_ Elena, você está bem? Onde você está? – ele perguntou sentindo-se aliviado de ouvir a voz da garota.

_ Onde estamos? – ela perguntou para o homem do seu lado. – Em Martinsville, a uns 5 km do centro da cidade. Vou chamar um táxi e estarei indo de volta para casa.

_ Não! Fique onde está, eu vou buscar você.

_ É perigoso, eles estão por perto, eu preciso sair daqui agora! – ela contou.

_ Vá até o centro da cidade, procure um telefone público e me ligue nesse número... – Damon foi listando a sequencia de números enquanto Elena os anotava em sua mão. – Agora vá! – ele disse desligando o telefone.

Elena encarou o dono da casa e agradeceu pelo telefone, mas quando ela estava prestes a sair, o homem fechou a porta da casa e mostrou em sua mão as chaves de um veículo.

_ Eu te levo. – ele disse dando um leve sorriso confiante para ela.


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Notas finais do capítulo

E agora? Elena confia ou não confia no velho com sorriso confiante? haha



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