O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 9
Capítulo 9 - "PapisParty"


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei!

Boa leitura :D



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Ainda dentro do táxi, voltando para seu quarto de hotel, Elena ligou para Richard torcendo para que ele fosse compreensivo.

_ Alguma novidade? – ela perguntou quando ele atendeu.

_ Recebemos o resultado de uma perícia da mansão e também do veneno encontrado na taça de Robert. – contou.

_ E isso quer dizer que...?

_ A o veneno foi colocado na taça de Robert dentro da cozinha da mansão, alguns resquícios do produto utilizado foram encontrados no balcão da cozinha, quem o colocou na taça provavelmente derramou um pouco, sujou o balcão e os dedos, e depois pegou as duas taças para colocar na bandeja e servir Robert. – Richard explicou a Elena.

_ E as gravações não mostram quem entregou as taças para Robert? – perguntou.

_ Foi um garçom, a bandeja tinha duas taças diferentes, Robert pegou uma e Carmen pegou a outra. – contou. – O que precisamos descobrir agora é se a pessoa que colocou o veneno nas taças tinha a intenção de matar Robert ou Carmen.

_ Ou quem pegou as taças sabia que deveria pegar uma delas em específico. – Elena observou.

_ Está dizendo que Carmen ou Robert sabiam do veneno nas taças? – Richard questionou.

_ Estou dizendo que um dos dois era para ser morto. – afirmou. – Observe as gravações, veja quem entra e sai da cozinha, se há alguém suspeito, inquieto ou aparentemente nervoso, principalmente o garçom que entregou as taças para os dois. – ela pediu.

_ Você não pode verificar as gravações? – ele questionou deixando-a desconcertada.

Elena não podia contar a eles que foi roubada, isto atrapalharia a investigação e colocariam sobre ela ainda mais segurança, o que dificultaria a sua proximidade com a investigação sobre as empresas clandestinas. Ela precisava descobrir o motivo pelo qual aquelas empresas não existiam e continuaram recebendo produtos da ClearQuimic, ainda mais agora que sabia que quem quer que estivesse por trás daquilo não queria que ela investigasse mais, este assunto poderia estar relacionado com o crime na mansão.

_ Vou verificar outras informações hoje pela tarde, aliás, não sei se vou conseguir retornar a ligação para você até a noite, sobre a prisão de Damon, poderíamos adiar o nosso acordo até amanhã? Eu entrarei em contato para te dar uma resposta. – ela pediu temendo que ele fosse recusar.

_ Até amanhã de manhã. – ele confirmou deixando-a aliviada.

Elena chegou ao hotel, estava receosa de que pudesse ter outra surpresa com seu quarto, mas felizmente tudo estava como ela havia deixado. Ela pegou uma bolsa de viagem que usou para trazer algumas de suas coisas, colocou algumas peças de roupa e alguns objetos pessoais caso precisasse ficar por mais de um dia, jogou seus documentos também dentro, o telefone que ganhou de Diana para casos emergenciais, seu telefone pessoal e um cartão de crédito caso precisasse.

Trancou seu quarto e deixou as chaves na recepção enquanto ligava para Jorge, esperou por pouco tempo próximo à calçada até que o táxi chegou. Elena avisou ao motorista para que fossem até o endereço que ela lhe mostrou, Paul imediatamente pegou seu celular e começou a mexer enquanto dirigia, mas não andaram mais do que duas quadras e o táxi parou.

_ Paul, o que houve? Por que parou?

_ Srta. Elena, fique tranquila, meu táxi está com problemas, mas este outro motorista pode leva-la para o endereço que me enviou, eu já contatei ele, é de confiança.

Elena pensou que aquilo poderia ser um sinal para não ir até aquele lugar. Retirou suas coisas do táxi e foi até o outro veículo que acabara de estacionar próximo dali. Ela dirigiu-se para o veículo e Jorge abriu a porta de trás para ela como um cavalheiro. Elena estava agarrada ao seu celular, não confiava em qualquer motorista, mas em caso de emergência ligaria para a delegacia.

Ela encarou Paul em sinal de agradecimento, ainda que estivesse um pouco incomodada com aquela situação. Assim que Paul fechou a porta, o veículo arrancou furiosamente dali, fazendo os pneus cantares e Elena dar um salto em seu banco ao ver quem estava dirigindo.

_ Você? – ela quase gritou de espanto ao ver Damon de bigode falso e chapéu.

_ PapisParty não é uma boate para uma dama entrar sozinha. – ele disse e piscou para ela ouvindo em seguida os protestos para que ele parasse aquele carro.

Durante a viagem Elena permaneceu calada, apenas olhando seu celular e cogitando a ideia de ligar para Diana e pedir ajuda. Estava indo a outra cidade com o principal suspeito de ser um assassino. Tinha como piorar?

Tinha.

Damon parou o carro no meio da estrada e Elena pensou que ele poderia matá-la naquele momento. Ele abriu a porta do carro e desceu. Espreguiçou-se à vontade enquanto Elena apenas o observava de dentro do veículo. Ele caminhou até a lateral do carro e abriu a porta dela, mas ela recusou-se a descer.

_ Ah, vamos, Elena. Se você quisesse ter pedido ajuda você já teria feito. – ele disse debruçando-se sobre a porta. – Passe para o banco da frente.

_ Estou bem aqui. – afirmou sem encará-lo. - Eu vou ligar para Diana. – ela fez menção de pegar celular.

_ Você sabe que você perderá o seu emprego, poderá até ser presa e eu também. – ele disse.

_ Isso é sequestro! – ela esbravejou.

_ Ok, chega disso. Estou tentando livrar a minha pele desse maldito crime, conseguimos as informações que você precisava, estou aqui, arriscando a minha liberdade saindo da cidade para não deixar você se meter sozinha numa cidade desconhecida, e você ainda acha que isso é sequestro? – ele revirou os olhos em sinal de insatisfação.

Damon afastou-se dela e deu a volta no veículo para voltar para a estrada, enquanto ele estrava pela porta do motorista, Elena acabou cedendo ao pedido dele e estava sentando na poltrona do passageiro em silêncio.

_ Vamos esclarecer os fatos, ok? Eu estou fazendo o meu trabalho e você está investigando também, independentes. – Elena começou depois de algum tempo de silêncio.

_ Estamos trabalhando juntos para um bem comum: a minha liberdade. – ele disse sem tirar os olhos da estrada.

_ Não Damon! Você é suspeito e eu darei voz de prisão a você se não acharmos nada até amanhã. Como vou fazer isso estando com você?

_ Ninguém vai descobrir que estamos juntos. – deu de ombros seguindo para o seu destino.

A viagem durou mais algumas horas e Elena já estava exausta, havia tentado dormir durante o trajeto, mas estava inquieta demais para isso. Damon sugeriu que parassem em algum lugar para descansar, mas ela recusou a proposta afirmando que estava bem.

Eram quase sete da noite quando os dois chegaram em um hotel, Damon certificou-se de encontrar um o mais rápido possível, Elena havia passado mal durante a viagem e estava se sentindo extremamente tonta e enjoada. O moreno ajudou-a a sair do carro, pegou as coisas dela e também a guiou para dentro do quarto de hotel.

Damon deixou-a dormindo no hotel com o número do seu telefone ao lado do celular dela, desceu pelas escadas e buscou algum lugar próximo que tivesse algo para comer. Pediu dois pães de queijo e um suco natural e os levou de volta para o hotel.

Mais de uma hora depois que haviam chegado ali, Elena finalmente acordou, encontrando Damon sentado em uma cama de solteiro exatamente igual a que ela estava deitada. Ele usava um chapéu e estava descolando seu bigode falso com uma expressão dolorida na face.

_ Você fica ridículo com esse chapéu. – ela disse chamando a atenção dele.

_ Você não vai ficar melhor quando eu lhe apresentar o seu novo cabelo. – ele debochou deixando-a curiosa. – Está melhor?

_ Estou bem. – afirmou levantando-se.

_ Trouxe algo para você comer. – ele apontou para o lanche em cima da mesa no quarto.

Elena agradeceu-o, mas insistiu em dizer que não precisava, mesmo sabendo que a sua fome logo faria suas reclamações. Comeu o seu pão de queijo e permaneceu em silêncio até que Damon se manifestou.

_ Pronta para conhecer a PapisParty? – perguntou entregando-lhe um pacote.

_ Mais do que você imagina. O que é isso? – ela quis saber.

_ Só abrindo para descobrir. – sorriu de canto de forma travessa fazendo-a revirar os olhos.

“Irritante”, pensou ela, indo pegar o pacote.


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Notas finais do capítulo

Acho que essa viagem vai dar o que falar!