After the pain escrita por Neryn


Capítulo 2
Um começo com o pé errado


Notas iniciais do capítulo

eis mais um!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609073/chapter/2

Dirigi me para a porta do autocarro e quando pensava que podia descer calmamente por ser a última sinto um empurrão bruto e um berro deixa passar e aterro redonda no chão. Tento me levantar e vejo que está toda a gente a olhar para mim e rirem se isto é que é uma entrada com estilo. Vejo uma mão que me é estendida para me ajudar a levantar e agarro a. Quando me levanto vejo uma rapariga que era mais ou menos da minha idade, usava uns óculos quadrados e de hastes pretas, cabelos longos castanhos e encaracolados soltos, olhos grandes e castanhos, lábios carnudos mas boca pequena. Era ligeiramente mais alta do que eu e magra. Usava uma camisa de ganga e umas calças de ganga justas. Nos pés trazia umas vans pretas e uma mochila de tiracolo preta.

– Grande entrada! Marcas te bem a tua presença - diz a rapariga sorridente.

– Obrigada acho eu... - respondo eu meio receosa.

– Olá sou a Lyla Thomson e não te preocupes aconteceu me algo parecido no meu primeiro dia.

– Sério!? Ou sou estás a dizer isso para me sentir melhor - Dito isto começamos a caminhar lentamente.

– Não, sério dos mais sérios. Estava na cantina e uma das barbies fez me uma rasteira e caí de queixos com o tabuleiro da comida, mas hey! Lado positivo a minha comida não caiu ao chão!!!

– Quem são as barbies?? - pergunto eu desconfiada do que poderá sair da sua boca.

– São aquelas peruas lá ao fundo a rirem-se de ti neste momento. Gosto de lhes chamar de Peruolândia!

Entretanto na Peruolândia:

– Jenny, adoro a nova cor das tuas unhas. São um rosa choque mais choque que o anterior!

– Ainda bem que reparaste Tracy. E acertas-te em cheio na cor. A minha companhia e as minhas lições estão finalmente a surtir algum resultado.
Saindo da Peruolândia, de volta ao nosso mundo:

Saindo da Peruolândia, de volta ao nosso mundo:

– Grande evolução: de barbies passaram a peruas!!! - digo eu num tom de brincadeira. Lyla até que não era má de todo. Além do motorista foi a única pessoa que me dirigiu a palavra e enquanto todos se estavam a rir da minha "grande entrada" (como Lyla intitulou o meu tombo) ela foi ajudar-me. Afinal ainda há esperanças para a espécie humana.

– De onde esta veio há muitas mais! - diz Lyla olhando para tais "peruas" e faz-lhes uma careta que as fazem torcer o nariz e a mais baixa delas todas deitar-nos a língua de fora.

– Então, as "barbies" ou "peruas" ou o que raio lhes chamas têm nomes? - convém saber o nome delas para não me meter no seu caminho e assim não arranjo chatices.

– Por acaso até que têm, mas as minhas alcunhas acentam-lhes muito melhor. A mais alta e que tem as unhas de um cor de rosa tão intenso que são capazes de cegar alguém é a Jennifer Lancaster e por assim dizer é a líder do grupo, todos a tratam por Jenny. E um pequeno aviso, não faças contacto visual com ela porque o olhar dela mata! - esta última parte ela diz num tom que misturava tanto gozo como um intuito de me assustar. Ela tinha longos cabelos ruivos que lhe chegavam até meio das costas. Usava uma mala ao ombro vermelha. A camisola era branca às riscas pretas horizontais (ou então preta às riscas brancas), e usava um casaco vermelho tal como as suas calças e calçava uns sapatos salto alto de mais ou menos 10 cm pretos - A que está à sua esquerda e que é ligeiramente mais baixa que ela é a Tracy Jones. Ela e a Jenny já andam a causar o terror dentro e fora da escola à uns bons 4 anos. - Tracy era de facto ligeiramente mais baixa, tem cabelos curtos e pretos, calçava umas sapatilhas Adidas com padrão leopardo, uma camisa castanha e calças também castanhas.

– E a mais baixa?

– Essa é a Sasha Adams. Não te deixes influenciar pelo seu tamanho. Ainda estou à espera do dia em que ela se irá cansar de arcar com as culpas das estupidezes das outras duas e apunhalá-las pelas costas. - Baixa, cabelos longos e loiros, olhos azuis. Optava por uma camisola amarela e casaco laranja e calças de ganga. Calçava umas Converse All-Star pretas.

– Pequena e mortífera!

– Já estamos a falar a mesma língua, minha cara colega cujo nome ainda não sei!

– Ainda não me apresentei!? Sou a Riley Collins e vou frequentar o 11º ano.

– Ufa... ainda bem! - diz Lyla aliviada passando a mão pela testa em sinal do mesmo.

– Porquê?

– Não vou ter que aturar aquelas víboras sozinha é que elas frequentam o nosso ano. Gosto de lhes chamar de "Irmandade do Mal - a espalhar veneno desde 2011", marca patenteada e direitos de autor todos reservados.

– São assim tão más?

– Não queiras esperar para ver!

Paramos em frente à porta de entrada e Lyla vira-se para mim e pergunta:

– Nervosa?

– Um pouco. - olho para Lyla e ela dá-me um sorriso de orelha a orelha para me dar confiança e até que acho que resultou - Vamos lá a isto antes que me arrependa.

Ela abre a porta e vira-se para mim dizendo:

– Depois de ti!

Entro na escola com o pé direito Vamos lá ver se esta superstição me vai valer de alguma coisa penso para mim mesma. Ao olhar em frente vê-se um longo corredor com muitos cacifos de ambos os lados da parede e estes iam desde o chão até quase ao tecto, eram cinzentos e eram os cadeados são daqueles em que é preciso por código Tinham que ser códigos!? Eu vou me esquecer logo dele!

Existem extintores espalhados pelas paredes e cartazes dos clubes da escola, exposições que vão haver, coisas desse género.

Uns 30 metros depois da porta frontal da escola, à direita encontrava-se a secretaria da escola. Entrei lá dentro para ir buscar um horário e Lyla acompanhou-me e pegou num para ela. Analisamos os horários e vimos que temos todas as aulas juntas Ainda bem... penso eu. Lado negativo a "Irmandade do Mal" têm algumas aulas connosco mas acho que as consigo aguentar.

Ao sairmos da secretaria, se continuarmos a andar, mais uns 20 metros à frente de um lado e doutro estão as casas de banho e só depois é que começam a aparecer algumas salas de aula.

Na secretaria, eu e Lyla aproveitamos e pedimos um cacifo antes que eles ficassem todos ocupados e tivéssemos que ir para a outra ponta da escola só para pousar as coisas. Assim, ficamos vizinhas de cacifo, mesmo ao fundo do corredor à beira da sala onde teremos mais aulas.

Dirigimo-nos até ao nosso novo cacifo e Lyla está sempre a falar. Acho que também sou a sua única amiga porque não vejo ninguém a cumprimentá-la nos corredores ou então ela a ir ter com alguém e contar-lhe sobre o seu verão. Desde que me ajudou a levantar, ainda não se fartou de mim e se foi embora.

Ao chegarmos ao cacifo, Lyla diz:

– Temos que recordar este dia no futuro. O dia em que duas falhadas se encontram e se tornam amigas - e dito isto tira o seu telemóvel do bolso e puxa-me contra ela e tira uma foto - Pronto, amanhã já te ponho na porta do cacifo.

– Tu não eras capaz... - ela vira-se para mim e deita a língua de fora e começa a rir. Ela tem uma gargalhada alta e contagiam-te e então começo a rir também e assim, parecemos duas loucas no fundo do corredor a rir como perdidas.

– Agora ao primeiro tempo temos Inglês. Vamos lá ver qual será o pobre coitado que nos terá que aturar! - diz Lyla.

– Ou será em antes qual será o professor que nós teremos que aturar??

– Acho que ambas as partes vão sofrer um pouco - Lyla fecha o cacifo e começa a caminhar em direção à sala onde teríamos a aula.

Eu imito o seu movimento só que algo acontece... Vejo um grande alvoroço e hesito para ver o que se passa, então vejo um casal a caminhar de mãos dadas por entre a multidão que segredava como se as pessoas não percebessem que estavam a falar sobre elas. Reconheço a rapariga é uma das barbies, a principal agora porém não parecia tão oca parecia mais confiante. Podia ser uma Barbie do mal mas deveria ser o tipo de rapariga que todos os rapazes querem namorar e que todas as raparigas invejam. Depois desviei o olhar para o rapaz e os nossos olhos cruzaram se por breves segundos, mas eu desviei os meus meia constrangida e olhei para Lyla. Depois voltei a olhar e eles ja se tinham separado.

A Jennifer estava junto de um grupo de raparigas que a olhavam com espanto enquanto ela balançava as mãos de um lado para o outro e agitava o cabelo. Imaginei que estivessem a falar do rapaz. Olhei para rapaz no meio.de um grupo de rapazes enquanto os cumprimentava. Deveria ser daqueles rapazes capitães de equipa e que todas as raparigas babam à sua passagem. Tinha cabelo castanho claro e curtos, olhos verdes intensos, ligeiramente moreno, tinha porte atlético.

Sem querer deixo o meu caderno de inglês cair. Inclino me para o apanhar e quando me levanto...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

deixem os vossos reviews
bjs e até ao próximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After the pain" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.