Olhem, se algum dia, lhe perguntarem, se você prefere cair no meio do mar de uma grande altura, ou cair em um trono de pedra de uma pequena altura, sério, escolha a primeira opção.

Caímos exatamente em cima de um trono, que ficava dentro de um castelo negro e cheio de prata. Ou pelo menos, foi o que eu enxerguei antes de cair.

Quando nos levantamos, a primeira imagem que tive foi de uma sala linda e assustadora. Mesmo que lembrasse o fundo de uma caverna, era... não há outra palavra, intimidadora, formosa. Porém, por favor não me julgue, reparei, lá no canto da sala, um anjo, ou um fantasma. Depois percebi, que era uma menina. De uns dezesseis anos, com longos cabelos negros, e olhos... não sei dizer qual era a cor, pois toda a pele da menina e os olhos estavam enevoados. Ela vestia uma calça jeans rasgada, e camiseta branca simples, e logo reparei que ela estava com frio. Tive um desejo louco de tirar minha jaqueta e entregar a ela. Mais algo me deteve. Notei que a menina, movia os olhos até a porta. O único momento que tive, para olhar a porta, já saltavam fantasmas, ou criaturas que não sei o que são, o que é bem mais provável. Elas lembravam dementadores, só que víamos o rosto, ou mais ou menos. Tive a leve impressão que cada um de nós enxergávamos algo diferente. Eu via um rosto que lembrava uma cobra. E tive certeza que todos ali enxergavam algo diferente. Até Vivian, parecia desconfortável. Achei que nada mais me assustaria até que um homem, entrou na sala. E quando digo um homem, quero dizer um homem mesmo. Do tipo extremamente gigante e estranho, que dá arrepios.

— Parabéns Maile! Parece que você tinha razão. Esse feitiço foi realmente bom. Mais podia ter sido mais rápido não é? - Ele olhou para ela de uma maneira, que soube que já haviam discutido isso antes.

— Quem é você? - Perguntei, só espero que minha voz não tenha parecido com de um menino de dois anos de idade assustado. Porque era assim que eu me sentia.

— Ah, sim. Estávamos a sua espera, Thomas Potter. E não gosto nada de esperar.

O homem deu duas palmas, e desaparecemos em um breu estranho. Quando enxerguei tudo novamente, estávamos em uma sela de pedra.

Ótimo. A única experiencia que tive em uma sela era na masmorra de Hogwarts e mesmo assim eu detestava o lugar.

Eu não estava com nenhuma vontade de ficar sentado sozinho lá. Então, como provocação, pus-me a gritar o nome de meus amigos. Ouvi Vivian conversando com ela mesma. Maya gritando com Seth e vice-versa. Nosferius e Lory, definitivamente batendo um papo, sobre quadribol. Só então notei o quanto estávamos perdidos. Só daí percebi a menina parada em frente a minha sela. A barulheira não parou.

— Você é louco não é?

Notei que era a garota chamada Maile.

— O que você quer? Provavelmente dizer o quanto seu feitiço foi bom.

Ela se ofendeu. Não que eu realmente me importasse.

— Okay, então. Eu realmente ia te ajudar. Mais já que meu feitiço funcionou tão bem, invente o seu e fuja. Boa sorte.

Ela estava saindo quando parte do meu orgulho desapareceu.

— Espere... O que você estava falando sobre me ajudar?

Ela sorriu.

— Que bom que lembrou-se. Pois é, você é complicado mais tem um jeito de fugir daqui. Só que se der errado, você vai conhecer o feitiço avada kedavra. E tenho certeza que será o ultimo que você verá em toda sua vida.

— Isso é animador.

— Estou falando sério.

— Nossa. Me surpreende como você se preocupa comigo.

Ela corou. Depois me passou o plano. Pareceu um bom plano, até a parte final.

— Fala sério. Depois depois de tudo, de toda a raiva que seu pai ficará de você... Quer mesmo ficar aqui?

— Na verdade... Eu nem deveria estar aqui... Mais acredite, sou eu que está mantendo sua escola de pé. Obscurem, já queria ter posto a escola abaixo. E ele é bem capaz disso.

— Não duvido.

— Vamos começar. Agora - E saiu correndo.

Tentei chamar meus amigos umas cinco vezes, sem sucesso. Mais acabei, graças a Deus, chamando a atenção deles na, décima quinta vez. Contei o plano e eles pareceram confusos, mais concordaram.

Passaram-se algumas horas, e Maile finalmente voltou com duas chaves e uma varinha.

— O que aconteceu? Deu errado? - Perguntei. Ela sorriu.

— Não. Ainda não deu. Mais as outras chaves... Estavam muito bem escondidas. Estuporei uns quarenta guardas, só para essas duas chaves. Nada justo. Acabei roubando a varinha de um deles. Pega. - Ela jogou e eu peguei. Juntos explodimos a minha porta. Ouvi um barulho.

E nosso plano morreu.