Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 37
Capítulo 35 - Culpa.


Notas iniciais do capítulo

De noite... De novo. É, acostumem-se. Acho que vai continuar assim por um tempo.

Erros, por favor reportem. O word troca as palavras às vezes e, como a palavra não fica tecnicamente errada, ela passa despercebida.

Espero que gostem!



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— Fique perto de mim. - Disse John, segurando a mão de Carrie. Uma multidão de alunos se levantou, incredulidade, medo e uma raiva mascarada podiam ser vistas em seus olhos.

— A culpa é deles! – Gritou um estudante anônimo. – Eles invadiram a base deles!

John puxa Carrie para detrás de si, de forma protetora. Os outros em sua mesa se levantam, rodeando Carrie em um círculo protetor. Os estudantes pareciam hesitar em atacar seus colegas de classe, mas, como uma equipe, eles defenderam uma aos outros à qualquer custo.

E hesitação era simultânea. Os outros estudantes, incendiados pela discórdia, pareciam ponderar se valia a pena atacar ou não. Felizmente, eles não tiveram a chance. John observou enquanto todos, além de si mesmo e Carrie, se abaixaram no chão com as mãos na cabeça. John sentiu um leve incômodo em sua nuca e ao se virar em direção de Carrie viu a pequena franzindo o cenho, como se algo também a incomodasse. As portas duplas do refeitório se abriram, e Emma entrou como uma tempestade. John soube na hora que ela era responsável pelo “apaziguamento” das revolta e olhou para Carrie, fazendo um sinal para que a mesma abaixar-se. Ele faz o mesmo.

— Uma única ameaça. - Emma fala, sua voz em um tom bem alto e nada calmante. – E vocês quase irrompem uma guerra interna no meio do refeitório! É isso o que ela queria, nos desestabilizar! Acabar com a nossa moral, nossa confiança interna. Ela disse que a dúvida nos divide, então não a deem a satisfação de estar certa. Jonathan e Carrie, venham comigo. Os outros voltem para seus afazeres. Não quero revoltas sobre o que aconteceu aqui hoje.

Ela dá meia volta, Carrie olha para John com um olhar preocupado. Ele dá um pequeno sorriso para ela, tentando cortar a tensão. Ele faz um meneio com a cabeça, levantando-se.

Eu não vou deixar nada tirar você daqui. – Diz John, na mente de Carrie. Ela se levanta, e os dois caminham por onde Emma saiu. – Não se preocupe.

Como não me preocupar? Você viu o terror que Selene causou. É impossível eu não me sentir culpada. – Ela sente os dedos de John tatearem pela sua mão, tomando-a para si.

Se a culpa for de alguém, é minha, por ter te deixado em Chamberlain. – Ela encara o chão, desviando do olhar de Carrie, que buscava os seus olhos. – Mas isso não importa mais. Seria estúpido te mandar de volta para lá e minha mãe sabe disso.

— Sua mãe, talvez. Mas os estudantes no refeitório pareciam pensar o contrário.— Ela sente o aperto em sua mão aumentar por um breve instante.

Eles não te farão mal. Só estão com medo.— Ele a encara. – E você tem uma equipe inteira para te proteger agora.

Sua equipe...

— Nossa equipe.— Ele a corrige. – Você é uma de nós agora.

Eu admito que eles me fizeram sentir bem vinda.

E Ambrose? – Pergunta John, se recordando da forte impressão que a garota causará em Carrie. Ele não pôde deixar de dar um meio sorriso.

Oh, ela é... excêntrica.— John ri por dentro, lembrando da cena que Ambrose fez ao ouvir Yurie reclamando do Animal Planet. – Um pouco agitada demais, mas parece ser uma boa pessoa... Gosta de animais... E ela falou alguma coisa sobre CDs... Kate não pareceu muito satisfeita. É alguma interna de que não fui informada?

Provavelmente. Confesso que não peguei referência alguma, mas eu sei que a Ambrose é uma garota incrível. Ela só... deixa uma primeira impressão forte. É o jeitinho dela. – Ele observa a mãe inserindo o código de acesso para o subsolo. Após Emma entrar, a porta se fecha. John insere o próprio código. – E o que acha de Daryl?

Ele é... seu melhor amigo? Louro, alto, queixo quadrado...

E com isso terminamos com as excelentes descrições de Carrie White. – Carrie revira os olhos.

O que quer que eu diga? Ele parece bem... normal. – Ela ergue uma sobrancelha ao ver o código que John inserira abrir a passagem. — Você tem um amplo acesso aqui.

As vantagens de ser um X-Men... – Ela o encara de forma inquisidora, ele revira os olhos. - ... em treinamento.

Chega de conversa, crianças. A coisa ficou séria.— Disse Emma, na mente dos dois. John balbuciou algo para si mesmo, revoltado. Carrie faz uma cara de surpresa, corando suavemente, mas não se abalou tanto.

— Por quanto tempo você ficou ouvindo? – Pergunta John, cerrando os dentes.

— Tempo o suficiente. – Responde Emma. – Agora, para a sala de reuniões de emergência.

Bem, acho que isso não significa algo bom.— Pensa Carrie, para John.

— De fato, senhorita White. – John franze o cenho, incomodado pela mãe.

— Já ouviu falar de privacidade? – Pergunta John, Emma lhe lança um sorriso sarcástico.

— Você já ouviu falar de proibição? – “Touche”, pensou John. Carrie apenas deu um meio sorriso, achando peculiar a relação entre essa mãe e filho. Ela queria ter isso, mas a única pessoa que julgara ser sua mãe revelou-se ser uma farsa. Era curioso, apenas. - Agora vamos para a conversa de gente grande.

Ela espera a porta circular de abrir, os olhares caíram-se imediatamente sobre John e Carrie. Ela colocou a mão no ombro do loiro, em sinal de apreensão.

— Não se preocupem, vocês não serão punidos... - Começa Psylocke. - ... severamente.

— Em minha defesa, eu não fiz nada idiota e impulsivo já fazem... Que horas são? - Pergunta John.

— 12:43. – Responde Illyana. – Por favor, não.

— Treze horas e quarenta e sete minutos. – Completa John. Magik leva uma mão à cabeça.

— É um novo recorde pessoal. – Ironiza Psylocke.

— Betty, não incentiva esse comportamento. – Diz Illyana, pressionando a ponte do nariz.

— Tudo bem... Não estamos aqui para trivialidades. – Diz Emma. – Selene invadiu o sistema de comunicações do Instituto, como todos obviamente notaram.

— Medidas devem ser tomadas. - Diz Kitty. – Você agora é um alvo, querida. – Ela se dirige à Carrie. – Você é sua equipe também, John. Embora a culpa seja, tecnicamente, sua.

— Em minha defesa, nada garante que ela fez isso por causa da invasão à base deles. – Diz John. – Ela pode muito bem ter planejado isso antes do ataque à S.H.I.E.L.D.

— Isso não importa. – Diz Illyana. – Já aconteceu. Independente dos motivos, ela conseguiu o efeito desejado.

— E o plano brilhante de vocês é? – Pergunta John.

— Você, Carrie e seu time serão enviados para uma base em Bristol. – Disse Emma. – Psylocke e eu vamos...

— Isso é ridículo! – Diz John. – Como isso vai acalmar as coisas por aqui?

— Segregação gera medo. – Diz Carrie, firmemente. John e os outros presentes na sala surpreenderam-se com a atitude da garota até então tímida e calada. – Medo gera repulsa, a repulsa se transforma em ódio e desencadeia a revolta. Nos tirar daqui sem explicações séria o mesmo que confirmar as suspeitas de todos.

— Devo dizer que a senhorita White tem um forte argumento. - Diz Fera. Carrie sente um aperto suave É confortante em seu ombro, e vê John lhe encarar com um sorriso orgulhoso. - É algo à se considerar.

— A segurança de vocês é mais importante. – Diz Emma. – Não só desse pequeno conflito interno, mas o Instituto pode estar comprometido.

— Ele já estava comprometido. – Continua John. – Não era bem um segredo para Selene que estamos aqui.

— E é por esse motivo que vocês devem ir. – Diz Psylocke.

— Nos tirar daqui não vai ajudar muito à manter esse lugar caso de um ataque. – Diz John. – Depois de vocês, somos os mais próximos de uma equipe de X-Men que eles terão.

— Os estudantes parecem não receber bem a sua “proteção”. – Diz Illyana.

— “O povo, por ele próprio, quer sempre o bem, mas, por ele próprio, nem sempre o reconhece”. - Diz Carrie novamente, seus braços cruzados.

— Rousseau. – Diz Fera e John, simultaneamente. Fera continua. – Eu gosto dessa garota.

— E que tal essa frase aqui. – Começa Emma. – “Pode-se induzir o povo a seguir uma causa, mas não a compreendê-la”.

— Confúcio. – O menor dos sorrisos poderia ser visto no rosto de Carrie. Ela quer citar os grandes filósofos? Esse era um jogo que Carrie sabia jogar. – “De todos os infortúnios que afligem a humanidade, o mais amargo é que temos de ter consciência de muito e controle de nada”.

— Heródoto. – Emma retribui com um mesmo indício de sorriso. – Eu devo admitir, John, seu interesse por essa garota parece ter sido bem colocado. Entretanto, ordens são ordens. Vocês vão sair do Instituto. – Carrie ia falar algo, mas foi bruscamente interrompida por John.

— Quando o Instituto for atacado e você sentir a mesma impotência que sentiu em Genosha, espero que fique feliz sabendo que todos os que morrerão aqui poderiam ter sido salvos. – Emma seu um tapa no rosto de John, este tendo tocado em um assunto delicado. Exclamações de espanto foram rapidamente silenciadas quando o loiro apenas deu meia volta a saiu da sala. Carrie encarava o chão, estupefata. Ela faz menção de ir até a porta, e, como ninguém a interrompeu, saiu da sala de reuniões.

 

***

 

— John! – Carrie correu até o garoto. Ele parou de andar, mas não se virou. – O que foi que aconteceu lá dentro?

— Eu fui um pouco longe demais. – Respondeu o garoto, Carrie olha para o rosto do garoto, a marca de dedos visível no lado esquerdo do seu rosto. – Minha mãe nunca ergueu a mão para mim antes, mas eu acho que eu mereci essa. Sorte que ela não estava na pele de diamante.

— Ela pareceu abalada. – Ela cruza os braços. – Você quer falar sobre isso?

— Eu estou bem, você não tem que se preocupar.

— Da última vez que você disse isso, as coisas não acabaram muito bem... – Ela estende um dos braços para segurar o dele. – Nós temos que parar de ter segredos entre nós. Chega de “não tem nada de errado”, “Eu estou bem”, “Você não tem que se preocupar” e chega de “longas histórias”.

— Você quer respostas, então? – Ele pergunta, um sorriso começando à se formar em seu rosto.

— Por favor. – Ela se agarra ao braço dele, em um tipo de abraço. – Você esconde mais segredos do que o Mestre dos Magos.

— Tudo bem, tudo bem, eu entendi. – Ele se permite desfrutar de uma pequena risada. – Quando estivermos em Bristol, eu vou esclarecer tudo o que você perguntar. Antes, temos que informar os outros de nossa pequena viagem.

— Helena vai ficar uma fera. – John franze o cenho, Carrie se explica. – Ela teve todo aquele trabalho por nada.

— Não foi por nada. O dia de nossa saída não foi definido. – Ele suspira. – Mas, sim. Ela vai ficar uma fera ao saber que vamos sair daqui. – Carrie faz silêncio, e John toma isso como um pretexto para continuar. – O Instituto é a casa dela. Ela morou aqui desde que ela se conhece por gente.

— Oh...

— Ela vai ficar bem... com o tempo. E agora... par ou ímpar para ver quem conta para ela? – Brinca ele.

— Ah não, senhor “Eu sei os dias do período da minha melhor amiga”. Eu tenho amor à minha vida.

— Eu farei o Daryl dizer então. – Ele revira os olhos.

— Eu shipo eles dois. – John ergue uma sobrancelha. – Eles são muito OTP.

— Você chegou aqui já fazem menos de 24 horas é já está shipando casais? – Ele ri, ela dá de ombros.

— A culpa é das séries. – Ela o encara, sorrindo. – Acostume-se John, você namora uma louca dos ships.

— Inacreditável...


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Notas finais do capítulo

Carrie quebra a quarta parede e reconhece os ships hehe...

Até segunda!



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