Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 30
Capítulo 29 - Geração Prodígio


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que gostem.



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Uma semana depois.

— Droga. Estamos indo. - Emma desliga o telefone e liga o sistema interno de som. Sua voz é ouvida de todo o Instituto. - Todos os X-Men, para o hangar. Repetindo, todos os X-Men para o hangar. Código marrom, repito, código marrom. Uniformes de combate à postos. Isso não é uma simulação!

Emma sai do escritório, após colocar seu próprio uniforme de combate. Um par de botas de cano longo, calças feitas de uma fibra elástica e resistente à projéteis e um top do mesmo material que mostrava sua barriga. Por cima, um casaco de couro branco, assim como todo o resto da sua roupa. Seu falecido irmão sempre disse que branco era sua cor... Finalizou com o cinto preto com a insígnia dos X-Men. Apressada, tinha que preparar todos e garantir que John não subiria naquele jato. Chegara o dia do tão esperado ataque à S.H.I.E.L.D., na realidade, ele já começara. Tinham que chegar o mais rápido possível, e mesmo que Magik não pudesse levar todos de uma vez, Emma a enviou junto à Tempestade, Colossus, Vampira e Gambit para ganharem algum tempo para Fury. Ao se dirigir ao hangar, Emma viu John com seu uniforme de combate, uma roupa de couro com nuances de azul e preto.

Pode parar aí.— Falou ela, na mente de John. Ele se virou e veio na direção dela. - Você não vai, Jonathan. Apenas os X-Men mais experientes estão indo para esse combate. Você só teve uma batalha e foi quase capturado.

— Como quer que eu ganhe experiência se você não me deixa ir? - Pergunta John, Emma continua andando.

— Apenas não vá, ok? Pode me escutar dessa vez? - Emma corre para pegar o jato, deixando John para trás. Quando o veículo some de vista, John abre um meio sorriso.

Chegou a hora, pessoal.— Pensa John, para as outras oito pessoas conectadas à sua mente. - Vão para o Cérebro, eu estou à caminho.

***

Todos já estavam lá quando John chegou, todos com seus respectivos uniformes de combate.

— Até que enfim. - Diz Daryl. - Se lembra de que precisamos da sua autorização para entrar?

— Eu vim o mais rápido que pude. - John insere o código, e põe o polegar aonde lhe foi especificado.

Jonathan Crane, Nêmesis. Autorização concedida.— Diz a voz computadorizada. Os nove entram no Cérebro, e John rapidamente se senta e prepara-se para pôr o capacete.

— Ok, eu vou ver como está a situação no prédio. - Diz John. - Quando eu estiver na área, eu quero que vocês procurem por heliportos na região.

— É pra já, chefe. - Kate se senta na frente de um dos computadores. - Quando estiver pronto.

— Precisamos de um nome para a equipe. - Diz Ambrose, John põe o capacete. - É nossa primeira missão juntos, temos que ter um nome para a equipe!

— Eu não tenho nem um codinome ainda. - Diz Phoebe. - E você quer criar um nome para a equipe?

— Que tal Esquadrão Suicida? - Ironiza Yurie. - Isso ainda é loucura.

— Não, eu acho que já ouvi isso em algum lugar... - Comenta Akio.

— Vamos de X-Men mesmo. - Diz Serena. - Para quê trocar algo que não está quebrado?

— Isso é clichê. - Diz Kate, seus olhos ainda atentos ao computador. - E eu também não tenho um codinome.

— Geração X? Não, acho que essa já existe. - Disse Helena.

— Que tal... Geração Prodígio? - Diz Daryl, os outros reagiram bem ao nome. - Nada mal, certo?

— Não é ruim. - Diz Serena.

— Soa bem. - Acrescenta Phoebe.

— Sim, nada mal vindo de você. - Diz Helena. - Ainda temos tempo para os codinomes, John parece estar concentrado. Apenas Daryl, John e eu temos até agora, não é?

— Eu tenho um. - Diz Yurie. - "Tsukuyomi".

— Desculpa, o quê? - Pergunta Daryl.

— Tsukuyomi. - Diz Akio. - É o nome do deus japonês da lua.

— Combina com você. - Diz Serena. - O meu é "Górgona".

— Uma cobra hein? Adorei. - Diz Ambrose. - Não tenho ideia de qual será o meu.

— Nem sabemos qual é o seu poder. - Comenta Akio. - Qual é? Daí podemos ajudar.

— Animalia. - Diz Ambrose. - Consigo fazer coisas que apenas animais conseguem. Tenho DNA animal nas minhas veias, por isso não preciso tê-los por perto para poder usar suas habilidades.

— E como ele foi parar aí? - Pergunta Daryl.

— É uma história complicada. - Ambrose muda de assunto rispidamente. - Prefiro não falar disso.

— Que tal... "Fauna"? - Pergunta Phoebe.

— Nada mal. - Diz Ambrose. - Me lembra daquela fada da Bela Adormecida, mas tudo bem. Eu adoro essa história.

— Ok... O próximo é o Akio. - Diz Daryl. - Vamos lá... Controle do papel e desenhos que ganham vida. Nem um pouco difícil.

— Cartunista? - Sugere Kate.

— É um começo, mas não. - Diz Akio.

— Você desenha em si mesmo para as "coisas" saírem, certo? - Pergunta Ambrose. Akio faz que sim com a cabeça, meio hesitante. - Impressora!

— Desenhos me lembram tatuagens... - Diz Yurie. - Talvez algo desse gênero?

— Tattoo? - Akio franze o cenho. - Não.

— Que tal "Tribal", ou "Rabisco"? - Pergunta Phoebe.

— "Rabisco" soa bem. - Diz Helena.

— Eu gostei de "Tribal". - Diz Akio. - Bem melhor do que "Impressora".

— Pelo menos eu tentei. - Diz Ambrose. - Por mim, eu te chamaria de "folha A4".

— Ha ha, boa. - Diz Kate. - Agora o meu.

— Cirurgiã? - Diz Serena. - Sempre pensei nesse nome para você. Unhas afiadas como um bisturi e poderes de cura, soa bem.

— Eu gostei. - Confessa Kate. - Só assim para eu ter um PhD.

— Agora só falta a Phoebe. - Diz Akio.

— "Botão de mudo ambulante" ainda está valendo? - Pergunta Daryl. Helena soca o ombro dele com força. - Ai! Guarde isso para a segurança do prédio.

— Eu gosto de Banshee, mas esse nome já tem dono. - Diz Helena. - Mas existem muitos outros nomes bons: "Reverberação", "Eco", "Sonar".

— "Deborah do falsete"... - Continua Ambrose, arrancando algumas risadas.

— "Eco" parece legal. - Diz Akio. - Também tem "Timbre", "Melodia", "Rouxinol", "Tordo".

— "Rouxinol"... - Phoebe sorri. - Eu gostei.

Todos começam a discutir alegremente sobre os novos nomes quando John se levanta, de sobressalto. O clima alegre imediatamente se torna pesado e frio.

— Cara, você está bem? - Pergunta Daryl, John tira o capacete.

— O que faz você pensar que eu não estou? - Pergunta John.

—Em primeiro lugar, você está suando frio. Segundo, a temperatura caiu uns dez graus e terceiro, você está fazendo fractais de gelo na cadeira. - Responde Daryl. John olha para os braços da cadeira, parcialmente congelados.

— Oh... Desculpem. - John se acalma e a temperatura volta ao normal.

— O que aconteceu? - Pergunta Helena.

— Eu vi a partida das tropas. Eu era um soldado. - Diz John. - Quase que eu não consegui entrar no prédio. A minha sorte foi que algumas tropas estavam do lado de fora. Eu e mais alguns fomos ordenados para ir à cobertura do prédio ao lado. Assim que eu cheguei lá eu pude ver a quantidade de jatos que estavam planando nos arredores. Eu subi e depois de alguns minutos eu vi que estávamos nos aproximando do aeroporta-aviões. Os canhões de laser externos haviam sido destruídos. O jato próximo ao que eu estava foi atingido por um raio. Os X-Men estão formando uma barreira no hangar Leste e os Vingadores e Asgardianos estão no hangar Oeste. O esquadrão no qual eu estava saiu atirando, aterissamos no lado dos X-Men. Eu consegui me afastar e tomei cobertura. Aquilo está um caos. Jatos não param de chegar em ambos os lados. Todos estão focados em impedir que entrem dentro da base. Alguns soldados tinham a mira em Illyana, ela estava ocupada lutando contra um mutante com Eletrocinese. Eu atirei neles com a arma que eu tinha, derrubei três. Os outros dois miraram em mim e... Eu morri. Foi como se eu tivesse morrido por um segundo.

— E como é? - Pergunta Ambrose. - Morrer?

— Sabe daquele instante em que você acorda e não pensa ou se lembra de nada? - Indaga John. - É exatamente assim.

— Você está bem, é isso o que importa. - Diz Helena. - Ainda há tropas por perto da base?

— Não. - Diz John, balançando a cabeça; - Eu ouvi meu general dizer que éramos os últimos desse ponto. Haviam mais nove, espalhados por Nova York.

— Como você sabe tanto disso? - Pergunta Serena.

— Quando você está na mente de alguém, é como se você se tornasse essa pessoa por um instante. Você sente o que ela está sentindo, pensa o que ela está pensando, sabe do que ela sabe. - John se levanta. - Vamos, não temos mais tempo a perder.

***

— Criamos um nome para a equipe enquanto você estava no Cérebro. - Diz Kate.

— Qual é? - Pergunta John.

— Geração Prodígio. - Continua Kate. - E agora meu codinome é "Cirurgiã".

— Eu sou "Tribal". - Diz Akio.

— E eu sou "Fauna", mas não é aquela da Bela Adormecida. - Acrescenta Ambrose.

— O meu é "Rouxinol". - Diz Phoebe.

— O meu é "Tsukuyomi". - Diz Yurie.

— E o meu é "Górgona". - Finaliza Serena.

— Nada mal. - Diz John, abrindo a porta para o hangar do Instituto. - Vamos tentar nos manter nesses codinomes durante o combate. Vou criar uma ligação telepática entre nós nove, mas é provável que minha mente vai estar ocupada fazendo outras mentes explodirem.

— Lembrem-se das simulações. - Diz Helena, acessando o painel de acesso que liberava o discreto jato preto que os levaria para lá. - Temos que ser silenciosos e discretos. Evitar alarmes e câmeras de segurança. - A rampa de acesso ao jato abriu e, logo depois, o portão de saída. - Estamos liberados.

O grupo entrou no jato. Daryl rapidamente toma o assento do piloto. John senta-se ao seu lado, no assento do co-piloto. Ambos colocam os comunicadores na cabeça e assumiram suas posições.

— Todo mundo está de cinto? - Pergunta John, escutando uma resposta unânime da parte de trás. - Então vamos pôr essa belezinha pra voar.

— Claro. - Diz Daryl. - Você não quer se atrasar para o seu encontro, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Se acharem erros, por favor, avisem.
Até o próximo capítulo.