Mind Games (interativa) escrita por Isabela
Notas iniciais do capítulo
O BAILE! Finalmente o baile. O conteúdo em si ficou enorme, então eu o dividi em três capítulos.Espero que gostem, a próxima parte será postada na sexta.
– É hoje, Helena! - Um John animado entra no refeitório, e toma a amiga nos braços. Ele a faz rodopiar, e ela cai nos braços de Daryl.
– Parece que alguém acordou de bom humor. - Daryl ajuda Helena a retomar seu equilíbrio. Ela leva a mão à cabeça.
– Obrigada. - Ela sorri para Daryl. Em seguida olha para John ainda sorrindo, mas com seu habitual olhar sarcástico. - Que ideia foi essa? Já basta você de tonto.
– Essas pessoas que não sabem brincar... - Ele revira os olhos. - Desculpa. Mas é que é hoje!
– Seria bom você não anunciar. - Sussurra Daryl, olhando ao redor. - Já que vai sair escondido.
– Já que vamos sair escondidos. - Corrige Helena. - Eu é que não vou perder isso. E preciso de um acompanhante...
Helena lança um olhar sugestivo para Daryl, que cora e desvia de seu olhar. Mas por fim parece ceder.
– Tudo bem. - Ele bufa, olhando para Helena. - O que eu não faço por você...s. - Ele rapidamente se corrige, e tenta mudar o assunto. - Você tem o que vestir, não tem John?
– Na verdade... - Ele coça a cabeça, pensativo.
– Jonathan Crane Frost. - Helena pressiona a ponte do nariz com uma mão. - Vai me dizer que não lembrou do smoking?
– Céus, vocês são muito indiscretos. - Diz Magik, aparecendo subitamente. - E é porque um de vocês é telepata...
– Bom dia para você também, Illyana. - Diz John. - Temos treino hoje?
– Devido às mais recentes circunstâncias... Não. - Eles respiram aliviados. - Vocês têm muito o que fazer em pouquíssimo tempo. Esperarei vocês no meu quarto, às seis em ponto.
– Estaremos lá. - Ela adentra o refeitório, enquanto eles saem do mesmo.
– Eu tenho que ir. - Diz Helena. - Cabelo, maquiagem, vestido, sapatos... E como Illyana disse, nós temos pouquíssimo tempo. É bom vocês estarem apresentáveis às seis. Senão eu vou matar os dois.
– Fofa como sempre... - Sussurra Daryl para John, enquanto Helena já estava longe nos corredores.
– Fazer o quê, essa é a Helena... - John cruza os braços e franze o cenho. - Você tem ideia de onde podemos alugar um smoking? - Daryl esfrega o rosto, perplexo.
– Estou com um pressentimento de que isso não vai prestar...
***
– John, você tem certeza disso? - Pergunta Daryl para John, em uma conversa telepática.
– Eu tenho certeza de que as coisas do meu pai estão no quarto da minha mãe. - Responde ele.
– Eu vejo muitas possibilidades para isso, mas quase nenhuma positiva. - Os dois entram no quarto de Emma, que estava vazio.
– Exemplos?
– Sua mãe pode nos detectar telepaticamente e põe fim ao seu plano. Alguém pode entrar e nos ver, nos denunciando e novamente pondo fim ao plano. - Eles começam à procurar no guarda-roupa. - Preciso continuar?
– Qual é a opção de maior probabilidade? - John abre a porta do closet.
– A primeira. - Responde Daryl.
– Bingo! - John pega o smoking pelo cabide e fecha a porta do closet. - Você dizia?
– Foi uma porcentagem de quarenta por cento. - Daryl dá de ombros. - Não muito confiável. Vamos sair logo daqui.
– Estou logo atrás de você.
***
– Como eu estou? - Pergunta John, terminando de abotoar o smoking.
– Parece um garçom de um restaurante cinco estrelas dos anos 20. - Rebate Daryl. - Quantos anos isso tem?
– Não sei. - John arregaça as mangas. - Meu pai usava uma roupa desse tipo nas missões.
– Percebi pelo enorme logotipo da S.H.I.E.L.D. na parte de dentro. - Comenta Daryl, amarrando os cadarços.
– Longe dos olhos, longe do coração. - Ele se olha no espelho. - Agora, o que eu faço com meu cabelo?
– Faz um permanente, fofa. Super combina com você. - Ironiza Daryl.
– Isso foi muito gay.
– Foda-se. - Ele sorri, indiferente. - Só não passa gel. O seu cabelo fica parecendo um bloco de cimento quando você usa.
– Bem lembrado. - Daryl joga o pente para John, que penteia o cabelo do melhor jeito que pôde. - Quanto tempo temos?
– Na verdade, estamos dez minutos atrasados. - Diz Daryl, olhando para o relógio em seu pulso.
– Há! Fodeu. - John passa rapidamente um perfume. - Lena vai nos matar.
– Se ela estiver lá. - Completa Daryl. - Talvez tenhamos alguma chance se sairmos agora.
***
– Quinze minutos! Vocês me fizeram esperar quinze minutos! - Grita Helena, revoltada. Seu longo cabelo castanho-ruivo estava cuidadosamente trançado. Pequenas flores o enfeitavam. Seu comprido vestido verde esvoaçava com a mais suave brisa.
– Desculpa, é que houve alguns imprevistos. Não foi Daryl? - Pergunta John.
– Sim. Hã... - Daryl parecia estar hipnotizado por Helena. - Muitos problemas.
– Apenas... Vamos logo. - Ela anda a frente deles, o barulho do bater dos saltos no chão ecoava pelo corredor deserto. Ela bate na porta do quarto de Illyana, e espera.
Segundos depois, a porta se abre. Ela olha espantada para os três e os manda entrar.
– Qual foi a parte de "Estejam no meu quarto às seis." que vocês não entenderam? - Ela revira os olhos. - Mas devo dar meus parabéns para vocês. Vocês até que estão pegáveis.
– Sério? - Ri John.
– Com uma ou duas doses de vodka, talvez. - Ironiza ela, logo depois franzindo o cenho para a roupa de John. - Esse é...
– Sim.
– Isso me traz lembranças. - Diz ela, sorrindo. - Já lutei literalmente ao lado de seu pai enquanto ele usava essa roupa, mas... - Ela retoma o foco. - Não estão aqui para ouvir uma de minhas histórias. Está na hora de levá-los ao baile.
***
Mais quatro silhuetas surgiram à luz do luar em Chamberlain. Depois de alguns conselhos e advertências, a quarta pessoa desaparece. Deixando os três jovens naquela fria, porém não inquieta noite. Música e movimentação podia ser ouvida do outro lado da rua. Onde estudantes chegavam em carros e limusines. Ninguém percebeu os três se juntando à multidão. Discretamente, eles entraram pelo salão belamente decorado. Jonathan liberou ondas telepáticas para que todos aqueles ali presentes achassem que os conheciam. Foram cumprimentados por algumas pessoas. Rostos familiares para John. Retribuiu o aceno de Miss Desjardin e até mesmo de alguns dos jogadores e líderes de torcida. Sentaram-se em uma mesa isolada.
– Alguém te reconheceu? - Pergunta Daryl.
– Eles só sabem o que eu quis que eles soubessem. - Responde John.
– E está vendo Carrie? - Pergunta Helena.
– Ainda não. - Ele respira fundo. - Eu nem sei se ela vem.
– É bom manter o pensamento positivo, nunca se sabe quando... - As palavras de Helena deixaram de atordoar os ouvidos de John quando ele viu Carrie entrar, ela estava linda. E radiante. Mas não pode deixar de notar que Tommy Ross a acompanhava. Sentiu uma pitada de ciúmes e se perguntou o porquê de ele não ter vindo com Sue. Já que os dois eram um casal de longa data. Escaneia sua mente telepaticamente e descobre sobre tudo. O incidente do banheiro, o vídeo, Sue ter se arrependido e ter pedido ao namorado perfeito para levar Carrie ao baile como um meio de se desculpar. E ficou satisfeito ao saber que Chris não vinha ao baile pelo que havia feito, mas ficou muito mais arrependido depois de ver o que ela havia passado. De tê-la forçado à continuar sem seu apoio. - John? John!
– Sim... - Ele olha para Helena, percebendo que estivera claramente distraído. Helena e Daryl olham para Carrie, e entendem imediatamente.
– Ela é bem mais bonita do que você nos falou. - Diz Daryl.
– E quem é o boy magia? - John e Daryl se entreolham, rindo. - O que foi? Uma garota não pode perguntar?
– O nome dele é Tommy Ross. Atleta. - Responde John, claramente enciumado. - Mas tem namorada.
– Então porque ele veio com ela? - Pergunta Daryl.
– Pelo que pude ver em seus pensamentos, é uma longa história.
– Magik estava certa com relação a uma coisa. - Diz Helena. - Não sabemos mesmo ser discretos. Falar abertamente de nossas mutações não é o que eu chamaria de ser discreto.
– Touché. - Daryl ri baixo. - E você? Vai falar com ela ou não?
– Ela parece ocupada. - Ele a observa à distância. Ela e Tommy estavam rindo.
– É agora ou nunca, garanhão. - Ironiza Helena. - Não fugimos do Instituto para você desistir agora.
– Mas tire o cara dali primeiro. - Sugere Daryl. - Um simples mimetismo sereiano deve bastar.
– O telepata aqui sou eu. - Ele fecha os olhos brevemente, e logo Tommy saiu de perto de Carrie. - E o nome correto é "Controle Mental".
– Qual a diferença? - Pergunta Daryl, John se levanta e pode escutar Helena dando uma aula para Daryl.
– Mimetismo sereiano só funciona com pessoas do sexo oposto, já o... - Ele se aproxima de Carrie, e senta-se na cadeira onde Tommy a pouco estivera.
– Está ocupado? - Ele pergunta.
– Na verdade meu acompanhante está sentado aí. - Responde ela educadamente, sem olhar diretamente para seu rosto.
– Ele deve ser muito burro para querer se afastar de você. - Ele sorri tristemente, recebendo a indireta feita a si mesmo. Carrie enrubesce, e olha diretamente nos olhos de John.
– Eu te conheço... - Diz ela. John sente as palmas das mãos suarem. O rosto dela repentinamente se ilumina. - Você é o garoto que tropeçou em mim na igreja!
– Você me pegou. - John suspira. Em parte aliviado.
– E o que faz aqui? Você certamente não é da minha escola.
– Eu... Vim de acompanhante. - Ele se esforça para inventar uma desculpa.
– E quem é a sortuda?
– Infelizmente não pode vir.
– Você é um péssimo mentiroso. - Os dois riem baixo.
– Eu compenso com meu carisma. - Ele sorri. Era como falar com a verdadeira Carrie de novo. Mas ela não o conhecia verdadeiramente. Não como conhecera.
– E qual é seu nome, senhor carismático? - Ele reluta por um segundo, e encara seus belos olhos castanhos.
– Jonathan Crane. Mas pode me chamar de John. - Ele espera por alguma reação inesperada, como se ela fosse explodir ou entrar em coma cerebral. Mas ela simplesmente lhe estende a mão.
– Carrietta White. - Ele aperta sua mão delicadamente. - Mas pode me chamar de Carrie.
– É um prazer. - A música muda repentinamente para um tom mais devagar. - Quer dançar?
– Eu não danço. - Ela faz que não com a cabeça.
– Vamos lá... Uma dança nunca matou ninguém, e é seu baile!
– Eu deveria dançar com Tommy... Se eu fosse dançar. - Completa.
– Tommy não está aqui, certo? Guarde a próxima para ele. - Ele se apóia em um dos joelhos e lhe estende a mão. - Me daria a honra?
– Só para você parar de agir como um louco. - Ela se levanta, e eles deslizam suavemente pela pista de dança. - Desculpe. - Diz Carrie, após acidentalmente pisar no pé de John.
– Sem problema. - Ele a faz girar.
– Vai com calma, pé de valsa. - Ironiza, retomando a posição inicial. Ela apóia a cabeça em seu ombro. John pôde ver Daryl e Helena do outro lado do salão, e não se sabia qual dos dois estava conduzindo. Ele ri, internamente. A música acaba depois de alguns minutos.
– Você dança muito bem. - Elogia ele, enquanto todos voltavam para suas mesas.
– Obrigada.
– Quer se sentar com meus amigos e eu? - Ele pergunta.
– Claro, enquanto Tommy não aparece.
– Por acaso seria um cara alto de cabelos castanhos, musculoso?
– Sim...
– O vi no banheiro, estava no telefone. - Inventa John. A verdade era que John já o havia mandado para casa há tempos. - Problemas com a família. Saiu correndo.
– Deus... - Ela leva uma das mãos à boca. - Espero que esteja tudo bem.
– É o que eu diga. - Ele puxa a cadeira para Carrie se sentar e senta-se logo em seguida. - Pessoal essa é a Carrie. Carrie, esses são Daryl e Helena.
– Olá. - Cumprimenta Helena, com um aceno de mãos. Daryl acena com a cabeça. - Adorei seu vestido, onde comprou?
– Na verdade, eu que o fiz.
– Sério? - Ela acena positivamente com a cabeça. - Você está deslumbrante!
– Obrigada. - Responde, timidamente. - Você também está maravilhosa.
– Obrigada. - Helena dirige seu olhar para o palco. - Parece que vão anunciar o rei e a rainha.
– Odeio essa parte. - Ri Daryl.
– Atenção alunos. - O diretor Gale bate no microfone. - Está na hora de anunciar o rei e a rainha do baile! - Ele pega o envelope selado. - A nossa rainha é... Carrie White!
– Nossa... - Ela se levanta feliz e surpresa. E caminha até o palco, acompanhada de uma salva de palmas.
– Argh... - Daryl apóia a cabeça sobre a mesa, com dor.
– Tudo bem, Daryl? - Pergunta John.
– Estou com um péssimo pressentimento sobre isso John.
– O que você viu? - Pergunta Helena, mas Daryl a ignora e olha fixamente para John.
– Chame Magik, e peça para ela trazer reforço. - Ele leva a mão à cabeça. - Selene está aqui, e esse é o menor de nossos problemas.
– E o rei do baile é... Jonathan Crane!
– Não tenho nada a ver com isso. - Ele se levanta lentamente. - Rápido, me diz o que você viu.
– Cuidado com o que vem de cima. - John se levanta. Olhares atravessaram-no enquanto ia até o palco. Mas um em especial parecia deleitar-se com sua presença. Seria muito mais fácil matá-lo do que Selene havia imaginado.
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Vocês provavelmente já sabem o que vem a seguir... Enfim, vejo vocês nos comentários.