O Hotel Shell (Hiatus) escrita por Gneez


Capítulo 2
Vampiros


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Gostaria de agradecer pelos dois review's,sério gente,eu e a co-autora ficamos muito felizes.
Boa Leitura



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Aquela era uma situação complicada. Gideon não esperava encontrar tantos vampiros ali. Mas o quão estupido ele podia ser? Aquele hotel era, sob sua própria concepção da palavra, o lugar perfeito para um ser da noite como ele. Por que não haveriam mais?

O homem dos olhos gélidos lhe encarava com ansiedade e uma pontada de irrigação. A olhos leigos, pareceria um homem jovem e até mesmo atraente, mas Gideon tinha idade o suficiente para reconhecer a face atemporal de um vampiro quando a via, e naquele lugar haviam vários deles.

—Droga cara, você vai ficar aí o dia inteiro?—O jovem deitado displicentemente no sofá ao seu lado perguntou, a voz entediada.—nós não temos a eternidade—disse, agora rindo.Ele não parecia se dar conta da situação tensa em que todos se encontravam, ou talvez não se importasse.

—Na verdade.—disse Gideon, finalmente—eu não esperava encontra-los por aqui.

A recíproca é verdadeira.

O homem de olhos gélidos, Dwayne, se bem lembrava, desceu as escadas e em questão de segundos já estava frente a Gideon, e aquela definitivamente não era uma situação na qual o forasteiro gostaria de se encontrar; o tal Dwayne tinha um rosto jovem, mas a aura de poder que emanava era grande demais, do tipo que só se conseguia com o tempo. Quanto mais velho, mais forte, e Gideon não tinha a sorte do tempo ao seu lado.

—Mas já que está aqui.—Dwayne retornara a seu discurso anterior—Poderia fazer o favor de se explicar—as palavras deixavam sua boca num quase rosnado, não era hora para blefes ou mentiras. E por que Gideon mentiria? Era uma situação simples, que ainda poderia ser resolvida em poucas palavras.

—A verdade é um tanto constrangedora—confessou, dando- se por vencido—eu me sentiria melhor conversando a sós com o seu líder, se não se importa.

Um coro de sussurros pairou sobre o saguão do velho - e nem tão abandonado- hotel, mas ligo se dissipou quando uma menina um tanto jovem, com os cabelos num curioso tom de rosa, apareceu no topo da escada.

—Hansel não está —ela disse, e aquele foi de longe o tom de voz mais compreensivo e paciente que Gideon ouvira nos últimos meses.—Ele saiu ontem, à noite obviamente, mas ainda não voltou.

Era segunda vez naquela situação, Dwayne estalou a língua.

—Eu gostaria de saber como aquele inútil acabou líder de alguma coisa...

—Se Hansel não está, Evagreen é quem está na cadeira elétrica, digo, comando. Não é, Eva?

—Oh, que surpresa! - uma segunda voz feminina , mais forte do que a primeira, se fez presente --Eu gostaria que você tivesse um conhecimento tão vasto da hierarquia deste lugar quando quebra uma regra, Gabriel.—A mulher, que deveria ser Evagreen , saltou do parapeito e aterrissou no saguão, criando uma pequena cratera no piso ao redor de onde pousara. Tinha cabelos castanhos e longos, e olhos da cor de obsidiana; era sem duvida muito bonita, mas a postura predatória deixava o recado bem claro: Observa- la era como olhar para o Sol - bonito sem duvida, mas permanecer por muito tempo traria consequências.—Todos vocês, voltem a dormir ou vadiar, o que seja. Eu vou resolver o assunto pendente com...

—Gideon—Respondeu o forasteiro.

—Muito bem,Gideon, eu espero que você tenha um bom motivo para toda esta comoção.

—Eu não estou comovido—disse Gabriel do sofá, enquanto Evagreen guiava Gideon para um corredor ao lado da escada. Os outros já tinham se dissipado, mas Gabriel parecia realmente não dar conta do mundo ao seu redor. Ele continuou ali,deitado no sofá de maneira displicente e fumando seu cigarro, até que o forasteiro o perdeu de vista.

—Bem Gideon - disse Evagreen parando no corredor. Aparentemente, haviam chegado ao seu destino—Vamos resolver este mal-entendido.

Ah, se ela soubesse o quão profundo era o significado de suas palavras na vida do até então desconhecido, talvez não o tivesse deixado entrar.

 


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