Outro Fruto Proibido escrita por Bebel_125


Capítulo 10
Encontramos o ladrão




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Enfrentamos o verdadeiro ladrão

 

Durante uma cansativa caminhada eu pensei, o que nós já enfrentamos? O trasgo, os gigantes, mas já matamos esses, tem alguma coisa que aconteceu que ficou mal explicada e que não estou lembrando.

 

- Gente, o que vocês enfrentaram essa semana? - perguntei

 

- Muitas coisas, gigantes, empousas, mulheres-cobras, escorpiões muito mais – respondeu Thalia

 

- Vocês mataram todos? – perguntei

 

- Sim – eles responderam em coro

 

Ta bom! Isso ta ficando ridículo, estamos atrás de uma coisa que nem sabemos o que é! O que os deuses pensam que nós somos? Videntes?

 

- Gente – disse Ruth – Vocês lembram que no nosso segundo dia de viagem nós  ouvimos aquelas vozes?

 

- Você acha que é aquilo? – perguntei

 

- Aquilo nos abalou, nos atrasou e me deixou durante dias pensando no que eu ouvi – raciocinou Nico

 

- E não chegamos a saber o que era – disse Percy

 

- É bem capaz – assentiu Thalia – Mas o que era aquilo?

 

- Esse é o problema – suspirou Ruth – Não sei! Nem faço idéia, só me lembrei porque senti uma sensação de fracasso quando saímos daquela casa.

 

Me lembrei do que as vozes disseram, foram coisas que me magoaram demais, eu não conseguia parar de pensar em como me senti quando ouvi aquilo, fiquei triste, nunca tinha me sentido tão mal.

 

Entramos na mata e começamos a caminhar, já que foi em um lugar assim que ouvimos as vozes. Eu estava ficando cansada de tanto andar.

 

- Maggie – começou Nico – Posso conversar com você?

 

- Claro – assenti

 

- A sós – ele pediu e fomos para uma clareira e os outros disseram que iam nos esperar descansando onde nós paramos

 

A clareira não era tão grande, eu estava ficando nervosa, estava sozinha com o cara que eu gosto em uma clareira. Isso é estranho, mas não consigo esconder que estou feliz que ele tenha me chamado para conversar com ele a sós em uma clareira.

 

- O que você quer falar comigo? – perguntei

 

- Eu tinha que falar com você, eu não iria agüentar saber que eu ou você podemos morrer nas mãos desse cara, tenho que falar o que eu sinto – ele disse e perdi o ar

 

- Nico, eu também tenho que te contar uma coisa, mas pode falar primeiro.

 

- Quando eu estava ouvindo as vozes dizendo o que eu não queria ouvir jamais eu ouvi muita coisa, a voz do meu pai, da minha irmã, a voz de Quíron e a sua.

 

- O que eu disse? – perguntei

 

- Que eu não tinha chance com você – ele disse

 

Pronto, agora eu acho que vou desmaiar! Vamos raciocinar, ele me disse que uma das coisas que ele mais teme ouvir é que não tem nenhuma chance comigo, porque ele nunca me disse isso?

 

- Por que nunca me disse isso? – perguntei

 

- Porque eu tive medo que isso estragasse nossa amizade, mas desde o dia em que eu conheci você não paro de pensar nesses olhos castanhos que você tem, muito menos no seu sorriso e você é uma pessoa tão legal, compreensiva.

 

- Ah Nico – suspirei

 

Dei um abraço nele, Nico era muito mais alto que eu, sei que estamos em uma missão de vida ou morte, mas eu não consigo parar de pensar que ele praticamente está se declarando para mim.

 

- Olha, eu não sei o que dizer - comecei – mas é tão bom ouvir isso de você, por que eu sinto a mesma coisa.

 

Ele sorriu e seu rosto ficou perigosamente perto do meu, seus lábios estavam a 1 centímetro dos meus, ele tocou meu cabelo e quando ele ia se aproximando mais para me beijar alguma coisa me derrubou.

 

De repente percebi que meu arco estava bem nas minhas costas preparei ele mas não tinha nada contra lutar, mas meu arco só aparece nas minhas costas quando eu estava em perigo.

 

Eu só via Nico, mas ele estava estranho, me olhava de um jeito completamente diferente, seus olhos estavam vermelho sangue, ele puxou uma espada cravejada de rubis que eu nunca tinha visto.

 

Ele me espetou no queixo com a espada e me arrependi de não ter ficado nesse turno cuidando da espada de ouro. Eu ia morrer um arco não era nada contra uma espada, por que eu tinha que ter um arco?

 

De repente o arco de transformou em uma majestosa espada de prata linda, eu sei que eu sou melhor em arco-e-flecha, mas eu pratiquei muito com o Percy esgrima.

 

Apontei a espada para ele e me fez um golpe que felizmente eu consegui desviar, tentei atacar, mas ele era muito rápido, eu consegui fazer um corte no braço dele, mas ele não disse nada.

 

Continuamos assim e ele me fez um corte um pouco abaixo no olho, continuamos assim até que eu dei um golpe morrendo de raiva daquilo, a espada dele voou longe, o derrubei.

 

Apontei a espada para ele, eu sabia a muito tempo que não era o Nico, mas seria muito difícil eu o machucar, muito mais difícil ainda de matá-lo, de repente ele sorriu e disse:

 

- Por que você acha que eu o escolhi e o dominei até agora, você é muito ingênua garota, eu dominei a cabeça dele para que ele te chamasse e agora você não me matar, nem vou sentir nada, mas assim que eu vir que não dá para continuar no corpo eu saio e ele vai sentir seu golpe, é isso que você quer? Matar todos os seus amigos para me deter?

 

Eu sabia capaz de fazer uma coisa dessas, eu não queria fazer nada aos meus amigos, muito menos a Nico, eu já ficava mal que quando ele voltasse a si ele sentiria aquele corte no braço.

 

Mas também eu não queria morrer, eu sei que o que uma pessoa heróica faria é morrer pelos seus amigos e etc., mas não sei se eu vou deixar ele matar só para proteger Nico, é o que eu poderia fazer, mas eu tenho uma coisa dentro de mim que não em deixa desistir e muito menos entregar a minha vida por ninguém, eu não gosto disso, parece muito egoísmo.

 

Mas uma das coisas que mais me doeu foi que ele fez o Nico me chamar para a clareira, que o que ele disse não foi verdade, ele não era apaixonado por mim e sabia que eu era apaixonada por ele, que vergonha!

 

- Não posso te matar Nico! – eu falava esperando que ele ouvisse – eu sei que se eu deixar você vai me matar por estar possuído, mas, por favor, volte a ser quem você é! Sou eu quem está pedindo, sua melhor amiga, eu não posso fazer isso e preciso que você acorde!

 

- Que tola – a voz riu – Um menino de treze anos não é mais poderoso que eu, você é muito iludida garota, está tão cega pelo garoto que nem pensa direito, ele não vai arranjar força de um pedido seu.

 

 Meus olhos se encheram de água e eu me afastei, estava cansada, triste, ferida por dentro e por fora e tudo isso por culpa de uma coisa que se apossou do corpo do meu melhor amigo, fazendo isso para me afetar, não sei de onde tirei coragem para isso, mas de repente eu estava com MUITA raiva mesmo.

 

- Você se diz poderoso e imortal – gritei – mas você está se escondendo dentro de outra pessoa, você não se acha capaz de me enfrentar pessoalmente? Acha que só consegue me deter usando ágüem que eu gosto? Você deve ser a pessoa mais covarde que eu conheço, seu imbecil.

 

De repente os olhos dele ficaram ainda mais vermelhos e ele deixou o corpo de Nico, que caiu no chão atordoado, mas eu tinha coisas muito piores para me preocupar no momento, como no monstro que estava se formando na minha frente.

 

Fiquei horrorizada por um momento, mas não podia perder a pose, eu só tinha que agüentar uns instantes e detê-lo por um minuto, mas aquilo nunca me pareceu tão estanho.

 

Ele tinha duas vezes a minha altura, era extremamente largo e segurava uma lança que era do meu tamanho, mais o que mais me horrorizou é que ele era todo formado por uma fumaça negra em forma de homem.

 

- Maggie Stwart, pelo menos você vai morrer tendo aprendido um lição, jamais desafie alguém mais poderoso do que você, afinal, que garota de treze anos tem alguma chance contra mim.

 

De repente eu percebi que meus amigos estavam observando, eles pareciam ler a minha mente e entender o meu plano, eu gritei exatamente para chamar a atenção deles, todos pareciam estar concientes, e até Nico que tinha o braço sangrando parecia estar percebendo o que acontecia e pretendia participar.

 

- Você vem ou não vem? – perguntei

 

- É verdade – o monstro concordou – minha mãe me ensinou a não brincar com a comida.

 

- Sabe o que sua mãezinha devia ter te ensinado? – perguntei – A jamais confiar em um meio-sangue, mas eu acho que ela não foi tão inteligente a ponto de te ensinar uma coisa tão importante, como a sua segurança.

 

Ele não fez deboche dessa vez, uma coisa que aprendi dos monstros, não gostam de ser ofendidos, muito menos se metermos a mãezinha deles na história.

 

Ele me atacou, quase me perfurou ao meio com aquela lança, mas eu consegui desviar e o ataquei com a minha espada, meus amigos já se aproximava, era um plano maluco e alguém morreria, mas todos estavam aqui para me ajudar.

 

Eu e o monstro não estávamos em luta muito justa, ele era muito mais forte e tinha uma arma três vezes maior, se bem que eu sou mais rápida, habilidosa e tenho meus amigos pra me ajudar.

 

De repente o monstro se virou, eles tinha o atacado, enquanto meus amigos estavam brigando com ele eu subi em uma árvore feito uma maluca e Ruth jogou a espada de ouro para mim, quando viu que a espada podia detê-lo o monstro ficou louco, ele pulou em cima de Ruth e quando ele saiu meu coração quase sai pela boca.

 

Ruth estava toda ensangüentada, o resto do pessoal olhou para ela com uma cara de sofrimento, ela sabia, ela percebeu que quem me ajudasse a pegar a espada seria o condenado, ela se sacrificou por nós.

 

A raiva dessa vez tomou conta de meu corpo de um jeito pior do que o da outra vez, eu nunca senti tanto ódio na minha vida, meu corpo todo tremia enquanto o gigante ria das cara de sofrimento de todos nós.

 

Agora esse cara foi longe demais, primeiro ele nos fazer ouvir coisas horríveis, depois do faz rodar Las Vegas inteira atrás dele, ele se apossou do corpo do Nico, fez eu ferir o cara que eu amo, e agora matou Ruth por ela me ajudar, ele tem que morrer.

 

Eu fora de mim, agarrando a espada com toda a força do meu pulso pulei da árvore como uma louca sabendo que ia morrer, mas eu cravei a espada com tudo na cabeça dele. O monstro deu berro de dor e caiu com tudo no chão, mas antes dele se desintregar em cinzas eu já estava no chão, toda machucada com uns ossos quebrados da queda. De repente tudo ficou escuro.


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