Outro Fruto Proibido escrita por Bebel_125


Capítulo 9
Quando você pensa que chegou ao lugar certo...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo!
Me desculpem pela demora!



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Vou te dizer, prefiro enfrentar a esfinge e o minotauro mais tarde ao mesmo tempo do que acordar agora olha, nem um monstro dos piores, nem o ladrão de espadas merece acordar às 6:00 da manhã para sofrer um risco de vida.

 

Abri os olhos e me levantei com MUITO esforço e olhei em volta, meus amigos eram sombras andando por mim, me levantei e pus mais um moletom de segunda mão, fazer o que? Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, respirei fundo e eu estava pronta

 

Segui para fora do hotel com meus amigos, Sra. Dália, dona do hotel, nos desejou boa sorte. Olhei para meu fieis companheiros de missão, meus grandes amigos, nós olhamos um para o outro e nos viramos, para seguir nosso caminho, um de nós ia morrer.

 

 

Eu segui até o oeste da cidade com a Ruth, nós duas caminhamos muito até que chegamos a um ponto onde eu não agüentava mais. Eu me encolhi muito cansada, Ruth não parecia nem um pouco cansada, e olha que já é 1:00 da tarde.

 

- Você ta bem? – ela perguntou

 

- Eu quero encontrar a porcaria dessa casa logo! – grunhi

 

- Calma, eu acho que estamos no caminho certo.

 

- Você disse isso à umas 3 horas atrás. – reclamei

 

- Nós vamos conseguir – ela sussurrou, embora pareça que estava falando com ela mesma – Quem você acha que vai encontrar o ladrão?

 

- Eu não sei, às vezes eu queria fugir dessa missão e outras vezes eu sinto que eu devia ser exterminada antes de perder algum de vocês.

 

- Não diz isso – ela pôs a mão no seu ombro – Se você morrer vamos sentir que viemos até aqui por nada, somos todos amigos, nós vivemos, lutamos e morremos juntos.

 

Quando ela disse isso eu entendi mais do que nunca o significado da frase “Só nos momentos ruins sabemos que são amigos de verdade” Eu tinha grandes amigos que no piro momento da minha vida vieram em uma viagem que arriscaria a vida de um deles para me proteger. É tudo o que eu preciso, eu jamais abandonaria um deles quando precisasse da minha ajuda.

 

Olhei para Ruth, ela nem nenhum dos meus amigos merecia morrer, aquilo era muito injusto, eu sofreria demais, mas como meu pai sempre disse: “Sofrer muito às vezes faz bem, nos ajuda a amadurecer, nos dá mais sabedoria”

 

- Eu queria tanto poder mudar a profecia, queria poder mudar o futuro – admiti – queria ter essa arma na mão.

 

- Você tem uma nas costas- avisou Ruth

 

- Quê? – perguntei

 

Foi aí que percebi que o meu arco estava nas minhas costas, da última vez que isso aconteceu foi quando eu enfrentei o gigante, então eu deduzi que quando eu estava em perigo ele aparecia nas minhas costas.

 

- Chegamos – disse Ruth – é aqui.

 

- Ótimo

 

Bem, não sei se ótimo é a palavra certa, talvez possa ser bem ruim, uma de nós pode morrer se o monstro estiver aqui, mas quem sabe uma de nós não morra agora, vou sofrer quando voltar para o hotel e ver que tem alguém faltando.

 

Mas eu usei ótimo por que não agüentava mais andar.

 

Era mais assustador do que eu imaginava, tinha uma casa enorme, ela ficava um pouco afastada da cidade, aqui fazia muito silêncio, não tinham muitas luzes e tudo tinha muito cheiro de monstro.

 

Veja, o que mais me surpreendeu foi que a casa não parecia detonada, era larga e tinha dois andares e era toda pintada de azul claro. As janelas são enormes e não dá pra ver nada que esteja dentro da casa por causa de cortinas brancas em todas as janelas.

 

Não sei o que era mais assustador, que a casa parecia ser uma cabaninha de uma família feliz ou que a porta estava aberta e de dentro dela dava para ver uma mulher com um vestido verde-limão bem cheguei que olhava para uma espada.

 

Eu e Ruth paramos em frente à casa, um frio percorreu minha espinha, o ladrão é uma mulher, e ela está aqui, somos duas, quem sobreviver a isso pega a espada e leva para os outros.

 

Olhei para ela, seus olhos estavam cheios d’ água, toquei seu ombro, o que tem que ser será. Nós seguimos em frente e entramos na casa, me surpreendi ainda mais. A casa parecia ter saído de um conto de fadas.

 

Os móveis eram todo dourados bem clarinho, a decoração parecia de um castelo, tinha uma escadaria de mármore maravilhosa, e nos esperamos tinham uma linda mulher de cabelos loiros, olhos azuis e um rosto bondoso.

 

Mas eu sabia que esse sorriso era uma fachada, ela tinha a espada de ouro na mão e a segurava com muito orgulho, ela se aproximou de nós e instantaneamente nos afastamos, reflexo.

 

- Minhas queridas, é um prazer tê-las aqui – ela disse sorrindo

 

- Quem é você? – perguntei

 

- Sou Fionna – ela respondeu – e vocês são meio-sangues, Maggie e Ruth, filhas de Hera e de Deméter.

 

- Exatamente – assentiu Ruth

 

- Como você sabe quem somos?

 

- Oh, eu não sou semideusa, nem um monstro, sou uma mortal, mas tenho muito mais poder do que vocês possam imaginar.

 

- Se você é uma mortal, como está com essa espada? – Ruth perguntou

 

- Não é da sua conta minhas queridas, mas infelizmente não poderemos conversar, eu tenho que matar vocês. – ela ergueu a espada e uma armadura grega apareceu de repente em seu corpo

 

- O que faremos agora? – perguntou Ruth sussurrando

 

- Vamos lutar – eu disse

 

- Não temos chance contra essa espada. – ela gemeu

 

- Eu sei, mas não vou morrer como uma covarde – eu disse

 

Meus olhos se encheram de lágrimas, eu ia morrer, toda essa missão serviu apenas para apressar a minha morte, mas se fosse apenas isso eu iria aceitar, mas ela vai matar nós duas, eu serei a culpada da morte de Ruth.

 

Puxei meu arco, mas ele não o suficiente contra aquela espada, eu sei que um arco não é tão bom quanto uma espada, mas eu sempre fui melhor em arco-e-flecha, agora seria o momento de testar tudo o que eu treinei.

 

Ela era uma mortal, tinha uma espada invencível, não deve ser tão difícil acertar uma flecha nela.

 

Lancei a primeira e quebrei a cara, a flecha a atravessou como se não tivesse nada lá, era uma mortal, só podia ser morta com armas mortais. Ruth puxou seu facão e investiu contra Fionna.

 

Ruth era bastante habilidosa, mas ela estava em muita desvantagem, tinha uma faca e estava contra a espada mais poderosa do mundo, uma espada invencível.

 

Enquanto elas lutavam, eu corri até a cozinha, tinha que ter alguma coisa lá, eu fui até o faqueiro tinham umas facas enormes, eu nunca lutei com uma faca de metal, mas eu tinha que tentar.

 

Peguei a maior e corri até a sala, esperando que não fosse tarde demais para ajudar Ruth, quando cheguei, ela estava deitada e sua faca bem longe, Fionna ia cheia de si para matar uma das minhas melhores amigas.

 

Eu a ataquei por trás, mas quebrei a cara de novo, ela se virou para mim e começamos a lutar, ela forçava a minha faca, que estava quase quebrando, mas eu consegui desviar e rolar para o lado.

 

Ela correu para cima de mim e quase tacou a espada na minha cabeça, mas eu desviei, e chutei ela, quando caiu ela agarrou meu pé e apertou meu pescoço tentando me enforcar, ela pegou a espada, e estendeu, esse é o meu fim.

 

Mas de repente...

 

Ela saiu de cima de mim e eu percebi que agora éramos seis naquela sala, perto de nós estavam Percy, Nico e Thalia, ela estava com sua lança gigantesca e os garotos estavam com espadas nas mãos.

 

- Finalmente – suspirou Ruth que estava com eles

 

- Ruth nos mandou uma mensagem de Íris e viemos o mais rápido possível.

 

- Como chegaram tão rápido? – perguntei confusa

 

- Explicamos depois – disse Nico – mas agora nós temos que destruir essa mulher!

 

Atacamos juntos, Percy e Nico tinham vantagens, Percy porque era invulnerável e Nico porque sua espada era feita do metal do Estige, então matava tanto monstros quanto mortais, eu, Ruth e Thalia pegamos outros facões e também estávamos conseguindo alguma coisa.

 

Mas não era fácil, nem meio-sangues como nós conseguíamos matar essa mulher facilmente, não com ela segurando a espada e conseguindo evitar nossos truques, eu já estava com um enorme corte da bochecha e um no braço, os outros não estavam melhores que eu.

 

Acho que ficamos nessa por quase uns 20 minutos, eu estava extremamente irritada, aquela mulher não morria e era uma mortal, não me estranho porque a espada é tão importante assim para Zeus.

 

De repente me toquei, a espada a avisava quem ia atacá-la e quase se movia por conta própria, Fionna não era tão poderosa assim, ela estava sendo usada por alguém, Fionna não é a ladra.

 

Não tinha sentido matar uma humana, ela estava sendo usada por alguém, mas como impedi-la de nos matar?

 

- Para quem você trabalha? – perguntei

 

- O que? – Fionna perguntou me atacando

 

-Quem é o verdadeiro ladrão?

 

- Eu! Eu roubei a espada, mas ninguém tem haver com isso! – ela estava com lágrimas nos olhos

 

- Não precisa proteger ninguém – disse Ruth – nós iremos poupar a sua vida.

 

- Não! – Fionna berrou teimosa

 

- Nos conte – pediu Percy – não iremos lhe fazer mal.

 

- Não confio em vocês!

 

- Pare! – pediu Thalia – Você está sendo usada e não vê, podemos ajudar você!

 

Ela tinha lágrimas correndo pelo rosto, eu senti muita pena dela, estava sofrendo por causa de uma pessoa que estava a usando, mas quem teria a tamanha cara de pau de usar uma mortal e fazê-la passar por isso?

 

- Por favor – pedi – não seja tão tola, a pessoa que roubou essa espada sabia que mesmo com o poder dela um hora ou outra você iria morrer, então não seja leal a ela!

 

Ela finalmente parou, suspirei aliviada, os outros também pararam e ficamos olhando penalizados quando Fionna caiu no chão de tanto chorar e deixou a espada cair, ela estava extremamente desconsolável.

 

- Obrigada Fionna – agradeci – você foi muito nobre em nos ajudar.

 

- Ele me usou, ele me usou... – ela ficou repetindo

 

- Calma – pediu Percy – você vai poder reconstruir a sua vida

 

- Vão embora – ela pediu – levem essa maldita espada e quando ele for atrás de vocês quero que me façam um favor.

 

- Qualquer coisa – Thalia prometeu

 

- Eu quero que digam a ele que ele vai cair um dia, alguém vai conseguir derrotá-lo e que ele é muito covarde de usar uma mortal, mas por favor, não pensem que vocês possam matá-lo.

 

- Por que não podemos matá-lo? – perguntou Ruth

 

- Vocês irão descobrir, mas eu acho que já o encontraram – ela disse

 

Fomos embora, mas muitas coisa estavam passando pela minha cabeça naquele momento, não sei o que ela quis dizer com aquilo, mas parece que já o enfrentei antes, mas quem pode ser?...


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Notas finais do capítulo

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