Outro Fruto Proibido escrita por Bebel_125


Capítulo 11
Tomo a decisão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas tô cheia de problemas



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A última coisa que me lembro foi que eu matei o monstro e que ao tentar me ajudar Ruth tinha morrido, o que estragava totalmente a minha vitória. Se bem que essa vitória não foi minha, porque eu não teria a coragem que a Ruth teve.

 

Quando eu morrer, quero morrer da mesma maneira que a Ruth, lutando por uma boa causa e para salvar um amigo, quero ter uma morte tão nobre quanto a dela. Mas eu sei que ainda não acabou, ainda temos que ir ao Olimpo, temos apenas 2 dias até que o prazo acabe.

 

- Maggie, você ta viva? – perguntou o Percy

 

E foi aí que me dei conta do que tinha acabado de acontecer, ao pular da árvore enorme eu havia tido uma queda feia de uns 20 metros, minhas costas doíam demais e minha cabeça parecia rachada, tinha uma coisa quente escorrendo pelo meu cabelo, que eu deduzi ser sangue. Agora eu me lasquei!

 

- To – consegui responder

 

- Consegue se levantar? – perguntou Nico

 

- Claro! Depois eu vou sair pulando por aí – ironizei

 

- Você teve uma queda feia – disse Thalia – deve ter quebrado algumas costelas e bateu a cabeça com força no chão.

 

Eles tentaram me levantar, eu só gemia, eu to toda quebrada e tonta e meus cabelos loiros estão ensopados de sangue que veio da minha cabeça.

 

Percy e Nico me apoiaram em seus ombros e seguimos andando até um lugar mais calmo, uma pequena clareira onde o sol raiva extremamente forte, deve ser em torno de meio-dia.

 

Ele me encostaram em uma pedra e eu estava tão cansada que acabei pegando no sono, eu tive um sonho estranho, muito, muito, estranho.

 

Estou em uma casa, aqui é bastante claro e bonito, tudo está tranqüilo e de repente eu ouço um baque e a porta se fecha, agora ferrou.

 

Eu me escondi atrás de uma poltrona e fiquei esperando alguma coisa acontecer, até que eu percebi passos vindos em minha direção, “agora é o meu fim” pensei, até que a pessoa que se sentou ao meu lado não era tão assustadora.

 

- O que faz aqui? – perguntou Nico

 

- Estou apenas passeando, você me assustou, pensei que fosse um monstro – eu sorri

 

- Por que veio aqui?

 

- Você sabe – eu respondi corada – Eu estava curiosa para saber como era esse lugar.

 

- Eu sei como é – ele sorriu – eu também gosto de fugir disso às vezes, mas você sabe que pode contar comigo sempre, não sabe?

 

- Sei – eu ri e me encostei – Eu te amo!

 

- Eu também te amo

 

Ele estava prestes a me beijar quando eu comecei a girar, não acredito nisso!

 

De repente eu estou com uma roupa diferente, tem um arco nas minhas costas e eu estou correndo como se eu não tivesse preocupações na vida, achei um riacho e  entrei nele com tudo, totalmente feliz.

 

- Está se divertindo? – perguntou Thalia aparecendo atrás de mim rindo da cena

 

- E como! Isso é muito divertido! Eu estou adorando! – eu estava sorrindo e rindo muito

 

- Ser uma caçadora é muito bom mesmo – ela sorriu ,eu saí do riacho totalmente encharcada e me sentei perto dela – Eu me sinto mais forte, é muito bom estar livre e... Assim!

 

- Estão se divertindo, minhas caçadoras? – perguntou Ártemis divertida

 

- Sim, senhora, isso é melhor do que eu imaginava – eu sorri para ela

 

Ártemis se sentou perto de nós eu me vi rindo ao lado das duas, depois as outras caçadoras chegaram perto de nós e ficamos rindo e conversando durante um bom tempo até anoitecer.

 

De repente eu acordei, o que eu fazia para merecer sonhos como aqueles? Eu sei o que devem estar pensando, os sonhos eram maravilhosos, mas é que eu fico ainda mais indecisa, entre uma vida tranqüila e sem garotos ao lado das caçadoras, ou uma vida ainda bastante agitada, mas ao lado do garoto que eu amo. Ô dúvida cruel!

 

Com toda essa confusão eu tinha me esquecido que tinha três dias para tomar uma das maiores decisões da minha vida, e eu nem fazia idéia do que escolher. Ta na cara que se eu escolher o Nico eu vou ter lutar muito para conquistá-lo, e se eu fosse uma caçadora não ia ter que me decepcionar se não desse certo, ia seguir minha vida sem ele nem outro garoto, mas por outro lado eu sempre levei comigo a idéia de que quem desiste de uma coisa sem dar o máximo de si é um covarde.

 

- Você ta bem? – perguntou o Percy vendo minha cara de preocupação e dúvida

 

- Eu estou melhor – eu respondi percebendo que a dor tinha diminuído e que minhas costelas já estavam bem melhores, assim como minha cabeça

 

- Não é disso que eu estou falando – ele murmurou – quero saber se alguma coisa está te preocupando. Algum problema?

 

- Você sabe, temos que entregar essa espada para Zeus, senão ele vai me destruir e possivelmente vai destruir os primeiros meio-sangues que ele ver pela frente.

 

- Você sabe que não é disso que eu estou falando – ele insistiu

 

- É – cedi – eu sei o que você quer dizer

 

- Já tomou a decisão? – ele perguntou

 

- Não – suspirei

 

 

- Se quer um conselho, eu não sairia de uma briga, mesmo sem esperanças eu iria até o fim para vencê-la, ou quem sabe perdê-la.

 

- Está dizendo para eu não desistir do Nico – conclui

 

- Não – ele negou – estou dizendo que você deveria fazer o que acha que é certo e lutar por isso.

 

- Obrigada

 

- De nada

 

Ele saiu e me deixou sozinha com um pensamento, ele diz que ta querendo me dizer para fazer o que eu acho certo, mas como eu vou fazer isso? É exatamente o que eu quero, é a minha dúvida, o que eu acho certo? O que é melhor pra mim?

 

É claro que se eu escolher uma coisa, a outra pode ser a maior dúvida da minha vida, eu posso muito bem me arrepender, mas eu tenho que seguir meu coração. Eu quero decidir uma coisa que me faça feliz.

 

- Percy me contou que você ta em dúvida – Nico chegou e se sentou perto de mim

 

- Eu não sei o que fazer – eu disse pra ele – eu realmente tenho dúvidas

 

- Olha – ele começou – sei que não tenho direito de dizer “não seja uma caçadora”, mas eu também não vou dizer que não vou me importar se você for caçadora porque foi melhor pra você. Não vou ficar feliz por mais uma pessoa que eu gosto me abandonar.

 

- Não vou te abandonar, vou poder visitar de vez em quando – eu disse pensando no que eu disse

 

- Não quero você apenas “de vez em quando” – ele chegou perto de mim, perto demais

 

- Gente, temos que ir – gritou o Percy de longe

 

- É melhor irmos – falei baixo

 

Ele se levantou e me ajudou a levantar, na verdade eu não conseguia ficar em pé sozinha e ele me ajudou a andar. Quando chegamos do outro lado, Percy e Thalia estavam prontos para irmos.

 

- Próxima parada, Empire State – disse Percy

 

Foi uma longa caminhada, longa mesmo, eu só precisei de ajuda durante uma hora, depois a ambrosia fez efeito e consegui andar sozinha, por que essas coisas só acontecem comigo?

 

Passamos o dia inteiro andando, mas ainda faltava muito pra andar, e só tínhamos dois dias restando, olhei para o pessoal e sugeri:

 

- Se ainda tiver alguma grana podemos pegar um avião. – não sei porque, mas eles riram da cara – que foi?

 

- Não tem condição de mim, você e o Nico pegarmos um avião – disse o Percy – Aconteceria um acidente.

 

- Por quê?

 

- Porque Zeus é o deus do céu, e não hesitaria em nos matar se fôssemos para o território dele – explicou Nico

 

- É mesmo – concordei – nem tinha pensado nisso. Deve ser por isso que meu pai não gosta de andar de avião.

 

Eles suspiraram, voltamos a estaca zero, como nós vamos chegar até lá a tempo? Nós só chegamos até Las Vegas cedo porque Afrodite nos deu uma carona, quem dera ter mais alguma carona.

 

- A carruagem de Ártemis – sugeriu Thalia

 

Eu entendi, talvez Ártemis nos desse uma carona, mas ela teria que ter um motivo para vir aqui, esse motivo poderia ser a minha decisão. Eu saí de perto deles e fiquei atrás de uma árvore onde eles não podiam me ver.

 

Fechei os olhos com tanta força que chegava a doer, juntei as mãos com mais força ainda e pensei repetidamente “Um sinal, um sinal...”

 

Até que eu ganhei um sinal, nas minhas costas o arco começou a pesar, as flechas começaram a aparecer na minha mão e uma deusa apareceu na minha frente, Ártemis.

 

- Creio que você já saiba o que me dizer – ela disse docemente

 

- Olha, deusa, eu sei que eu pedi um sinal, mas quando isso apareceu em mim e a senhorita também apareceu, eu me senti meio...

 

- Decepcionada – ela sugeriu

 

- É – respondi constrangida – Acho que não posso me juntar às caçadoras.

 

- Entendo – ela sorriu – Mas eu realmente espero que você não se decepcione.

 

- Nunca se sabe – eu disse – Mas eu tenho que tentar

 

Ela apenas assentiu, mas quando ela ia embora eu disse:

 

- Senhorita, será que pode nos ajudar a chegar no Olimpo?

 

- Eu não posso fazer nada a um meio-sangue sem nada em troca – respondeu Ártemis – são regras de Zeus.

 

- Pode me pedir qualquer coisa! – eu implorei

 

- Você terá que usar um anel de castidade – ela disse – é como uma promessa de que você será virgem até o seu casamento, para que não se perca na vida. Mas isso é um segredo, não quero que ninguém te ajude a conseguir isso, quero que você faça isso sozinha, esse anel é forjado do Estige e se você não cumprir a promessa sofrerá a conseqüências, você aceita?

 

- Eu aceito – eu disse e apareceu um anel no meu dedo

 

Ao dizer isso, eu não imaginava as conseqüências dessas palavras. Ártemis e eu fomos até os outros e eles olharam espantados para nós, ninguém disse nada, todos estavam apreensivos e resolvi quebrar o gelo.

 

- Tomei minha decisão – eu disse

 

- E o que você disse? – perguntou Nico nervoso

 

- Eu não serei uma caçadora – eu disse

 

Muitas coisas aconteceram depois dessa frase, foi como uma coisa explodindo dentro de mim, eu não prestei atenção na decepção de Thalia, nem no meio sorriso de Percy, muito menos olhei para Ártemis que murmurava algo que não prestei atenção para descobrir.

 

Eu só conseguia contemplar o sorriso vitorioso que estava no rosto de Nico, tanto tempo eu sonhei com o que ele faria ou diria se eu resolvesse nos dar uma chance, eu pensei em abraços, já pensei até em um beijo, mas eu nunca fantasiei com um sorriso, mas esse sorriso feliz, vitorioso, confiante e lindo que ele dirigia a mim era melhor do que qualquer outra coisa.

 

- Vocês querem uma carona? – perguntou Ártemis

 

- Sim, muito obrigada – disse Percy

 

A carruagem de Ártemis apareceu do nada e embarcamos nela, como era de noite nós podíamos andar nela, eu sentei ao lado de Nico e ele pegou a minha mão, foi aí que eu me lembrei:

 

- Gente, isso não é a mesma coisa que andar de avião?

 

- Na verdade Zeus não pode destruir a minha carruagem – explicou Ártemis – Nem aqueles que têm permissão de entrar nela.

 

Foi uma ótima viagem, eu vi NY de cima, era tudo tão lindo, eu só fui uma vez nessa cidade, e foi com muito aperto, mas meu pai quis comemorar o natal comigo lá quando eu tinha 10 anos.

 

Era tudo tão iluminado e lindo, era praticamente tudo iluminado, eu estava quase cochilando de cansaço no ombro de Nico, mas Ártemis anunciou:

 

- Chegamos, só posso levar até aqui

 

Estávamos no Empire State, mas eu quase abri a boca quando vi que estávamos bem no topo e no Olimpo. Essa visão fazia a paisagem de NY lá de cima um horror total, era lindo demais.


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Notas finais do capítulo

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