Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 15
The Brotherhood


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, como vão vocês? Bom, esse capítulo é mais paradinho, mas gostei bastante do resultado, espero que vocês gostem também. Queria avisar que agora que as aulas estão terminando, terei mais tempo para me dedicar à fic [yaaay], por isso, de agora em diante tentarei postar os capítulos de quatro em quatro dias. Receio em dizer que a estória já está perto do final, mas não fiquem tristes, ainda tem muita ação pela frente! hehehehe.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596213/chapter/15

– Ah, Spencer, é tão bom ver você! – Exclamava Claire abraçada ao irmão.

– Temi o pior quando Eddie disse que havia desaparecido. – Disse ele. – O que foi que deu em você? Sair correndo sozinha por aí?

– Eu não podia deixá-lo sozinho! – Defendeu-se Claire apontando para o Doutor.

– Spence, está tudo bem? – Perguntou uma voz vinda do cômodo ao lado.

– Sim, querido, está. – Respondeu Spencer. – Venha cá, Robert! Claire e Eddie chegaram.

Nisso, um rapaz alto, de pele negra, a cabeça raspada, a barba por fazer e olhos castanhos claros apareceu na sala e sorriu ao ver os dois jovens.

– Ainda bem que conseguiram chegar em segurança! Ouvi boatos de que haveriam Daleks rondando a entrada da cidade.

– Não passamos por lá. Viemos direto para cá com o Doutor. – Disse Claire.

– Doutor? Doutor quem? – Perguntou Robert confuso.

– Muito prazer, eu sou o Doutor! – Exclamou o Doutor alegremente, dando um aperto de mão para Robert. – Mas então, o que vocês dois fazem por aqui?

– Prazer, eu sou o Robert e... Eu e Spencer moramos aqui. – Respondeu Robert um tanto surpreso com a empolgação do Doutor. – E Spencer também cuida de feridos que encontramos na região.

– Ah, então você também é um doutor. – Disse o Doutor olhando para Spencer.

– Bom, eu tento, mas sabe como é. É difícil se dedicar aos estudos com todo esse caos. – Respondeu Spencer desanimado.

– Ora, não seja tão humilde, você é um doutor sim, e um dos melhores! – Exclamou Claire.

O Doutor sorriu ao ver o ímpeto de Claire em defender o irmão.

– Bom, por que não sobem para os quartos? – Sugeriu Robert. – Temos espaço o suficiente lá, já que deixamos todos os pacientes aqui no andar de baixo mesmo. Sabe como é, muitos deles estão sem condições de subir e descer escadas.

– Há quantas pessoas aqui? – Perguntou Eddie.

– Não muitas. – Respondeu Spencer. – Chegou um senhor ontem pela manhã com uma queimadura grave na perna, mas outros acabaram... você sabe.

– Entendo. – Disse Eddie em tom compreensivo.

Então, repentinamente, um grito veio do cômodo ao lado, fazendo todos pularem de susto.

– O que houve? – Perguntou o Doutor pondo a mão no bolso instintivamente em busca de sua chave de fenda.

– Ah, Meredith. Ela faz isso de vez em quando. – Respondeu Spencer muito tranquilo. – Estava fugindo dos Daleks e acabou batendo a cabeça. Melhorou bastante desde que chegou aqui, mas receio que haverá sequelas.

– Mas que triste. – Lamentou Claire.

– Robert, querido, pode acompanhá-los até os quartos? – Pediu Spencer. – Vou ver o que se passa com a Meredith.

Robert, então, guiou os recém-chegados para os quartos e, ao certificar-se de que estava tudo bem, desceu para ajudar o marido.

– Fiquem à vontade. Não é muita coisa, mas é bem melhor do que uma cela fria e escura, não? – Disse ele rindo levemente para Claire e o Doutor.

– Sim, muito melhor! Obrigada, Rob. – Disse Claire alegremente e jogando-se em uma das camas.

– É médico também, Robert? – Perguntou o Doutor.

– Oh não. – Disse ele um tanto encabulado. – Sou apenas um enfermeiro.

– Não diga isso. Você faz um trabalho incrível, não deveria se subestimar assim. – Disse o Doutor.

Robert sorriu para o Doutor, agradeceu-o e fechou a porta do dormitório, deixando os três sozinhos.

Horas mais tarde, Claire e Eddie já haviam tomado um bom banho e agora dormiam tranquilamente em suas camas. No entanto, o Doutor permanecia acordado, pensativo. Agora que Claire se encontrava segura, ele não via motivos para permanecer com ela. Na realidade, ele tinha medo de que ela ficasse em perigo por sua causa mais uma vez. “É por isso que eu fico sozinho”. Disse ele a si mesmo, irritado ao lembrar-se das várias vezes em que alguém correu perigo para ajudá-lo.

Com isso em mente, ele levantou-se da cama, aproximou-se do corpo adormecido de Claire e correu os dedos em seus cabelos loiros. No fundo, não queria ter que vê-la pela última vez, mas sentia que era necessário.

– Me desculpe, me desculpe mesmo. – Sussurrou ele.

Em seguida, o Doutor saiu do dormitório e desceu o mais silenciosamente possível em direção à porta. Estava desapontado por não poder livrar-se dos Daleks como prometera, mas sentia que não havia outro jeito. Aquela situação toda mexia muito com ele e isso o deixaria mais suscetível ao ataque dos Daleks.

Entretanto, assim que tocou a maçaneta, a luz se acendeu.

– Já está de saída, Doutor? – Perguntou Spencer.

– Não posso mais ficar. Não se quiser manter sua irmã em segurança.

– O que quer dizer?

– Claire só foi parar naquela cela por minha causa. – Disse ele. – Ela tentou me avisar, mas não lhe dei ouvidos. Mas agora que ela está aqui com você, posso garantir para que isso não se repita.

– Eddie disse que ela separou-se de meu pai para te ajudar, estou certo?

– Bom, sim, mas a questão é...

– Escute. – Interrompeu Spencer. – Claire está na Resistência desde que tinha catorze anos. Quero dizer, meu pai, os outros rebeldes e a causa deles são tudo o que ela conhece. E se ela foi firme o bastante para deixá-los para trás, quer dizer que ela se importa mesmo com você.

– Você não entende. Ela pediu minha ajuda e eu falhei, e isso quase custou a vida dela! Não posso permitir que isso se repita.

– Olha, Doutor, eu nunca quis que Claire permanecesse na Resistência. Sabe como é, a velha síndrome do irmão mais velho. – Disse Spencer soltando uma leve risada sem graça. – Tínhamos outro irmão, Matthew. Era dois anos mais novo do que eu e três anos mais velho que Claire, e bom, ele também fazia parte da Resistência, mas foi capturado faz uns dois anos. A questão é que, depois daquele dia, eu pedi, na verdade implorei, para que Claire saísse da Resistência. Eu não queria ver outro irmão caindo nas mãos daqueles Daleks. Disse que poderia me ajudar aqui no hospital, mas ela recusou. Nada do que disse foi capaz de fazê-la mudar de ideia. No entanto, só se pensar na possibilidade de você estar em perigo, ela deixou tudo para trás, mesmo sob advertência de meu pai.

– Eu sinto muito pelo seu irmão. – Disse o Doutor. – Mas eu não posso mais ficar aqui. Não só por Claire, mas por mim mesmo, entenda.

– Não quero que pense que estou usando a memória de meu irmão para te convencer a ficar. Só estou dizendo que você é importante para Claire e, se ela acredita que você é capaz de derrotar os Daleks, não duvido que o seja.

O Doutor fitou os olhos claros de Spencer por um momento. Ele concordava com o rapaz, mas o medo de deixar Claire em perigo ainda rondava sua mente. Ele sabia que a garota ficaria magoada se acordasse e descobrisse que ele havia partido, todavia, um coração quebrado é melhor do que coração nenhum, pensava ele. Além disso, o Doutor não estava seguro de como ficaria caso a perdesse assim como perdera Rose. É provável que ele não aguentaria.

Mas, no fundo, tudo o que ele queria era ficar.

– Está bem, eu fico. – Disse ele.

– Obrigado. – Respondeu Spencer. – Bom, se não estiver muito cansado, poderia me ajudar esta noite? Não há muitos pacientes aqui, mas o caso dos poucos que temos é bem grave e eu e Robert não estamos dando conta. – Admitiu ele constrangido.

– Oh sim, farei o possível para ajudar. – Respondeu o Doutor.

Nisso, ele deu meia-volta e seguiu Spencer até a enfermaria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Gostaria muito de saber sua opinião, por isso, não tenha medo e deixe o seu comentário. Críticas construtivas são bem vindas e elogios mais ainda ;)
Beijinhosss.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memory of the Future" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.