Memory of the Future escrita por chrissie lowe


Capítulo 14
The Rescue


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, é que eu prefiro sempre me ter dois ou três capítulos adiantados antes de postar um novo, mas demorei para terminar os dois próximos que virão e.e Mas queria agradecer a todos que estão lendo e começaram a acompanhar a fic nesse meio tempo e queria dizer também que acho todos lindos e cheirosos por mandarem tantos elogios ♥



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Era madrugada. No esconderijo, alguns dormiam e outros ficavam de vigília. Eddie estava deitado em um colchão inflável, mas não conseguia pegar no sono. Sua preocupação com Claire era maior do que sua vontade de dormir. Ele havia levado dias para arquitetar um plano para resgatá-la, e mais outros dias para tirá-lo do papel. Ele sentia que estava na hora de pôr esse plano em prática.

Eddie pegou um tablet e o ligou. Certificando-se de que ninguém prestava atenção nele, digitou um código e a imagem de um rapaz apareceu na tela poucos segundos depois.

– Está na hora. – Disse Eddie.

– Tem certeza do que está fazendo? – Perguntou o rapaz, preocupado.

– É a nossa única chance.

O rapaz, ainda não totalmente convencido, apenas consentiu e digitou uma série de coordenadas para Eddie.

– Não entendo porque não pode levá-la para aí.

– Já te disse. George está acusando-a de deserção. Não vai deixá-la entrar.

– Mas ele é sempre assim. Se ele vê-la irá mudar de ideia.

– Acho que não dessa vez. Não sei, George está frustrado por não ter conseguido deixá-la fora disso tudo.

– Bom, eu não sei, só quero que traga Claire em segurança. – Disse o rapaz.

E desligou. Eddie levantou-se do colchão com um pouco de dificuldade, pois sua perna ainda não estava totalmente recuperada, e foi até as camas de Emma e Josh.

– Ei, acordem! Está na hora.

– O quê? Já é o meu turno? – Perguntou Josh, sonolento.

– Nada disso! Temos que ir atrás de Claire. – Disse Eddie.

– Mas já falamos sobre isso. George não vai deixar que saiamos. – Disse Emma.

– Não me importo com o que ele diz. Não podemos deixá-la a própria sorte.

– Ela deve estar com o Doutor, por que ia querer ser salva? – Questionou Josh.

– Só porque ela está com ele, não quer dizer que estejam seguros. – Retrucou Eddie. – Além disso, eu já pensei em tudo. Vocês não precisarão sair daqui.

– O quê? Como assim? – Perguntaram os dois sem entender.

– Passei os últimos dias aprimorando aquele dispositivo que George roubou da Torre de Londres. – Respondeu ele. – Só preciso ir até Claire e vocês dois só precisam nos teletransportar de volta.

– Espere um pouco. Construiu um teletransportador em pouco mais de uma semana? – Perguntou Emma, incrédula.

– Só reconfigurei o sistema do teletransportador que George usou para mandar Claire para o passado. Ele nos mandará para fora da base Dalek assim que apertarem esses botões. – Disse Eddie entregando um controle remoto com dois botões e um teclado.

– Como saberemos qual deles apertar? – Perguntou Josh, confuso com os botões.

– Simples. Ao meu sinal, apertarão o vermelho, esperarão três segundos e digitarão essas coordenadas. – Explicou ele entregando um pedaço de papel para os dois. – E, por fim, apertarão o botão verde.

– Espere. Essas não são as coordenadas daqui. – Disse Emma. – Para onde estão indo?

– Não posso contar agora, mas entrarei em contato se tudo der certo.

– Eddie, isso parece loucura. – Disse Josh ainda inseguro. – E se ela não estiver lá?

– Se eu não a encontrar ou for capturado pelos Daleks, darei sinal para que façam o que acabei de explicar.

Sem deixar que Emma e Josh lhe questionassem novamente, Eddie se levantou e colocou um relógio em seu pulso, digitou algumas coordenadas e, antes que os dois pudessem dizer algo, um túnel branco e luminoso se abriu bem ao lado de Eddie e este mergulhou no túnel, sumindo de vista.

Ainda presos na cela, Claire e o Doutor já haviam arquitetado todo o tipo de plano que poderiam, mas não obtiveram êxito em nenhum deles. Faziam dias que os dois estavam ali, e nenhum deles sabia dizer qual seria a intenção dos Daleks em mantê-los somente encarcerados, sem fazer mais nada. E isso era preocupante.

A ferida do Doutor já começava a se cicatrizar. No entanto, os dois estavam sujos e famintos, pois os Daleks vigilantes só traziam comida no início da manhã e no da noite, e água o suficiente apenas para beber. Se os Daleks não pretendiam matá-los por meio de raios paralisantes ou exterminando-os instantaneamente, pretendiam fazê-lo por inanição, pensavam os dois.

– O que será que estão pretendendo? – Questionou Claire.

– Acho que estão sendo cautelosos. – Sugeriu o Doutor.

– Estão sendo cautelosos demais, então. – Retrucou ela. – Não entendo. Eles sabem quem você é e te odeiam, por que ainda não fizeram nada?

– Ei! Eles também sabem quem é você e também te odeiam.

– Ah, você entendeu o que eu quis dizer e...

Antes que ela pudesse terminar sua frase, uma luz forte e branca surgiu bem no meio da cela, deixando Claire e o Doutor abismados.

– O quê? O que é isso? – Perguntou o Doutor protegendo os olhos com o braço.

– Mas isso se parece com...

E antes que Claire concluísse sua frase mais uma vez, o corpo de Eddie caiu bem diante de seus olhos.

– Mas quem é esse? – Perguntou o Doutor.

– Eddie! – Exclamou Claire. – Minha nossa, o que faz aqui?

Eddie, tonto por conta da viagem, levou um tempo para se levantar, mas assim que o fez, sorriu satisfeito por ter chegado no lugar certo. E seu sorriso tornou-se ainda maior ao ver Claire bem a sua frente.

– Claire! Estou tão feliz em te ver!

– Mas... mas como foi que... Como foi que veio parar aqui? Como foi que despistou os Daleks? – Perguntava a garota, ainda sem acreditar com o que acabara de acontecer.

Eddie abriu a boca para explicar, mas foi logo interrompido pelo Doutor.

– Viagem interespacial. – Disse ele pegando o pulso de Eddie e analisando seu relógio. – Ele está usando o mesmo mecanismo que seu pai usou para mandá-la para o passado. Como conseguiu isso?

O tom na voz do Doutor era de seriedade. Eddie sentiu-se intimidado e não soube o que responder. Ao ver o constrangimento do rapaz, o Doutor rapidamente mudou sua feição e sorriu para ele.

– Vejo que fez algumas modificações aqui, impressionante! – Exclamou o Doutor dando batidinhas nas costas de Eddie. – Fez tudo isso sozinho?

– É... sim. – Respondeu ele ainda inseguro.

– Incrível! Usou a ativação espaço-temporal de Rasenhoft? – Perguntou ele animado.

– Bom, sim. Mas retirei o mecanismo de viagem temporal usando o algoritmo de Harkness. – Respondeu Eddie.

– Harkness? – Perguntou o Doutor arregalando os olhos ao ouvir o nome do velho amigo.

– Sim. É um algoritmo usado pela UNIT no passado para viagens temporais, mas também serve para desativá-las. Foi criado por um tal de Jack Harkness, por isso o nome. – Explicou Eddie.

Por essa o Doutor não esperava. Jack inventara uma fórmula para viagens temporais? Como e por quê ele fizera isso? O Doutor se indagava com o que acontecera com ele depois dos acontecimentos no Satélite 5. Pensando nisso, o Doutor não pôde evitar em sentir um pouco de culpa por tê-lo deixado lá a própria sorte.

– Então, agora que os dois gênios já se entrosaram, o que faremos agora? – Interrompeu Claire.

– Mandarei que Emma e Josh nos tirem daqui. – Respondeu Eddie prestes a mandar o sinal para os dois, quando foi interrompido pelo Doutor.

– Espere. É melhor não abusar desse negócio. – Advertiu ele. – Jack Harkness era genial, mas seu dispositivo de viagem no tempo não era um dos mais eficientes.

– O que sugere que façamos, então? – Perguntou Claire.

– Sugiro que use o dispositivo para lugares de curta distância. Podemos nos deslocar até a TARDIS. – Disse ele.

– TARDIS? – Perguntou Eddie sem entender.

– É a nave dele. – Respondeu Claire. – Mas tem certeza de que dará certo?

– É tudo o que temos até agora. – Disse o Doutor.

Claire soltou um longo suspiro. Não que ela não confiasse na capacidade de Eddie em elaborar um dispositivo que funcione, mas ela não tinha bons pressentimentos em relação a viagens interespaciais. Não desde o dia em que seu pai a forçou a fazer uma sem o seu consentimento.

– Segurem-se firmemente um no outro. – Mandou o Doutor. – Vou programar o dispositivo para que nos mande direto para dentro da TARDIS.

Nisso, ele pegou sua chave de fenda sônica e apontou para o relógio de Eddie. Poucos segundos depois, ele apertou o botão verde, e o mesmo túnel luminoso surgiu. Os três se juntaram o máximo que podiam e pularam para dentro do túnel, deixando a cela para trás, completamente vazia.

Pouco tempo depois, eles alcançaram o fim do túnel e caíram diretamente na sala de controle da TARDIS, que piscava como se tivesse levado um susto com a chegada inesperada dos três.

– Ah, minha querida, há quanto tempo! – Exclamou o Doutor dando palmadinhas no console.

Eddie olhava para Claire confuso com o que via. Ela apenas deu uns tapinhas em seu ombro, sinalizando para que ele não esquentasse a cabeça com aquilo.

– Então, meu jovem, para onde estava pretendendo nos levar mesmo?

– Estávamos indo para Surrey, Doutor. – Respondeu Claire. – Eles já devem ter se alojado em algum lugar, não é Eddie?

– Não! Não podemos ir para o esconderijo. George não vai nos deixar entrar. – Alertou Eddie.

– Como assim? Por que não? – Perguntou Claire confusa.

– Seu pai a acusou de deserção. Ele não vai te deixar entrar. – Disse Eddie.

– Então ele fez mesmo isso. – Lamentou-se ela. – Para onde vamos, então?

– Iremos para a casa de Spencer. – Respondeu Eddie. – Já falei com ele. Disse que era seguro.

– Spencer? Sabe onde ele está?

– Não foi fácil encontrá-lo, mas ele me ajudou quando disse que você tinha desaparecido. – Respondeu ele. – É... Doutor. Pode nos levar até lá?

– Com certeza! Só preciso das coordenadas.

Então, Eddie digitou as coordenadas no console e o Doutor puxou a alavanca. A TARDIS começou a emitir seu som característico e o tubo no meio do console começou a subir e descer. Eddie olhava admirado para aquela sala de iluminação amarelada. Nem em seus maiores sonhos ele poderia imaginar a existência de um lugar como aquele.

O som da TARDIS cessou. O Doutor verificou a tela do computador e após certificar-se de que o local era seguro, foi em direção a porta.

Claire e Eddie o seguiram e saíram. Eddie não pôde evitar de se assustar quando viu a TARDIS pelo lado de fora.

– Mas... mas isso é... como foi que... – Dizia ele atônito.

– É, eu sei. – Respondeu Claire dando uma leve risada.

A TARDIS pousara em meio a algumas árvores próximas ao encostamento da estrada. Não havia muita coisa naquele lugar além de mato e algumas casas espalhadas pelos campos, todas muito simples.

– Mas que lugar é esse? – Perguntou Claire.

– Segundo a TARDIS, estamos em uma área mais afastada de Oxford. – Respondeu o Doutor.

– Oxford? Esse tempo todo ele estava em Oxford?

Nisso, a porta de uma das casas abriu-se repentinamente, revelando um rapaz de estatura média e cabelos ondulados cor de mel.

– Falem mais baixo! Querem que nos encontrem? – Resmungou ele. – Eddie, pedi para que fossem o mais discretos possíveis e...

No entanto, sua expressão séria logo desapareceu ao ver Claire. Ela, com o coração acelerado, mal podia acreditar no que via, e deu um largo sorriso em direção ao rapaz. Este, sorriu de volta para ela.

– Quem é esse? – Perguntou o Doutor desconfiado.

– Doutor. Quero que conheça meu irmão, Spencer. – Disse ela levando-o em direção à casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueça de deixar uma review se possível ;) Beijinhosss.



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