A vida depois do casamento escrita por Costa
Notas iniciais do capítulo
Mais uma one shot, galera.
Hoje estou inspirada porque daqui a algumas horas começam minhas aulas novamente, começo novamente a trilhar o caminho para a profissão que escolhi. o/
Pode ser que, por isso eu demore um pouco mais a postar os capítulos, mas sempre que conseguir, posto novos.
Grande abraço!
Fernando estava sentado no sofá Lety recostada sobre ele enquanto assistiam televisão. Já era tarde e por isso as crianças estavam dormindo.
–Sabe, amor, eu estava pensando. --Lety disse fazendo Fernando tirar os olhos da T.V. para encara-la.
–O que foi, minha vida?
–Já está na hora das crianças irem para a escola. -Lety disse com cautela.
Fernando levantou-se num salto e começou a dar tiques no olho. Ele havia pego a mania da Lety.
–Escola? -Ele perguntou rindo sem graça.
–Sim, querido. O Marcelo outro dia me cobrou isso.
–Eles ainda são tão pequenos...
–Mas precisam estudar. Já era para estarem lá. Não podemos demorar a pensar nisso, eles precisam entrar logo para acompanharem a série para a idade certa deles. -Lety diz segurando o rosto de Fernando.
–Eu sei disso, amor, mas tenho medo.
–Você é super protetor, isso sim. -Ela diz rindo.
–Tá bom. Sabíamos que esse dia um dia chegaria. Eles precisam crescer. -Fernando diz abraçando a Lety.
–Eles ficarão bem. O ano está começando agora. Acho que amanhã podemos procurar uma boa escola.
No dia seguinte, Fernando e Lety deixam as crianças na casa dos Padilla e, quando iriam saindo, esbarram com Omar, Carolina e Agustín que logo corre a abraça-los.
–O que fazem aqui? -Fernando perguntou.
–Viemos ver se não podemos deixar o Agustín por algumas horas. Sei que não avisamos, mas é que precisamos dar uma saída. -Omar explica.
–Poxa, nós também estamos de saída. -Fernando diz.
–Se quiserem podemos ver se meus pais ficam com o Agustín. Eles adoram esse pequeno. -Lety diz pegando Agustín no colo.
–Fico até sem graça de pedir isso pros seus pais, Lety. -Carol diz.
–Eles irão adorar a ideia de ter mais um pequeno na casa. -Lety diz enquanto caminha de volta para a casa dos Padilla.
Ela explica a sua mãe e ao seu pai. Eles prontamente concordam de cuidar do pequeno.
–Onde vocês irão? -Fernando pergunta quando já estão do lado de fora da casa.
–Vamos ver se conseguimos matricular o Agustín em alguma escola. -Omar diz com ar triste.
–Ah, então isso é coisa das duas? -Fernando diz olhando para Carol e para Lety.
–Eu não sabia de nada, querido. Juro! -Lety diz.
–E eu não sei nem do que estão falando. -Carol diz rindo.
–Também vamos procurar uma escola para as crianças. -Lety diz.
–Vamos juntos então. Seria bom que nossos filhos estudassem juntos. -Carol diz animada.
Eles começam a procurar por escolas. Chegam na primeira e logo Lety e Carol se encantam com o espaço. Fernando e Omar começam a colocar um monte de obstáculos.
–Não gostei! -Fernando diz.
–Nem eu. -Omar completa.
–Posso saber porque os bonitinhos não gostaram? -Carol pergunta rindo.
–Olha essas cadeirinhas, parecem tão fracas. Uma criança pode se sentar e ela quebrar. -Fernando diz levantando uma cadeira e balançando no ar.
–Aqueles balanços lá fora também não me pareceram seguros. -Omar diz apontando para o pequeno parquinho que tinha na escola.
–Essas cadeiras são de madeira, não irão quebrar e aquele parquinho é projetado para crianças dessa idade, é seguro. -Lety diz suspirando.
–Mas se essa escola não está do agrado de vocês, podemos ver outra. -Carol diz.
Eles saem e visitam a mais 3 escolas. Em todas o Fernando e o Omar colocam algum defeito, algum obstáculo.
–Gente, chega!- Carol diz assim que saem da última escola.
Todos a olham espantada.
–O que foi, amor? -Omar pergunta.
–Vocês dois. Façam o favor de escolher logo uma escola. Já vi qual é a de vocês dois. Vocês estão achando falhas onde não tem só para desistirmos da ideia de colocar as crianças na escola. -Carol se aproxima de Omar e segura sua face o fazendo olhar em seus olhos. -O Agustín está crescendo, Omar. Ele precisa ir para a escola. Nossos afilhados também, compadre. -Ela olha para o Fernando.
–Você tem razão, Carol. Me desculpe. Só não queria perder o Agustín. -Omar diz com sinceridade.
–E você não o perderá. Você sempre será o herói dele. Mas ele precisa caminhar com suas próprias pernas, precisa começar a trilhar o seu caminho.
–Você tem razão, me desculpe. -Omar diz abraçando a Carol.
–E então, já decidiram qual escola vai ser? -Carol diz rindo.
–Eu acho que a primeira era a melhor, não é Maninho? -Omar pergunta para Fernando.
–A primeira estava perfeita. Aquele parquinho era o sonho de qualquer criança. -Fernando responde rindo.
–Então vamos fazer a matricula deles logo antes que vocês mudem de ideia. -Carol diz empurrando eles.
–As vezes me pergunto quem são as crianças. -Lety comenta com Carol sem que eles ouçam.
–Me faço essa pergunta todo dia, Lety.
Eles matriculam as crianças na escola e logo em seguida correm para a papelaria para comprar os materiais. Fernando, exagerado como sempre, acaba comprando até mais materiais do que necessitavam. As aulas começariam dentro de uma semana e ele não queria que faltasse nada.
Uma semana depois chegou o grande dia. Lety Fernando, Omar e Carolina decidiram levar as crianças juntos. Elas logo se despediram de seus pais e correram para dentro da escola, Estavam muito animadas.
Omar e Carolina tiveram que sair logo. Tinham uma reunião de negócios, Fernando e Lety ainda ficaram parados um pouco no portão.
–Fernando, isso aí é uma lágrima? -Lety disse vendo que o marido chorava.
–Não, entrou um cisco no meu olho. -Ele diz tentando disfarçar.
–Não se faça de forte, pode chorar. Eu também estou triste de ver os pequenos na escola, mas sei que é necessário. -Lety confessa.
–Eles crescem tão rápido. -Fernando diz deixando a teimosa lágrima escorrer.
–Crescem e nós iremos aproveitar cada instante ao lado de nossos amados filhos. -Lety diz dando um caloroso abraço em seu marido.
Lety e Fernando estavam um pouco tristes por não ter mais seus pequenos à tarde em casa, mas sabiam que aquilo era necessário para que crescente e formassem uma profissão. Doía aceitar que os pequenos estavam crescendo, mas o que lhes conformava era o fato de saber que seus filhos estavam no caminho certo.
Fim.
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