A vida depois do casamento escrita por Costa


Capítulo 2
Sozinhos com as crianças


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais uma one shot.
Espero que gostem. :)



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Fernando, Lety e as crianças estavam na casa dos Padilla. Almoçariam lá. Lety ajudava sua mãe a preparar o almoço enquanto Fernando conversava com Erasmo. As crianças brincavam com Moty.

A campainha toca e Fernando vai atender.

–Compadres! -Fernando diz ao ver que era Carol, Omar e Agustín.

Eles se cumprimentam e Fernando os chama para dentro. Agustín logo se enturma e começa a brincar com as outras crianças.

–Lety, o que acha de sairmos um pouco? Um amigo meu e grande maquiador está na cidade e me convidou para o evento dele. Vamos? -Carolina perguntou.

–Agora? -Lety também questionou.

–Já!

–Não sei, Carol. Ainda tenho que terminar o almoço.

–Eu posso fazer, filhinha. Vá se divertir. -Julieta diz.

–Vem também, dona Julieta. Será bom. -Carol a convida.

–Eu, dona Carolina? -Julieta questiona.

–Você mesmo. Vocês duas. Vim aqui para leva-las e não aceito não como resposta.

–E o almoço? -Lety pergunta.

–Esses garotos não irão morrer de fome se nos ausentarmos umas horas, não é? -Carol pergunta olhando para Omar, Fernando e Erasmo que rapidamente concordam.

–Tem razão, Carol. Vamos então. -Lety diz arrastando a sua mãe.

–Eu algumas horas voltamos. Por favor, não coloquem fogo na casa e nos liguem se precisarem. -Carol diz antes de saírem.

–Alguém aí sabe cozinhar? -Fernando pergunta assim que elas saem.

–Eu não. Julieta é quem sempre cozinhou. -Erasmo diz.

–Sem chance, maninho. Não sei nem fazer miojo. -Omar diz rindo.

–Elas começaram a cozinhar. Não pode ser tão difícil assim acabar de preparar. -Fernando diz se encaminhando para o fogão.

–Se eu fosse você não se enfiava aí, Fernandinho. É melhor não mexer onde não conhece. -Omar o adverte.

–Não pode ser assim tão difícil, Omar. Eu já vi a Lety preparar o almoço milhões de vezes. Alguma coisa devo ter aprendido. -Fernando diz começando a mexer nas panelas.

Ele começa a fuçar na panela do arroz. Se lembra que a água teria que secar e acende o fogo. Vê que o feijão ainda está cozinhando na panela de pressão. Como ela já está chiando deve estar pronto, ele pensa.

–Vejamos o que mais tem aqui. -Fernando diz vasculhando o forno.

Ele encontra uma lasanha praticamente pronta embrulhada no papel alumínio.

–Se está no papel alumínio, o cozimento deve demorar. Tudo que demora a Lety enrola no papel alumínio. -Fernando diz ligando o forno.

–Você sabe o que está fazendo, Fernando? -Erasmo pergunta.

–Acho que sei, seu Erasmo.

Enquanto Omar brincava com as crianças, sentado no chão, Erasmo contava a história de seu tio Lázaro mais uma vez. Fernando mexia, com confiança, nas panelas do fogão. Ele realmente acreditava que estava fazendo tudo certo.

Após quase uma hora, ele vê que o arroz queimou e que o feijão ainda está cru. Sua esperança seria a lasanha. Ao olha-la percebe que o fundo também queimou. Ele prepara um prato e chama o Omar.

–Oi, o que foi? -Omar pergunta ao chegar na cozinha.

–Veja se isso aqui está bom, Omar. -Fernando diz.

–Por que eu tenho que ser a cobaia?

–Porque quem cozinha não gosta de sua própria comida, é o que a Lety diz.

–Tá bom, mas a aparência disso não é das melhores.

Omar dá uma garfada, mas não aguenta comer mais.

–E Então? -Fernando pergunta.

–A lasanha tá com gosto de carvão, o feijão está duro e esse arroz está queimado e salgado demais.

–Dá pra comer?

–Claro que não.

–Não pode estar assim tão ruim. -Fernando diz dando uma garfada.

–Qual o sabor, chef? -Omar questiona.

–Péssimo. Depois dessa eu te juro que vou aprender a cozinhar.

Nesse momento o Agustín chega.

–Pai, estou com fome. -Agustín diz para o Omar.

–Nós também estamos, Agustín. -Omar diz pegando o pequeno no colo.

–Vocês não sabem fazer comida? -Agustín Pergunta.

–Parece que não, afilhado. -Fernando diz.

–Você não sabe, eu ainda não tentei. -Omar diz.

Omar tenta fazer um macarrão já que é mais rápido. Ele acaba deixando a massa muito tempo na água e ela vira uma especie de grude.

–Eu não vou comer isso. -Fernando responde ao ver o resultado.

–Nem eu. -Omar diz.

–Será que elas nos xingariam muito se pedíssemos uma pizza? Já é tarde e as crianças estão famintas.

–Todos estamos famintos, Fernando. Acho que prefiro ter que enfrentar a Carol depois do que ficar com fome.

Fernando vai até a sala pegar o telefone para ligar e não vê o Erasmo.

–Cade o vovô, crianças? -Fernando pergunta.

–O vô saiu já tem um tempo, pai. -Marcelo responde.

–Estranho, ele costuma avisar quando sai. -Fernando diz.

Nesse momento Erasmo volta cheio de bolsas na mão.

–Olha o almoço! -Erasmo diz.

–Almoço? -Fernando pergunta.

–Fui comprar umas quentinhas. Até avisei para vocês, mas estavam tão entretidos tentando cozinhar que nem me deram ideia. -Erasmo explica.

Todos atacam rapidamente a comida. Já passava das 14 horas e estavam famintos. Após almoçarem, Fernando e Omar levaram as crianças para brincarem no parquinho.

–Não corram e fiquem onde podemos vê-los. -Fernando disse assim que chegaram.

As crianças rapidamente começaram a fazer novas amizades. Fernando e Omar se sentaram no banco ali perto.

–A energia dessas crianças não acaba nunca. -Omar comenta.

–Eles são bastante ativos.

–Até demais. O Agustín sempre me dá canseira em casa. Eu adoro brincar com ele, mas tem horas que me falta fôlego.

–Nenhuma mulher te tirava o fôlego, mas bastou um garotinho para te derrubar. -Fernando diz rindo.

–Um casamento e um filho, mas sou feliz como nunca imaginei que pudesse ser.

–Isso aí é pra você pagar quando falava de mim e da Lety.

–Me arrependo disso. Hoje eu vejo como a Lety é boa pessoa.

–Eu vi isso desde que ela apareceu. Como amo aquela mulher, Carvajal.

Nesse momento o pequeno Agustín chega com o joelho um pouco ralado e sangrando. Ele não está chorando, está até calmo.

–Papai, tem um curativo. Fiz dodói no meu joelho. -Agustín diz mostrando o machucado para o Omar.

–Isso aí é sangue? -Omar desmaia ao ver o pequeno arranhão.

–Papai? -Agustín corre a socorre-lo.

–Que vergonha, compadre. Seu filho é que te socorre. -Fernando diz enquanto tenta acordar o Omar.

Após algum tempo ele acorda e Fernando leva as crianças e ele para casa. Em casa Fernando coloca um pequeno curativo no joelho de seu afilhado que rapidamente volta a brincar.

–O que foi aquilo no parque, Omar? -Fernando pergunta rindo.

–Não posso ver sangue. A Carol é que sempre cuida dessa parte. Eu tenho pavor. -Ele explica.

–Só você mesmo, Omar.

Fernando e Omar se sentam no chão para brincar com as crianças. Erasmo fica sentado no sofá contando suas histórias, as histórias de seu tio. Depois de algumas horas, eles acabam se cansando e dormem no chão. Erasmo também adormece no sofá.

Já bem tarde, a Carol, a Julieta e a Lety chegam e veem eles dormindo de qualquer maneira no chão e no sofá.

–As vezes me pergunto quem são as crianças. -Carol diz.

–Eles assim são tão bonitinhos. -Lety diz.

–Quem vê assim até acredita que são esses anjinhos. -Julieta diz rindo.

Fernando é o primeiro a acordar e se impressiona ao ver sua esposa. Ela estava diferente, com um novo corte de cabelo. Se é que era possível, ela estava mais bonita. Julieta e Carol também estavam diferente, mas no bom sentido. Elas também estavam lindas.

–Uau! -Fernando disse assim que viu Lety e correu a abraça-la.

–Demorei muito? -Lety questionou.

–Um pouco, mas valeu a pena. Você está deslumbrante. -Ele disse lhe dando um rápido beijo.

–Mais é muito galanteador. -Carol brinca.

Omar acorda e também fica de queixo caído ao ver a mudança das mulheres.

–Carol, você está preciosa. -Omar diz a abraçando.

–Assim eu acredito. -Carol brinca.

Julieta se senta ao lado do Erasmo que ainda estava adormecido no sofá e o acorda.

–Julieta, é você mesmo? -Erasmo pergunta.

–Sou eu, velho. Gostou da mudança?

–Na verdade gostei. -Erasmo diz.

–As crianças já comeram? -Lety pergunta para Fernando.

–Tomaram um café. Adormeceram de tanto brincar. -Fernando diz.

–E vocês, conseguiram se virar sozinhos? -Lety questiona.

–Quase morremos de fome, o Omar desmaiou, adormecemos no chão, mas, tirando isso, nos saímos bem. -Fernando diz rindo.

–Achamos que vocês estariam com fome e trouxemos umas pizzas. Estão no carro. -Lety confessa.

–Vocês nos conhecem muito bem não é? -Fernando diz dando um beijo em Lety.

Eles buscam as pizzas e acordam as crianças. Depois de 3 pizzas, todos estão satisfeitos. Omar, Carol e Agustin se despedem e vão embora. Lety, Fernando e as crianças também se retiram para a casa deles.

Após colocarem os filhos para dormirem, Letícia e Fernando também se deitam.

–Obrigada por vocês term cuidado das crianças hoje. -Lety diz.

–Não há o que agradecer. E valeu a pena. Você está linda.

–Exagero seu.

–Não é. Sempre lhe disse que você é linda e acho que nunca cansarei de repetir.

–Eu te amo tanto, Fernando.

–E eu a você, Lety. Te amo. -Fernando diz lhe dando um beijo. -O que acha de aproveitarmos essa noite?

–Achei que as crianças tivessem te deixado cansado.

–Nunca estarei cansado para você e temos que comemorar esse seu novo corte de cabelo. -Fernando diz com um sorriso malicioso no rosto enquanto a beija.

Lety e Fernando fizeram amor naquela noite.

Apesar dos anos, dos filhos, Lety sabia que amava Fernando mais que sua vida. Ela tinha essa certeza ao se aconchegar nos braços de seu amado após ter feito amor com ele. Ela sabia que nunca se cansaria de amar aquele homem.

Fim.


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