A vida depois do casamento escrita por Costa


Capítulo 16
O acampamento


Notas iniciais do capítulo

Mais uma one, pessoal.
Espero que gostem. :)



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As crianças, desde que assistiram a um filme na televisão sobre acampamento, cismaram de que queriam acampar. Fernando não levava o menor jeito para isso, mas não conseguia negar nada a seus filhos. Mas não queria embarcar nessa sozinho, logo deu um jeito de convencer a Omar.

Como sempre exagerado, tratou logo de comprar as barracas e os sacos de dormir.

Chegou o dia de acamparem. Foram próximo ao local onde tinham pescado da outra vez. Acharam que seria bom poder pescar uns peixes e poder fazer uma fogueira.

Chegaram cedo. Assim que pescaram alguns peixes, os colocaram em uma bolsa térmica e rumaram mata adentro. As crianças estavam deslumbradas. Lety e Carol seguiam conversando animadamente enquanto Omar e Fernando ficavam até sem fôlego por terem que carregar as pesadas barracas e demais equipamentos. Também haviam levado a Jiló. O cão não deixava as crianças sozinhas um minuto. Era bastante protetor.

Após mais de uma hora de caminhada por uma densa mata chegaram a uma clareira. Seria ali onde montariam acampamento.

Enquanto as crianças corriam felizes brincando com Jiló, Lety e Carolina começaram a recolher gravetos secos para fazerem uma fogueira. Fernando e Omar começam a tentar montar as barracas.

–Onde está o manual, Omar? -Fernando questiona.

–E precisa?

–Depois de 3 filhos e 1 cachorro, descobri que um manual sempre ajuda nas coisas. Ganhamos tempo.

–Não pode ser assim tão complicado montar uma barraca que necessite de manual.

Fernando ri. Omar ainda tinha muito o que aprender.

Eles começam a tentar montar as barracas, sem manual. Levam alguns minutos, até conseguem encaixar as peças, mas quando tentam ver está firme, toda a barraca desaba. Encaixaram erradamente as peças. Recomeçam novamente, mas dessa vez com ajuda do manual.

Lety e Carol haviam acendido uma fogueira, colocados os peixes para cozinhar e Fernando e Omar ainda estavam na primeira barraca.

Enquanto o peixe cozinhava, Lety e Carolina passavam repelente nas crianças e nelas próprias.

–Não vão esquecer do repelente, hein! -Carol avisa para Omar e Fernando.

Eles, porém, estavam tão entretidos tentando entender o manual e resmungando entre si quando as coisas saíam erradas que nem perceberam o que Carol falou.

Depois de muito custo, finalmente colocaram as duas barracas de pé. Ficaram um pouco tortas, mas ao menos teriam onde dormir.

Jantaram o delicioso peixe que prepararam e se divertiam olhando as estrelas no céu. As crianças logo pegaram no sono seguidas de Omar e Fernando. Carol e Lety riam deles. Pareciam crianças. Elas ainda ficaram mais um tempo conversando antes de se recolherem e deitarem.

De madrugada, Fernando levantou-se sonolento para ir ao banheiro. Encontrou um arbusto e foi esvaziar sua bexiga. Estava com muito sono e nem sequer pensava direito.

Omar teve a mesma ideia, mas levou uma lanterna e, como estava frio, enrolou-se num cobertor. Ele foi caminhando com a lanterna todo enrolado no cobertor. Fernando, ao ver a forte luz sobre si, começou a gritar e a acordar todo mundo. Jiló assustou-se com o grito de seu dono e correu a morder Omar.

–Sai cachorro doido! -Omar diz largando o cobertor.

–Omar, é você? -Fernando pergunta assustado.

–E quem mais seria? Controle esse seu cão.

Fernando chama Jiló e ele se acalma. Nesse momento todos já estavam acordados e riam da situação.

–Mas você também, hein, Omar. Por que tinha que sair enrolado aí e ainda num cobertor? Me assustou. Pensei logo que fosse a nave mãe pousando pra me abduzir.

Todos não se aguentam e começam a rir de Fernando. Por fim tudo se acalmam e voltam a dormir.

No dia seguinte Omar e Fernando acordam empolados de mordidas de mosquitos. Haviam se esquecido de passar o bendito repelente. Lety e Carol apenas riem da situação.

Omar e Fernando passam o dia inteiro se coçando.

Após fazerem um rápido lanche, guardam tudo e retornam de volta para a realidade, para a cidade.

Passam primeiro pela casa de Carol já que ficava mais perto, Entram para tomarem uma água. Por causa do Naranjito, Jiló precisa ficar na coleira.

O gato, porém, logo se aproxima do cão e ninguém repara. Em poucos minutos, Jiló está enchendo o gato de lambidas e brincando com ele.

–Seu cão não gosta de gato, não é? -Omar pergunta.

–Mas não gosta mesmo. É uma surpresa para mim. -Fernando diz.

Lety solta Jiló da coleira e ele e Naranjito começam a correr pela casa brincando.

–Eu até gosto do Naranjito, mas você não poderia ter arrumado um gato preto, Fernando? Minhas roupas, a maioria, são escuras e esse pelo laranja dele dá um contraste e um trabalho danado pra tirar dos meus paletós. E fora que ele cisma toda hora de sumir no meu colo. -Omar resmunga.

–Achei que você não gostasse de gatos, Omar. -Lety comenta.

–Gosto desde que sejam de 4 patas. De duas patas só pode ser eu.

Todos riem do comentário.

No final de tudo, apesar das trapalhadas, o passeio tinha sido divertido. Lety e Fernando adoravam os compadres e o afilhado e com certeza esse não seria o último passeio que fariam juntos. Valeu até mesmo por descobrirem que Jiló adorava gatos e que só corria atrás deles para brincar. Naranjito e Jiló se tornaram bons amigos.

Fim.


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